12.07.2015 Views

(CON) TEXTOS DE FRONTEIRAS - XI Congresso Luso Afro ...

(CON) TEXTOS DE FRONTEIRAS - XI Congresso Luso Afro ...

(CON) TEXTOS DE FRONTEIRAS - XI Congresso Luso Afro ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

permite perceber a dinâmica da unidade e da diferença na maneira “como los distintosintegrantes de un colectivo, en función de determinada realidade sociocultural en la quehayan insertos simbolicamente, reafirman su caráter unitário por encima de lasdiferencias” (VALCUEN<strong>DE</strong>, 1998, p. 63). A partir desta concepção dinâmica que tentaaprender a relação entre individual e social, unidade e diferença dos coletivos emcontextos situacionais, o autor interpreta as várias dinâmicas de identificações coletivasem Ayamonte, afastando-se de uma postura teórica e metodológica centrada na reificadafronteira e identidade nacional entre portugueses e espanhóis.Outros pesquisadores, por sua vez, preferem utilizar o conceito de identidadenacional na fronteira luso-espanhola, dando-o um caráter dinâmico, situacional epensado a partir da diferença fronteiriça com o “outro”. Nesse sentido, o trabalho deAmante (2007) visa justamente problematizar a relação entre cultura de fronteira,identidade local e nacional na fronteira luso-espanhola, particularmente no setor da raiaentre a Beira Interior (Portugal) e a Comunidade Autônoma de Castilla y León(Espanha). A tese fundamental da autora é que, apesar das misturas culturais e dasespecificidades locais, a região de fronteira é um lugar de formação de identidadesnacionais contrastivas. A existência de uma cultura de fronteiras não significa que háuma identidade local única na raia e nem que a identidade local seja mais forte eexpressiva que a identidade nacional.As imagens negativas e positivas no espelho do outro alicerçam várias polaridadesadjetivadas – pessimistas e alegres, mais trabalhadores e menos trabalhadores,organizados e desorganizados, vivem em casa e vivem nas ruas etc – que marcamdiferenças simbólicas importantes entre portugueses e espanhóis nas localidadesfronteiriças. Desse modo, o que existe é uma identidade raiana portuguesa e umaidentidade raiana espanhola, ou seja, há uma identidade local raiana comum atravessadapelas diferenças nacionais criadas e reproduzidas na vida cotidiana (AMANTE, 2007).No contexto da Tríplice Fronteira, por sua vez, as reflexões sobre identidades erepresentações sobre o “outro” acompanham também a análise de vários trabalhos. Ostextos que analisam fluxos de pessoas e de mercadorias, já comentados, tambéminterrogam sobre as relações de identidades e alteridades nesta região de tantasfronteiras. Assim os trabalhos de Rabossi (2004), Giménez (2010) e Albuquerque10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!