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Processo de desenvolvimento de produtos na indústria de biscoitos ...

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IV Congr. Bras. Gestão e Desenv. <strong>de</strong> Produtos - Gramado, RS, Brasil, 6 a 8 <strong>de</strong> out <strong>de</strong> 2003Por outro lado, com o mercado competitivo, os consumidores estão mais acostumados comnovos <strong>produtos</strong>, em todos os setores da economia, e não aceitam consumir tanto tempo omesmo produto, encurtando muito o ciclo <strong>de</strong> vida dos <strong>produtos</strong> <strong>de</strong>sta indústria.De acordo com a ABIMA (2002) as empresas fabricantes <strong>de</strong> massas e <strong>biscoitos</strong> po<strong>de</strong>m serdivididas em grupos, com os quais se po<strong>de</strong> criar uma relação entre as estratégias competitivas<strong>de</strong> Porter (1986) e os ciclos <strong>de</strong> vida dos <strong>produtos</strong>:– Empresas inovadoras: lançam <strong>produtos</strong> constantemente para aten<strong>de</strong>r clientes específicoscada vez mais. Po<strong>de</strong>m ser relacio<strong>na</strong>das à estratégia <strong>de</strong> enfoque, e seus <strong>produtos</strong> têm ciclos<strong>de</strong> vida curtos.– Empresas tradicio<strong>na</strong>is: os lançamentos <strong>de</strong> <strong>produtos</strong> ocorrem, porém, com umafreqüência menor. Apresentam características semelhantes às <strong>de</strong>scritas <strong>na</strong> estratégia <strong>de</strong>diferenciação, e o ciclo <strong>de</strong> vida do produto é maior.– Empresas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> baixo custo: as características são as mesmas das empresasque utilizam a estratégia <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no custo total. Neste caso, o ciclo <strong>de</strong> vida dos<strong>produtos</strong> ten<strong>de</strong> a ser longo.Dentre as diversas metodologias que po<strong>de</strong>m ser utilizadas como referência para gerenciar oprocesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>produtos</strong>, entre elas po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Fuller,Pugh (1996) e Wheelwrigth & Clark (1992). A <strong>de</strong> Fuller será utilizada como referência nestetrabalho por aten<strong>de</strong>r ao setor alimentício.Fuller (1994) estabelece seis etapas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>produtos</strong> alimentícios:concepção <strong>de</strong> idéias, conceituação, <strong>de</strong>senvolvimento, produção, avaliação por consumidores eteste <strong>de</strong> mercado. Esta metodologia é bastante difundida <strong>na</strong> indústria <strong>de</strong> alimentos pelaespecificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua elaboração para este setor.– Concepção <strong>de</strong> idéias. Nesta etapa trabalha-se com idéias surgidas das mais diversasfontes, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> opiniões e sugestões obtidas nos serviços <strong>de</strong> atendimento ao consumidor oudiretamente nos pontos <strong>de</strong> venda e, até mesmo, opiniões pessoais <strong>de</strong> gerentes eproprietários da empresa. Porém, as necessida<strong>de</strong>s do consumidor sempre <strong>de</strong>verão serconciliadas com os objetivos e estratégias da empresa.– Conceituação. As idéias que se mostrarem interessantes passam por um processo <strong>de</strong>conceituação, no qual boa parte dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos <strong>produtos</strong> sãofi<strong>na</strong>lizados, <strong>de</strong>vido a alguma inviabilida<strong>de</strong> do projeto, seja ela mercadológica outécnica.São realizadas, nesta etapa, pesquisas <strong>de</strong> mercado, estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>fi<strong>na</strong>nceira e <strong>de</strong> manufatura do produto.– Desenvolvimento. A fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento requer a maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos etempo, em todo processo, pois nela projeta-se o processo e criam-se as especificações doproduto. Uma fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento mal conduzida po<strong>de</strong> gerar custos acima doprevisto <strong>na</strong>s fases subseqüentes, e, até mesmo, o fracasso do produto antes ou após olançamento. Segundo Maffin & Brai<strong>de</strong>n (2001), mais da meta<strong>de</strong> dos processos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento implicam mudanças nos processos <strong>de</strong> fabricação, ou aquisição <strong>de</strong> novosequipamentos ou tecnologias, e mais <strong>de</strong> 80% dos casos envolvem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>novos fornecedores ou ampliação do mix <strong>de</strong> <strong>produtos</strong> fornecidos pelos atuais.– Produção. Inicia-se a produção em escala piloto, porém, com as mesmas especificações<strong>de</strong> uma futura produção industrial, para não ocorrer alterações organolépticas no produtoplanejado. Nesta etapa, po<strong>de</strong>m surgir necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação do processo produtivo,4 o CBGDP LOPP/PPGEP/UFRGS 5

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