dPÁGINA 10 // 30.MAR.12<strong>UMdicas</strong>academia // www.dicas.sas.uminho.ptLicenciatura em Línguas e Literaturas EuropeiasCristina Flores- Diretora de cursoO <strong>UMdicas</strong> esteve à conversa com a diretorade curso, Cristina Flores para quem ser diretoradeste curso é uma função muito exigente, àqual dedica muito <strong>do</strong> seu tempo, sen<strong>do</strong> que oter si<strong>do</strong> aluna nesta <strong>Universidade</strong> aju<strong>do</strong>u bastantee o facto de ter conheci<strong>do</strong> a licenciatura pordentro tem si<strong>do</strong> muito útil no cumprimento dasua função.ANA MARQUESanac@sas.uminho.ptQual a sua formação e trajeto académico?Sou formada em Ensino de Português e Alemãopela <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong> e <strong>do</strong>utorada emCiências da Linguagem, na área de LinguísticaAlemã.Como caracteriza a sua função de diretorade curso?Este curso é no fun<strong>do</strong> uma compilação de várioscursos, pois está dividi<strong>do</strong> em três variantes esubdividi<strong>do</strong> em 8 planos de curso. Antes de Bolonhatínhamos diferentes cursos em ensino delínguas, o curso pós-Bolonha agrega também essescursos, por isso gerir este curso é complexoem tu<strong>do</strong>, fazer horários, organizar opções, organizaras inscrições <strong>do</strong>s alunos nas variantes… serdiretora deste curso é bastante exigente, dedicomuito tempo a esta função. É já o meu segun<strong>do</strong>mandato e este cargo tem absorvi<strong>do</strong> muito <strong>do</strong>meu tempo. Ser diretora de curso não foi umaopção minha, acho que nunca é, acabei o <strong>do</strong>utoramentoe disseram-me que precisavam de mim,pois achavam que era muito organizada, uma característicaessencial para dirigir, principalmente,este curso.O que a motivou a aceitar “comandar”este curso?Este é o tipo de coisas às quais não se pode dizerque não, um dia tinha de ter um cargo e por issoachei que deveria começar já por este. Exercerum cargo faz parte das funções <strong>do</strong> professor universitário.As experiências anteriores têm-na ajuda<strong>do</strong>no cumprimento da sua função de diretorade curso?Sim, penso que o facto de ter si<strong>do</strong> aluna nesta<strong>Universidade</strong> aju<strong>do</strong>u bastante. Era aluna de umalicenciatura pré-Bolonha, mas muitas disciplinase professores mantêm-se, o facto de ter conheci<strong>do</strong>a licenciatura por dentro tem si<strong>do</strong> útil.Quais são as maiores dificuldades no cumprimentoda sua função?A maior dificuldade prende-se mesmo com o trabalhoburocrático. Sei que foi boa a intenção daReitoria em introduzir ferramentas como o DUC,a plataforma elearning, os relatórios de autoavaliação,etc. só que a responsabilidade de gerirtu<strong>do</strong> ficou a cargo <strong>do</strong> diretor de curso, o que éum trabalho muito complexo, principalmentenum curso como este que tem à volta de 60 disciplinas.No seu entender, porque é que um futurouniversitário deve concorrer ao curso daLicenciatura em Línguas e Literaturas Europeias?Primeiro penso que não se deve concorrer a umcurso pensan<strong>do</strong> apenas nas suas saídas, porquea situação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho é muito instávele está a mudar constantemente. Penso quecada um deve seguir a área de que gosta. Nomeu caso gostava de línguas e de linguística, porisso acho que voltava a tomar esta decisão. Estecurso tem muitas mais-valias. Em primeiro lugartem as diferentes variantes e os diferentes planosde estu<strong>do</strong>, o que oferece ao aluno um leque varia<strong>do</strong>de escolhas linguísticas. No caso <strong>do</strong> inglês,o aluno deve ter um bom nível para escolher avariante major inglês. Já quanto à segunda língua(a língua minor), pode ou não ter conhecimentosprévios. Quan<strong>do</strong> reestruturei o curso, esteficou com <strong>do</strong>is perfis na língua minor. O alunoque entra no curso e não tem conhecimentos dealemão, francês ou espanhol pode começar <strong>do</strong>zero. Os alunos que têm conhecimentos entramnum perfil mais eleva<strong>do</strong>, o que é uma vantagem.Depois, para um aluno que quer ser professorde línguas, este é o único curso que lhe dá osECTS necessários para entrar num mestra<strong>do</strong> emensino. Além disso, o curso tem algumas disciplinasde tecnologias, o que é uma mais-valia. Osalunos têm, logo no primeiro ano, tecnologias decomunicação nas humanidades. Os que gostamdessa área têm a possibilidade de escolher opçõesde tecnologias no 3º ano. Têm ainda váriasopções como marketing, animação cultural, opçõespedagógico-didáticas. Através das opções,o aluno também já é orienta<strong>do</strong> para decidir qualo mestra<strong>do</strong> que pretende seguir posteriormente.E os alunos sabem que atualmente é muito importantesaberem línguas, pois muitos acabamo curso e vão para o estrangeiro trabalhar ouestudar.Quais são na sua opinião os pontos fortesdeste curso? E os pontos fracos?Os mais fortes são a possibilidade de combinaras línguas, de iniciarem a aprendizagem de umalíngua ou então irem para um perfil mais eleva<strong>do</strong>,o facto de terem unidades curriculares de tecnologiase as diferentes opções. O mais complica<strong>do</strong>neste curso é gerir os oito planos, fazer horários,por exemplo. Neste curso não conseguimos evitarfuros, pois há disciplinas comuns a to<strong>do</strong>s osplanos e a outros cursos e, como agora temoscursos em pós-laboral e não dispomos de maispessoal <strong>do</strong>cente (pelo contrário até), temos quepuxar os horários diurnos para mais tarde paraconseguir ocupar aquela faixa que é comum entreas 18h e as 20h, e é claro, por vezes, os alunosqueixam-se <strong>do</strong>s horários.O que caracteriza este curso da U<strong>Minho</strong>relativamente aos cursos de Licenciaturaem Línguas e Literaturas Europeias de outrasuniversidades?Existem os cursos em Línguas, Literaturas eCulturas em Lisboa, Porto, Aveiro e Coimbra enoutras universidades, por isso, temos algunstermos de comparação. Relativamente às outrasuniversidades, a nossa nota mínima de entrada eos índices de procura <strong>do</strong> curso são muito bons.Os nossos indica<strong>do</strong>res de emprego também sãomuito positivos comparan<strong>do</strong> com os de outrasuniversidades, por isso estamos bem.Existem hoje em dia excesso de profissionaisem determinadas áreas. O que podemesperar os alunos da Licenciatura em Línguase Literaturas Europeias quanto aomerca<strong>do</strong> de trabalho?O que eu lhes digo é que não podem pensarque acabam o curso e têm emprego garanti<strong>do</strong>.Estes alunos têm que fazer Erasmus, têm queestar abertos a ofertas de emprego e de estágio(também) no estrangeiro. Esta licenciatura é deapenas três anos, oferece uma formação de baseem línguas mas os alunos devem estar a abertosa prosseguir a sua formação, em Portugal ou noestrangeiro. Muitos <strong>do</strong>s nossos alunos vão fazermestra<strong>do</strong> para fora, aproveitam os intercâmbiose projetos interuniversitários, tanto durante a licenciaturacomo a nível da pós-graduação. Elesestudam línguas estrangeiras, por isso, passaralgum tempo no país onde podem falar a línguaque estudaram com falantes nativos é uma mais--valia importante.Acompanhou o perío<strong>do</strong> das reformas deBolonha, marca<strong>do</strong> por uma profunda alteração<strong>do</strong> modelo de ensino. Como o avalia?A ideia era boa, mas o problema é a interpretaçãoque se faz de Bolonha, e cada país fez asua interpretação. Não sei se os alunos ganharammuito com Bolonha em Portugal, porquenós temos um sistema muito rígi<strong>do</strong>. As nossaslicenciaturas têm um determina<strong>do</strong> número dedisciplinas que estão publicadas em Diário daRepública, se quisermos mudar uma disciplinatemos que fazer uma reforma e os novos planostêm que ser novamente publica<strong>do</strong>s. É tu<strong>do</strong> muitopouco flexível. Um sistema como o que existe porexemplo na Alemanha vai mais ao encontro <strong>do</strong>espírito de Bolonha. Aí a licenciatura tem disciplinasobrigatórias e depois tem opções que osprofessores podem criar e oferecer pontualmente,como seminários, varian<strong>do</strong> a oferta letiva.Penso que dessa forma os alunos ganham mais.Mas acho que Bolonha veio melhorar este curso.No caso das línguas saiu a parte da formaçãode professores. Quem quiser ser professor temque tirar o mestra<strong>do</strong> em ensino. A introdução deopções profissionalizantes foi positiva. Estas dãoaos alunos um cheirinho <strong>do</strong> caminho que podemprosseguir posteriormente. Um aluno que entreatualmente numa licenciatura de 3 anos tem queperceber que terá uma formação base e que teráque seguir depois o seu percurso, por exemplo,num mestra<strong>do</strong>.Quais são as suas prioridades para o cursonos próximos tempos?A prioridade é dar tempo para estabilizar o curso,depois de um perío<strong>do</strong> de reestruturações sucessivas.Desde que estou na direção de cursos jáfizemos 3 alterações ao(s) plano(s) de estu<strong>do</strong>s<strong>do</strong> curso. Fomos ven<strong>do</strong> onde é que havia problemase tentámos colmatá-los. Esta 3ª reforma jánão foi iniciativa minha, mas impulsionada pelaReitoria. No próximo ano, o curso já vai abrir coma opção U<strong>Minho</strong>, uma opção aberta a to<strong>do</strong>s oscursos da UM. Será uma mais-valia os alunos poderemescolher uma opção que não é da área<strong>do</strong> ILCH. Teremos ainda outras opções comunsa to<strong>do</strong>s os cursos <strong>do</strong> ILCH. Espero que esse bolocomum facilite a organização da oferta das unidadescurriculares opcionais.Em relação ao curso, temos alguns projetos,como o projeto de tutoria em pares – TUTOPAR--LLE. Alunos de anos mais avança<strong>do</strong>s ajudam oscolegas que têm mais dificuldades nas línguasou nas meto<strong>do</strong>logias de estu<strong>do</strong>, durante duas horaspor semana. A iniciativa já funciona pelo 3ºano consecutivo e tem si<strong>do</strong> positiva. Agora temosque dar tempo para que estas reformas tambémdêem frutos.Quais são para si os principais desafios?Neste momento o principal desafio é o financeiro.Temos que ultrapassar esta crise. No ILCH estamoscom problemas na manutenção <strong>do</strong> corpo<strong>do</strong>cente, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s leitores, os <strong>do</strong>centes queefetivamente dão as aulas de línguas. O problemaé que temos os cursos, temos os horáriospós-laborais e cada vez menos pessoas para daras aulas. Daí a necessidade de juntar cursos emmuitas UCs. O maior desafio <strong>do</strong> curso é superarestas dificuldades financeiras e superar a crisenas Humanidades, que está a afetar toda a Europa.As Humanidades não geram o dinheiro queoutras áreas como as engenharias, economia,tecnologias, etc. conseguem gerar, e nunca o vãofazer.
academia // www.dicas.sas.uminho.ptdPÁGINA 11 // 30.MAR.12<strong>UMdicas</strong>37º Aniversário da Escola de Ciências da UM“Esperamos que seja reconheci<strong>do</strong> o valor dainvestigação”A celebração <strong>do</strong> 37º Aniversário da Escola de Ciênciasda <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong> (ECUM) decorreuno passa<strong>do</strong> dia 24 de fevereiro, no Campus deGualtar. O “Dia da Escola” iniciou-se pelas 11:00com a sessão de abertura e consequente entregade Cartas de Curso, na qual marcaram presençailustres figuras como Filipe Vaz, presidente <strong>do</strong>Conselho Pedagógico da Escola de Ciências, e ovice-reitor da UM, Rui Vieira de Castro.JOSÉ MARIA PINHEIROdicas@sas.uminho.ptA componente recreativa não foi esquecida com aactuação da Tuna de Ciências da UM - Azeituna,decorren<strong>do</strong> posteriormente a cerimónia comemorativaoficial por volta das 14:30, contan<strong>do</strong> coma presença <strong>do</strong> prestigia<strong>do</strong> reitor da UM, AntónioCunha.Inaugurada em 1995, a ECUM situa-se nos campide Gualtar e Azurém, desenvolven<strong>do</strong> atividades deensino, investigação e interacção com a sociedade.Constituída por cinco departamentos e setecentros de investigação em áreas ligadas à Biologia,Geologia, Física, Matemática e Química. Já ainvestigação de impacto internacional traduz-se naelevada classificação <strong>do</strong>s seus centros, para alémde um corpo <strong>do</strong>cente com 98% de professores<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>s.“Esperamos que com a anunciada revisão <strong>do</strong> sistemade financiamento por parte <strong>do</strong> Ministério daEducação e da Ciência seja reconheci<strong>do</strong> o valor dainvestigação como área da sustentabilidade da formaçãograduada, e como não podia deixar de ser,da formação pós-graduada. Deste mo<strong>do</strong>, tem-severifica<strong>do</strong> consequentemente uma reestruturaçãoda oferta formativa da Escola de Ciências nesseâmbito nos últimos anos”, afirma Estelita Vaz, Presidenteda Escola de Ciências.Já o reitor da U<strong>Minho</strong>, António Cunha,defende que “a escola se encontracertamente integrada num teci<strong>do</strong>universitário português, e até mesmoeuropeu, pelo que não podia deixarde destacar o papel da Escola a nívelinternacional, para além da sua disponibilidade.Assim sen<strong>do</strong>, a Escolade Ciências tem consegui<strong>do</strong> fazer umpercurso notável quer na área da investigaçãocomo na área <strong>do</strong> Ensino,concretizan<strong>do</strong>-se num esforço reconheci<strong>do</strong>pela U<strong>Minho</strong> na sua reformulaçãocurricular.”Escola de Economia e Gestão da UM celebrou 30 anos de vida“Celebramos a pessoa na figura <strong>do</strong>s nossos alunos”A Escola de Economia e Gestão (EEG) celebrou30 anos de vida no passa<strong>do</strong> dia 10 de março,uma cerimónia que contou com a presença dealguns ilustres, entre os quais o reitor da <strong>Universidade</strong><strong>do</strong> <strong>Minho</strong>, António M. Cunha, o Presidenteda Escola de Economia e Gestão, Professor ManuelJosé Rocha Armada, para além de representantesda Academia <strong>Minho</strong>ta, como o presidente<strong>do</strong> Instituto de Ciências Sociais (ICS), ou o presidenteda Escola de Direito.JOSÉ MARIA PINHEIROdicas@sas.uminho.ptA sessão solene iniciou-se pelas 10:15 com o discurso<strong>do</strong> Professor Rocha Armada, destacan<strong>do</strong> acelebração de um mo<strong>do</strong> bastante singelo “O quenos encontramos aqui a comemorar acima detu<strong>do</strong> são as pessoas na figura <strong>do</strong>s nossos colegase respectivo percurso de excelência, concretizan<strong>do</strong>-senuma maior afirmação nacionale internacional da Escola.Para além disso, celebramos apessoa na figura <strong>do</strong>s nossos alunos”,sumariza o representantemáximo da EEG.Já o Professor Cadima Ribeiro,Presidente <strong>do</strong> Conselho de Escolada EEG, procedeu a uma retrospetivahistórica da Escola, realçan<strong>do</strong>os acontecimentos mais marcantesna estrutura da mesma, comoa criação <strong>do</strong> Departamento de RelaçõesInternacionais ou a fundação<strong>do</strong> primeiro curso de Mestra<strong>do</strong>:“Quan<strong>do</strong> iniciei funções em 1983, encontreiuma unidade funcional na qual se encontrava umgrupo de 6 pessoas contratadas, sen<strong>do</strong> a EEGum projeto partilha<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s nós”, recorda o<strong>do</strong>cente da U<strong>Minho</strong>.“É com prazer que me associo ao 30ºAniversárioda Escola de Economia e Gestão, percorren<strong>do</strong> opercurso desta instituição com a maturidade quelhe advém. Deste mo<strong>do</strong>, uma vez que nos encontramosnum contexto particularmente complexo,há que garantir mecanismos de diferenciação”,defende o reitor da U<strong>Minho</strong>, António M. Cunha,destacan<strong>do</strong> ainda a criação de uma Escola deNegócios ao longo da sua exposição.Posteriormente, efetuou-se a entrega de Cartasde Curso e Prémios Escolares, finalizan<strong>do</strong>-se asessão com um recital <strong>do</strong> Decateto de Metais daU<strong>Minho</strong>, sob a direção de Vasco Faria.Projeto NanoValor apresenta<strong>do</strong> na U<strong>Minho</strong>A <strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> <strong>Minho</strong> recebeu no passa<strong>do</strong> dia6 de março, o 1º Fórum NanoValor - Valorizaçãode resulta<strong>do</strong>s de I&DT em Nanotecnologia naEuro-região Norte de Portugal/Galiza. O eventoserviu para apresentar o projeto, o qual juntoupersonalidades da área, universidades, empresas,e centros de investigação que discutiram ofuturo <strong>do</strong> setor da nanotecnologia.ANA MARQUESanac@sas.uminho.ptO Projeto Nanovalor junta oito parceiros (<strong>Universidade</strong><strong>do</strong> <strong>Minho</strong>, Porto e Santiago de Compostela,Tec<strong>Minho</strong>, INESC-Porto, INL, AIMEN e FundaciónEmpresa-Universidad Gallega), sen<strong>do</strong> este projetofinancia<strong>do</strong> pela União Europeia, pretende-se sobretu<strong>do</strong>o aumento da competitividade na EuroregiãoNorte de Portugal-Galiza de forma a garantiro crescimento económico sustentável da região.A sessão de abertura decorreu pelas 10h00 nocampus de Gualtar contan<strong>do</strong> com a presença <strong>do</strong>vice-reitor, Rui Vieira de Castro, e <strong>do</strong> pró-reitorVasco Teixeira - coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto NanoValor,que apresentou o projeto, referin<strong>do</strong> os seusobjetivos, missão, motivações, equipa, beneficiáriose âmbito. Um Projeto que visa essencialmentereforçar os laços institucionais entre os atores--chave na área da Nanotecnologia das regiões <strong>do</strong>Norte de Portugal e da Galiza, através da criaçãoe formalização de um Pólo de Competitividade(PCT). Segun<strong>do</strong> Vasco Teixeira pretende-se sobretu<strong>do</strong>“criar condições para que os investiga<strong>do</strong>respossam desenvolver trabalho na área e abrirportas para os projetos resultantes no merca<strong>do</strong>”.Segun<strong>do</strong> este “existe no Norte de Portugal e Galizauma forte base de conhecimento científico naárea da nanotecnologia”, sen<strong>do</strong> que “ainda nãohá grandes resulta<strong>do</strong>s de valorização económicadesse conhecimento”.Após a apresentação, seguiu-se o painel “Construçãode parcerias estratégicas entre instituiçõesde I&D e empresas” que reuniu Joaquim Carneiro(modera<strong>do</strong>r –U<strong>Minho</strong>), Ricar<strong>do</strong> Ferreira (INL - InstitutoIbérico de Nanotecnologia), Raúl Fangueiro(U<strong>Minho</strong>), João Ventura (<strong>Universidade</strong> <strong>do</strong> Porto),José Caldeira (INESC-Porto), María de la Fuente(USC - <strong>Universidade</strong> de Santiago de Compostela)e Jorge Arias (AIMEN - Associación de InvestigaciónMetalúrgica del Noroeste).Introduzin<strong>do</strong> o painel, Joaquim Carneiro começoupor referir que “a sociedade bracarense ainda nãopercecionou o impacto <strong>do</strong> Laboratório InternacionalIbérico (INL) ” reiteran<strong>do</strong> ainda que “a cidadeé conhecida mundialmente com a instalação <strong>do</strong>INL na cidade”.O evento visou partilhar experiências entre investiga<strong>do</strong>resde grupos e centros tecnológicos, representantesde empresas e instituições de I&D <strong>do</strong>Norte de Portugal e da Galiza. Pretendeu aindaperceber como o NanoValor pode dar resposta anecessidades concretas, identificadas pelos diversos“stakeholders”, relacionadas com o desenvolvimento,valorizações e comercialização de ideiase projetos de nanotecnologia.Ricar<strong>do</strong> Ferreira (INL), referiu que atualmente jáestão seis <strong>do</strong>s 40 grupos de investigação previstospara se instalarem no Laboratório, para o investiga<strong>do</strong>r“o estatuto de laboratório internacionaltraz benefícios mas também muitas responsabilidades”referiu.Entre os casos de sucesso de empresas da áreada nanotecnologia foram apresenta<strong>do</strong>s váriosexemplos, tanto portugueses como <strong>do</strong> la<strong>do</strong> daGaliza, tais como a “Inovnano”, da CompanhiaUnião Fabril (CUF), sen<strong>do</strong> a primeira empresaque visa produzir nanopartículas cerâmicas paraa indústria em geral.Para além da spin off “Ecoticket”, que produz nanopartículaspara a indústria têxtil e que resultoude investigação da U<strong>Minho</strong>, bem como a “Nano-Gap”, que resultou da investigação na <strong>Universidade</strong>de Compostela e da TMG Automotive, queproduz nanomateriais para a indústria automóvel.Durante a tarde teve ainda lugar o painel “Experiênciadas empresas em projetos e desenvolvimentode produtos na Nanotecnologia”.