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Mediação em contexto escolar: transformar o conflito em ... - Exedra

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Catarina Morgado • Isabel Oliveira • <strong>Mediação</strong> <strong>em</strong> <strong>contexto</strong> <strong>escolar</strong>Os RAC constitu<strong>em</strong> uma alternativa à via judicial e traz<strong>em</strong> diversas vantagens<strong>em</strong> termos de eficácia, celeridade, simplificação, proximidade e participação dosdestinatários na realização da própria justiça. Garante-se, por um lado, uma maioradequação das respostas aos interesses e necessidades do cidadão e obtém-se, poroutro, menores custos quer económicos quer <strong>em</strong>ocionais.Mais do que meios alternativos à via judicial, pois não substitu<strong>em</strong> os tribunais,poderíamos dizer que se apresentam como meios apropriados de gestão e resoluçãode <strong>conflito</strong>s. Apropriados, porque <strong>em</strong> alguns tipos de <strong>conflito</strong>s serão mais eficientesna sua resolução e poderão ter um efeito preventivo na sua escalada, promovendo autilização de métodos positivos de comunicação que visam a transformação do modocomo as partes <strong>em</strong> disputa lidam entre si.Resumindo, as soluções para probl<strong>em</strong>as complexos, alcançadas através desta via,preench<strong>em</strong> as necessidades das partes <strong>em</strong> <strong>conflito</strong> e das suas comunidades, fortalec<strong>em</strong>as instituições cívicas locais, preservam as relações entre litigantes e ensinamalternativas à violência ou ao litígio na resolução de <strong>conflito</strong>s. Ajudam, desta forma,a reduzir o nível de tensão na comunidade, focando-se na prevenção e resolução de<strong>conflito</strong>s latentes, como é disso ex<strong>em</strong>plo a mediação <strong>escolar</strong>.Apoiando-nos <strong>em</strong> Alzate (1999) passamos a destacar os principais momentos nahistória da mediação <strong>escolar</strong>.Os programas de resolução de <strong>conflito</strong>s tiveram orig<strong>em</strong> fora do <strong>contexto</strong> <strong>escolar</strong>.Na década de 70, a administração do presidente Jimmy Carter impulsionou a criaçãode centros de <strong>Mediação</strong> Comunitária. O objectivo destes centros era oferecer umaalternativa aos tribunais, permitindo aos cidadãos reunir<strong>em</strong>-se e procurar<strong>em</strong> umasolução para a questão que ali os levava.Entretanto, assiste-se no início dos anos 80 a um marcado crescimento nautilização da mediação <strong>em</strong> disputas que envolviam crianças ou jovens, nomeadamente<strong>em</strong> <strong>contexto</strong> <strong>escolar</strong>. Mais especificamente, <strong>em</strong> 1982, os Community Boards de SanFrancisco iniciam uma colaboração entre os centros de mediação comunitária e ossist<strong>em</strong>as <strong>escolar</strong>es. Considerando que as competências para trabalhar o <strong>conflito</strong> sãoessenciais numa sociedade d<strong>em</strong>ocrática, criam o programa “Recursos de resoluçãode <strong>conflito</strong>s para a escola e jovens”. No ano de 1984 surge, nos Estados Unidos,a NAME, Associação Nacional de <strong>Mediação</strong> Escolar, que serviria para o estudo eimpl<strong>em</strong>entação da mediação e, <strong>em</strong> 1985, a NAME funde-se com o NIDRF, InstitutoNacional de Resolução de Litígios, nascendo a CRENET, Rede de Resolução deConflitos na Educação. Neste último ano, os educadores para a responsabilidadesocial e o Conselho de Educação da cidade de Nova Iorque, promov<strong>em</strong> a colaboração45

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