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A relação da equipe de enfermagem com a criança e a família em ...

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Equipe interdisciplinar no POIFicou evi<strong>de</strong>nciado a importância <strong>de</strong> uma <strong>equipe</strong> estrutura<strong>da</strong> eharmoniosa, <strong>com</strong> funções distintas e <strong>em</strong> número a<strong>de</strong>quado parao bom an<strong>da</strong>mento do atendimento inicial, b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o prognósticofuturo.“Quando a criança chega, já t<strong>em</strong> montado a <strong>equipe</strong> né, entãoassim ca<strong>da</strong> um já t<strong>em</strong> uma função...”. (E3)“(...) é feito con<strong>com</strong>itant<strong>em</strong>ente no mínimo <strong>com</strong> três pessoasuma pessoa ta na parte <strong>de</strong> ventilação, <strong>de</strong> infusão <strong>de</strong> drogas,<strong>de</strong> circulação(...) uma outra pessoa ta cui<strong>da</strong>ndo <strong>da</strong> medicaçãoe uma terceira <strong>com</strong> os drenos e os cateteres, isso assim são asprimeiras ações aí <strong>de</strong>pois t<strong>em</strong> coleta <strong>de</strong> sangue, traçado <strong>de</strong>ECG, mais o principal e mais importante são os três primeiros”.(E2)O paciente <strong>de</strong>ve ser recepcionado por uma <strong>equipe</strong> <strong>com</strong> osseguintes m<strong>em</strong>bros: pediatra intensivista, pediatria resi<strong>de</strong>nte,enfermeira e auxiliar <strong>de</strong> <strong>enfermag<strong>em</strong></strong>, que irão a<strong>com</strong>panhá-lo <strong>em</strong>sua evolução no plantão, ca<strong>da</strong> um <strong>em</strong> sua função 12 , visandootimizar a terapêutica e a<strong>de</strong>quar procedimentos seguindoestratégias específicas para procedimentos realizados, <strong>em</strong>especial no grupo <strong>da</strong>s cardiopatias congênitas <strong>com</strong>plexas 18 .A <strong>equipe</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha papel importante na assistência à famíliae à criança <strong>com</strong> cardiopatia congênita. Quando a enfermeiraestimula a mãe a falar sobre a situação, torna-se mais fácil ajudálaa encontrar respostas às suas dúvi<strong>da</strong>s, o significado para amãe <strong>de</strong> ter um filho <strong>com</strong> probl<strong>em</strong>a no coração. Assim sendo,enten<strong>de</strong>mos que os planos <strong>de</strong> assistência para mãe e filhorequer<strong>em</strong> um repensar, no qual condutas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>do estejamvolta<strong>da</strong>s às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s pela mãe, valorizando amaneira <strong>com</strong>o ela percebe a situação.A <strong>enfermag<strong>em</strong></strong> <strong>de</strong>ve constituir-se <strong>em</strong> profissionais <strong>em</strong>páticos,<strong>em</strong> que o <strong>com</strong>partilhar, envolver, participar do mesmo mundodo sujeito faz parte do cui<strong>da</strong>do. Em ambiente hospitalar, aenfermeira, além <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r, é a pessoa que t<strong>em</strong> maior proximi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong>s angústias vivi<strong>da</strong>s pela mãe <strong>da</strong> criança <strong>com</strong> cardiopatia,po<strong>de</strong>ndo i<strong>de</strong>ntificar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> outrosprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira precoce 19 .Recursos materiais no POIQuanto aos recursos fica claro a importância <strong>de</strong> uma estruturaa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, <strong>com</strong> recursos materiais, medicamentosos,tecnológicos disponíveis para <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao tratamentoque envolve procedimentos cirúrgicos aprimorados.“(...) Antes <strong>da</strong> criança <strong>de</strong>scer a gente <strong>de</strong>ixa o leito todoarrumado, arruma o respirador, <strong>com</strong> monitor equipado antes,o respirador está todo montado , o médico já <strong>de</strong>ixa mais oumenos os parâmetros e assim que ele chega coloca <strong>em</strong>ventilação mecânica quando a criança v<strong>em</strong> entuba<strong>da</strong> , nãofoi extuba<strong>da</strong> no CC(...)”(E8)A <strong>equipe</strong> <strong>de</strong>ve ser avisa<strong>da</strong> antecipa<strong>da</strong>mente quanto aoventilador necessário, cateteres que estão monitorizando acriança e medicações que estão sendo infundi<strong>da</strong>s 20 . A montag<strong>em</strong>do leito <strong>de</strong>verá ser feita conforme o tamanho <strong>da</strong> criançacontendo: ventilador e ambu testados e <strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> peso<strong>da</strong> criança, monitor cardíaco e para pressões; bombas <strong>de</strong> infusão,sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vácuo operante, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ar <strong>com</strong>primido e oxigênio<strong>em</strong> níveis já ajustados, materiais <strong>de</strong>scartável, soros e medicaçõesespecífico 7,21 .O tratamento farmacológico visa melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>,prolongá-la e preparar melhor o paciente para a correçãocirúrgica, interferindo, favoravelmente, nos resultados imediatose tardios, além <strong>de</strong> propiciar balanceamento h<strong>em</strong>odinâmico maisa<strong>de</strong>quado, sistêmico e pulmonar, logo após correção 22 .Educação permanente ou conhecimento específico no POIFicou evi<strong>de</strong>nciado que um programa sist<strong>em</strong>atizado voltado paraaperfeiçoamento <strong>da</strong> <strong>equipe</strong> atuante na UTIP é primordial paraatualização do conhecimento e conseqüent<strong>em</strong>ente melhorquali<strong>da</strong><strong>de</strong> na assistência presta<strong>da</strong> à criança e sua família“O que a gente faz, eu não tenho protocolo, eu a<strong>com</strong>panhoto<strong>da</strong>s as condutas e assim que a criança estabiliza(...) às vezeso auxiliar ta mais acostumado a fazer do que até você, porqueele fica lá o t<strong>em</strong>po todo, pois faço cobertura por mais que vocêcoor<strong>de</strong>ne às vezes ele abaixa o dreno, mas não abriu, então euacabo passando o olho <strong>em</strong> tudo”. (E10)Ao enfermeiro cabe revisão <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> do aparato tecnológico <strong>em</strong>ateriais específicos necessários para recepção <strong>da</strong> criança naUTI. Novos equipamentos, técnicas e <strong>de</strong>senvolvimentocientífico vêm crescendo muito rapi<strong>da</strong>mente, exigindo que a<strong>equipe</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermag<strong>em</strong></strong> aprimore conhecimentos sob aspectostécnico e científico, visto que tratamento e a<strong>com</strong>panhamento<strong>da</strong>s fases pré, trans e pós-operatório, e até mesmo tratamentocirúrgico, estão diretamente relacionados à qualificação <strong>da</strong>assistência <strong>de</strong> <strong>enfermag<strong>em</strong></strong>. Na busca <strong>de</strong>sse aperfeiçoamento, a<strong>equipe</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermag<strong>em</strong></strong> busca direcionar e integrar saber <strong>com</strong>fazer, contribuindo para melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> assistência 11 .Faz-se necessário um programa <strong>de</strong> educação continua<strong>da</strong> interno,para que todos profissionais envolvidos no atendimento <strong>de</strong>ssascrianças possam atuar <strong>com</strong> conhecimento dos processosfisiopatológicos envolvidos nas cardiopatias congênitas e suascorreções 18 .Ações exclusivas do enfermeiroAs falas mostram i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> quanto à <strong>com</strong>petência doprofissional enfermeiro, mostrando opiniões diferentes namaneira <strong>de</strong> expor, porém conservando a mesma essência.“A primeira coisa é a gente instalar o monitor, oxímetro e<strong>de</strong>pois colher exames o que é cobrado, então porque t<strong>em</strong> queser eu, porque o coagulograma a gente não colhe do PAIgeralmente ele v<strong>em</strong> puncionado ou dissecado (,...) <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ter instalado lógico o respirador, oximetro e monitor, porquenão adianta colher sangue se eu não sei <strong>com</strong>o ta a saturação,(...). Depois <strong>com</strong>eço a checar todos juntos, os drenos se estãoabertos, se selaram, então eu faço essas perguntas já selou?Ta drenando? Faz or<strong>de</strong>nha se não o dreno po<strong>de</strong> obstruir<strong>com</strong>plica a cirurgia, o perigo <strong>de</strong> ter h<strong>em</strong>orragia internaporque o dreno está fechado ou porque não foi or<strong>de</strong>nhado,verifico tudo isso saí passando o olho fazendo uma checag<strong>em</strong>geral, mas primeiramente fiz o imediato que é respiração, FCe os exames”. (E10)É responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o enfermeiro instalar monitores,manômetros arterial e venoso (átrios D e E), bomba <strong>de</strong> infusão,166Arq Ciênc Saú<strong>de</strong> 2008 out/<strong>de</strong>z;15(4):163-9

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