Nos casos das empresas com passivo a descoberto, o valor de merca<strong>do</strong> podetraduzir um resulta<strong>do</strong> e o seu patrimônio tangível uma outra realidade.Para Damodaran (1997), “To<strong>do</strong> ativo, seja financeiro ou real, tem valor. A chavepara investir nesses ativos e gerenciá-los com sucesso não reside na compreensão <strong>do</strong>montante desse valor, mas nas fontes <strong>do</strong> valor”.Empresas com valor de merca<strong>do</strong> alto, sem quase nenhum ativo permanente, como éo caso de algumas empresas que operam via internet (Econet), apresentam um valor demerca<strong>do</strong> altos e sucessivos prejuízos, nestes casos, o uso <strong>do</strong> valor das ações para aavaliação da empresa requer cuida<strong>do</strong>s especiais.9 - CONCLUSÃOOs indica<strong>do</strong>res econômicos são os mais adequa<strong>do</strong>s para traduzir em termostangíveis as conquistas da empresa, mas, devem refletir tanto as conquistas na perspectivaeconômica, quanto na <strong>do</strong>s clientes, processos internos, crescimento e aprendizagem etcque em conjunto refletem o quanto foi ou não agrega<strong>do</strong> de riqueza.Se o objetivo não é medir o lucro, mas, o retorno sobre o investimento, mas, oretorno econômico, não o financeiro, recomenda-se a utilização da nomenclatura –perspectiva econômica.Os objetivos e medidas da perspectiva financeira devem estar de acor<strong>do</strong> com aestratégia da empresa e para tanto a visão sistêmica deve ser a<strong>do</strong>tada, para permitir avi<strong>sua</strong>lização da empresa como um to<strong>do</strong> e das <strong>sua</strong>s unidades de negócio, auferin<strong>do</strong> ummaior grau de confiabilidade nas informações.Indica-se a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong> MVA – Market Value Added (valor de merca<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong>)que é a diferença entre o valor de merca<strong>do</strong> da empresa e o capital emprega<strong>do</strong>, paraconsiderações de fluxos futuros de valor agrega<strong>do</strong>.Esperar que a perspectiva econômica seja a resposta a to<strong>do</strong>s os questionamentos,seria incorrer no velho erro, avaliar o desempenho da empresa única e exclusivamenteatravés de medidas financeiras tradicionais. A perspectiva econômica deve ser o ponto departida, e seus indica<strong>do</strong>res a linguagem final para todas as perspectivas para que sejapossível usufruir de todas as contribuições que possam emanar desta perspectiva.Finalmente é importante lembrar que neste momento busca-se preencher as lacunascom explicações econômicas, mas outras perspectivas, tais como: <strong>do</strong> cliente, <strong>do</strong> processointerno, aprendiza<strong>do</strong> e crescimento etc devem ser vi<strong>sua</strong>lizadas em conjunto para umcompreensão da real situação como um to<strong>do</strong> e da contribuição da perspectiva “financeira”para gestão econômica.BIBLIOGRAFIABERGAMO Filho, Valentino. Confiabilidade Básica e Prática. São Paulo: Ed. EdgardBlücher Ltda. 1997.
CAMPOS, José Antonio. Cenário Balancea<strong>do</strong>: painel de indica<strong>do</strong>res para a gestãoestratégica <strong>do</strong>s negócios. São Paulo: Ed. Aquariana. 1998.CATELLI, Arman<strong>do</strong>. (Coordena<strong>do</strong>r) Controla<strong>do</strong>ria: uma abordagem da gestão econômica– GECON. São Paulo: Ed. Atlas. 1999.DAMODARAN, Aswath. Investiment Valuation – Tools and techniques for determiningthe value of any asset. Tradução de Bazán Tecnologia lingüística. Rio de Janeiro. Ed:Qualitymark. 1997.EHRBAR Al. EVA: valor econômico agrega<strong>do</strong>: a verdadeira chave para a criação deriqueza. Tradução de Bazán Tecnologia Lingüistica. Rio de Janeiro: Ed. Qualitymark.1999.ERDMANN Rolf Hermann. Organizações de sistemas de produção. Florianópolis: Ed.Insular. 1998.KAPLAN, Robert., S. & NORTON, David, P. A Estratégia em Ação – <strong>Balanced</strong><strong>Scorecard</strong>. Tradução Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho. Rio de Janiero: Ed.Campus, 1997.MIRSHAWKA, Vitor. Pesquisa Operacional. São Paulo – SP: Ed. Nobel 1980.PAMPLONA, Edson de Oliveira. Integração entre os sistemas de custeio basea<strong>do</strong> ematividades (ABC) e custo da qualidade. Escola Federal de Engenharia de Itajubá –MG e -Mail: pamplona@iem.efei.br 2000.