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Sistemas Especialistas - Faculdade de Tecnologia - Unicamp

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Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas – UNICAMP<strong>Faculda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> - FTINTRODUÇÃO A SISTEMASESPECIALISTASLuiz BarretoMarcelo PrezotoLimeira-SP2010


Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas – UNICAMP<strong>Faculda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> - FTINTRODUÇÃO A SISTEMASESPECIALISTASAutores: Luiz Rodolfo Barreto;Marcelo Godoi PrezotoProfessor: Prof. Dr. Marcos Augusto FranciscoBorgesTrabalho <strong>de</strong> Pós-Graduação da disciplina FT011A– Inteligência Artificial, apresentado na <strong>Faculda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Tecnologia</strong> – FT como requisito <strong>de</strong> conclusão<strong>de</strong> matéria do curso <strong>de</strong> Mestrado em <strong>Tecnologia</strong>para <strong>Sistemas</strong> e Fenômenos Complexos.Limeira-SP2010


Ao Universo <strong>de</strong> Profissionais <strong>de</strong> Exatas e à Deus.i


AGRADECIMENTOAgra<strong>de</strong>cemos os estudiosos da área <strong>de</strong> exatas, pelos excelentes textos quenos serviram <strong>de</strong> referência. À Deus, que nos <strong>de</strong>u tempo para realizarmos estapesquisa, e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudarmos na UNICAMP.Ao professor Marcos Augusto Francisco Borges por nos aceitar na matéria <strong>de</strong>Inteligência Artificial e fornecer seu vasto conhecimento na área.ii


RESUMOTrabalho <strong>de</strong>senvolvido para <strong>de</strong>svendar uma das áreas <strong>de</strong> Inteligência Artificialmais difundidas entre as áreas exatas: <strong>Sistemas</strong> <strong>Especialistas</strong>. Acima <strong>de</strong> tentar criarsistemas que substituam especialistas humanos, a área <strong>de</strong> <strong>Sistemas</strong> <strong>Especialistas</strong>busca criar sistemas que possam oferecer respostas mais exatas aos problemas jáutilizados por sua base <strong>de</strong> conhecimento.ABSTRACTPaper <strong>de</strong>veloped to unveil one of fields from Artificial Inteligence bestdisseminate into the exact areas: Specialist Systems. Upward of try create systemsthat substitute human specialists, the Specialist Systems area search create systemsthat can offer more exactly answers to problems already used into your knowledgebase.iii


ÍNDICEAGRADECIMENTO..................................................................................................................... IIRESUMO..................................................................................................................................... IIIABSTRACT................................................................................................................................. IIILISTA DE FIGURAS................................................................................................................... VILISTA DE SIGLAS.................................................................................................................... VIIINTRODUÇÃO............................................................................................................................. 1EMBASAMENTO TEÓRICO........................................................................................................4FUNDAMENTOS DE UM SISTEMA ESPECIALISTA............................................................................4COMO O SISTEMA ESPECIALISTA “APRENDE”..............................................................................5DESAFIOS E SOLUÇÕES ENCONTRADAS COM SISTEMAS ESPECIALISTAS....................8VANTAGENS.....................................................................................................................8Velocida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>terminar a fronteira do que é o problema com a fronteira dapossível solução................................................................................................................... 8Decisões fundamentadas em bases <strong>de</strong> conhecimento............................................9Estabilida<strong>de</strong> do conhecimento.................................................................................9Dependência <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> humano especialista.................................................9Integração <strong>de</strong> soluções..........................................................................................10DESVANTAGENS...............................................................................................................10Especialização focalizada......................................................................................10Falta <strong>de</strong> meta-conhecimento.................................................................................11Validação do <strong>de</strong>sempenho....................................................................................11CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ESPECIALISTAS.............................................................12SISTEMA ESPECIALISTA DE INTERPRETAÇÃO...........................................................................12SISTEMA ESPECIALISTA DE DIAGNÓSTICO..............................................................................12SISTEMA ESPECIALISTA DE MONITORAMENTO..........................................................................13SISTEMA ESPECIALISTA DE PREDIÇÃO...................................................................................13SISTEMA ESPECIALISTA DE PLANEJAMENTO............................................................................13SISTEMA ESPECIALISTA DE PROJETO....................................................................................14SISTEMA ESPECIALISTA DE DEPURAÇÃO................................................................................14SISTEMA ESPECIALISTA DE REPARO.....................................................................................14SISTEMA ESPECIALISTA DE INSTRUÇÃO..................................................................................14SISTEMA ESPECIALISTA DE CONTROLE..................................................................................15ELEMENTOS PRIMORDIAIS DE SISTEMAS ESPECIALISTAS..............................................16BASE DE CONHECIMENTO..................................................................................................17iv


QUADRO NEGRO.............................................................................................................17MECANISMO DE INFERÊNCIA...............................................................................................17PROCESSADOR DE LINGUAGEM NATURAL...............................................................................19JUSTIFICADOR DE CONHECIMENTO........................................................................................19SEQÜENCIADOR...............................................................................................................19INTERPRETADOR..............................................................................................................20RESPOSTAS/SAÍDAS DE UM SISTEMA ESPECIALISTA.......................................................21ABORDAGEM DE PRIMEIRO MODO: A DEFINIÇÃO GENÉRICA........................................................21ABORDAGEM DE SEGUNDO MODO: A DEFINIÇÃO ESPECÍFICA.....................................................21ABORDAGEM DE TERCEIRO MODO: A DEFINIÇÃO AUTO-CRIADA...................................................22COMPARANDO SISTEMAS: SISTEMAS CONVENCIONAIS X SISTEMAS ESPECIALISTAS................................................................................................................................................... 23CONCLUSÃO............................................................................................................................ 24REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................25v


LISTA DE FIGURASFigura 1 – Estrutura básica <strong>de</strong> um sistema especialista....................................... 16Figura 2 – Regras básicas <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong> inferência.................................18vi


LISTA DE SIGLASHD – Hard Disk / Disco RígidoIA – Inteligência ArtificialInmetro - Instituto Nacional <strong>de</strong> Metrologia, Normalização e Qualida<strong>de</strong> IndustrialKB – Knowledge Base (Base <strong>de</strong> Conhecimento)Prolog – Programação Lógicavii


INTRODUÇÃOVivenciando uma era tecnológica on<strong>de</strong> o limite <strong>de</strong> divergências entre os serescomeça a se tornar mera terminologia, a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> padrões lógicos <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>saté então humanas começa a resplan<strong>de</strong>cer no horizonte tecnológico.A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> inteligência torna-se cada dia mais divergente da idéia originalda palavra em latim intelligere, uma associação das palavras em latim intelligenzia eintèn<strong>de</strong>re, que significa “enten<strong>de</strong>r, compreen<strong>de</strong>r” (BONOMI, 2008). Atualmente, não hácomo <strong>de</strong>finir o quão divergente é a compreensão <strong>de</strong> uma pessoa perante acompreensão <strong>de</strong> uma máquina, pois não há <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> que a compreensão humanaé simplesmente um emaranhado <strong>de</strong> neurônios que enten<strong>de</strong>m algum estímulo externoe inicia uma seqüência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s; ou é algo mais profundo, que a lógica Fuzzy nãoconseguiria produzir uma condição que atenda explicitamente a uma máquinaexecutar as or<strong>de</strong>ns que a foram incumbidas.Tendo esta <strong>de</strong>finição incongruente em mente, <strong>de</strong>finir o que é a inteligênciaartificial se torna uma árdua tarefa <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> raciocínio. Por hora, utilizamo-nos <strong>de</strong>uma <strong>de</strong>finição amplamente conhecida, <strong>de</strong> que “Inteligência Artificial é a parte daciência da computação que compreen<strong>de</strong> o projeto <strong>de</strong> sistemas computacionais queexibam características associadas, quando presentes no comportamento humano, àinteligência” (BARR & FEIGENBAUM, 1981).Com tal <strong>de</strong>finição em mente, po<strong>de</strong>mos afirmar que o conhecimento englobadopor este conceito <strong>de</strong> inteligência artificial muda a cada dia, por um lado ampliandoseus horizontes com novas <strong>de</strong>scobertas humanas, por outro reduzindo conformenovas tecnologias são <strong>de</strong>scobertas.Uma das mais difundidas concepções aplicadas <strong>de</strong> Inteligência Artificial nocotidiano são os sistemas especialistas. Antes <strong>de</strong> entrar em discussão o que é umsistema especialista e suas fronteiras, vamos <strong>de</strong>finir o que é sistema e o que éespecialista.Primeiramente, <strong>de</strong>finamos sistema, que é um “Conjunto <strong>de</strong> elementos,materiais ou i<strong>de</strong>ais, entre os quais se possam encontrar ou <strong>de</strong>finir alguma relação”(FÁVERO & SANTO, 2005), ou seja, um agrupamento <strong>de</strong> objetos com o objetivo <strong>de</strong>processar algo e apresentar um resultado esperado, logo, uma <strong>de</strong>rivação das1


ativida<strong>de</strong>s que os humanos realizam, como o ato <strong>de</strong> andar, cujo objetivo é chegar aalgum ponto no globo terrestre.Um sistema que possua uma boa integração dos módulos é chamado <strong>de</strong>sistema sinérgico, on<strong>de</strong> as transformações ocorridas em uma das partes do sistemaserão influenciadas pelas transformações ocorridas em outras partes <strong>de</strong>ste mesmosistema. (TONSIG, 2003)Já a idéia <strong>de</strong> sistema em nosso contexto, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir como umagrupamento <strong>de</strong> módulos (programas), com entradas <strong>de</strong> dados e saída <strong>de</strong>informações, com o objetivo <strong>de</strong> resultar em informações lógicas para seus usuários.Com a idéia <strong>de</strong> sistema em mente, <strong>de</strong>finamos especialista como sendo a"Pessoa que se consagra com particular interesse e cuidado a certo estudo.Conhecedor, perito". (FÁVERO & SANTO, 2005), ou seja, é algo ou alguém quepossui características <strong>de</strong> profunda sabedoria/conhecimento em um assunto específico,<strong>de</strong> forma a fornecer resultados <strong>de</strong> processamentos com ênfase realística. Em nossocontexto, abstrairemos a palavra “pessoa” para “ser ou máquina”.Juntando estas duas concepções, conclui-se que sistema especialista é umagrupamento <strong>de</strong> objetos/módulos, cada qual com sua especialida<strong>de</strong>, com o objetivo <strong>de</strong>fornecer uma resposta mais factível possível da real resposta esperada. Juntando istocom os conceitos <strong>de</strong> Inteligência Artificial, tal sistema <strong>de</strong>verá possuir interfaces <strong>de</strong>entrada <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong> forma a obter sempre mais conhecimento em <strong>de</strong>terminadoassunto, <strong>de</strong> forma a especializar-se mais e mais no assunto ao qual submete suaespecialida<strong>de</strong>.Com estas idéias bem <strong>de</strong>finidas, po<strong>de</strong>mos mostrar como um sistemaespecialista funciona e quais são seus embasamentos para tal.O trabalho está estruturado como se segue: no Capítulo 2 é apresentado oembasamento teórico <strong>de</strong>ste trabalho contendo informações sobre o a base <strong>de</strong>sistemas especialistas e <strong>de</strong>finições; no capítulo 3 são apresentados os <strong>de</strong>safiosencontrados em <strong>de</strong>senvolver sistemas especialistas, bem como suas vantagens e<strong>de</strong>svantagens; no capítulo 4 são apresentados os tipos <strong>de</strong> sistema especialistas, <strong>de</strong>acordo com suas funções; no capítulo 5 são apresentados os elementos que umsistema especialista <strong>de</strong>ve possuir para garantir seu funcionamento e ter as respostasfactíveis mais próximas do esperado; no capítulo 6 são apresentados os possíveistipos <strong>de</strong> resposta que um sistema especialista po<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r; no capítulo 7 é2


apresentada uma comparação <strong>de</strong> resultados entre sistemas especialistas e sistemastradicionais e no capítulo 8 são apresentadas as conclusões.3


EMBASAMENTO TEÓRICOEste capítulo contém o embasamento teórico utilizado para compreen<strong>de</strong>r ofuncionamento <strong>de</strong> um sistema especialista, ainda que <strong>de</strong> forma bem simplória.Fundamentos <strong>de</strong> um sistema especialistaComo <strong>de</strong>finimos acima, sistema especialista nada mais é que um sistema cujosmódulos possuem embasamento em <strong>de</strong>terminado assunto, a fim <strong>de</strong> fornecerrespostas especializadas em <strong>de</strong>terminado assunto.Visto que <strong>de</strong>cisões especializadas são frutos do pensamento humano, quecompara fatos levantados e localiza certa ligação entre os <strong>de</strong>mais fatos que possuamsituações idênticas, o sistema especialista também <strong>de</strong>ve ter funcionamento embasadoem experiências passadas para fornecer respostas especializadas ao usuário.Se um sistema <strong>de</strong>stes armazenar suas experiências, e, assim como oshumanos apren<strong>de</strong>m, ser alimentados por conhecimento através <strong>de</strong> um humano, umsistema po<strong>de</strong> tornar-se especialista no assunto e obter certa vantagem sobre aespecialida<strong>de</strong> humana, visto que a máquina não irá esquecer as informações que lheforam passadas.Mas, ao trabalharmos no conhecimento que um sistema especialista po<strong>de</strong>armazenar, <strong>de</strong>paramo-nos com o gran<strong>de</strong> empecilho hoje da Inteligência Artificial: atéquando o senso humano auxilia o processo <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> informações.Novamente, <strong>de</strong>finiremos senso, que é “a suposta compreensão <strong>de</strong> todas ascoisas por meio do saber social, ou seja, é o saber que se adquire através <strong>de</strong>experiências vividas ou ouvidas do cotidiano“. (MUNDO EDUCAÇÃO, 2009).A <strong>de</strong>finição acima nos mostra uma frase intrigante: “... suposta compreensão<strong>de</strong> todas as coisas ... <strong>de</strong> experiências vividas ou ouvidas do cotidiano”, ou seja, sensobasicamente é o aprendizado diário humano, que faz com que tome <strong>de</strong>cisões emmomentos que o mesmo não possua a certeza <strong>de</strong> que a verda<strong>de</strong> absoluta estejasendo findada no momento.4


As máquinas tentam simular tal senso com a lógica Fuzzy, que po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>finida como “uma <strong>de</strong>rivação da vagacida<strong>de</strong> do universo crisp (on<strong>de</strong> só existemverda<strong>de</strong>s e falsida<strong>de</strong>s absolutas, o popular true or false), po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>finir situaçõeson<strong>de</strong> a verda<strong>de</strong> absoluta ou a falsida<strong>de</strong> absoluta não po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas, mas que asituação chegue perto <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> coincidência on<strong>de</strong> possa ser <strong>de</strong>finido umcenário propício a uma verda<strong>de</strong> ou falsida<strong>de</strong>”. (ABAR, 2008).Ou seja, máquinas po<strong>de</strong>m executar sistemas cuja resposta assemelha-se a <strong>de</strong>especialistas humanos, simulando o senso humano através <strong>de</strong> lógica cujo resultadopossa aproximar-se <strong>de</strong> uma possível resposta crisp, simulando, por sua vez, terconhecimento a respeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado assunto.A especialização <strong>de</strong>ste sistema se dá pelo “aprendizado” <strong>de</strong> novos conceitos enovas resoluções para problemas já apresentados anteriormente. Obviamente, umamáquina não apren<strong>de</strong> simplesmente o que fazer, pois lhe falta o senso, como <strong>de</strong>scritoanteriormente, mas esta máquina po<strong>de</strong>rá armazenar em sua base <strong>de</strong> dados, possíveisdados que possuam relação direta com uma <strong>de</strong>terminada resposta que o usuáriopossa <strong>de</strong>finir como sendo satisfatória.Como o sistema especialista “apren<strong>de</strong>”A formação <strong>de</strong> um sistema especialista é basicamente composta por trêscomponentes principais:- Base <strong>de</strong> dados, responsável por armazenar os dados pré-levantados e aspossíveis respostas <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado conjunto <strong>de</strong> entradas, assim chamada <strong>de</strong>base <strong>de</strong> conhecimento;- Conjunto <strong>de</strong> operadores, que são mecanismos que fazem as buscas na base<strong>de</strong> dados a fim <strong>de</strong> encontrar respostas aos dados informados inicialmente;- Estratégia <strong>de</strong> controle, que assim como uma árvore binária, é a responsávelpor facilitar a localização do conjunto <strong>de</strong> operadores, restringindo a base <strong>de</strong> dados aum subconjunto <strong>de</strong> metas, a fim <strong>de</strong> diminuir, a cada dado fornecido, a gama <strong>de</strong>possíveis respostas aos problemas especificados.Baseado em (FÁVERO & SANTO, 2005).5


Como po<strong>de</strong>mos observar, nenhum dos módulos aplica explicitamente a lógicaFuzzy, pois tal lógica é aplicada pelo conjunto <strong>de</strong> ação dos três componentes, sejarestringindo, procurando ou fornecendo dados com consi<strong>de</strong>ráveis taxas <strong>de</strong> acerto acerto tipo <strong>de</strong> questão levantada.Como todos estes componentes são alterados a cada pergunta realizada /resposta esperada divergente da fornecida ao usuário, o sistema especialistanecessita ser executado em ambientes <strong>de</strong> armazenamento e processamento <strong>de</strong> dadoscujo código seja dinamicamente alterado, <strong>de</strong> forma a sempre acrescentar e modificarpossíveis regras inseridas no sistema.Desta forma, o sistema acaba chegando a um ponto que sua base <strong>de</strong> dados e<strong>de</strong> regras é tão <strong>de</strong>senvolvida que as respostas começam a satisfazer mais e mais osusuários, ou seja, quanto mais um sistema especialista é utilizado, mais conhecimentoele adquire, e mais especialista ele se torna, diferentemente do ser humano que acada pensamento especialista que possua, mais genérico torna seu pensamento.Ainda assim, é levantada a questão da substituição <strong>de</strong> profissionaisespecialistas por uma máquina especialista. Como citado anteriormente, o que tornainviável tal fato é a falta <strong>de</strong> senso humano <strong>de</strong> um sistema especialista, percebida peloproblema que um médico sofre ao diagnosticar uma doença a um paciente: Se umpaciente possui tosse e escorrimento no nariz, ele está resfriado, se ele possui doresno corpo, náuseas e vômito, <strong>de</strong>ngue. Mas, e se o paciente mentir sobre algum <strong>de</strong>stessintomas apenas para ser medicado? É neste momento que entra o senso humano,que <strong>de</strong> uma forma injustificável, percebe que o paciente está mentindo, analisando,por exemplo, seu tom <strong>de</strong> voz, trejeitos <strong>de</strong> expressar-se e comportamentos <strong>de</strong> umpaciente que mente.Assim, visto pelo lado do senso, um sistema especialista acaba se tornandomais um auxilio à um humano especialista do que um sistema que por si só sejaespecialista.Mas, vendo por outro ângulo, é possível que um médico possua conhecimentodo diagnóstico <strong>de</strong> todas as doenças com a qual ele se <strong>de</strong>para? Ou ele só possuiconhecimento daquelas que são mais comuns <strong>de</strong> ocorrer? Visto que o ser humano éincapaz <strong>de</strong> armazenar gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conhecimento em sua mente aomesmo tempo, é levada a conclusão <strong>de</strong> que o médico possua algum tipo <strong>de</strong>documentação para ser consultada quando se <strong>de</strong>parar com uma doença anormal aoseu dia-a-dia. Se ele possui uma base <strong>de</strong> conhecimento com a qual ele consulta os6


sintomas, nada po<strong>de</strong> impedir <strong>de</strong> que tenha uma base da mesma forma que esta, mascom a vantagem <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com os diagnósticos fornecidos pelo médico.Assim, novamente fica a pergunta no ar: será que um sistema especialistapo<strong>de</strong> ou não substituir a opinião humana?7


DESAFIOS E SOLUÇÕES ENCONTRADAS COM SISTEMASESPECIALISTASAssim como qualquer questão ou tecnologia que seja <strong>de</strong>scoberta ou discutidana atual socieda<strong>de</strong>, a vertente da Inteligência Artificial que trabalha com sistemasespecialistas também encontrou algumas soluções e <strong>de</strong>safios nos algoritmos <strong>de</strong> seussistemas especialistas.VantagensAbaixo, um estudo <strong>de</strong> tais soluções a <strong>de</strong>safios já transpassados e algunsquestionamentos que ainda assolam o universo <strong>de</strong> sistemas especialistas, começandopelas vantagens:Velocida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>terminar a fronteira do que é o problema com a fronteira dapossível solução.O ser humano possui uma capacida<strong>de</strong> infinita em resolver problemas <strong>de</strong> seucotidiano. Mas, por ter senso (já discutido neste trabalho), acaba muitas vezesconfundindo-se em <strong>de</strong>finir a fronteira do problema com a respectiva solução. Com isto,acaba se gastando tempo precioso em se <strong>de</strong>terminar a principal causa do problema,para <strong>de</strong>pois vir atacando as causas menores e respectivamente acabar com oproblema em si e gerar uma solução. Logo, como uma máquina processa em padrãológico, a fronteira do problema com a solução acaba sendo explícita, facilitando o focoem encontrar a principal causa e apontar as possíveis falhas para se chegar à soluçãoesperada.8


Decisões fundamentadas em bases <strong>de</strong> conhecimento.Diferente do ser humano, que possui uma base finita <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong>informações (além do problema <strong>de</strong> esquecer momentaneamente alguma informação),a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar informações em uma máquina é praticamente infinita(mesmo quando está chegando ao fim, basta adicionar HD ou memória que suacapacida<strong>de</strong> aumenta). Logo, partindo do princípio que a máquina tenha sidoalimentada com a mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação que um humano, a máquinateoricamente seria superior ao humano em tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Alinhado a isto, umamáquina toma <strong>de</strong>cisões findadas em conhecimento previamente inserido eprocessado, diferente <strong>de</strong> algumas situações humanas on<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões são <strong>de</strong>finidas embase <strong>de</strong> premissas incertas <strong>de</strong> “acreditar” em uma <strong>de</strong>terminada solução. Uma máquinatoma <strong>de</strong>cisões em informações findadas.Estabilida<strong>de</strong> do conhecimento.Como foi citado no sub-tópico acima, uma máquina toma <strong>de</strong>cisões baseadasem conhecimento previamente cadastrado e processado. Também foi citado oproblema humano <strong>de</strong> esquecer momentaneamente uma informação (praticamentetodo humano já passou por situações on<strong>de</strong> tenha esquecido alguma data importante,ou <strong>de</strong> comprar algum objeto para sua esposa), algo que dificilmente ocorreria em umamáquina (salvo em situações <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> informação ou problema técnico). Mesmocom tais informações em mente, ainda é infinitamente superior a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vezesque um humano po<strong>de</strong>ria esquecer uma informação perante a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vezes queuma máquina po<strong>de</strong>ria ter um problema técnico e per<strong>de</strong>r alguma informação.Dependência <strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> humano especialista.Assim como ocorre com os humanos, quanto mais informações uma máquinaconsegue “apren<strong>de</strong>r” (utilizaremos este termo para assimilar a um humano a máquina,na realida<strong>de</strong>, ela está ampliando sua base <strong>de</strong> conhecimento), mais especialista ela setorna, e quanto mais especialista ela se torna, menos <strong>de</strong>pendência com interações <strong>de</strong>9


inserções <strong>de</strong> conhecimento (sentido humano <strong>de</strong> aprendizado) esta possuirá, logo, aospoucos, vai se extinguindo a relação <strong>de</strong> um humano especialista alimentandoconhecimento nesta máquina, <strong>de</strong>sta forma, tornando-a in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em algunsaspectos relacionados à sua tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Integração <strong>de</strong> soluções.Novamente comparando a um humano, uma máquina possui a vantagem <strong>de</strong>compartilhar as soluções encontradas com outras soluções, <strong>de</strong> forma a compartilharsua base <strong>de</strong> conhecimento com outras soluções, ou seja, um sistema especialista <strong>de</strong>diagnóstico médico po<strong>de</strong> compartilhar informações com o sistema especialista <strong>de</strong>medicamentos, <strong>de</strong> forma que a inserção em qualquer uma das bases <strong>de</strong> conhecimentogere automaticamente uma solução <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado problema em outra base,mantendo cada solução especialista em sua área, diferentemente <strong>de</strong> um humano.Seria como tentar fazer um humano compreen<strong>de</strong>r a especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro humano,sem que este se torne especialista em <strong>de</strong>terminada área, utilizando dos recursos dooutro humano. Em outras palavras, um humano utilizar da massa cinzenta <strong>de</strong> outrohumano para encontrar uma solução em sua área especialista.DesvantagensAssim como qualquer tecnologia, um sistema especialista também possui<strong>de</strong>svantagens. Como na área <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong>svantagens po<strong>de</strong>m ser momentâneas,durando apenas até uma nova tecnologia surgir, veremos estas <strong>de</strong>svantagens como<strong>de</strong>safios. Agora, discorreremos sobre alguns dos <strong>de</strong>safios:Especialização focalizada.Já fora discorrido nos sub-tópicos anteriores que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que previamentealimentado, uma máquina especialista possui uma capacida<strong>de</strong> superior à humana aooferecer soluções técnicas a problemas especializados. Mas, ao tentar localizar umasolução genérica para algum problema do cotidiano, a máquina torna-se totalmente10


ignorante àquilo que não fora previamente programada. Por exemplo, um médico (umespecialista em diagnósticos) po<strong>de</strong> muito bem pregar um prego solto (tarefa <strong>de</strong> ummarceneiro, o especialista em trabalhar ma<strong>de</strong>ira). Mas, se existir uma máquinaespecialista em diagnósticos, e ela não for previamente instruída a como pregar umprego, ela jamais irá correspon<strong>de</strong>r da maneira esperada diante <strong>de</strong> tal problema. Logo,em situações genéricas, o humano possui uma capacida<strong>de</strong> superior à máquina, vistoque um humano po<strong>de</strong> ser especialista em qualquer coisa, que continuará possuindouma estrutura corporal idêntica, já a máquina, muda <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> acordo com aespecialida<strong>de</strong> que irá prover.Falta <strong>de</strong> meta-conhecimento.Um humano po<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r novas habilida<strong>de</strong>s sozinho. Seja uma língua, umesporte, tocar um instrumento ou mesmo programar, um ser humano não precisa <strong>de</strong>outro ser humano inserindo conhecimento para que possa realizar algumas tarefasespecíficas. Uma máquina necessita ser instruída logicamente para que possa realizaralgo específico. Ou seja, sem algo ou alguém que a “instrua”, uma máquina não passa<strong>de</strong> um aglomerado <strong>de</strong> metal e silício sem utilida<strong>de</strong> alguma.Validação do <strong>de</strong>sempenho.Diferente do humano, que para validar seu conhecimento e seu <strong>de</strong>sempenho,utiliza <strong>de</strong> provas com tempo para respon<strong>de</strong>r, uma máquina possuirá sempre um tempoX para realizar <strong>de</strong>terminada tarefa, e ainda assim terá <strong>de</strong> ser validada por algumhumano especialista, que diferente do humano, que valida o seu próprio <strong>de</strong>sempenho,a máquina não possui métodos precisos para validar-se. Assim concluímos quemesmo a máquina tornando-se especialista com respostas mais bem fundadas que asdo ser humano, o humano ainda possui as respostas mais confiáveis que as <strong>de</strong> umamáquina, por se responsabilizar pelo uso das mesmas.Informações baseadas em (FÁVERO & SANTO, 2005).11


CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ESPECIALISTASAssim como qualquer outro tipo <strong>de</strong> sistema, os sistemas especialistas po<strong>de</strong>mser classificados <strong>de</strong> diversas formas. Se classificados quanto a sua forma <strong>de</strong>funcionamento, existem 10 possíveis categorias on<strong>de</strong> um sistema especialista po<strong>de</strong>ser enquadrado:Sistema Especialista <strong>de</strong> InterpretaçãoPartindo do princípio <strong>de</strong> que um sistema especialista possua uma ampla base<strong>de</strong> conhecimento, um sistema especialista <strong>de</strong> interpretação irá prover <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>situações <strong>de</strong> solução para <strong>de</strong>terminados problemas, realizando uma análise nospontos chave do problema e relacionando com situações parecidas que este tenha emsua base <strong>de</strong> conhecimento. Assim, é possível fazer uma análise por aproximação(baseando-se em lógica Fuzzy) das causas que sejam parecidas com a causa do atualproblema, e oferecer uma solução equivalente a <strong>de</strong> outros problemas apresentados.As <strong>de</strong>mais soluções que possuam um grau <strong>de</strong> acerto inferior são <strong>de</strong>scartadas.Sistema Especialista <strong>de</strong> Diagnóstico<strong>Sistemas</strong> <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão dos sistemas especialistas <strong>de</strong> interpretação.Geralmente, são interligados por módulos ao próprio sistema especialista <strong>de</strong>interpretação. Baseando-se nas falhas <strong>de</strong> solução que um sistema especialista <strong>de</strong>interpretação possa gerar, como falhas técnicas, falhas <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> dados oufalhas <strong>de</strong> diagnóstico, efetua uma correção na base <strong>de</strong> dados dos sistemasespecialistas, atuando sobre as possíveis respostas que um sistema especialista <strong>de</strong>interpretação possa concluir como sendo a resposta mais próxima <strong>de</strong> estar correta.12


Sistema Especialista <strong>de</strong> MonitoramentoAtua em conjunto com sistemas comuns. Monitora <strong>de</strong>terminadocomportamento dos sistemas, informando ao usuário humano as intervençõesnecessárias do usuário. Desta forma, realiza uma interpretação do status do sistema,aguardando momentos on<strong>de</strong> o sistema necessite <strong>de</strong> entradas humanas para que aoperação seja concluída com sucesso. Um exemplo <strong>de</strong>ste é o Adobe Acrobat Updater.Sistema Especialista <strong>de</strong> PrediçãoBaseando-se em informações históricas dos sistemas, um sistema especialista<strong>de</strong> predição consegue retornar possíveis informações futuras <strong>de</strong> um sistema, como ocrescimento <strong>de</strong>ste, o índice <strong>de</strong> possíveis erros e as áreas <strong>de</strong> possível falha. Diferente<strong>de</strong> um sistema especialista <strong>de</strong> planejamento (como visto abaixo), este sistema apenasinforma ao usuário humano possíveis problemas futuros, não tomando <strong>de</strong>cisão alguma<strong>de</strong> alterações e etc., que fica a cargo do humano operador do sistema.Sistema Especialista <strong>de</strong> PlanejamentoBaseando-se em dados levantados pelos sistemas especialistas <strong>de</strong> predição, enos dados <strong>de</strong> possíveis metas <strong>de</strong>finidas para os próximos períodos <strong>de</strong> análise, estetipo <strong>de</strong> sistema fornece uma lista <strong>de</strong> tarefas e sub-tarefas para atingir <strong>de</strong>terminadoobjetivo, tomando ações para que tais tarefas sejam cumpridas no prazo. Este tipo <strong>de</strong>sistema po<strong>de</strong> funcionar baseando-se em dados <strong>de</strong> software e hardware para previsões<strong>de</strong> tecnologia ou em dados das bases <strong>de</strong> dados para fornecer análises a um horizonte<strong>de</strong> negócio.13


Sistema Especialista <strong>de</strong> ProjetoBusca soluções alternativas a problemas encontrados pelos sistemasespecialistas <strong>de</strong> planejamento, oferecendo alternativas com o mínimo <strong>de</strong> alterações noresultado final buscado pelos sistemas especialistas <strong>de</strong> planejamento. Logo, gerajustificativas plausíveis para explanar sobre as mudanças nas fases <strong>de</strong> planejamento,atacando as sub-tarefas geradas pelos sistemas especialistas <strong>de</strong> planejamento.Sistema Especialista <strong>de</strong> DepuraçãoProvê soluções para um possível mau-funcionamento por distorção das bases<strong>de</strong> dados e <strong>de</strong> regras do sistema. Desta forma, age como um agente <strong>de</strong> validação <strong>de</strong>quebra <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> um sistema especialista, validando os processos executados<strong>de</strong>ntro do sistema e i<strong>de</strong>ntificando possíveis procedimentos danosos ao programa.Sistema Especialista <strong>de</strong> ReparoSistema especialista em executar as correções sugeridas pelos sistemasespecialistas <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração, administrando as falhas que necessitem <strong>de</strong> paradas <strong>de</strong>sistema para conserto e agendando tais paradas para efetuar a manutenção. Como setratam <strong>de</strong> sistemas complexos <strong>de</strong> alto impacto nos negócios, ocasionando muitasparadas <strong>de</strong> processo, este tipo <strong>de</strong> sistema especialista é pouco <strong>de</strong>senvolvido, pois aresponsabilida<strong>de</strong> sob o sistema é muito gran<strong>de</strong> para algo tão artificial.Sistema Especialista <strong>de</strong> InstruçãoSistema especialista com objetivo <strong>de</strong> propor <strong>de</strong>safios a seu operador, <strong>de</strong> formaa instruí-lo a realizar <strong>de</strong>terminadas tarefas, <strong>de</strong> forma a ensinar sobre <strong>de</strong>terminadoassunto a um possível estudante que opere o sistema. Po<strong>de</strong> incorporar subsistemas14


especialistas, como <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração ou reparo, para que o estudante possa obtersituações parecidas durante a operação com o sistema.Sistema Especialista <strong>de</strong> ControleSistema especialista <strong>de</strong> maior nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>. Sistema especialista quecontrola diversos outros tipos <strong>de</strong> sistemas, não somente os computacionais. Realizaanálises baseadas nos sistemas especialistas <strong>de</strong> diagnóstico e predição, <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>terminar horizontes <strong>de</strong> negócio para os próprios sistemas especialistas incorporadosa ele.Informações baseadas em (FÁVERO & SANTO, 2005).15


ELEMENTOS PRIMORDIAIS DE SISTEMAS ESPECIALISTASBaseando-se na premissa <strong>de</strong> que sistemas especialistas não possuem domíniototal <strong>de</strong> toda informação <strong>de</strong> sua especialida<strong>de</strong>, o sistema especialista necessitaoferecer ao usuário respostas que sejam o mais próximo <strong>de</strong> respostas i<strong>de</strong>ais, logo, aresposta que estiver mais próximo <strong>de</strong> ser a i<strong>de</strong>al, será a que será escolhida para saída<strong>de</strong> um sistema especialista.Dentro <strong>de</strong> muitas arquiteturas <strong>de</strong> sistemas especialistas, existe uma que se<strong>de</strong>staca pela simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão, chamada <strong>de</strong> “Estruturação Básica”, que édividida em sete partes básicas: Base <strong>de</strong> Conhecimento, Quadro Negro, Mecanismo<strong>de</strong> Inferência, Processador <strong>de</strong> Linguagem Natural, Justificador <strong>de</strong> Conhecimento,Seqüenciador e Interpretador. Abaixo, uma representação gráfica das interligaçõesdos componentes da estrutura básica e a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> cada estrutura:Figura 1 – Estrutura básica <strong>de</strong> um sistema especialista16


Base <strong>de</strong> ConhecimentoLocal <strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> todas as regras e fatos dos sistemas especialistas.Seria o banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> um sistema tradicional ou a área do cérebro humano quearmazena o conhecimento adquirido.Quadro NegroLocal <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> regras dos sistemas especialistas. Assim comoum código em Prolog que carrega bases <strong>de</strong> regras na memória do computador,disponibilizando tais regras para que outros sistemas possam a utilizar, o quadronegrocompartilha informações levantadas pela Base <strong>de</strong> Conhecimento e Mecanismo<strong>de</strong> Inferência com os <strong>de</strong>mais softwares que compartilham informação.Desta forma, as regras tornam-se públicas para que os sistemas compartilhementre si tais regras, ou seja, um sistema po<strong>de</strong> fornecer e requisitar regras disponíveisem um quadro negro público. Assim como funciona qualquer lousa escolar, um quadronegro oferece informações aos leitores <strong>de</strong> tais quadros, que a qualquer momentopo<strong>de</strong>m alterar as regras ali escritas, <strong>de</strong> forma que os novos leitores possamcompartilhar a nova informação <strong>de</strong>scrita na lousa.Assim, conforme os objetivos parciais são atingidos, os resultados parciais <strong>de</strong>um <strong>de</strong>terminado problema são publicados no quadro-negro, num processo <strong>de</strong> escrita,leitura e exclusão <strong>de</strong> informações que se esten<strong>de</strong> até a conclusão final do problema.Mecanismo <strong>de</strong> InferênciaMecanismo compartilhado entre sistemas especialistas para busca <strong>de</strong> dadosna base <strong>de</strong> conhecimento. Tendo a premissa <strong>de</strong> que as bases <strong>de</strong> conhecimento sãopadronizadas e que os mecanismos <strong>de</strong> inferência sigam um padrão <strong>de</strong> busca, omecanismo <strong>de</strong> inferência irá encontrar a melhor solução <strong>de</strong>ntre um conjunto racionalpré-<strong>de</strong>terminado na base <strong>de</strong> conhecimento, chegando a resposta mais próxima doi<strong>de</strong>al esperado pelo usuário.17


abaixo:Basicamente, as tarefas <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong> inferência se resumem a figuraFigura 2 – Regras básicas <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong> inferênciaApós estes passos <strong>de</strong>scritos na figura acima, o mecanismo <strong>de</strong> inferência fixaestes dados no quadro-negro, <strong>de</strong> forma a serem avaliadas antes das regras anterioresdo quadro-negro, logo, empilha as informações no quadro-negro.A regra é avaliada enquanto ter contexto verda<strong>de</strong>iro, caso contrário, a regra éeliminada do quadro-negro, a meta estabelecida é <strong>de</strong>sempilhada e uma nova regrapara a meta estabelecida é criada, num processo recíproco até a localização dasolução esperada. Logo, <strong>de</strong>finiremos mecanismo <strong>de</strong> inferência o processo <strong>de</strong>avaliação das possíveis soluções das sub-tarefas <strong>de</strong> uma possível resposta <strong>de</strong> umproblema. Este mecanismo também nos auxilia a localizar erros nos fundamentos eobjetivos lógicos, <strong>de</strong> forma a aprimorar nossas regras <strong>de</strong> localizar soluções aproblemas.É responsável também por consistir nas regras executadas pelo Interpretador,realizando uma verificação final em todas as regras que serão enviadas ao usuário pormeio do Processador <strong>de</strong> Linguagem Natural.18


Processador <strong>de</strong> Linguagem NaturalSistema especialista responsável por manter a interface com o usuário na área<strong>de</strong> regras do sistema, <strong>de</strong> forma a receber e enviar regras ao usuário, da forma maistransparente possível para o mesmo. A palavra “Natural” está associada a este termopelo fato do processador necessitar interpretar a linguagem utilizada pelo usuário,respon<strong>de</strong>ndo aos estímulos do usuário nas bases <strong>de</strong> conhecimento, <strong>de</strong> forma a esteatributo por si só tornar-se um mecanismo especialista, interligando-se ao sistema <strong>de</strong>forma também natural, sendo o menos artificial possível ao emitir saídas ao usuário.Justificador <strong>de</strong> ConhecimentoVoltado para trabalhar com as saídas do processo <strong>de</strong> Regras do Mecanismo <strong>de</strong>Inferência, este módulo é responsável por <strong>de</strong>talhar como o sistema chegou a<strong>de</strong>terminada conclusão, para utilizar do Processador <strong>de</strong> Linguagem Natural parainteragir com o usuário e, se necessário, solicitar ao usuário as entradas <strong>de</strong> sistemanecessárias para finalizar <strong>de</strong>terminada conclusão. Com isto, alinha a lógicacomputacional com a lógica humana, mantendo o sistema o mais natural possível, e,consequentemente, utilizando-se menos do Processador <strong>de</strong> Linguagem Natural aoretornar as respostas ao usuário (as entradas do sistema sempre serão em linguagemnatural, logo, este tipo <strong>de</strong> tarefa não po<strong>de</strong> ser aliviada no Processador <strong>de</strong> LinguagemNatural).SeqüenciadorSeleciona regras à serem utilizadas <strong>de</strong> acordo com fatos e hipóteses,colocando-as em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> execução para que o interpretador trabalhe com elas.Desta forma, executa as operações Fuzzy necessárias para <strong>de</strong>senvolver umaseqüência <strong>de</strong> processamento interno, concluir em uma resposta e enviar aointerpretador para execução.19


InterpretadorResponsável por interpretar as regras passadas pelo Seqüenciador, ou seja,processa as informações e regras que lhe são enviadas para processamento. Logo,torna-se em parte o núcleo do sistema, para que este possa trabalhar com asinformações passadas.Informações baseadas em (FÁVERO & SANTO, 2005).20


RESPOSTAS/SAÍDAS DE UM SISTEMA ESPECIALISTAAté o momento, <strong>de</strong>finimos um sistema especialista, abordamos suaclassificação, como mantém sua base <strong>de</strong> informações e etc., agora a<strong>de</strong>ntramos nouniverso das saídas <strong>de</strong> um sistema especialista, ou seja, como são classificadas assaídas <strong>de</strong> um sistema especialista.Para tanto, imaginemos a seguinte situação: um aluno está utilizando umsistema <strong>de</strong> busca (Google) para localizar o significado <strong>de</strong> ”Variável”.Teríamos três tipos <strong>de</strong> resposta com abordagens do sistema <strong>de</strong> modo distinto:Abordagem <strong>de</strong> Primeiro Modo: A <strong>de</strong>finição genérica.Partindo do princípio que cada informação possui seu contexto/universo <strong>de</strong>aplicação, mudando seu significado a cada contexto utilizado, a máquina irá forneceruma visão abrangente sobre o assunto pesquisado, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>finir o universoespecífico <strong>de</strong> aplicação da palavra.No nosso caso <strong>de</strong> exemplo, a máquina iria retornar ao usuário para que estepesquise livros <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento básico <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> informática, ou seja, não<strong>de</strong>finiu o que era a variável, mas apontou para o usuário on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria localizar talinformação.Abordagem <strong>de</strong> Segundo Modo: A <strong>de</strong>finição Específica.Ainda <strong>de</strong>ntro da idéia <strong>de</strong> contextos <strong>de</strong> informação, seria especificar osignificado da expressão pesquisada.Em nosso caso <strong>de</strong> exemplo, a máquina especificaria que <strong>de</strong>ntro do contexto <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algoritmos <strong>de</strong> informática, variável é um espaço em memória cujoconteúdo po<strong>de</strong> sofrer alterações no <strong>de</strong>correr da utilização do algoritmo.21


Abordagem <strong>de</strong> Terceiro Modo: A <strong>de</strong>finição auto-criada.Esta abordagem talvez seja a que mais po<strong>de</strong> influenciar um usuário, sendo amais complicada a se <strong>de</strong>senvolver em um algoritmo <strong>de</strong> sistema especialista. Estaabordagem visa forçar o usuário a criar suas próprias <strong>de</strong>finições, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>ixar oproblema <strong>de</strong> gerar uma resposta para o problema a cargo do usuário.Seria algo como o sistema respon<strong>de</strong>r ao usuário, através <strong>de</strong> exemplos, o quepo<strong>de</strong> ser uma variável, <strong>de</strong>ixando a cargo <strong>de</strong> o usuário <strong>de</strong>finir o que é variável. Este tipo<strong>de</strong> abordagem só funciona na relação máquina X humano, ou seja, a máquinainformando isto para que o usuário conclua a respeito, não na relação humano Xmáquina, on<strong>de</strong> a máquina <strong>de</strong>finiria sobre o assunto variável.Informações baseadas em (FÁVERO & SANTO, 2005).22


COMPARANDO SISTEMAS: SISTEMAS CONVENCIONAIS XSISTEMAS ESPECIALISTASUm sistema convencional baseia-se em algoritmos, on<strong>de</strong>, executando-os passoa passo, é processada uma resposta lógica ao problema fornecido <strong>de</strong> forma repetitiva,os dados são processados e o resultado correto (ou seja, o resultado perfeito para alógica da máquina) é apresentado ao usuário.Um sistema especialista trabalha com soluções <strong>de</strong> problemas que nãopossuem resolução por algoritmos, baseando-se em buscas heurísticas, ou seja,soluções aceitáveis, não soluções i<strong>de</strong>ais. Assim, consegue localizar soluções emtempo muito mais hábil que um sistema convencional, pois, para localizar uma soluçãoheurística, o tempo <strong>de</strong> processamento é bem inferior que o tempo <strong>de</strong> processamento<strong>de</strong> uma solução baseada em algoritmos.<strong>Sistemas</strong> especialistas nem sempre encontram uma solução. Como é baseadoem soluções heurísticas e que não possuem soluções por algoritmos, às vezes, osistema não consegue resolver em tempo hábil o problema, <strong>de</strong> forma a localizar umasolução tão distante da <strong>de</strong>sejada que tal solução torna-se <strong>de</strong>scartável.<strong>Sistemas</strong> especialistas po<strong>de</strong>m fornecer respostas erradas. Novamente citandoa idéia <strong>de</strong> sistemas heurísticos, o sistema po<strong>de</strong> escolher um conjunto <strong>de</strong> premissas dabase <strong>de</strong> dados incorreto, levando-o a uma conclusão incorreta do problema. Mas,diferente <strong>de</strong> um sistema tradicional, o sistema especialista possui a informação <strong>de</strong>como chegou a <strong>de</strong>terminada solução, apresentando todas as premissas que utilizara.<strong>Sistemas</strong> especialistas processam o conhecimento <strong>de</strong> sua base, não os dadosisolados. Desta forma, trabalha-se com bases <strong>de</strong> conhecimento com dados inseridosnestas bases, <strong>de</strong> forma a ajustar os dados conforme a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentoque o sistema exige. Assim, o sistema não necessita processar e trabalhar os dados,ele apenas obtém soluções baseadas nos dados nele inseridos, logo, as regrasnecessárias também po<strong>de</strong>m ser tratadas pelas bases <strong>de</strong> conhecimento.Informações baseadas em (FÁVERO & SANTO, 2005).23


CONCLUSÃOA área <strong>de</strong> inteligência artificial ten<strong>de</strong> a crescer gradativamente, conforme novastecnologias vão sendo <strong>de</strong>senvolvidas, assim como a lógica em si <strong>de</strong>senvolve-se hámuito tempo, e mesmo assim, surgem novas áreas a serem <strong>de</strong>finidas pela lógica.Conforme o <strong>de</strong>senvolvimento da lógica computacional, os sistemas ten<strong>de</strong>m a se<strong>de</strong>senvolver em proporção igual, atingindo novos patamares <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.O futuro da lógica <strong>de</strong> sistema especialistas ten<strong>de</strong> à abranger cada vez maisáreas especialistas, visto a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que transitam atualmente nainternet e são processadas por computadores. Nesta visão, logo os sistemasespecialistas terão uma base <strong>de</strong> conhecimento tão gran<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rão chegar aconclusões <strong>de</strong> horizontes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento superiores aos horizontes previstos porhumanos.Assim, algo indica que logo teremos sistemas especialistas fazendo check-upsem nossos automóveis, <strong>de</strong>senvolvendo análises <strong>de</strong> condição <strong>de</strong> solo e <strong>de</strong>maisvalidações que hoje são humanas, sendo certificadas por órgãos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> eficácia ecomprovação da informação, como o Inmetro.24


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABAR,C. (2008) in Aula <strong>de</strong> Lógica Matemática, PUC/SP. Disponível emhttp://www4.pucsp.br/~logica/Fuzzy.htm - Acesso em 27/08/2010 - 19:52.BARR, A.; FEIGENBAUM, E. (1981) in The Handbook of Artificial Intelligence.Los Altos, California: William Kaufmann Inc., 1981. V.I-II.BONOMI, F. (2008) in Vocabolario Etimologico <strong>de</strong>lla Lingua Italiana. Disponívelem http://www.etimo.it/?term=inten<strong>de</strong>re – Acesso em 08/07/2010 – 21:15.BONOMI, F. (2008) in Vocabolario Etimologico <strong>de</strong>lla Lingua Italiana. Disponívelem http://www.etimo.it/?term=intelligenza – Acesso em 08/07/2010 – 21:20.FÁVERO, A.; SANTO, N. (2005) in <strong>Sistemas</strong> <strong>Especialistas</strong>. Disponível emhttp://www.din.uem.br/~ia/especialistas/ - Acesso em 27/08/2010 – 19:11.MUNDO EDUCAÇÃO (2009) in Área <strong>de</strong> Filosofia. Disponível emhttp://www.mundoeducacao.com.br/filosofia/senso-comum.htm - Acesso em08/09/2010 - 21:42.TONSIG, S. (2003) in Engenharia <strong>de</strong> Software - Análise e Projeto <strong>de</strong> <strong>Sistemas</strong>.São Paulo: Futura.XAVIER, M. (2007) in Artigo: <strong>Sistemas</strong> <strong>Especialistas</strong>, Uma Introdução. RioGran<strong>de</strong> do Sul, Instituto <strong>de</strong> Informática, UFRS.25

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