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Colorimetria - Lume Arquitetura

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Na verdade, o que se dá não é bem umaadição. Poderíamos dizer que está mais para umamistura homogênea do que para uma soma,apesar de resultar em algo muito semelhante.Ocorre que a proximidade das cores (com ondastão pequenas que são imperceptíveis ao olhohumano) produz uma mistura perfeita, tanto que éimpossível uma separação visual. Assim, o olhocombina as cores que vê deforma a tentar uma uniformização.Para conseguirmos distinguiras cores presentes na luz branca énecessário um obstáculo que absorva,reflita ou refrate a luz, selecionando asfreqüências luminosas. Como podem fazer asgotas de água da chuva, a superfície docristal ou as escamas das asas de uma borboleta.ContrasteVoltando à experiência de Newton e à consideraçãode que na luz é que estão as cores,corremos o risco de pensarmos erradamente quepouca luz implicaria em poucas cores. Não é poraí. Independe da quantidade de luz. Se for luzbranca é, certamente, uma composição de todasas cores do espectro, mas para a demonstraçãoda experiência de Newton, é necessário queexistam sombras, pois somente no contraste entreclaro e escuro é possível perceber as tais estruturascoloridas (o espectro luminoso). Por isto,Goethe afirmou que "toda cor tem, por origem,uma luz e uma não-luz".Sendo assim, não se trata, simplesmente, dese ter pouca ou muita luz para existirem as cores,mas, para serem percebidas, é preciso o contraste.A relação com o olho humanoNossa principal forma de percebermos ascores é pelo sistema óptico.Os órgãos menos complexos de visão são osocelos, presentes principalmente nos seresmarinhos e que servem simplesmente para"À noite, todos os gatos são pardos", porque os conesdos nossos olhos não recebem quantidade suficiente de luzpara construírem uma imagem colorida.identificar a origem da luz, guiando estes seres emrelação à superfície. No outro extremo, há os olhosdos vertebrados, compostos, geralmente, porinumeráveis células sensíveis à luz.Nos seres humanos, estas células sensíveistransmitem as informações para o cérebro, ondevão ser formadas as imagens. Há duas espéciesde células receptoras de luz nos olhos humanos(cerca de 130 milhões em cada olho): os bastonetese os cones.Os bastonetes são em número superior aoscones (18 vezes mais), localizam-se na periferiados olhos e servem para captar a luz menosintensa, distinguindo principalmente o claro doescuro. Os cones concentram-se no centro doolho e percebem as luzes coloridas, são a partedos nossos olhos que melhor enxerga, masprecisam de muita luminosidade para agirem. Porisso, nossos olhos costumam se mover constantementepara focar aquilo em que temos maiorinteresse. A percepção dos contrastes proporcionadapelos bastonetes é uma forma de proteçãodurante as noites, afinal não precisamos saber acor do animal que está nos atacando e sim seutamanho, da mesma forma que é mais importantesabermos que há um buraco no chão do que a corda terra em que ele está.Tais características podem ser explicadas pelaseleção natural e a teoria da evolução (de Darwin).Nossos olhos são responsáveis por outrossistemas de defesa, por exemplo: não captam asradiações ultravioleta ou infravermelho.Isto ocorre para nossa proteção, uma vez queradiações acima do violeta podem agredir organismosvivos. Assim, o cristalino do olho absorve asondas menores que 250 milimicrometros, impedindoque suas radiações cheguem ao nervo óptico.O infravermelho, por sua vez, é uma radiaçãoluminosa que é emitida por todos os seres vivos.Se fosse captada pelos olhos juntamente com asdemais radiações, produziria uma enorme confusãode informações, dificultando em muito otrabalho do cérebro.Assim, poderíamos explicar que "à noite,todos os gatos são pardos", porque os cones dosnossos olhos não receberem quantidade suficientede luz para construírem uma imagem colorida,ficando a responsabilidade pela captação dainformação por conta dos bastonetes.▼76L U M EA R Q U I T E T U R A

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