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δδεεCassio Neri e Marco Cabral - Laboratório de Matemática Aplicada

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18CAPÍTULO 2. NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS E RACIONAISigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> números naturais e como apresentado na Definição 2.6. Porém a “igualda<strong>de</strong>”ocorre num sentido se, e somente se, ocorre no outro. Por esta razão, po<strong>de</strong>mos pensar noconceito <strong>de</strong> cardinalida<strong>de</strong> como generalização do conceito <strong>de</strong> número <strong>de</strong> elementos.DEFINIÇÃO 2.7. Sejam A e B conjuntos não vazios. Se existe função injetiva f : A → B,então dizemos que a cardinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> A é menor ou igual à <strong>de</strong> B e escrevemos #A ≤ #B.Se existe uma função sobrejetiva g : A → B, então dizemos que a cardinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> A émaior ou igual a <strong>de</strong> B e escrevemos #A ≥ #B. Se #A ≤ #B e #A ≠ #B, entãoescrevemos #A < #B (lê-se a cardinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> A é menor que a <strong>de</strong> B). Analogamente, se#A ≥ #B e #A ≠ #B, então escrevemos #A > #B (lê-se a cardinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> A é maiorque a <strong>de</strong> B).Feita esta <strong>de</strong>finição, temos que A ≠ ∅ é enumerável se, e somente se, #A ≤ #N.Exemplo 2.2. Seja A um conjunto não vazio. É evi<strong>de</strong>nte que #A = #A pois a funçãoi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Id : A → A dada por Id(x) = x para todo x ∈ A é uma bijeção.Exemplo 2.3. Sejam A e B dois conjuntos não vazios com A ⊂ B. Obviamente #A ≤ #Bpois a função Id : A → B dada por Id(x) = x para todo x ∈ A é injetiva.PROPOSIÇÃO 2.8. Sejam A e B dois conjuntos não vazios. Então #A ≤ #B se, esomente se, #B ≥ #A.Demonstração. Consequência do exercício 28, p.13: “Prove que existe f : A → B injetivase, e somente se, existe g : B → A sobrejetiva.”Outra proprieda<strong>de</strong> que se espera do símbolo ≤ é dada pelo teorema seguinte.⋆ TEOREMA 2.9. (De Cantor 1 -Bernstein 2 -Schrö<strong>de</strong>r 3 )Se #A ≤ #B e #B ≤ #A, então #A = #B.Antes <strong>de</strong> apresentar a <strong>de</strong>monstração, vamos comentar a i<strong>de</strong>ia da prova.O objetivo é construir uma bijeção h <strong>de</strong> A em B. Estão à nossa disposição dois ingredientes:uma função f <strong>de</strong> A em B e uma função g <strong>de</strong> B em A, ambas injetivas. Existem,portanto, dois “caminhos” naturais que vão <strong>de</strong> A até B: f e g −1 . Consi<strong>de</strong>rando isto na <strong>de</strong>finição<strong>de</strong> h, o problema resume-se a <strong>de</strong>cidir quais pontos <strong>de</strong> A seguirão o primeiro caminhoe quais seguirão o segundo. Ou seja, dividimos A em duas partes complementares, X 0 e X ∁ 0 ,e fazemos h = f em X 0 e h = g −1 em X ∁ 0.A função h será bijetiva se, e somente se, as imagens <strong>de</strong> X 0 e X ∁ 0 forem complementares(em B). Ou seja, <strong>de</strong>vemos escolher X 0 <strong>de</strong> modo que f (X 0 ) ∁ = g −1( X ∁ 0)ou, <strong>de</strong> modo1 Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor: ⋆ 03/03/1845, São Petersburgo, Rússia - † 06/01/1918 Halle,Alemanha.2 Felix Bernstein: ⋆ 24/02/1878, Halle, Alemanha - † 03/12/1956, Zurique, Suíça.3 Friedrich Wilhelm Karl Ernst Schrö<strong>de</strong>r: ⋆ 25/11/1841,Mannheim, Alemanha - † 16/07/1902,Karlsruhe,Alemanha.

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