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Bloqueio farmacológico do sistema renina- angiotensina-aldosterona

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299Tabela 4 – Receptores de AII/bloqueio (modifica<strong>do</strong> da referência 30)Receptores vasculares AT 1 Receptores vasculares AT 2Expressão permanenteExpressão pós-injúria (hipertensãoVasoconstricçãoarterial pode promover expressão)Efeitos tróficos na parede arterialVasodilataçãoAção antiproliferativaAtiva outros fatores (ex.: óxi<strong>do</strong> nítrico)Potencial de dupla ação pelo bloqueio seletivo <strong>do</strong>s receptores de AII<strong>Bloqueio</strong> da vasoconstricção e de ações tróficas da AII nos receptores AT 1Aumento da AII circulanteEstímulo <strong>do</strong>s receptores AT 2 (quan<strong>do</strong> expressos) pela AII, median<strong>do</strong> vasodilatação e inibição <strong>do</strong> estímulo tróficoAntihypertensive Long-term UseEvaluation (VALUE), prospectivo,duplo-cego, que compara os efeitos<strong>do</strong> valsartan com a amlodipina namorbidade e na mortalidade cardiovascularem pacientes com hipertensãoarterial primária e outros fatores derisco cardiovascular conheci<strong>do</strong>s 38 . Osefeitos da redução da pressão arterialcom candesartan na morbimortalidade,em pacientes com acidente vascularencefálico agu<strong>do</strong> e hipertensão, sãoestuda<strong>do</strong>s no ACCESS (Acute CandesartanCilexetil Evaluation in StrokeSurvivors) 39 .Os resulta<strong>do</strong>s destes estu<strong>do</strong>s,certamente, dar-nos-ão informaçõesseguras sobre o papel <strong>do</strong>s BRAII notratamento das <strong>do</strong>enças cardiovascularese colocarão essa classe demedicamentos como primeira linha notratamento da hipertensão arterial. Asmesmas precauções relacionadas aouso de inibi<strong>do</strong>res da ECA, em pacientescom hipertensão renovascular,mulheres com potencial de engravidarem,gravidez, hipovolemia, insuficiênciarenal crônica, aplicam-se aosBRAII. A tabela 5 lista os BRAIINomeLosartanValsartanIrbesartanCandesartanTelmisartandisponíveis para uso em nosso meio ea tabela 6 expõe as suas propriedadesfarmacológicas 40 .Comparação entre IECAe BRAII no tratamentode pacientes comhipertensão arterialExistem diferenças teóricas entreos inibi<strong>do</strong>res da ECA e <strong>do</strong> BRAII emsuas ações no SRAA. Os inibi<strong>do</strong>resda ECA previnem a formação de AII,entretanto sua ação não é completa.Os níveis circulantes de AII voltam ase elevar em pacientes com uso continua<strong>do</strong>de inibi<strong>do</strong>res da ECA por meioda formação de AII por vias alternativas,pois a enzima de conversãode <strong>angiotensina</strong> é somente uma dasvárias enzimas que podem ter açãoproteolítica converten<strong>do</strong> AI em AII.Além disso, o efeito <strong>do</strong>s inibi<strong>do</strong>res daAII não se dá somente pelo bloqueioda formação de AII, mas pelo aumentoda concentração de bradicinina. Esta,facilita a formação de óxi<strong>do</strong> nítrico eTabela 5 – BRAII disponíveis para o uso no BrasilDose média /dia50 mg a 100 mg80 mg a 160 mg150 mg a 300 mg8 mg a 16 mg20 mg a 160 mgprostaglandinas vasodilata<strong>do</strong>ras.Portanto, os inibi<strong>do</strong>res da ECAexercem seus efeitos na AII, bradicinina,óxi<strong>do</strong> nítrico e prostaglandinas,reduzin<strong>do</strong> a pressão arterial e promoven<strong>do</strong>efeito antiproliferativo nosvasos, no coração e nos rins.A maior experiência clínica com ouso <strong>do</strong>s BRAII tem si<strong>do</strong> na hipertensãoarterial, que raramente é condição clínicaisolada. Faz parte da chamada síndromehipertensiva e, portanto, os efeitos<strong>do</strong>s inibi<strong>do</strong>res da ECA e <strong>do</strong>s BRAIIdevem ser avalia<strong>do</strong>s em relação àsalterações lipídicas, ao metabolismo dainsulina e nas alterações estruturaisrenais, cardíacas e vasculares.Os efeitos sobre a pressão arterialpelos inibi<strong>do</strong>res da ECA e <strong>do</strong>s BRAIIsão comparáveis, como demonstramvários estu<strong>do</strong>s clínicos já cita<strong>do</strong>s. Asanormalidades lipídicas, principalmenteo aumento da fração LDL-colesterol,freqüentemente encontradas empacientes hipertensos, não parecemestar afetadas pelo uso <strong>do</strong>s inibi<strong>do</strong>resda ECA. Não existem, até o momento,estu<strong>do</strong>s adequa<strong>do</strong>s referentes àinterferência <strong>do</strong>s BRAII sobre o perfillipídico. A resistência à insulina, conhecidamenteimportante componente dasíndrome hipertensiva, mostra resulta<strong>do</strong>sfavoráveis com o uso de captopril.Os acha<strong>do</strong>s com outros agentesdessa classe não foram consistentese, portanto, não parece claro se essesagentes, como classe, uniformemente,melhoram a sensibilidade à insulina 41 .Ribeiro JM, Florêncio LP Rev Bras Hipertens vol 7(3): julho/setembro de 2000

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