panorama do agronegócio de flores e plantas ornamentais no brasil
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tempera<strong>do</strong> e tropical, o que confere aos produtos <strong>brasil</strong>eiros oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conseguiruma boa fatia <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> internacional.A produção nacional <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong> antes concentrada na regiãoSu<strong>de</strong>ste, especialmente <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, hoje já está presente em todas àsregiões <strong>do</strong> país, graças a trabalhos como o <strong>do</strong> Sistema SEBRAE e outras instituiçõesque acreditam <strong>no</strong> potencial <strong>de</strong>sse segmento.Ao longo <strong>de</strong>ste artigo serão apresenta<strong>do</strong>s os principais aspectos relaciona<strong>do</strong>s àprodução, merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e principais dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> agronegócio <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong> <strong>ornamentais</strong>, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> políticas públicas paraeste importante segmento da <strong>no</strong>ssa eco<strong>no</strong>mia.2. HISTÓRICO DA FLORICULTURA NO BRASILA floricultura <strong>no</strong> Brasil não é uma ativida<strong>de</strong> recente, os registros mais antigosremontam 1870 com a produção <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as em Petrópolis <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, porBi<strong>no</strong>t, filho <strong>do</strong> francês Jean Baptiste Bi<strong>no</strong>t, encarrega<strong>do</strong> <strong>de</strong> projetar e executar os jardins<strong>do</strong> Palácio Imperial. De re<strong>no</strong>me internacional, o orquidário possui inúmeras varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as e exporta para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Alemanha e Japão (REVISTA SEBRAEDE AGRONEGÓCIOS, 2005).Depois da produção <strong>de</strong> orquí<strong>de</strong>as por Bi<strong>no</strong>t, em 1893 os alemães Dierbergeriniciam a produção <strong>de</strong> outras espécies <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>no</strong> Brasil, como as dálias. Da firma <strong>do</strong>salemães Dierberger saíram os irmãos Boettcher, que foram os pioneiros na produção <strong>de</strong>rosas <strong>no</strong> Brasil (REVISTA SEBRAE DE AGRONEGÓCIOS, 2005).A produção <strong>de</strong> rosas teve início em 1929 em uma chácara <strong>no</strong> atual bairro <strong>de</strong>Jabaquara na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong>pois essa produção foi transferida pelos irmãosBoettcher para uma fazenda em Cotia, a qual foi batizada <strong>de</strong> Roselândia. (REVISTASEBRAE DE AGRONEGÓCIOS, 2005).Além <strong>do</strong> pioneirismo na produção <strong>de</strong> rosas, os irmãos Bottcher tambéminiciaram o marketing <strong>de</strong> comercialização. Desenvolveram uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s parapromoção <strong>de</strong> seus produtos tais como: exposição <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, abertura da fazenda paravisitações públicas, promoção da festa anual das rosas, realização <strong>de</strong> cursos parafloristas, paisagistas e outros interessa<strong>do</strong>s (REVISTA SEBRAE DEAGRONEGÓCIOS, 2005).A produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> até a meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1960 era conduzida ainda <strong>de</strong>forma muito ama<strong>do</strong>ra. Eram cultivadas em chácaras, estavam próximas às capitaisestaduais, particularmente <strong>do</strong> Sul e <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> País (VENCATO et. al, 2006).A proliferação <strong>de</strong> conjuntos habitacionais privou uma parcela significativa dapopulação <strong>de</strong> espaços para o preparo <strong>do</strong>s seus próprios jardins. A partir daí começa aampliar o merca<strong>do</strong> para comercialização <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> (VENCATO et. al, 2006).Os imigrantes tiveram um papel fundamental <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> organização ecrescimento da floricultura <strong>brasil</strong>eira,entre eles, os italia<strong>no</strong>s, os alemães e,principalmente, os japoneses (VENCATO et. al, 2006).Em 1948 imigrantes holan<strong>de</strong>ses se instalaram <strong>no</strong> leste paulista e fundaram aCooperativa Agropecuária <strong>de</strong> Holambra, <strong>de</strong>dicada a várias ativida<strong>de</strong>s entre elas as______________________________________________________________________Rio Branco – Acre, 20 a 23 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Eco<strong>no</strong>mia, Administração e Sociologia Rural