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texto - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton

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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong>Programa <strong>de</strong> Pós Graduação em Oceanografia BiologiaDisciplina: <strong>Ecologia</strong> <strong>do</strong> IctioplânctonOr<strong>de</strong>m PerciformesA or<strong>de</strong>m Perciformes é uma or<strong>de</strong>m extremamente diversa, incluem amaioria <strong>do</strong>s peixes mais conheci<strong>do</strong>s e constituem a maior or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>svertebra<strong>do</strong>s. Atualmente existe cerca <strong>de</strong> 30.900 espécies <strong>de</strong> peixes, das quais40% são classifica<strong>do</strong>s como Perciformes. A maioria é marinha, mas existemaproximadamente 2.000 espécies ocorrem na água <strong>do</strong>ce. Nesta or<strong>de</strong>mencontramos espécies comuns como corvinas, barracudas, garoupas,anchovas, peixe-palhaço e carás (água <strong>do</strong>ce).OVOS: Os ovos geralmente apresentam-se com aspecto esférico, comuma, várias ou nenhuma gota <strong>de</strong> óleo, po<strong>de</strong>m atingir 1 milímetro <strong>de</strong> diâmetro ena maioria são pelágicos, com alguns <strong>de</strong>mersais. O córion geralmente é liso, ovitelo é homogêneo e na maioria o espaço perivitelínico é pequeno.LARVAS: As larvas apresentam enorme varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas. Possuemintestino enrola<strong>do</strong>, mas não com a extremida<strong>de</strong> distal livre; olho arre<strong>do</strong>nda<strong>do</strong>,escamas se formam na fase <strong>de</strong> transformação, raios da <strong>do</strong>rsal e anal seformam durante ou logo após a flexão da notocorda, espinhos da cabeçaquan<strong>do</strong> presentes se formam no opérculo e na série peitoral.Devi<strong>do</strong> a diversida<strong>de</strong> e tamanho da or<strong>de</strong>m, foi escolhi<strong>do</strong> duas gran<strong>de</strong>sfamílias representadas por um número expressivo <strong>de</strong> espécies na região sul <strong>do</strong>Brasil: Família Sciaenidae e Família Carangidae.FAMILIA SCIAENIDAEAproximadamente 70 gêneros e 270 espécies. A maioria são peixesmarinhos costeiros <strong>de</strong>mersais. Muitos utilizam o ambiente <strong>de</strong> estuário em seuciclo <strong>de</strong> vida. Apresentam alto valor comercial, sua pesca é explorada em to<strong>do</strong>o mun<strong>do</strong>. Os ovos <strong>do</strong>s scianí<strong>de</strong>os são pelágicos, esféricos, com vitelohomogêneo e com córion liso e transparente. Seu diâmetro varia <strong>de</strong> 0,60 a 1,30mm. Po<strong>de</strong>m ter uma ou várias gota <strong>de</strong> óleo. A i<strong>de</strong>ntificação é difícil <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àsemelhança com outros grupos. Já as larvas, apresentam formas variáveis,corpo com espinhos (pré-operculares, pós-temporal, pré-maxilar), suapigmentação é clara (linha mediana <strong>do</strong>rsal, pós-anal, base da nada<strong>de</strong>ira anal,parte superior <strong>do</strong> trato digestivo, ângulo <strong>do</strong> maxilar inferior, sínfise <strong>do</strong> cleitro)escurecen<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> crescimento. O intestino é curto, a cabeça é gran<strong>de</strong> ecomprimida com boca também gran<strong>de</strong> e oblíqua. As espécies comuns emnossa região pertencentes à família são: corvina - Micropogonias furnieri,pescada - Macro<strong>do</strong>n ancylo<strong>do</strong>n, e o papa-terra - Menticirrhus littoralis e M.americanus. Para exemplificar o ciclo <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> da família e o uso <strong>do</strong> estuáriocomo zona <strong>de</strong> alimentação e proteção para os juvenis, sugere-se o da corvinaMicropogonias furnieri em Castello (1986).


FAMILIA CARANGIDAEA família possui 33 gêneros e aproximadamente 150 espécies.Geralmente formam cardumes. Habitam zonas tropicais <strong>de</strong> superfície etemperadas quentes, junto à costa. São preda<strong>do</strong>res, alimentam-sebasicamente <strong>de</strong> peixes, crustáceos e invertebra<strong>do</strong>s planctônicos. Possuemimportância econômica em certas regiões e algumas espécies muitoapreciadas na pesca esportiva.Os ovos são pelágicos, esféricos, com espaço perivitelínico limita<strong>do</strong>,córion liso, apresentam uma ou várias gotas <strong>de</strong> óleo. O vitelo po<strong>de</strong> serhomogêneo ou segmenta<strong>do</strong>. São ovos muito semelhantes (tamanho eaparência) com outras espécies marinhas. As larvas possuem corpocomprimi<strong>do</strong> lateralmente, são pigmentadas na parte da cabeça e ao longo dasmargens <strong>do</strong>rsal e ventral <strong>do</strong> corpo. Possuem espinhos operculares na cristasupra-ocipital, na supra-ocular e na pós-temporal. Entre as espécies maiscomuns da família em nossa região, <strong>de</strong>stacamos o pampo Trachinotusmarginatus, T. carolinus e o peixe-galo Selene vomer.BibliografiaCastello, J.P. 1986. Distribuición, crescimiento y maduración sexual <strong>de</strong> lacorvina juvenil (Micropogonias furnieri) en el estuário <strong>de</strong> la “Lagoa <strong>do</strong>s Patos”,Brasil. PHYSIS (Buenos Aires) 44 (106): 21-36.Helfman, G.S., B.B. Collette & D.E. Facey. 1997. The diversity of fishes.Blackwell Science, Mal<strong>de</strong>n, Massachusetts. 528 pp.Johnson, G. D. 1978. Development of fishes of the mid-Atlantic Bight. Naatlas of egg, larval and juvenile stages. Vol 4: Carangidae through ephippidae.U. S. Fish Wildlife Service, U. S. Department of the Interior. 314 p.Menezes, N.A.; Figueire<strong>do</strong>, J.L. 1980. Manual <strong>de</strong> peixes marinhos <strong>do</strong>su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil IV. Teleostei (3). São Paulo: Museu <strong>de</strong> Zoologia-USP, 96p.Oliveira, Antônio F. De & Bemvenuti, Marlise <strong>de</strong> A. 2006. O ciclo <strong>de</strong> vida<strong>de</strong> alguns peixes <strong>do</strong> estuário da Lagoa <strong>do</strong>s Patos, RS, informações para oensino fundamental e médio. Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> <strong>Ecologia</strong> Aquática 1 (2): 16-29http:// www.Fishbase.org

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