13.07.2015 Views

conservação e uso racional de água nos sistemas prediais - TECLIM

conservação e uso racional de água nos sistemas prediais - TECLIM

conservação e uso racional de água nos sistemas prediais - TECLIM

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

GECIELMA PINTO CRACIUNCONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DE ÁGUA NOSSISTEMAS PREDIAIS:EFETIVIDADE DO PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIODE ÁGUA (PRODUTOS ECONOMIZADORES DE ÁGUA).SALVADOR2007


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAESCOLA POLITÉCNICADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTALPÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO LIMPAGECIELMA PINTO CRACIUNMonografia apresentada ao Curso <strong>de</strong> Pós-graduação emGerenciamento e Tecnologia Ambiental no ProcessoProdutivo, Escola Politécnica, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral daBahia, como requisito parcial para obtenção do grau <strong>de</strong>Especialista.Orientador: Profº. Eduardo CohimSalvador - Ba2007


iiAGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço principalmente a Deus e aos meus pais, bases <strong>de</strong> minha vida.A orientação da Profº. Eduardo Cohim, pela <strong>de</strong>dicação e incentivo durante estes meses <strong>de</strong>pesquisa, ao pessoal da secretaria do <strong>TECLIM</strong>, a Linda, a Mariano e um especialagra<strong>de</strong>cimento a Mário por seu respeito e carinho, sem os quais não seria possível concluireste trabalho.A todas as pessoas que me ajudaram e a aqueles que não se opuseram à minha formação.“Tudo provém da <strong>água</strong>”Goethe (1749-1832).


iiiRESUMOO gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> em <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> é uma das maiores preocupações dos setorespúblicos e privados, contrastando com problema da escassez <strong>de</strong>sse recurso natural causadopela combinação <strong>de</strong> crescimento populacional <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, <strong>de</strong>vastação <strong>de</strong> florestas e do meioambiente e os problemas existentes nas reservas naturais.Este trabalho propõe uma análise da efetivida<strong>de</strong> do Programa Nacional <strong>de</strong> Combate aoDesperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador, avaliando o nível <strong>de</strong> conhecimentodos profissionais, no que diz respeito ao PNCDA e suas ações <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, comfoco no Documento Técnico <strong>de</strong> Apoio – DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong>Sistemas Prediais.A pesquisa parte da análise <strong>de</strong> temas relacionados à <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, focando noconsumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> das edificações e <strong>nos</strong> índices <strong>de</strong> consumo dos principais aparelhos quecompõem os pontos <strong>de</strong> utilização em uma residência. Com base na revisão da literatura eanálise documental, fez-se uma análise crítica dos índices <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> dos pontos <strong>de</strong>utilização resi<strong>de</strong>ncial apresentados no DTA E1 do PNCDA, assim como também foielaborado um inventário dos produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, e realizado uma pesquisa paraavaliar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes produtos nas principais lojas <strong>de</strong> Salvador.Para analise do nível <strong>de</strong> conhecimento do PNCDA e suas ações, elaborou-se um questionárioque foi respondido por profissionais on<strong>de</strong> conclui-se que, embora o PNCDA já exista há <strong>de</strong>za<strong>nos</strong>, este é pouco conhecido na comunida<strong>de</strong> técnica da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador.PALAVRAS-CHAVE: PNCDA, produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>,consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>.


ivSUMÁRIORESUMO 3LISTA DE TABELAS 7LISTA DE QUADROS 8LISTA DE FIGURAS 9LISTA DE GRÁFICOS 10LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 111. JUSTIFICATIVA 122. OBJETIVOS 152.1. Objetivo Geral 152.2. Objetivos Específicos 153. REVISÃO DA LITERATURA 163.1. Panorama da Água no Planeta 163.2. Água <strong>de</strong> Abastecimento Público no Brasil 183.2.1. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos – PNRH 223.2.1.1. Estrutura do PNRH 223.2.2. Algumas Legislações sobre o Uso Racional <strong>de</strong> Água 243.3. Águas <strong>de</strong> Abastecimento Público na Bahia 263.3.1. Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos da Bahia – PERH – BA 263.4. Água <strong>de</strong> Abastecimento Público em Salvador 303.4.1. Sistema <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> Salvador 323.5. O Ciclo da Água no Meio Urbano 353.6. Tecnologias Limpas 373.7. Consumo <strong>de</strong> Água nas Edificações 383.7.1. Caracterização do Consumo da Água 394. PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA – PNCDA 474.1. Estrutura 514.2. Objetivos Gerais do PNCDA 514.3. Objetivos Específicos do PNCDA 514.4. Conservação <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais 524.4.1. DTA E1 – Caracterização e Monitoramento do Consumo Predial <strong>de</strong> Água 52


v4.4.2. DTA E2 – Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais <strong>de</strong> Água 534.4.3. DTA F1 – Tecnologias Poupadoras <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais 554.4.4. DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais 564.4.5. DTA F3 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Sistemas Prediais <strong>de</strong>Água - Conservação <strong>de</strong> Água em Edifícios584.4.6. DTA F4 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Ramais Prediais <strong>de</strong>Água em Polietileno595. METODOLOGIA 616. RESULTADOS E DISCUSSÃO 656.1. Inventário dos Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água 656.1.1. Torneiras 666.1.1.1. Controle do Tempo <strong>de</strong> Acionamento 66a. Torneiras com Funcionamento Hidromecânico 66b. Torneiras Eletrônicas 686.1.1.2. Controle <strong>de</strong> Vazão 69a. Registro Regulador <strong>de</strong> Vazão para Torneiras 69b. Arejadores 70c. Pulverizadores 71d. Prolongadores 71e. Atomizadores 716.1.2. Bacias Sanitárias 71a. Bacia com Válvula <strong>de</strong> Descarga 71b. Bacia com Caixa Acoplada 72c. Bacia com Caixa Suspensa ou Sobrepor 73d. Bacia com Caixa Acoplada Dual 736.1.3. Mictórios 746.1.4. Chuveiros 76a. Válvula <strong>de</strong> Fechamento Automático para Chuveiro e Duchas 776.2. Custo e Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água nas PrincipaisLojas <strong>de</strong> Salvador786.3. Avaliação dos Questionários 807. CONCLOSÃO E RECOMENDAÇÕES 85


vi8. REFERÊNCIAS 879. REFERÊNCIAS CONSULTADAS 93ANEXOS 94


8LISTA DE QUADROSQuadro 01 – Principais Usos das ÁguasQuadro 02 – Estrutura do DTA E1 – Caracterização e Monitoramento do Consumo Predial <strong>de</strong>ÁguaQuadro 03 – Estrutura do DTA E2 – Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais <strong>de</strong>ÁguaQuadro 04 – Estrutura do DTA F1 – Tecnologias Poupadoras <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas PrediaisQuadro 05 – Estrutura do DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas PrediaisQuadro 06 – Estrutura do DTA F3 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> SistemasPrediais <strong>de</strong> Água - Conservação <strong>de</strong> Água em EdifíciosQuadro 07 – Estrutura do DTA F4 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> RamaisPrediais <strong>de</strong> Água em Polietileno


9LISTA DE FIGURASFigura 01 – Disponibilida<strong>de</strong> da Água e PopulaçãoFigura 02 – Principais Problemas Decorrentes da Urbanização que Inci<strong>de</strong>m Sobre aQuantida<strong>de</strong> e a Qualida<strong>de</strong> das ÁguasFigura 03 – Regiões <strong>de</strong> Planejamento e Gestão das ÁguasFigura 04 – PNCDA – Escopo da Fase I – 1997Figura 05 – PNCDA – Escopo da Fase II– 1998 e 1999Figura 06 – Escopo do PNCDAFigura 07 – PNCDA – Escopo da Fase II – 1998 e 1999 – 1º Curso BásicoFigura 08 – Torneira <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> BancadaFigura 09 – Torneira <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> BancadaFigura 10 – Torneira Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>Figura 11 – Dispositivo <strong>de</strong> Comando para Torneiras com Funcionamento com Válvula <strong>de</strong> Pée por PedalFigura 12 – Torneira <strong>de</strong> Bancada com Funcionamento por SensorFigura 13 – Registro Regulador <strong>de</strong> Vazão para TorneirasFigura 14 – Arejador para Torneira com Rosca InternaFigura 15 – Válvula <strong>de</strong> Descarga com Acionamento DuploFigura 16 – Caixa <strong>de</strong> Descarga AcopladaFigura 17 – Caixa <strong>de</strong> Descarga <strong>de</strong> SobreporFigura 18 – Caixa <strong>de</strong> Descarga Acoplada DualFigura 19 – Mictório Sem ÁguaFigura 20 – Válvula <strong>de</strong> Acionamento por Sensor <strong>de</strong> Presença e Válvula <strong>de</strong> Descarga FluxívelFigura 21 – Dispositivo para Acionamento Fotoelétrico <strong>de</strong> MictóriosFigura 22 – Válvula para Mictórios com Funcionamento HidromecânicoFigura 23 – Válvula <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico para Mistura <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> Ducha


10LISTA DE GRÁFICOSGráfico 01 – Distribuição dos Usos da Água Doce no BrasilGráfico 02 – Uso Doméstico da Água no BrasilGráfico 03 – Distribuição do Consumo <strong>de</strong> Água nas Residências na AlemanhaGráfico 04 – Consumo <strong>de</strong> Água nas Edificações – São PauloGráfico 05 – Perfil <strong>de</strong> Consumo Doméstico <strong>de</strong> ÁguaGráfico 06 – Participou <strong>de</strong> Algum Curso/Palestra/Seminário Relacionado à Conservação <strong>de</strong>Água?Gráfico 07 – Como é Feita a Escolha <strong>de</strong> Produtos Hidrossanitários dos Projetos na SuaAtivida<strong>de</strong> Profissional?Gráfico 08 – Especificou Algum Produto Economizador <strong>de</strong> Água?Gráfico 09 – Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos Economizadores Conhecido Pelos ProfissionaisGráfico 10 – Conhece o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA?Gráfico 11 – Qual Documento Técnico do PNCDA que Mais Interfere Na Sua Ativida<strong>de</strong>Profissional?Gráfico 12 – Como Teve Conhecimento do PNCDA?


11LISTA DE SIGLAS E ABERVEATURASANA – Agência Nacional <strong>de</strong> ÁguasFIESP – Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias do Estado <strong>de</strong> São PauloSindusCon-SP – Sindicato da Indústria da Construção do Estado <strong>de</strong> São PauloABNT – Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas TécnicasAWWA – American Water Works AssociationASFAMAS – Associação Brasileira dos Fabricantes <strong>de</strong> Materiais e Equipamentos paraSaneamentoPNCDA – Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> ÁguaPSQ – Programa Setorial da Qualida<strong>de</strong>PURA – Programa <strong>de</strong> Uso Racional da ÁguaSABESP – Companhia <strong>de</strong> Saneamento Básico do Estado <strong>de</strong> São PauloWHO – World Health OrganizationMERCOSUL – Mercado Comum do SulONU – Organização das Nações UnidasP+L – Produção Mais LimpaPNUD – Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento das Nações UnidasPNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio AmbienteSGA – Sistema <strong>de</strong> Gestão Ambiental


121. JUSTIFICATIVAA crescente <strong>de</strong>gradação ambiental e a velocida<strong>de</strong> com que os problemas surgem são muitosuperiores quando comparados com o surgimento das soluções, aumentando assimconsi<strong>de</strong>ravelmente o passivo ambiental. Em todo o mundo, o mau <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> e o quadro <strong>de</strong>escassez é consequêcia da combinação do crescimento populacional exagerado e<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, <strong>de</strong>vastação <strong>de</strong> florestas e meio ambiente e problemas nas reservas naturais.De acordo com o World Water Council (2000), até 2025, 3 bilhões <strong>de</strong> pessoas viverão empaíses total ou parcialmente áridos ou semi-áridos, com a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> menor que1.700m 3 per capita 1 , estando a disponibilida<strong>de</strong> média anual global <strong>de</strong>sse recurso <strong>de</strong>crescendo<strong>de</strong> 6.600m 3 para 4.800m 3 . Existe um gran<strong>de</strong> questionamento sobre a crescente <strong>de</strong>manda dauniversalização do acesso à <strong>água</strong> e do atendimento <strong>de</strong>sta, consi<strong>de</strong>rando que a <strong>água</strong> ten<strong>de</strong> àescassez. A questão é saber se o planeta aten<strong>de</strong>rá ao ritmo atual <strong>de</strong> exploração da <strong>água</strong> doce.A gestão das <strong>água</strong>s e a iminência da escassez é uma preocupação mundial que tem levado àbusca <strong>de</strong> soluções e implementação <strong>de</strong> medidas urgentes. Os problemas <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>água</strong> no mundo se agravam <strong>de</strong>vido às mudanças climáticas e do aumento <strong>de</strong>scontrolado doconsumo, que são resultados do estabelecimento da uma relação conflituosa do homem com omeio ambiente.Existe uma forte <strong>de</strong>pendência na disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento dascivilizações. A urbanização <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada contribui consi<strong>de</strong>ravelmente para o crescimento da<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> e o aumento <strong>de</strong>scontrolado da poluição, principalmente dos corpos hídricos,seja por esgoto doméstico ou por <strong>de</strong>jetos industriais.Uma das maiores preocupações hoje <strong>nos</strong> centros urba<strong>nos</strong> é acerca do gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong><strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>, juntamente com os seus custos elevados, agravado ainda pela ausência<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e/ou quantida<strong>de</strong> nas fontes <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> próximas às cida<strong>de</strong>s que,<strong>de</strong>vido à poluição, cada vez se tornaram mais distantes dos centros urba<strong>nos</strong>, elevando aindamais os custos com o fornecimento.1 O alerta para o stress hídrico está assinalado <strong>nos</strong> 1700m 3 <strong>de</strong> <strong>água</strong> por pessoa por ano (ANA).


13Os <strong>sistemas</strong> convencionais para abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> e saneamento baseiam-se num único<strong>uso</strong> da <strong>água</strong> e, na coleta, tratamento e disposição final do efluente tratado e dos lodosproduzidos durante o tratamento e tendo como conseqüências a exaustão e poluição dosmananciais <strong>de</strong> <strong>água</strong> e o empobrecimento dos solos (COHIM, 2007?).Devido ao crescente consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> centros urba<strong>nos</strong>, torna-se necessário aimplementação <strong>de</strong> um novo sistema <strong>de</strong> gestão da <strong>de</strong>manda e o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> novas tecnologias quepossam contribuir para a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>. De acordo com Gonçalves (2006), a<strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> compreen<strong>de</strong> o <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong>, que pressupõe o <strong>uso</strong> eficiente, e o<strong>uso</strong> <strong>de</strong> fontes alternativas <strong>de</strong> <strong>água</strong>, como a captação <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuva, o re<strong>uso</strong>, a utilização <strong>de</strong>aparelhos economizadores, etc.Decorre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover a gestão da <strong>de</strong>manda com estabelecimento <strong>de</strong> novospadrões <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> e o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> tecnologias com a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong>hidrossanitários, inserção <strong>de</strong> métodos e <strong>sistemas</strong> alternativos como as práticasconservacionistas 2 <strong>de</strong>ntre outros, constituindo um novo paradigma.Rotmans e outros (2001) colocam que a transição tecnológica po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como umprocesso contínuo e gradual <strong>de</strong> mudança estrutural <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> ou cultura que envolveum leque <strong>de</strong> possíveis caminhos para o <strong>de</strong>senvolvimento cuja direção, amplitu<strong>de</strong> e velocida<strong>de</strong>po<strong>de</strong>rão influenciar a política governamental. Ainda <strong>de</strong> acordo com Rotmans e outros (2001),embora os objetivos <strong>de</strong> uma transição em última instância sejam escolhidos pela socieda<strong>de</strong>, osgover<strong>nos</strong> po<strong>de</strong>m utilizá-los para realizar as mudanças estruturais.No que diz respeito ao <strong>uso</strong> da <strong>água</strong>, <strong>de</strong>partamentos governamentais po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem assumirum papel <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança na indução da transição tecnológica, incentivando programas para apromoção do <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> e preservação dos mananciais. E foi no exercício <strong>de</strong>stepapel que o Governo fe<strong>de</strong>ral criou, em 1997, o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate aoDesperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA, que integram as ações para o <strong>de</strong>senvolvimento ope<strong>racional</strong>dos serviços como também ações <strong>de</strong> gestão da <strong>de</strong>manda urbana <strong>de</strong> <strong>água</strong>.2 Reciclagem, re<strong>uso</strong>, redução <strong>de</strong> perdas, gestão da <strong>de</strong>manda, utilização <strong>de</strong> produtos economizadores eoutros.


14Nesse contexto, este trabalho irá avaliar a efetivida<strong>de</strong>, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador, do ProgramaNacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA, para <strong>de</strong>sse modo, apresentar aabrangência do Programa na cida<strong>de</strong>. Optou-se em analisar apenas os documentos técnicosrelacionados com a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>, enfatizando os produtoseconomizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.


152. OBJETIVOS2.1. Objetivo GeralAvaliar a efetivida<strong>de</strong> do Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água (PNCDA)em Salvador, no diz respeito a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>, com foco nautilização <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.Este trabalho avaliará o nível <strong>de</strong> conhecimento acerca do PNCDA por parte dos profissionaisque participam das especificações e das soluções <strong>de</strong> projetos e obras, através da indicação eutilização <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, como também verificar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tais produtos nas lojas do comércio da cida<strong>de</strong>.2.2. Objetivos EspecíficosComo objetivos específicos propõe-se:a. elaborar inventário das opções <strong>de</strong> produtos para o melhor aproveitamento da <strong>água</strong><strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>;b. verificar a disponibilida<strong>de</strong>, nas principais lojas <strong>de</strong> Salvador, da opção <strong>de</strong> produtoseconomizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> e <strong>de</strong> como é feita a indicação/orientação <strong>de</strong> tais produtosaos clientes. Verificar a diferença <strong>de</strong> preços com outros produtos convencionais;c. avaliar o nível <strong>de</strong> conhecimento do PNCDA, dos profissionais com participaçãoativa nas soluções <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> instalações e obras hidráulicas <strong>prediais</strong>, e <strong>de</strong>como é feita a especificação dos produtos hidrossanitários;d. verificar, a regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especificação e instalação <strong>de</strong> produtos economizadores<strong>de</strong> <strong>água</strong> em projetos e obras e o nível <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> tais produtos entre osprofissionais pesquisados.


163. REVISÃO DA LITERATURA3.1. Panorama da Água no PlanetaO aumento gradativo da <strong>de</strong>manda da <strong>água</strong>, a contínua poluição dos mananciais e a redução dadisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> doce constituem fator limitante para o <strong>de</strong>senvolvimento,consi<strong>de</strong>rando que a <strong>água</strong> é essencial para a existência da vida e o equilíbrio socioeconômico eambiental. Conforme Cohim (2007?) o problema da escassez também é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>pequena capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong>corrente da baixa pluviosida<strong>de</strong>.O foco da escassez <strong>de</strong> <strong>água</strong> não po<strong>de</strong> ser apenas nas regiões áridas e semi-áridas. Sabe-sehoje, que mesmo em áreas on<strong>de</strong> este recurso hídrico é abundante observam-se ofertasinsuficientes para o atendimento, <strong>de</strong>vido às <strong>de</strong>mandas elevadas e à poluição. Estas áreastambém experimentam conflitos <strong>de</strong> <strong>uso</strong>s <strong>de</strong> <strong>água</strong> e sofrem restrições <strong>de</strong> consumo que afetam o<strong>de</strong>senvolvimento econômico e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (ANA, 2005).Segundo Werthein (2004 apud Lobato, 2005, p.28) do total <strong>de</strong> <strong>água</strong> presente no planeta,apenas 2,53% é própria para consumo humano, cerca <strong>de</strong> 1,5 bilhões <strong>de</strong> pessoas não têmacesso à <strong>água</strong> potável no mundo e 2,9 bilhões estão sem serviços sanitários básicos. Comestes indicadores, em 2015, 40% da população projetada, em torno <strong>de</strong> 3 bilhões <strong>de</strong> pessoas,estarão vivendo em países com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> garantir <strong>água</strong> suficiente para aten<strong>de</strong>r aagricultura, a indústria e as necessida<strong>de</strong>s domésticas da população.Analisando em termos globais, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> é suficiente para todos, mas, suadistribuição é irregular. As <strong>de</strong>mandas crescentes são maiores <strong>nos</strong> países <strong>de</strong>senvolvidos e esseaumento das <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> <strong>água</strong>, a irregularida<strong>de</strong> na distribuição e a <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong>da <strong>água</strong> <strong>de</strong>finem o cenário da escassez.Há uma gran<strong>de</strong> diferença quando comparadas a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> do planeta diante da<strong>de</strong>manda global. Po<strong>de</strong>mos observar na Figura 01 que o Continente Asiático sofre uma gran<strong>de</strong>pressão da <strong>de</strong>manda sobre a oferta <strong>de</strong> <strong>água</strong>, on<strong>de</strong> são concentrados mais da meta<strong>de</strong> dapopulação do mundo e com disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos hídricos <strong>de</strong> apenas 36%.


17Figura 01 – Disponibilida<strong>de</strong> da Água e PopulaçãoFonte: UNESCO/IHP/WWAP - Water for People, Water for Life, Executive Summary, 2003.Um outro problema é referenciar o colapso no setor hídrico a apenas regiões áridas e pobres,pois <strong>nos</strong> últimos a<strong>nos</strong> as discussões referentes aos problemas globais <strong>de</strong> suprimento epoluição da <strong>água</strong> remeteram-se principalmente aos países pobres. Conforme World WildlifeFund em sua publicação “Rich countries, poor water”, WWF (2006), um levantamento mostraque atualmente 1,1 bilhões <strong>de</strong> pessoas sofrem com a escassez <strong>de</strong> <strong>água</strong> no mundo, mas tambémmostra a crise na má gestão dos recursos hídricos dos países ricos, constatando um outro ladoda crise mundial <strong>de</strong> <strong>água</strong>, que até então era ofuscada pela dimensão dos problemas dos paísespobres.A WWF (2006) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma revisão na postura dos países ricos quanto ao <strong>uso</strong> da <strong>água</strong>,exemplificando algumas medidas que po<strong>de</strong>rão ser adotadas, tais como:1. elevar o valor financeiro da <strong>água</strong>;2. elevar o valor financeiro dos bens que consomem muita <strong>água</strong> no processo produtivo;3. implementar medidas <strong>de</strong> eficiência hídrica;4. focar na infra-estrutura para diminuir os vazamentos;5. aplicar o conceito <strong>de</strong> vazão ecológica;Tais medidas também po<strong>de</strong>rão ser adotadas em países em <strong>de</strong>senvolvimento como medidaspreventivas e também para sanar alguns problemas já iminentes nestes.


18Diante do exposto e <strong>de</strong> outras infinida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> questões referentes aos problemas globais <strong>de</strong>suprimento <strong>de</strong> <strong>água</strong>, fica evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong> da busca <strong>de</strong> soluções para promoção da<strong>conservação</strong> da <strong>água</strong>, pois a <strong>água</strong> é condição <strong>de</strong>terminante para a existência da vida e éessencial para o <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico e para a garantia do equilíbrio ecológico eambiental das nações (OLIVEIRA, 1999).3.2. Água <strong>de</strong> Abastecimento Público no BrasilDe acordo com Rebouças e outros (2002), o <strong>de</strong>senvolvimento urbano brasileiro tem produzidoaumento significativo na frequência das inundações, na produção <strong>de</strong> sedimentos e na<strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong> da <strong>água</strong>. Rebouças também coloca que o <strong>de</strong>senvolvimento urbanoenvolve duas ativida<strong>de</strong>s conflitantes: aumento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> com qualida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>gradação dos mananciais urba<strong>nos</strong> por contaminação dos resíduos urba<strong>nos</strong> e industriais.Com a concentração das populações nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, ocorrem problemas <strong>nos</strong> centrosurba<strong>nos</strong> como as secas urbanas e as inundações <strong>de</strong>vido à diminuição da permeabilida<strong>de</strong>,conforme apresentado na Figura 02.Conforme o Instituto Sócio Ambiental (2004), os problemas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> nascida<strong>de</strong>s brasileiras estão diretamente relacionados ao crescimento da <strong>de</strong>manda, ao <strong>de</strong>sperdício<strong>de</strong> <strong>água</strong> que varia entre 50% e 70% e à urbanização <strong>de</strong>scontrolada que atinge as regiões dosmananciais. Rebouças e outros (2002), também colocam que os problemas <strong>de</strong> abastecimento<strong>de</strong> <strong>água</strong> no Brasil <strong>de</strong>correm da combinação do crescimento exagerado das <strong>de</strong>mandaslocalizadas e da <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong> das <strong>água</strong>s.


19AUMENTO DA DENSIDADE POPULACIONALAUMENTO DA DENSIDADE DECONSTRUÇÕES E DA COBERTURAASFÁLTICAAUMENTA OVOLUME DEÁGUASRESIDUAISAUMENTA ADEMANDADE ÁGUAAUMENTA ÁREAIMPERMEABILIZADAALTERAÇÕESNO SISTEMADEDRENAGEMDETERIORAM-SEOS RIOS AJUSANTE DA ÁREAURBANA EDETERIORA-SE AÁGUA DEESCOAMENTOPLUVIALREDUZ AQUANTIDADE DEÁGUA DISPONÍVEL(ESCASSEZPOTENCIAL)AUMENTA OESCOAMENTOSUPERFICIALDIRETOALTERAÇÕESDO CLIMAURBANOAUMENTA AVELOCIDADE DEESCOAMENTODETERIORA-SE AQUALIDADE DAÁGUA DOS RIOS EREPRESASURBANOS,RECEPTORES DEÁGUA RESIDUÁRIASDIMINUE ARECARGASUBTERRÂNEAAUMENTAM ASENCHENBTES EOS PICOS DASCHEIAS NA ÁREAURBANAAUMENTAM OS PROBLEMAS DE CONTROLE DAPOLUIÇÃO E DAS ENCHENTESFigura 02 – Principais Problemas Decorrentes da Urbanização que Inci<strong>de</strong>m Sobre aQuantida<strong>de</strong> e a Qualida<strong>de</strong> das Águas.Fonte: TUCCI, (2000 apud TUNDISI, 2003, p.42).Silva (2004), apresenta algumas das principais causas da escassez da <strong>água</strong>:o urbanização elevada e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada da infra-estrutura urbana;o impermeabilização e erosão do solo;o ocupação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> mananciais, com consequente poluição e assoreamento das margens;o conflitos gerados entre os diversos aproveitamentos da <strong>água</strong>;o <strong>de</strong>ficiência do setor <strong>de</strong> saneamento e a relação entre a <strong>água</strong> e a saú<strong>de</strong>;


21Distribuição dos <strong>uso</strong>s da <strong>água</strong> doce no BrasilDoméstico eComercial22%Indústria19%Agricultura59%Gráfico 01 – Distribuição dos Usos da Água Doce no BrasilFonte: PEGORIN, (2001 apud ALBUQUERQUE, 2004, p.18).Depen<strong>de</strong>ndo da disponibilida<strong>de</strong> da <strong>água</strong>, da condição socioeconômica e cultural, dastecnologias <strong>de</strong> captação, tratamento e distribuição, seguem, no Quadro 01, as principaisformas <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> <strong>água</strong> pelo homem.Abastecimentopúblico<strong>uso</strong> domésticoAbastecimentopúblico<strong>uso</strong> públicoIndustrialComercialAgrícola epecuárioRecreacionalGeração <strong>de</strong>energia elétricaSaneamentoPRINCIPAIS USOS DAS ÁGUAScomo fonte <strong>de</strong> vida, bebida, no preparo <strong>de</strong> alimentos, higiene pessoal,limpeza na habitação, irrigação <strong>de</strong> jardins e pequenas hortas particulares,criação <strong>de</strong> animais domésticos, entre outros.moradias, escolas, hospitais e <strong>de</strong>mais estabelecimentos públicos, irrigação<strong>de</strong> parques e jardins, limpeza <strong>de</strong> ruas e logradouros, paisagismo, combate aincêndios, navegação, etc.como matéria-prima, na produção <strong>de</strong> alimentos e produtos farmacêuticos,gelo e etc., em ativida<strong>de</strong>s industriais on<strong>de</strong> a <strong>água</strong> é utilizada pararefrigeração, como na metalurgia, para lavagem nas áreas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>papel, tecido, em abatedouros e matadouros, etc. e em ativida<strong>de</strong>s em que éutilizada para fabricação <strong>de</strong> vapor, como na cal<strong>de</strong>iraria, entre outros.em escritórios, oficinas, <strong>nos</strong> centros comerciais e lojas, em bares,restaurantes, sorveterias, etc.na irrigação para produção <strong>de</strong> alimentos, para tratamento <strong>de</strong> animais,lavagem <strong>de</strong> instalações, máquinas e utensílios.Em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer, turismo e socioeconômicas, nas piscinas, lagos,parques, rios, etc.Na produção <strong>de</strong> energia através da <strong>de</strong>rivação das <strong>água</strong>s <strong>de</strong> seu cursonatural.Na diluição e tratamento <strong>de</strong> efluentes.Quadro 01 - Principais Usos das ÁguasFonte: Re<strong>de</strong> das Águas (2007).


223.2.1. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos – PNRHO Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos tem como objetivo geral estabelecer um pactonacional para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta<strong>de</strong> <strong>água</strong>, em qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong>, gerenciando as <strong>de</strong>mandas e consi<strong>de</strong>rando a <strong>água</strong> umelemento estruturante para a implementação das políticas setoriais, sob a ótica do<strong>de</strong>senvolvimento sustentável e da inclusão social (MMA, 2006).O PNRH tem como objetivos estratégicos, que contemplam três dimensões:o melhoria das disponibilida<strong>de</strong>s hídricas, superficiais e subterrâneas, em qualida<strong>de</strong> equantida<strong>de</strong>;o redução dos conflitos reais e potenciais <strong>de</strong> <strong>uso</strong> da <strong>água</strong>, bem como dos eventoshidrológicos críticos;o percepção da <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> como valor socioambiental relevante.O Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos configura-se como planejamento estratégico <strong>de</strong> açõese relações interinstitucionais; instrumentos <strong>de</strong> política; informações e ferramentas <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão; ações <strong>de</strong> comunicação social; fontes <strong>de</strong> financiamento e intervenções físicas seletivasque, ao serem implementadas pela União, possibilitam e potencializam o equacionamento e assoluções regionais ou locais <strong>de</strong> problemas relativos aos recursos hídricos e, simultaneamente,estruturam uma ótica nacional indispensável ao seu efetivo gerenciamento, respeitada asdiretrizes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização e o princípio da subsidiarieda<strong>de</strong>, como predicados inerentes aoSistema Nacional <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos – SINGREH (MMA, 2006).De acordo com MMA (2006), este amplo processo visa assegurar às <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> <strong>água</strong> dasgerações atuais e futuras, a<strong>de</strong>quadas aos <strong>uso</strong>s e a utilização consi<strong>de</strong>rando a <strong>conservação</strong> dosrecursos hídricos, objetivando o <strong>uso</strong> sustentável da <strong>água</strong>, além da promoção da articulaçãoentre as diferentes esferas <strong>de</strong> planejamento referentes à gestão <strong>de</strong> recursos hídricos.3.2.1.1. Estrutura do PNRHConforme consta na síntese executiva MMA (2006), o Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos éconstituído por quatro volumes:o Panorama e estado dos recursos hídricos do Brasil;o Águas para o futuro: cenários para 2020;o Diretrizes;


23o Programas nacionais e metas.O documento – Panorama e Estado dos Recursos Hídricos do Brasil faz um diagnóstico dasituação atual dos recursos hídricos, avaliando a disponibilida<strong>de</strong> qualitativa e quantitativa e as<strong>de</strong>mandas das <strong>água</strong>s superficiais e subterrâneas, que darão subsídio ao <strong>de</strong>senvolvimento dasoutras etapas na elaboração do Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos (PNRH). Abordatambém aspectos estratégicos da Política e do Sistema <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> RecursosHídricos do país e outros, explicitando conflitos e alianças pelo <strong>uso</strong> <strong>de</strong>stes (MMA, 2006a).Em - Águas para o futuro: cenários para 2020, o Plano apresenta a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> três cenáriosprováveis para os recursos hídricos no Brasil, assim <strong>de</strong>signados: <strong>água</strong> para todos; <strong>água</strong> paraalguns e <strong>água</strong> para poucos (MMA, 2006b).As diretrizes consubstanciam princípios <strong>de</strong> caráter permanente para <strong>de</strong>finição das estratégias eefetivar a gestão integrada do Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos. As diretrizes tambémorientam as <strong>de</strong>cisões para a consignação das ações programáticas e dos programas do PNRH(MMA, 2006c).O volume que contem os Programas Nacionais e Regionais traz uma análise diagnósticacontendo importantes informações que auxiliam o <strong>de</strong>senvolvimento das outras etapas doPNRH, como o estabelecimento dos cenários e a proposição <strong>de</strong> diretrizes, programas e metas(MMA, 2006d).Neste plano ao apresentar diagnóstico, cenários, diretrizes, metas e programas orienta aimplementação da Política e do Sistema Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos até 2020, com umaabordagem que representa avanço importante no planejamento, que no passado era impositivoconsi<strong>de</strong>rando apenas os aspectos técnicos. O atual PNRH adota um processo dinâmico <strong>de</strong>planejamento participativo, propondo-se aten<strong>de</strong>r aos múltiplos interesses do <strong>uso</strong> das <strong>água</strong>s <strong>nos</strong>diversos setores, promovendo a viabilida<strong>de</strong> econômica e sustentabilida<strong>de</strong> social e ambiental(MMA, 2006).De acordo com o Instituto Sócio Ambiental (2004), a <strong>água</strong> disponível no território brasileiro ésuficiente para suprimento das necessida<strong>de</strong>s do País, apesar da dos problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação.Seria necessária, então, a conscientização da população no <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> e promoção <strong>de</strong>


24medidas, pelos governantes, que favoreçam as questões <strong>de</strong> saneamento e abastecimento <strong>de</strong><strong>água</strong>.3.2.2. Legislações sobre o Uso Racional <strong>de</strong> ÁguaAtualmente, os Estados brasileiros, com base na Constituição Fe<strong>de</strong>ral e na nova PolíticaBrasileira <strong>de</strong> Recursos Hídricos, <strong>de</strong>têm o domínio das <strong>água</strong>s doces, assim como, acompetência para elaborar seus mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Leis Ambientais com ações e instrumentosparticulares a cada região, Tabela 01.


25Tabela 01 – Algumas Legislações sobre Uso Racional da ÁguaLOCAL / DATA LEI TEORMUNICÍPIO DE PASSOFUNDO/RS08 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DEBLUMENAL/SC24 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2002MUNICÍPIO DEITAJAÍ/SC20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1999MUNICÍPIO DECURITIBA/PR18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DEMARINGÁ/PR15 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DEMARINGÁ/PR15 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DEMARINGÁ/PR21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DE SÃOPAULO/SP01 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2002MUNICÍPIO DE SÃOPAULO/SP04 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2002MUNICÍPIO DE SÃOPAULO/SP19 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003MUNICÍPIO DE SÃOPAULO/SP15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2002.MUNICÍPIO DEVIÇOSA/MG13 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2001MUNICÍPIO DEPALMAS/TO20 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2002MUNICÍPIO DERECIFE/PE17 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2002ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL04 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2001ESTADO DO RIO DEJANEIRO12 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2002ESTADO DE SÃOPAULO7 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2003ESTADO DE SÃOPAULO15 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2001DISTRITO FEDERAL13 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2000LEICOMPLEMENTARNº 110/2003LEI Nº 5935/2002LEI Nº 3429/1999LEINº 10785/2003LEI Nº 6345/2003LEI Nº 6339/2003LEI Nº 6076/2003LEINº 13309/2002LEINº 13.276/2002DECRETONº 44128/2003DECRETONº 41814/2002LEIN° 14401/2001LEI Nº 1085/2002LEINº 16759/2002LEINº 11575/2001LEI Nº 3915/2002DECRETONº 48138/2003DECRETONº 45805/2001LEI Nº 2616/2000REGULAMENTA A MEDIÇÃO INDIVIDUAL NAS INSTALAÇÕESHIDRÁULICAS DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES ECOMERCIAISDISPÕE SOBRE O CONSUMO DE ÁGUA EM NOVOS PRÉDIOS PÚBLICOSE PRIVADOSINSTITUI A SEMANA DA ÁGUA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.CRIA NO MUNICÍPIO DE CURITIBA, O PROGRAMA DE CONSERVAÇÃOE USO RACIONAL DA ÁGUA NAS EDIFICAÇÕES – PURAE.INSTITUI O PROGRAMA DE REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS DEMARINGÁDISPÕE SOBRE A INSTALAÇÃO DE DISPOSITIVOS HIDRÁULICOSDESTINADOS AO CONTROLE E À REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA EDÁ OUTRAS PROVIDÊNCIASDISPÕE SOBRE O REUSO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIASDISPÕE SOBRE O REUSO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIASTORNA OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA ASÁGUAS COLETADAS POR COBERTURAS E PAVIMENTOS NOS LOTES,EDIFICADOS OU NÃO, QUE TENHAM ÁREA IMPERMEABILIZADASUPERIOR A 500M²REGULAMENTA A UTILIZAÇÃO, PELA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DESÃO PAULO, DE ÁGUA DE REÚSO, NÃO POTÁVEL, A QUE SE REFERE ALEI Nº 13.309, DE 31 DE JANEIRO DE 2002REGULAMENTA A LEI Nº 13.276, DE 4 DE JANEIRO DE 2002, QUE TORNAOBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DE RESERVATÓRIO PARA AS ÁGUASCOLETADAS POR COBERTURAS E PAVIMENTOS NOS LOTES,EDIFICADOS OU NÃO, QUE TENHAM ÁREA IMPERMEABILIZADASUPERIOR A 500,00 M2DISPÕE SOBRE NORMAS DE CONTROLE DE EXCESSO DE CONSUMODE ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA USO HUMANOINSTITUI A CARTILHA DA ECONOMIA DA ÁGUA E DA ENERGIAELÉTRICA NA REDE MUNICIPAL DE ENSINOINSTITUI A OBRIGATORIEDADE DA INSTALAÇÃO DE HIDRÔMETROSINDIVIDUAIS NOS EDIFÍCIOSINSTITUI A “SEMANA ESTADUAL DA ÁGUA” NO ESTADO DO RIOGRANDE DO SUL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIASOBRIGA AS CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS AINSTALAREM MEDIDORESINSTITUI MEDIDAS DE REDUÇÃO DE CONSUMO E RACIONALIZAÇÃODO USO DE ÁGUA NO ÂMBITO DO ESTADO DE SÃO PAULOINSTITUI O PROGRAMA ESTADUAL DE USO RACIONAL DA ÁGUAPOTÁVEL E DÁ PROVIDÊNCIAS CORRELATASDISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOSECONOMIZADORES DE ÁGUA NAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ESANITÁRIAS DOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS E PRIVADOS DESTINADOS AUSO NÃO RESIDENCIAL NO ÂMBITO DO DISTRITO FEDERAL


263.3. Águas <strong>de</strong> Abastecimento Público na Bahia3.3.1. Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos da Bahia – PERH – BaDes<strong>de</strong> 2004 a Bahia conta com Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos – PERH-BA,instrumento <strong>de</strong> planejamento da Política Estadual <strong>de</strong> Recursos Hídricos, que, com o horizonte<strong>de</strong> 15 a<strong>nos</strong> (2005 a 2020), apresenta diretrizes para a gestão das <strong>água</strong>s, buscando o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável. O PERH apresenta as disponibilida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>mandas hídricas,propondo ações para gerenciamento da <strong>de</strong>manda e oferta e estabelece diretrizes paraimplementação dos instrumentos <strong>de</strong> gestão, retratando os programas e projetos para aimplementação <strong>de</strong> sua política hídrica, a<strong>de</strong>quadas às diretrizes ambientais.A Bahia, pela diversida<strong>de</strong> dos aspectos naturais que congrega, possui vastaárea <strong>de</strong> seu território <strong>de</strong>ntro da região semi-árida, caracterizada por severasrestrições quanto à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos hídricos. Possui, também,áreas com altos índices pluviométricos e cursos d’<strong>água</strong> com elevadasvazões <strong>de</strong> estiagem, além <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s mananciais <strong>de</strong> <strong>água</strong> subterrânea.Abran<strong>de</strong>, ainda, 47% da bacia do rio São Francisco, principal curso d’<strong>água</strong>perene da Região Nor<strong>de</strong>ste (BAHIA, 2004).De acordo com Relatório Síntese PERH – Bahia (2004), O Plano Estadual <strong>de</strong> RecursosHídricos da Bahia é estruturado em seis gran<strong>de</strong>s programas, que visam aten<strong>de</strong>r suas linhas <strong>de</strong>ação, necessitando <strong>de</strong> investimentos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$ 8 bilhões até 2020. A seguir serãoapresentadas as linhas <strong>de</strong> ações.o <strong>de</strong>senvolvimento institucional;o planejamento, gestão e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico;o preservação ambiental;o gestão da oferta hídrica;o gestão das <strong>de</strong>mandas hídricas;o comunicação social e educação ambiental.No PERH – Ba estabeleceu-se macrorregiões <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> Regiões <strong>de</strong> Planejamento eGestão das Águas – RPGA conforme Tabela 02, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orientar o planejamentoe o gerenciamento dos recursos hídricos e que representam um território compreendido poruma bacia, grupo <strong>de</strong> bacias ou sub-bacias hidrográficas, Figura 03, consi<strong>de</strong>rando também paraa esta <strong>de</strong>finição a base nas Regiões Administrativas <strong>de</strong> Águas – RAAs.


27Tabela 02 – Regiões <strong>de</strong> Planejamento e Gestão das Águas – RPGAI Extremo SulBacias dos Rios Pardo eIIJequitinhonhaIII Bacias LesteIV Bacia do Rio <strong>de</strong> ContasV Bacias do Recôncavo SulRPGAXCalha do Submédio São Francisco naBahiaXI Bacia do Rio SalitreBacias do Recôncavo Norte eVIInhambupeVII Bacia do Rio ParaguaçuVIII Bacia do Rio ItapicuruIX Rios Real e Vaza-BarrisFonte: Relatório Síntese do PERH – BAHIA (2004)XII Lago <strong>de</strong> SobradinhoXIII Bacias dos Rios Ver<strong>de</strong> e JacaréBacias dos Rios Paramirim, SantoXIVOnofre e Carnaíba <strong>de</strong> Dentro.XV Calha do Médio Rio São FranciscoXVI Bacia do Rio Gran<strong>de</strong>XVII Bacia do Rio CorrenteA RPGA VI - Bacias do Recôncavo Norte e Inhambupe, que contém a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador,abrange as bacias hidrográficas dos Rios Imbassaí, Pojuca, Jacuípe, Joanes, Ipitanga, Subaé eAçu, pertencentes à região do Recôncavo Norte, e a bacia hidrográfica do Rio Inhambupe. ARPGA VI está quase toda contida no eixo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do Gran<strong>de</strong> Recôncavo, excetoa parte superior da bacia do Rio Inhambupe, que se encontra no eixo Nor<strong>de</strong>ste, que contém oeixo Metropolitano (BAHIA, 2004).A RPGAVI, por conter a capital do estado da Bahia, possui a maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica,207,7 hab/Km 2 , <strong>de</strong> todas as RPGA’s que compõem a Bahia, concentrando 90,62% dapopulação na zona urbana, conforme dados da Tabela 03. A RPGA VI concentra em média30% do total da população da Bahia.


28Tabela 03 - Indicadores Físico-territoriais, Socioeconômicos, Relacionados a RecursosHídricos do Estado da Bahia – 2000.Algumas Variáveis e/ou Indicadores Unid. RPGA VIFÍSICO - TERRITORIALÁrea Geográfica Total km² 18.015,1SÓCIOECONÔMICOSPopulação Total hab 3.742.632Densida<strong>de</strong> Demográfica hab/km² 207,7População Urbana hab 3.391.625População Rural hab 351.007RECURSOS HÍDRICOSAçu<strong>de</strong>s Públicos Nº 11Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Armazenamento dos Açu<strong>de</strong>s 10 6 m³ 291,5Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Poços Nº 456Potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Águas Subterrâneas (Po) m³/s 83,70Disponibilida<strong>de</strong> Efetiva Instalada (Qei) m³/s 0,96Potencialida<strong>de</strong>s Hídricas Superficiais (Qm) m³/s 93,93Disponibilida<strong>de</strong> Hídrica (Qo=Qr+Q90d+Qei) m³/s 31,8Demanda Hídrica Consuntiva Total (Qt) m³/s 19,08Balanço entre Disponibilida<strong>de</strong> e Demanda (Qo-Qt) m³/s 8 12,7Vazão <strong>de</strong> diluição m³/s 246,55Demandas Urbanas m³/s 11,18Demandas Industriais m³/s 1,69Demandas Domésticas Rurais m³/s 0,35Demandas com Rebanhos m³/s 0,32Demandas Médias com Irrigação m³/s 5,54Fonte: Relatório Síntese do PERH – BAHIA (2004)


Figura 03 – Regiões <strong>de</strong> Planejamento e Gestão das ÁguasFonte: Relatório Síntese do PERH – BAHIA (2004)29


30Quando comparada a outras Regiões <strong>de</strong> Planejamento a RPGA VI, <strong>de</strong>vido às característicassocioeconômicas <strong>de</strong>ntre outras, possui a maior <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong>, 19,08m 3 /s, sendo que11,18m 3 /s <strong>de</strong>sta é disponibilizada para as <strong>de</strong>mandas urbanas, ou seja, mais <strong>de</strong> 58% da<strong>de</strong>manda total <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Esta <strong>de</strong>manda também é relevante se comparada com a <strong>de</strong>mandaurbana <strong>de</strong> toda a Bahia que é 20,86m 3 /s, equivalendo a mais <strong>de</strong> 50% do total da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong><strong>água</strong> urbana do Estado, ainda que sua população seja <strong>de</strong> aproximadamente 30% do total,Tabela 04.Tabela 04 – Comparativo das Demandas Consuntivas da Bahia e RPGA VI.BAHIARPGA VI13.070.250 hab. 3.742.632 habmil m 3 /dia m 3 /s m 3 /sAbastecimento Urbano 1.802,20 20,86 11,18Abastecimento Rural 344,00 3,94 0,35Abastecimento Industrial 287,70 3,33 1,69Abastecimento rebanhos 608,00 7,04 0,32Abastecimento irrigação 14.692,40 170,05 5,54TOTAL 17.734,30 205,22 19,08Fonte: Relatório Síntese do PERH – BAHIA (2004)Segundo o Relatório Síntese, Bahia (2004), <strong>de</strong>vido ao elevado volume da <strong>de</strong>manda urbana daRPGA VI, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transferir a partir da barragem <strong>de</strong> Pedra do Cavalo cerca <strong>de</strong>7,0m 3 /s <strong>de</strong> <strong>água</strong> provenientes do rio Paraguaçu que pertence a RPGA VII. Isto acontece<strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>sativação <strong>de</strong> mananciais pertencentes à RPGA VI e até mesmo esgotamento <strong>de</strong>stes<strong>de</strong>vido ao crescimento da população na capital do estado que além <strong>de</strong> aumentar a <strong>de</strong>mandapoluem os mananciais inseridos na área urbana, acarretando na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adução <strong>de</strong><strong>água</strong> na RPGA VII.3.4. Água <strong>de</strong> Abastecimento Público em SalvadorApresentando o terceiro Município mais populoso, Salvador é um dos centros regionais maisimportantes do país. Salvador tem um significativo a<strong>de</strong>nsamento construtivo – horizontal evertical nas áreas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> concentração populacional, apesar das atuais tendências <strong>de</strong>redução do ritmo <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>mográfico. Há ocupação em quase totalida<strong>de</strong> da superfície


31territorial disponível, excluindo-se <strong>de</strong>sta área ocupada apenas os espaços <strong>de</strong> circulaçãourbana, que estão subdimensionados e precários (SALVADOR, 2006a).Na última década, Salvador apresentou uma taxa <strong>de</strong> crescimento anual <strong>de</strong> 1,8% conformemostra a Tabela 05. No ano 2000, Salvador congregava mais <strong>de</strong> 18,7% da população doestado da Bahia e 80,9% da Região Metropolitana, Tabela 06. Registrou-se, nas últimasdécadas, uma das taxas <strong>de</strong> crescimento no Estado da Bahia consi<strong>de</strong>rada comparativamentealta e em Salvador o ritmo <strong>de</strong> crescimento ainda é relativamente alto, quando comparada àstaxas geométricas <strong>de</strong> crescimento populacional das principais capitais do país. No períodoentre 1991 a 2000, as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Salvador, Fortaleza, Curitiba e Brasília, apresentaram asmaiores taxas <strong>de</strong> crescimento verificadas no Brasil – Tabela 07 (SALVADOR, 2006a).Tabela 05 – Taxa <strong>de</strong> Crescimento Geométrica Média Anual, Região Metropolitana <strong>de</strong>Salvador, Estado da Bahia e Brasil - 1960/2000.Taxa <strong>de</strong> Crescimento (% anual)1960 a19701970 a19801980 a19911991 a19961996 a20001991 a2000Camaçari 4,3 10,4 2,2 3,5 4,7 4,0Can<strong>de</strong>ias 6,3 4,7 2,1 0,5 2,5 1,4Dias D´ávila - - - 3,9 4,6 4,2Itaparica - 2,6 3,0 3,6 1,3 2,6Lauro <strong>de</strong> Freitas - 13,5 6,3 7,0 4,0 5,6Madre <strong>de</strong> Deus - - - 1,6 5,1 3,1SALVADOR 4,4 4,1 3,0 1,3 2,5 1,8São Francisco do Con<strong>de</strong> 1,2 -1,5 1,2 3,7 2,1 2,9Simões Filho - 7,1 4,7 1,5 4,7 2,9Vera Cruz - 1,4 4,4 4,5 1,8 3,3RMS 4,5 4,4 3,2 1,6 2,8 2,1ESTADO DA BAHIA 2,4 2,4 1,9 1,1 1,0 1,1BRASIL 2,9 2,5 1,9 1,4 2,0 1,6Fonte: (SALVADOR, 2006b)


32Tabela 06 – População Resi<strong>de</strong>nte, Região Metropolitana <strong>de</strong> Salvador, Estado da Bahia eBrasil - 1960/2000.População Resi<strong>de</strong>nte (hab)1960 1970 1980 1991 1996 2000Camaçari 21.849 33.273 89.164 113.639 134.901 161.727Can<strong>de</strong>ias 18.484 34.195 54.081 67.941 69.503 76.783Dias D´ávila - - - 31.260 37.916 45.333Itaparica 25.276 8.391 10.877 15.055 17.975 18.945Lauro <strong>de</strong> Freitas - 10.007 35.431 69.270 97.219 113.543Madre <strong>de</strong> Deus - - - 9.183 9.961 12.036SALVADOR 655.735 1.007.195 1.502.013 2.075.273 2.211.539 2.443.107S. Francisco do Con<strong>de</strong> 18.455 20.738 17.838 20.238 24.213 26.282Simões Filho - 22.019 43.571 72.526 78.229 94.066Vera Cruz - 12.003 13.749 22.136 27.628 29.750RMS 739.799 1.147.821 1.766.724 2.496.521 2.709.084 3.021.572ESTADO DA BAHIA 5.990.605 7.583.140 9.597.393 11.867.991 12.541.745 13.070.250BRASIL 70.191.370 93.139.037 119.002.706 146.825.475 157.079.573 169.799.170Fonte: (SALVADOR, 2006b)Tabela 07 – População Resi<strong>de</strong>nte e Taxa <strong>de</strong> Crescimento Média Anual, Salvador ePrincipais Capitais - 1970/2000.POPULAÇÃO / ANO1970 1980 1991 1996 2000TAXA DECRESCIMENTOGEOMÉTRICO %1970a19801980 a1991Belém 633.374 933.280 1.244.689 1.144.312 1.280.614 4,0 2,7 0,3Fortaleza 857.980 1.307.608 1.768.637 1.965.513 2.141.402 4,3 2,8 2,1Recife 1.060.701 1.203.887 1.298.229 1.346.045 1.422.905 1,3 0,7 1,0Salvador 1.007.195 1.502.013 2.075.273 2.211.539 2.443.107 4,1 3,0 1,8Belo Horizonte 1.235.030 1.780.839 2.020.161 2.091.448 2.238.526 3,7 1,2 1,1Rio <strong>de</strong> Janeiro 4.251.918 5.090.723 5.480.768 5.551.538 5.857.904 1,8 0,7 0,7São Paulo 5.924.612 8.493.217 9.646.185 9.839.436 10.434.252 3,7 1,2 0,9Curitiba 609.026 1.024.980 1.315.035 1.476.253 1.587.315 5,3 2,3 2,1Porto Alegre 885.545 1.125.478 1.263.403 1.288.879 1.360.590 2,4 1,1 0,8Brasília 537.492 1.176.908 1.601.094 1.821.946 2.051.146 8,2 2,8 2,8Fonte: (SALVADOR, 2006b)1991 a20003.4.1. Sistema <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> SalvadorA operação do abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> potável para a cida<strong>de</strong> do Salvador e dos municípios <strong>de</strong>Can<strong>de</strong>ias, Lauro <strong>de</strong> Freitas, Madre <strong>de</strong> Deus, São Francisco do Con<strong>de</strong> e Simões Filho érealizada pelo Sistema Integrado <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> Salvador - S.I.A.A., que érealizada pela Empresa Baiana <strong>de</strong> Águas e Saneamento S.A. – EMBASA, empresa vinculadaà Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano – SEDUR, do Governo do Estado da Bahia(SALVADOR, 2006a).


33A EMBASA possui o Plano Diretor <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água da Gran<strong>de</strong> Salvador –(RAPDAA) vigente em sua segunda revisão, concluída em 1998, com alcance <strong>de</strong> 20 a<strong>nos</strong>,abrangendo os períodos ente 1996 a 2016 (EMBASA, 1998).Apresentam-se a seguir os mananciais que são fontes <strong>de</strong> alimentação dos <strong>sistemas</strong> quecompõem o S.I.A.A (EMBASA, 1998).o Rio Paraguaçu o Rio Joaneso Rio do Cobre o Rio Ipitanga, com três represas - Ipitanga I, II e IIIo Rio PituaçuA Bacia do Cobre, que tem como manancial o Rio do Cobre, por motivos operacionais sofre<strong>de</strong>sativações temporárias, portanto, sua contribuição para o sistema <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong>Salvador é intermitente.Em 2003, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador possuía 4.540 km <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> <strong>água</strong>,aten<strong>de</strong>ndo cerca <strong>de</strong> 99,1% da população da cida<strong>de</strong>. Mas este índice <strong>de</strong> acesso à re<strong>de</strong> nãoreflete exatamente o acesso à <strong>água</strong>, pois a existência <strong>de</strong> manobras nas re<strong>de</strong>s gera intermitênciano abastecimento, ou seja, por um <strong>de</strong>terminado período, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong> um setor éfechada <strong>de</strong>sviando que a <strong>água</strong> para o atendimento <strong>de</strong> outra localida<strong>de</strong>. Este procedimento éina<strong>de</strong>quado e nocivo à qualida<strong>de</strong> da <strong>água</strong> <strong>de</strong> consumo (SALVADOR, 2006a).Ainda conforme Salvador (2006a), segundo o Censo Demográfico, realizado pelo InstitutoBrasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística – IBGE, em 1991, 85,2% dos domicílios da cida<strong>de</strong> doSalvador eram abastecidos com <strong>água</strong> potável por re<strong>de</strong> geral, e esse percentual alcançou 96,6%em 2000, o que equivale a dizer que cerca <strong>de</strong> 75.000 pessoas ainda não tinham acesso à re<strong>de</strong>pública <strong>de</strong> <strong>água</strong> nesse ano, Tabela 08.


34Tabela 08 – Forma <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água do Domicílio Segundo RegiõesAdministrativas – RA da Prefeitura <strong>de</strong> Salvador, Salvador – 2000.Origem do Abastecimento <strong>de</strong> Água dosDomicíliosPoço ouRegião AdministrativaOutra forma <strong>de</strong> TotalRe<strong>de</strong> geral nascente naabastecimentoproprieda<strong>de</strong>Nº % Nº % Nº % Nº %I - Centro 24.944 98,6 69 0,3 278 1,1 25.291 100,0II - Itapagipe 38.906 95,3 210 0,5 1.725 4,2 40.841 100,0III - São Caetano 52.727 97,0 289 0,5 1.322 2,4 54.338 100,0IV - Liberda<strong>de</strong> 48.516 98,4 138 0,3 669 1,4 49.323 100,0V - Brotas 51.824 98,8 169 0,3 465 0,9 52.458 100,0VI - Barra 25.214 98,3 341 1,3 96 0,4 25.651 100,0VII - Rio Vermelho 41.995 98,0 139 0,3 707 1,7 42.841 100,0VIII - Pituba/Costa Azul 30.044 98,8 312 1,0 68 0,2 30.424 100,0IX - Boca do Rio/Patamares 22.076 98,5 67 0,3 259 1,2 22.402 100,0X - Itapuã 43.173 93,9 1.223 2,7 1.595 3,5 45.991 100,0XI - Cabula 37.016 98,6 106 0,3 434 1,2 37.556 100,0XII - T.Neves/Beiru 47.423 97,0 255 0,5 1.194 2,4 48.872 100,0XIII - Pau da Lima 52.581 96,6 358 0,7 1.479 2,7 54.418 100,0XIV - Cajazeiras 29.790 96,2 90 0,3 1.085 3,5 30.965 100,0XV - Ipitanga 7.244 77,4 858 9,2 1.257 13,4 9.359 100,0XVI - Valéria 16.191 93,7 275 1,6 812 4,7 17.278 100,0XVII - Sub. Ferroviários 58.302 94,5 634 1,0 2.773 4,5 61.709 100,0XVIII - Ilhas 878 56,2 85 5,4 598 38,3 1.561 100,0Total 628.844 96,6 5.618 0,9 16.816 2,6 651.278 100,0Fonte: (SALVADOR, 2006b)Tabela 09 – Projeção da Demanda do Sistema Integrado <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong>Salvador - SIAA (2001 – 2016)AnoPopulaçãoResi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong>SalvadorDemanda <strong>de</strong>Água Tratada<strong>de</strong> Salvadorm 3 /sDemanda <strong>de</strong> ÁguaTratada doS.I.A.A.m 3 /sDemanda Total <strong>de</strong> ÁguaTratada e Água Bruta doS.I.A.A.m 3 /s2001 2.584.399 10,14 11,32 14,782006 2.849.735 11,30 12,52 16,552011 3.117.603 12,35 13,76 18,062016 3.388.006 13,51 15,05 19,64Fonte: Revisão e Atualização do Plano Diretor <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água – EMBASA, (1998)A Tabela 09 apresenta a projeção da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> constante na Revisão e Atualização doPlano Diretor <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água da Embasa, tendo como parâmetro o crescimento dapopulação e com a finalida<strong>de</strong> do estabelecimento das diretrizes <strong>de</strong> planejamento do horizontedo Plano Diretor citado. Para ampliação da oferta <strong>de</strong> <strong>água</strong>, estão previstas execução <strong>de</strong> obrasno sistema integrado <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong>, garantindo o atendimento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>


35<strong>água</strong> prevista no horizonte <strong>de</strong> Plano Diretor <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água da Embasa - 2016,(SALVADOR, 2005).“Consi<strong>de</strong>rando a condição do Município, <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r conce<strong>de</strong>nte e gestor daspolíticas <strong>de</strong> <strong>água</strong>, <strong>de</strong>vendo zelar pela garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> na prestação,continuida<strong>de</strong> e mutabilida<strong>de</strong>, as diretrizes e proposições para o setorAbastecimento <strong>de</strong> Água visam: garantir atendimento eficaz dos <strong>sistemas</strong>públicos a toda a população municipal; reduzir as perdas; promover apreservação, recuperação e aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos,superficiais e subterrâneos do Município e difundir a prática do re<strong>uso</strong> da<strong>água</strong>, otimizando o <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> potável para fins nobres....Procura-se perseguir a redução do <strong>de</strong>sperdício da <strong>água</strong> potável comcampanhas educativas, reduzir as perdas <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><strong>água</strong> e estimular o re<strong>uso</strong> da <strong>água</strong>, especialmente para fins industriais,possibilitando a redução <strong>de</strong> retiradas do sistema hídrico e a conseqüenteotimização para o consumo doméstico, além da incorporação da prática <strong>de</strong>re<strong>uso</strong> da <strong>água</strong> <strong>nos</strong> novos empreendimentos industriais e nas áreas <strong>de</strong>expansão planejadas”.(SALVADOR, 2005)Com relação à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong>, em Salvador (2005), há apenas proposição <strong>de</strong> campanhaseducativas e difusão do re<strong>uso</strong> da <strong>água</strong>, não havendo diretrizes/proposições que contemplem o<strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> nas edificações, no que diz respeito ao <strong>uso</strong> <strong>de</strong> novas tecnologias eprodutos poupadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, para a diminuição da <strong>de</strong>manda resi<strong>de</strong>ncial, além do controle <strong>de</strong>perdas nestes <strong>sistemas</strong>.Observa-se no planejamento estadual – EMBASA (1998) que há uma gran<strong>de</strong> preocupação noatendimento das crescentes vazões <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong>, apresentando diretrizes e proposiçõespara os <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> captação, tratamento e distribuição <strong>de</strong> <strong>água</strong>, não citando diretrizes quefoquem a questão dos consumos nas unida<strong>de</strong>s domiciliares. O aumento da <strong>de</strong>mandageralmente está relacionado ao crescimento populacional, não havendo investigação para umdiagnóstico do aumento em relação aos <strong>uso</strong>s da <strong>água</strong>, principalmente <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong>hidrossanitários <strong>prediais</strong> que, conforme Rodrigues (2005), o consumo <strong>nos</strong> pontos <strong>de</strong> utilizaçãoresi<strong>de</strong>ncial equivale aproximadamente a 85% do consumo total urbano <strong>de</strong> <strong>água</strong>.3.5. O Ciclo da Água no Meio UrbanoDe acordo com Gonçalves (2006), a crescente ocupação territorial, o crescimentopopulacional e as ações causadas pela presença do homem na Terra interferem cada vez maisno ciclo da <strong>água</strong> na natureza. O ciclo urbano global, resultado da intervenção urbana éformado por sub-ciclos antrópicos relacionados com o <strong>uso</strong> urbano das <strong>água</strong>s.


36Almeida (2004) coloca que o ambiente físico sofre as modificações conseqüentes daurbanização crescente, observados pelas respostas dos mecanismos existentes na atmosfera,hidrosfera, biosfera e na esfera humana. Tais mecanismos são subsídios nas pesquisas dabusca da redução do impacto das ações antrópicas no meio ambiente.O estudo do ciclo hidrológico é um tópico <strong>de</strong> importância em na hidrologia urbana. Todos osprocessos componentes do ciclo - precipitação, infiltração, escoamento superficial,evaporação e transpiração, além da ação humana – compõem um ciclo dinâmico que seesten<strong>de</strong> por todo o planeta. Para que ele subsista, é necessário que haja suprimento <strong>de</strong> energiaproveniente do Sol e do interior da Terra (ALMEIDA, 2004).A UNESCO (2003), em sua publicação “Water for People, Water for Life” coloca que sãodiversos os impactos <strong>de</strong>correntes das ativida<strong>de</strong>s humanas que afetam diretamente o ciclourbano das <strong>água</strong>s e que para alcançar a sustentabilida<strong>de</strong> no ciclo urbano da <strong>água</strong>, <strong>de</strong>verão serimplementadas práticas <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> buscando a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental.Um dos sub-ciclos mais importantes no meio urbano é o formado pela captação e adução <strong>de</strong><strong>água</strong> bruta dos mananciais, seguida pelo tratamento, <strong>uso</strong> e geração <strong>de</strong> <strong>água</strong>s residuárias etratamento nas estações <strong>de</strong> esgoto com a disposição das <strong>água</strong>s residuárias tratadas no corporeceptor, assim fechando o ciclo GONÇALVES (2006).Rutkowski, (1999 apud Almeida, 2004) afirma que “a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada localida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sustentar as ativida<strong>de</strong>s antrópicas que são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes hídricas, é <strong>de</strong>terminada pelocomportamento local do ciclo hidrológico”.A sustentabilida<strong>de</strong> no ciclo urbano da <strong>água</strong> <strong>de</strong>corre da análise dos componentes do balançohídrico que é uma ferramenta importante na implantação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentocom sustentabilida<strong>de</strong> (ALMEIDA, 2004). Para alcançar a sustentabilida<strong>de</strong> no ciclo urbano da<strong>água</strong> <strong>de</strong>ve-se utilizar as práticas <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> e criteriosas medidas que resultem nasustentação ambiental.Os dispositivos economizadores, as novas tecnologias <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> fontesalternativas <strong>de</strong> <strong>água</strong> como captação <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuva, por exemplo, as técnicas <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong>


37<strong>sistemas</strong> hidro-sanitários alternativos como o re<strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>s servidas são <strong>de</strong> fundamentalimportância na busca por um ciclo urbano da <strong>água</strong> sustentável.3.6. Tecnologias LimpasO Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), passou a incentivar a partir<strong>de</strong> 1989, medidas favorecendo a redução <strong>de</strong> resíduos, economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> e energia <strong>nos</strong>processos produtivos industriais, focando na introdução do conceito <strong>de</strong> produção mais limpa“Cleaner Prodution”, com o comprometimento dos profissionais e uma política gerencial quecontemple a responsabilida<strong>de</strong> ambiental (FURTADO, 2001).Abreu (2001, apud Gonçalves, 2006) coloca que surgem na década <strong>de</strong> 80 as tecnologiaslimpas, com a necessida<strong>de</strong> da diminuição dos poluentes gerados por empresas e seus possíveisimpactos, e ao mesmo tempo, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar a competitivida<strong>de</strong> e diminuir oscustos <strong>de</strong> produção do produto.No início da década <strong>de</strong> 90, o PNUMA, <strong>de</strong>finiu o conceito <strong>de</strong> Produção Mais Limpa (P+L)como sendo a aplicação contínua <strong>de</strong> uma estratégia ambiental preventiva integrada aosprocessos, produtos e serviços para aumentar a eco-eficiência e reduzir os riscos ao homem eao meio ambiente (PNUMA, 2005).As estratégias ambientais preventivas e integradas aplicam-se a:o processos produtivos: incluem <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> recursos naturais e energia, eliminação <strong>de</strong>matérias-primas tóxicas e redução da quantida<strong>de</strong> e da toxicida<strong>de</strong> dos resíduos e emissões;o produtos: envolve a redução dos impactos negativos ao longo do ciclo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> umproduto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extração <strong>de</strong> matérias-primas até a sua disposição final;o serviços: estratégia para incorporação <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações ambientais no planejamento eentrega dos serviços.Outro aspecto relevante para a implantação da P+L foi em meados da década <strong>de</strong> 90, com aabertura <strong>de</strong> novos mercados, aumentando a competitivida<strong>de</strong> das indústrias através da melhoriada tecnologia empregada e das condições ambientais. As ações <strong>de</strong> P+L, inicialmenteempregadas como ferramenta para <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> insumos (<strong>água</strong>, energia e matérias-primas)e redução <strong>de</strong> custos, evoluiu para um conceito mais amplo, incluindo conceitos comoplanejamento <strong>de</strong> produtos, economia ambiental e responsabilida<strong>de</strong> sócio-ambiental (PNUMA,2005).


38A utilização <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> produção mais limpa em uma empresa ou sistema proporcionaa minimização <strong>de</strong> resíduos e consequentemente diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios, tendo comoconsequência a redução <strong>de</strong> investimentos em tecnologias caras e complexas <strong>de</strong> tratamento fim<strong>de</strong> tubo, proporcionando a redução <strong>de</strong> custos pela maior eficiência do processo produtivo.A utilização <strong>de</strong> tecnologias limpas para a redução do consumo doméstico <strong>de</strong> <strong>água</strong> é umamaneira bastante efetiva para a redução da captação <strong>de</strong> <strong>água</strong>s naturais, do volume <strong>de</strong> esgoto edo porte do tratamento (COHIM, 2007?). Para a utilização da <strong>água</strong> <strong>de</strong> forma eficiente <strong>de</strong>vemser implementas ações ou ativida<strong>de</strong>s ligadas à redução do consumo, ao re<strong>uso</strong> e à reciclagem<strong>de</strong> efluentes líquidos, <strong>de</strong>ntre outras práticas conservacionistas.Dentre as práticas conservacionistas <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong>stacam-se:o Aproveitamento da <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuvao Gerenciamento <strong>de</strong> <strong>água</strong>s cinzas - <strong>água</strong>s servidas provenientes <strong>de</strong> pias, chuveiros, etc.o Gerenciamento <strong>de</strong> <strong>água</strong>s amarelas e negras – urina e <strong>água</strong>s fecaiso Utilização <strong>de</strong> aparelhos economizadoresA substituição dos aparelhos convencionais por outros poupadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, é uma boaestratégia para redução do consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> em edificações.Conforme Cohim (2007?) é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância o tratamento e re<strong>uso</strong> das <strong>água</strong>s cinzaprovenientes <strong>de</strong> chuveiros, lavatórios e lavagem <strong>de</strong> roupa, pois, representaria até 40% na<strong>de</strong>manda doméstica reduzindo a pressão sobre os mananciais. Sob o ponto <strong>de</strong> vista energético,a <strong>água</strong> cinza <strong>de</strong>verá ser tratada junto à fonte geradora para evitar os longos e onerosostransportes para a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento. E quanto à captação da <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuva, Cohimcoloca que esta prática po<strong>de</strong>ria aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> 20 a 80% das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma família.3.7. Consumo <strong>de</strong> Água nas EdificaçõesA <strong>água</strong>, produto finito e escasso, para chegar até o ponto <strong>de</strong> consumo resi<strong>de</strong>ncial passa poronerosos processos <strong>de</strong> captação, tratamento e pelos dispendiosos trajetos <strong>de</strong> distribuição e, noentanto, <strong>de</strong>ntre as várias necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> potável nas edificações estão asutilizações dos consumos não potáveis como: lavagem <strong>de</strong> carros; <strong>de</strong>scarga em baciassanitárias; lavagem <strong>de</strong> pátios; irrigação <strong>de</strong> jardins; reserva <strong>de</strong> incêndio, que não justificam ovalor agregado à <strong>água</strong> <strong>nos</strong> processos <strong>de</strong> tratamento.


39Portanto, é importante a promoção da gestão da <strong>de</strong>manda como medida para redução doconsumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> final dos usuários, sem prejuízo dos atributos <strong>de</strong> higiene e conforto dos<strong>sistemas</strong> originais. Essa redução po<strong>de</strong> ser obtida através <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> hábitos no <strong>uso</strong> da<strong>água</strong> ou mediante a adoção <strong>de</strong> aparelhos ou equipamentos poupadores. Ao economizar a <strong>água</strong>,haverá redução na conta, a concessionária reduzirá a adução <strong>de</strong> <strong>água</strong> e consequentemente omanancial será preservado, ou seja, a gestão da <strong>de</strong>manda está diretamente ligada à gestão daoferta (SAUTCHUK, 2004).Dados apresentados por Rodrigues (2005), mostram, que na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória, a percentagemdo consumo resi<strong>de</strong>ncial equivale a 85% do total do consumo urbano, reforçando anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incremento <strong>de</strong> ações que visem à gestão <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>manda com a redução <strong>de</strong>consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>, pois reduzirá significativamente a <strong>água</strong> <strong>de</strong>stinada aoabastecimento dos <strong>sistemas</strong> públicos e os impactos causados aos <strong>sistemas</strong> hidrográficos.3.7.1. Caracterização do Consumo da ÁguaHá muitas variáveis sobre o consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, como o comportamento do consumidor, o<strong>de</strong>sempenho dos <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>, <strong>de</strong>ntre muitos outros que po<strong>de</strong>rão i<strong>de</strong>ntificar a hierarquiado consumo e as ações <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> prioritárias (ROCHA e outros 1998).Para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador, conforme a Revisão e Atualização do Plano Diretor <strong>de</strong>abastecimento <strong>de</strong> Água da Gran<strong>de</strong> Salvador (RAPDAA) – EMBASA (1998), os consumosper capita adotados para a cida<strong>de</strong> foram baseados <strong>nos</strong> valores <strong>de</strong> consumos utilizados narevisão do Plano Diretor <strong>de</strong> Esgotos da Embasa, que foram resultado <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong>campo por amostragem dos consumidores representativos <strong>de</strong> três classes <strong>de</strong> renda e dos tipos<strong>de</strong> ocupação resi<strong>de</strong>ncial e não resi<strong>de</strong>ncial, <strong>de</strong>finidos por faixas <strong>de</strong> salário mínimo (SM),Tabela 10.Tabela 10 – Consumo Per Capita <strong>de</strong> Água em SalvadorClasse <strong>de</strong>RendaPopulação%ConsumoResi<strong>de</strong>ncial(l/hab/dia)Consumo nãoResi<strong>de</strong>ncial(l/hab/dia)Perdas(l/hab/dia)Total(l/hab/dia)A (> 20 sm) 3,78 318 67 165 550B (6-20 sm) 33,90 217 46 113 376C (< 6 sm) 62,32 102 21 53 176Fonte: Revisão e Atualização do Plano Diretor <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água – EMBASA, (1998 apud PlanoDiretor <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano <strong>de</strong> Salvador – PDDU, 2006)


40O índice <strong>de</strong> perdas físicas estimado pela a Embasa na RAPDAA foi <strong>de</strong> aproximadamente30%. Conforme Cohim (2007?) o índice <strong>de</strong> perdas físicas somado às perdas comerciais atingevalores superiores a 50%, sendo aduzido dos mananciais o dobro das vazões realmenteutilizadas no abastecimento urbano.Conforme a EMBASA (1998), o parâmetro <strong>de</strong> planejamento o consumo per capita médiototal consi<strong>de</strong>rado foi <strong>de</strong> 258 l/hab./dia, consi<strong>de</strong>rando a seguinte distribuição <strong>de</strong> consumidorespor classe <strong>de</strong> renda.Classe A – acima <strong>de</strong> 20 S.M.Classe B – entre 6 e 20 S.M.Classe C – até 6 S.M.Os valores <strong>de</strong> consumo per capita <strong>de</strong> <strong>água</strong> incluem o volume <strong>de</strong> <strong>água</strong> utilizada e o volume <strong>de</strong><strong>água</strong> <strong>de</strong>sperdiçada por <strong>uso</strong> excessivo ou por perda. A Tabela 11 apresenta a média doconsumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> nas regiões em relação à população.Tabela 11 – Consumo <strong>de</strong> ÁguaNÚMERO DE HABITANTESCONSUMO DE ÁGUA / HAB.DIA> 50.000 220 l/hab.dia10.000 a 50.000 200 l/hab.dia< 10.000 150 l/hab.diaComunida<strong>de</strong>s rurais100 l/hab.diaFonte: Christofidis (2001)De acordo com Terpstra, (1999 apud Gonçalves, 2006), os <strong>uso</strong>s da <strong>água</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> umaresidência po<strong>de</strong>m ser separados em quatro categorias:o higiene pessoal;o <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> banheiros;o consumo eo limpeza.Segue o Gráfico 02, on<strong>de</strong> são apresentados os índices <strong>de</strong> <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> nas residências, observaseque a maior <strong>de</strong>manda é requerida pelo vaso sanitário. Conforme Gonçalves (2006), 40% dototal da <strong>água</strong> consumida em uma edificação são <strong>de</strong>stinadas para os <strong>uso</strong>s não potáveis, e o <strong>uso</strong>


41<strong>de</strong> fontes alternativas para o abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong>stinada ao <strong>uso</strong> não potável é umaimportante prática na busca da sustentabilida<strong>de</strong> hídrica.Conforme é apresentado <strong>nos</strong> Gráficos 02, 03 e 04, a bacia sanitária é responsável porconsumo significativo <strong>de</strong> <strong>água</strong> em uma unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial, sendo, portanto o banheiro, osetor <strong>de</strong> maior consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, somando mais <strong>de</strong> 60% do consumo total <strong>de</strong> uma residência.O Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício da Água – PNCDA no seu DocumentoTécnico <strong>de</strong> Apoio – Caracterização e Monitoramento do Consumo Predial <strong>de</strong> Água – DTAE1, apresenta os dados <strong>de</strong> consumos obtidos em um condomínio <strong>de</strong> apartamentos <strong>de</strong> baixarenda, conforme o Gráfico 05, on<strong>de</strong> aparecem como pontos <strong>de</strong> maior consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, ochuveiro - 55%, seguida pela pia da cozinha - 18%, apresentando a bacia sanitária com osegundo menor consumo, com apenas 5% do consumo na edificação.Uso doméstico da <strong>água</strong> no BrasilLavagemroupa; 12%Outros:lavagem <strong>de</strong>carro; 3%Descarga <strong>de</strong>banheiro;33%Higiene:banho,escovar<strong>de</strong>ntes; 25%consumo:cozinhar ebeber; 27%Gráfico 02 – Uso Doméstico da Água no BrasilFonte: PEGORIN, (2001 apud ALBUQUERQUE, 2004, p.19).O DTA E1 comenta que o perfil <strong>de</strong> consumo apresentado no Gráfico 05 é particular a apenasàs unida<strong>de</strong>s habitacionais medidas na pesquisa, mas se consi<strong>de</strong>rar que a pesquisa foi realizadaem um conjunto habitacional no estado <strong>de</strong> São Paulo com componentes e característicascomuns às unida<strong>de</strong>s resi<strong>de</strong>nciais encontradas em todo o país, então, porque este perfil <strong>de</strong>consumo difere dos resultados apresentados em outras bibliografias?


42De acordo com os Gráficos 02, 03 e 04 a bacia sanitária aparece respectivamente com 33%,27% e 29% do consumo total <strong>de</strong> <strong>água</strong>, portanto, a apresentação no DTA E1 <strong>de</strong> apenas 5% nãoé a<strong>de</strong>quada para representação do consumo da bacia sanitária.Distribuição do consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> nas residências naAlemanhaLAVAGEM DEPRATOS; 6%VASOSANITÁRIO; 27%PEQUENOSTRABALHOS;9%LAVAGEM DECARROS EJARDINS; 6%LAVAGEM DEROUPA; 12%CHUVEIRO; 36%BEBER ECOZINHAR; 4%Gráfico 03 – Distribuição do Consumo <strong>de</strong> Água nas Residências na Alemanha.Fonte: Uso <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> – USP, (1995 apud Gonçalves, 2005).Consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> nas edificações – São PauloMÁQUINA DELAVARLOUÇAS; 5%TANQUE; 6%LAVATÓRIO; 6%BACIASANITÁRIA;29%MÁQUINA DELAVARROUPAS; 9%CHUVEIRO;28%PIA DECOZINHA; 17%Gráfico 04 – Consumo <strong>de</strong> Água nas Edificações – São Paulo.Fonte: Uso <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> – USP, (1995 apud Gonçalves, 2005).


43Perfil <strong>de</strong> Consumo Doméstico <strong>de</strong> Água - PNCDALAVATÓRIO; 8%BACIASANITÁRIA; 5%TANQUE; 3%LAVATÓRIO DEROUPAS; 11%CHUVEIRO;55%PIA ; 18%Gráfico 05 – Perfil <strong>de</strong> Consumo Doméstico <strong>de</strong> ÁguaFonte: PNCDA - (Rocha, 1998)Também para Leggett (2001), o consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> potável interno das bacias sanitárias daedificação chega a ser 30%, quando comparado aos outros <strong>uso</strong>s, po<strong>de</strong>ndo esta <strong>de</strong>manda sersuprida por <strong>água</strong>s reservadas <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuva, por exemplo,diminuindo assim a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> potável <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>.Santos, (2002 apud Fiori, 2006) também fez um comparativo do perfil do consumo domésticoapresentado pelo PNCDA com o consumo apresentado pela American Water Association –AWWA, Tabela 12. Observa-se que o perfil do apresentado pelo PNCDA também difere doperfil do AWWA principalmente quando comparados os valores para as bacias sanitárias(PNCDA – 5% e AWWA – 26,1%), reforçando o questionamento quanto à confiabilida<strong>de</strong> dosdados <strong>de</strong> consumo no referido DTA E1 do PNCDA, principalmente quanto à utilização <strong>de</strong>stesem <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> estratégias e no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias para a promoção da<strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em edificações.


44Tabela 12 – Comparativos dos Consumos <strong>de</strong> Água nas Edificações DomiciliaresAPARELHO SANITÁRIOAWWA 3CONSUMO DE ÁGUA (%)PNCDABACIA SANITÁRIA 26.1 5.0CHUVEIRO 17.8 55.0BANHEIRA 1.8 -LAVATÓRIO E PIA DE COZINHA 15.4 26.0LAVADORA DE PRATOS 1.4 -LAVADORA DE ROUPAS 22.7 11.0PERDAS FÍSICAS 12.7 -OUTROS 2.1 3.0SANTOS, (2002 apud FIORI, 2006).É importante o conhecimento dos consumos <strong>nos</strong> diversos pontos <strong>de</strong> utilização resi<strong>de</strong>ncial paraa i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> pontos críticos, priorizando assim, as ações <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> do <strong>uso</strong> da <strong>água</strong>nas edificações. As ações para <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em uma edificação po<strong>de</strong>rão ser, porexemplo:o reaproveitamento <strong>de</strong> <strong>água</strong> (re<strong>uso</strong>);o substituição <strong>de</strong> produtos convencionais por outros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>;o <strong>de</strong>tecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e não visíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios einstalações hidráulicas e <strong>prediais</strong>, etc;o campanha educacional;o outros.Para a promoção <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>stas ações é preciso conhecer as características da edificaçãoe realizar um diagnóstico, visando i<strong>de</strong>ntificar os problemas e os pontos críticos <strong>de</strong> utilização<strong>de</strong> <strong>água</strong> e, só então, estabelecer uma estratégia para implantação das ações <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong><strong>água</strong>, sem que estas afetem a qualida<strong>de</strong> da <strong>água</strong> e o conforto do usuário.As ações <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> produtos convencionais por outros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> é umamedida eficiente na estratégia <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em edificações, <strong>nos</strong> diversos setores –resi<strong>de</strong>ncial, hospitalar, escolar, etc. – Gonçalves e outros 1999b colocam que tais ações têmcomo objetivo principal reduzir o consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, <strong>de</strong>vendo esta ação ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda vonta<strong>de</strong> do usuário, mas ressalva que para o sucesso <strong>de</strong>sta o sistema <strong>de</strong>verá está isento <strong>de</strong>vazamentos.O Programa <strong>de</strong> Uso Racional da Água – PURA, implantado pela Sabesp, <strong>de</strong>senvolveuprojetos <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> <strong>nos</strong> diversos setores – escolas, hospitais, etc. on<strong>de</strong> são3 American Water Works Association.


45apresentados, na Tabela 13, alguns resultados <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> em locaison<strong>de</strong> são verificados o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, mostrando mais uma vez aimportância <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> tais produtos.Tabela 13 – Economia <strong>de</strong> Água com a Utilização <strong>de</strong> Produtos EconomizadoresLOCALLar Batista <strong>de</strong>CriançasSecretaria <strong>de</strong>Meio Ambiente /CETESBUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>São Paulo / USP -Fase IIIFundação doDesenvolvimentoAdministrativo -FUNDAPEscola EstadualFernão Dias PaesCozinha Ford -IpirangaPalácio dosBan<strong>de</strong>irantesAÇÕES REALIZADAS-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios e instalaçõeshidráulicas e <strong>prediais</strong>;-troca parcial <strong>de</strong> equipamentos convencionais poroutros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>;-campanha educacional.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios e instalaçõeshidráulicas e <strong>prediais</strong>;-troca <strong>de</strong> equipamentos convencionais poroutros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>;-campanha educacional.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios e instalaçõeshidráulicas e <strong>prediais</strong>;-troca <strong>de</strong> equipamentos convencionais poroutros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> (3.900 pontos);-campanha educacional;-estudo para reaproveitamento <strong>de</strong> <strong>água</strong> dos <strong>de</strong>stiladores.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveisna re<strong>de</strong> externa; reservatórios e instalações<strong>prediais</strong>;-troca <strong>de</strong> equipamentos convencionais por outroseconomizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios e instalaçõeshidráulicas e <strong>prediais</strong>;-troca <strong>de</strong> equipamentos convencionais poroutros economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>;-campanha educacional.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos;-instalação <strong>de</strong> equipamentos economizadores (1 torneira<strong>de</strong> acionamento com o pé, 5 arejadores tipo econômico,2 chuveirinhos dispersantes);-campanha educacional.-Detecção e conserto <strong>de</strong> vazamentos visíveis e nãovisíveis na re<strong>de</strong> externa, reservatórios e instalaçõeshidráulicas e <strong>prediais</strong>;-troca parcial <strong>de</strong> equipamentos hidráulicosconvencionais - por economizadores;-campanha educacional e ambiental; sistema <strong>de</strong>gerenciamento <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> setorizado M-Bus.Fonte: (SABESP, 2007)REDUÇÃOMENSALRETORNO DOINVESTIMENTO21% 10 meses47% 2 meses37% 8 meses29,4% 10 meses94% 5 dias52% 19 dias31% 11 meses


46Em pesquisa realizada em 1998 em residências unifamiliares <strong>de</strong> 12 cida<strong>de</strong>s <strong>nos</strong> EstadosUnidos, pela American Water Works Association Research (AWWARF), constatou-se umaeconomia média <strong>de</strong> 30% no consumo total <strong>de</strong> <strong>água</strong> nas residências on<strong>de</strong> foram implementadasmedidas <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> com a utilização <strong>de</strong> bacias sanitárias <strong>de</strong> 6 litros, torneiraseconômicas, entre outros produtos economizadores (TOMAZ, 2001).


474. PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA –PNCDAInstituído em abril <strong>de</strong> 1997, pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral, o PNCDA foi criado com o objetivo geralda promoção do <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> <strong>de</strong> abastecimento público, on<strong>de</strong> integram as ações parao <strong>de</strong>senvolvimento ope<strong>racional</strong> dos serviços, como o controle <strong>de</strong> perdas não físicas e físicas, eações <strong>de</strong> gestão da <strong>de</strong>manda urbana <strong>de</strong> <strong>água</strong> (SILVA e outros, 1998).O PNCDA trata a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em todas as fases do processo <strong>de</strong> produção e do <strong>uso</strong>urbano, diferente <strong>de</strong> programas anteriores que se limitava em contabilizar volumes nãofaturados para <strong>de</strong>finir o controle <strong>de</strong> perdas. De acordo com Gonçalves (2006), o PNCDA é oprincipal programa brasileiro voltado para a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> potável.Coor<strong>de</strong>nado na esfera fe<strong>de</strong>ral, as principais linhas <strong>de</strong> ações do PNCDA são: capacitação,assistência técnica e <strong>de</strong>senvolvimento institucional. Competem às esferas estaduais emunicipais as ações diretas <strong>de</strong> gestão da oferta e da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong>, juntamente com ossetores integrantes do processo <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> até o consumidor final.Conforme o Documento Técnico <strong>de</strong> Apoio - DTA A1 (1998) que contém a apresentação doprograma, o PNCDA tem como elementos estratégicos: o apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento; àtransferência e à disseminação <strong>de</strong> tecnologia; a articulação com outros programas fe<strong>de</strong>rais e oapoio aos pla<strong>nos</strong> (regionais/locais) <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>sperdício <strong>água</strong>.De acordo com o DTA A1 em 1997 foi consi<strong>de</strong>rada concluída a primeira fase do Programa,<strong>de</strong>nominada Fase I, com a sistematização da experiência nacional e internacional no setor <strong>de</strong><strong>conservação</strong> urbana <strong>de</strong> <strong>água</strong>, elaborando assim, 16 Documentos Técnicos <strong>de</strong> Apoio – DTAque foram postos em discussão e que serviram para orientar a sua implantação, Figura 04.Entre 1998 e 1999, foram produzidos mais 04 DTA, Figura 05, que haviam sido apenasconceituados na Fase I sem emissão <strong>de</strong> textos, e a implantação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> acesso viainternet, marcando assim a segunda fase, Fase II do Programa, Tabela 14. A partir <strong>de</strong> 1999,foi implementado, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Juazeiro na Bahia, o primeiro Projeto Piloto do PNCDAatravés do Programa <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rnização do Setor <strong>de</strong> Saneamento – PMSS e da Secretaria <strong>de</strong>Política Urbana da Presidência da República.


48Na conclusão da Fase II, <strong>de</strong>stacaram-se algumas ações como: (SILVA e outros, 1998).o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> textos complementares <strong>de</strong> apoio técnico e complementação darevisão dos DTAo montagem do mo<strong>de</strong>lo institucional do Programao montagem <strong>de</strong> arquivos e homepageo organização <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>sperdício e orientaçãoo acompanhamento <strong>de</strong> projeto-piloto em Juazeiro (BA)Figura 04 – PNCDA – Escopo da Fase I - 1997Fonte: PNCDA – DTA A1 – Apresentação do Programa – 1998


49Figura 05 – PNCDA – Escopo da Fase II– 1998 e 1999Fonte: PNCDA – DTA A1 – Apresentação do Programa – 1998Na Fase III, além da reformulação e alimentação da página do PNCDA na re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong>computadores foi previsto a revisão e elaboração <strong>de</strong> DTAs, conforme a seguir:DTA A2 Indicadores <strong>de</strong> Perdas <strong>nos</strong> Sistemas <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água revisãoDTA A4 Bibliografia Anotada revisãoDTA C2 Panorama dos Sistemas Públicos <strong>de</strong> Abastecimento no País revisãoDTA D2 Macromedição revisãoDTA D3 Micromedição revisãoDTA F2 Produtos Economizadores <strong>nos</strong> Sistemas Prediais revisãoDTA A5Diretrizes e procedimentos para <strong>de</strong>senvolvimento dos Pla<strong>nos</strong>(regionais e locais) <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> ÁguaelaboraçãoDTA B4Prospecção das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Capacitação Técnica dosPrestadores do Serviço <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água no BrasilelaboraçãoDTA B6 Estratégias <strong>de</strong> educação e comunicação elaboraçãoDTA F3Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Sistemas Prediais <strong>de</strong>Água - Conservação <strong>de</strong> Água em EdifícioselaboraçãoDTA F4Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Ramais Prediais <strong>de</strong>Água em Polietilenoelaboração


50Os documentos técnicos <strong>de</strong> apoio estão agrupados em três principais áreas <strong>de</strong> atuação:o Planejamento, gestão e articulação institucional das ações <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> e <strong>uso</strong><strong>racional</strong> da <strong>água</strong> – Séries A/Bo Conservação <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> públicos <strong>de</strong> abastecimento – Séries C/Do Conservação <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> – Séries E/FTabela 14 - Documentos Técnicos <strong>de</strong> Apoio – DTASÉRIE COD. TÍTULOA/BPlanejamento egestão /Gerenciamentoda <strong>de</strong>mandaC/DConservação<strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong>públicos <strong>de</strong>abastecimentoA1A2A3A4A5B1B2B3B4B6C1C2C3D1D2D3Apresentação do ProgramaIndicadores <strong>de</strong> Perdas <strong>nos</strong> Sistemas <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> ÁguaCaracterização da Demanda Urbana <strong>de</strong> ÁguaBibliografia Anotada (revisão).Pla<strong>nos</strong> Regionais e Locais <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água -DiretrizesElementos <strong>de</strong> Análise Econômica Relativos ao Consumo PredialSubsídios às Campanhas <strong>de</strong> Educação Pública Voltadas à Economia<strong>de</strong> ÁguaMedidas <strong>de</strong> Racionalização do <strong>uso</strong> da Água para Gran<strong>de</strong>sConsumidoresProspecção das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Capacitação Técnica dosPrestadores do Serviço <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água no BrasilEstratégias <strong>de</strong> Comunicação e EducaçãoRecomendações Gerais e Normas <strong>de</strong> Referência para Controle <strong>de</strong>Perdas <strong>nos</strong> Sistemas Públicos <strong>de</strong> AbastecimentoPrograma dos Sistemas Públicos <strong>de</strong> Abastecimento no PaísMedidas <strong>de</strong> Redução <strong>de</strong> Perdas – Elementos para PlanejamentoControle <strong>de</strong> Pressão na Re<strong>de</strong>MacromediçãoMicromediçãoD4 Redução <strong>de</strong> Perdas e Tratamento <strong>de</strong> Lodo em ETAE1 Caracterização e Monitoramento do Consumo Predial <strong>de</strong> ÁguaE2 Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais <strong>de</strong> ÁguaE/FF1 Tecnologias Poupadoras <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas PrediaisConservação<strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> F2 Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais<strong>prediais</strong> <strong>de</strong>Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Sistemas Prediais <strong>de</strong><strong>água</strong>F3Água - Conservação <strong>de</strong> Água em EdifíciosCódigo <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Ramais Prediais <strong>de</strong>F4Água em PolietilenoFonte: (PNCDA, 2004)Até a data <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong>ste trabalho, não foi verificado no site oficial do PNCDA adivulgação <strong>de</strong> novos documentos relevantes a esta pesquisa.


514.1. EstruturaNa Figura 06 são apresentadas as principais vertentes do Programa.Figura 06 – Escopo do PNCDAFonte: PNCDA – DTA F2 - 20044.2. Objetivos Gerais do PNCDAConforme o DTA – A1, que contém a apresentação do programa, o objetivo geral do PNCDAé a promoção do <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> <strong>de</strong> abastecimento público nas cida<strong>de</strong>s brasileiras, embenefício da saú<strong>de</strong> pública, do saneamento ambiental e da eficiência dos serviços, propiciandoa melhor produtivida<strong>de</strong> dos ativos existentes e a postergação <strong>de</strong> parte dos investimentos para aampliação dos <strong>sistemas</strong> (SILVA e outros, 1998). Sendo necessário o reconhecimento da ofertae <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> nas diferentes regiões do país, e um balanço dos custos necessários paramedidas <strong>de</strong> controles dos <strong>de</strong>sperdícios.4.3. Objetivos Específicos do PNCDAO PNCDA tem como objetivos específicos <strong>de</strong>finir e implementar um conjunto <strong>de</strong> ações einstrumentos tecnológicos, normativos, econômicos e institucionais, concorrentes para umaefetiva economia dos volumes <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong>mandados para consumo nas áreas urbanas (SILVAe outros, 1998), conforme segue as diretrizes:o promover a produção <strong>de</strong> informações técnicas confiáveis para o conhecimento da oferta,da <strong>de</strong>manda e da eficiência no <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> <strong>de</strong> abastecimento urbano;o apoiar o planejamento <strong>de</strong> ações integradas <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> em <strong>sistemas</strong> municipais eregionais <strong>de</strong> abastecimento, incluindo componentes <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, <strong>de</strong> melhoriaope<strong>racional</strong> e <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>;


52o apoiar os serviços <strong>de</strong> saneamento básico no manejo <strong>de</strong> cadastros técnicos e operacionaiscom vistas à redução <strong>nos</strong> volumes <strong>de</strong> <strong>água</strong>s não faturadas;o apoiar os serviços do setor na melhoria ope<strong>racional</strong> para redução <strong>de</strong> perdas físicas e nãofísicas, notadamente em macromedição, micromedição, controle <strong>de</strong> pressão na re<strong>de</strong> eredução <strong>de</strong> consumos operacionais na produção e distribuição <strong>de</strong> <strong>água</strong>;o promover o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico <strong>de</strong> componentes e equipamentos <strong>de</strong> baixoconsumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> para <strong>uso</strong> predial, inclusive normalização técnica, códigos <strong>de</strong> prática ecapacitação laboratorial;o apoiar os programas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aplicados a produtos e processos queenvolvam <strong>conservação</strong> e <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> públicos e <strong>prediais</strong>.4.4. Conservação <strong>de</strong> Água Nos Sistemas PrediaisEste trabalho restringirá a análise na série E/F – Conservação <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>,utilizando o DTA F2 - Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais como focoda pesquisa.4.4.1. DTA E1 – Caracterização e Monitoramento do Consumo Predial <strong>de</strong> Água.Este documento Técnico possui dois principais segmentos que respaldam os métodosaplicáveis e as capacida<strong>de</strong>s disponíveis, com o objetivo <strong>de</strong> caracterizar e monitorar o consumopredial, subsídio importante para o gerenciamento <strong>de</strong> capacitação laboratorial einstrumentação (ROCHA e outros, 1998).De acordo com o referido documento os dois principais segmentos são:o Descrição da metodologia e dos equipamentos para caracterização do consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>;o Monitoração piloto do consumo.Rocha e outros (1998), mostra que este segundo segmento é fundamental na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>padrões <strong>de</strong> distribuição interna do consumo predial e só após o conhecimento dos consumosespecíficos <strong>de</strong> <strong>água</strong> dos diversos pontos <strong>de</strong> utilização do sistema é que se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver osaparelhos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> e as tecnologias para a redução do consumo.Segue, no Quadro 02, a estrutura <strong>de</strong> montagem do documento com os dois principaissegmentos para caracterização e monitoramento do consumo predial:


53DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA E DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS• EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO• EXPERIÊNCIA ACUMULADA PELO IPT• PROCESSO METODOLÓGICO• MEDIÇÕES DO CONSUMO DE ÁGUA• MEDIÇÕES GERAIS E ESPECÍFICAS• MEDIDAS GERAIS• MEDIDAS INDIVIDUAIS• TRATAMENTO DE DADOS• APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS• PERFIL DO CONSUMO• EQUIPAMENTOS UTILIZADOS• ESPECIFICAÇÃO• AQUISIÇÃO E DISPONIBILIDADEMONITORAÇÃO PILOTO DE CONSUMO• LOCAL DA MONITORAÇÃO PILOTO• CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIDADE• CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO GLOBAL• CARACTERIZAÇÃO DOS CONSUMOS ESPECÍFICOSCONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕESQuadro 02 – Estrutura do DTA E1 – Caracterização e Monitoramento do ConsumoPredial <strong>de</strong> Água.Fonte: ROCHA e outros, (1998)4.4.2. DTA E2 – Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais <strong>de</strong> Água.De acordo com Ioshimoto (1999), para a Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais <strong>de</strong>Água é preciso observar os seguintes segmentos afins:o Estruturação e sistemática <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> – on<strong>de</strong> são abordados os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão efixação <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> total.oDesenvolvimento <strong>de</strong> textos base (códigos <strong>de</strong> prática) – on<strong>de</strong> se sugere composições <strong>de</strong><strong>sistemas</strong> para funcionamento das estruturas <strong>de</strong>cisórias <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> prática, servindo <strong>de</strong>base ao <strong>de</strong>senvolvimento dos <strong>de</strong>mais códigos do objeto do DTA F3.o Plano <strong>de</strong> normalização técnica no segmento <strong>de</strong> sistema <strong>prediais</strong> – refere-se ao conjunto <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s do CB-2 da ABNT no segmento – Sistemas Prediais. Destacam-se normasrelacionadas à <strong>conservação</strong> e o combate ao <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> <strong>água</strong>, acrescentando sugestões<strong>de</strong> novos textos a serem incluídos.


54Segue, no Quadro 03, a estrutura <strong>de</strong> montagem do documento com os segmentos afins com osprocessos <strong>de</strong> normalização e controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aplicáveis os produtos e processos <strong>de</strong><strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>.ESTRUTURAÇÃO E SISTEMÁTICA DA QUALIDADE• CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES• ASFAMAS 4 LP GRUPO SETORIAL DE LIGAÇÕES PREDIAIS• ASFAMAS IP GRUPO SETORIAL DE INSTALAÇÕES PREDIAIS• ASFAMAS LS GRUPO SETORIAL DE LOUÇAS SANITÁRIAS• ASFAMAS PVC GRUPO SETORIAL DE PVC• ASFAMAS PE GRUPO SETORIAL DE TUBOS DE POLIETILENO• OUTROS GRUPOS SETORIAIS• ABPE - TUBULAÇÃO DE POLIETILENOBASES PARA O DESENVOLVIMENTO DE CÓDIGOS DE PRÁT ICA• PARÂMETROS ÉTICO-METODOLÓGICOS• PARÂMETROS OPERACIONAIS• MATRIZ INSTITUCIONAL E ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO• ÓRGÃOS DIRETIVOS E OPERACIONAISRELAÇÃO DE NORMAS EM DISCUSSÃO NO CBZQuadro 03 – Estrutura do DTA E2 – Normalização e Qualida<strong>de</strong> dos Sistemas Prediais<strong>de</strong> Água.Fonte: IOSHIMOTO (1999)Conforme consta no DTA E2, os programas setoriais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> contribuem para leis,regulamentos técnicos, normas técnicas <strong>de</strong> produtos e <strong>sistemas</strong> e na elaboração <strong>de</strong> código <strong>de</strong>práticas para <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> e <strong>de</strong> infra-estrutura. Na época <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong>ste DTAestavam sendo implementados ou em processo os programas relacionados a seguir:o PBQPICC - Programa Brasileiro da Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong> da Indústria da ConstruçãoCivil, coor<strong>de</strong>nação: ABCP e ITQC;o PBQPSA - Programa Brasileiro da Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong> do Saneamento Ambiental,coor<strong>de</strong>nação: ABES;o Programa <strong>de</strong> Uso Racional da Água em Edifícios, coor<strong>de</strong>nação: SABESP, EPUSP, IPT eASFAMAS;o PNCDA - Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água, coor<strong>de</strong>nação:SEDU/PR;o QUALIHAB - Programa da Qualida<strong>de</strong> para Habitações da CDHU e do Governo doEstado <strong>de</strong> São Paulo;o Prêmio ABES da Qualida<strong>de</strong>.4 Associação Brasileira dos Fabricantes <strong>de</strong> Materiais e Equipamentos para Saneamento.


554.4.3. DTA F1 – Tecnologias Poupadoras <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas PrediaisEste documento apresenta um panorama das tecnologias poupadoras <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong><strong>prediais</strong> disponíveis mundialmente. Propõe também linhas <strong>de</strong> ação alternativas para alcançar a<strong>racional</strong>ização do <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> <strong>nos</strong> edifícios, fornecendo subsídios para uma análise <strong>de</strong>produtos e processos que ofereçam economia com conforto e higiene, através <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho superior ou que consi<strong>de</strong>rem melhor as condições <strong>de</strong> <strong>uso</strong> (GONÇALVES eoutros, 1999). Segue, no Quadro 04, a estrutura do documento:CONCEITUAÇÃO GERAL – PRINCIPAIS PRODUTOS E PROCESSOS• MEDIDAS DE RACIONALIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA• MEDIDAS DE CONTROLE DE VAZAMENTO• MEDIDAS DE REDUÇÃO DO CONSUMOAVANÇOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS NO SETOR DE SISTEMAS PREDIAIS• TECNOLOGIA DE PROCESSOS APLICADA AO USO RACIONAL DA ÁGUA• SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO A VÁCUO• SISTEMA DE BOMBA DE VÁCUO/TANQUE DE VÁCUO• SISTEMA DE COLUNA DE VÁCUO• EJETOR DE ESGOTO/ TANQUE ATMOSFÉRICO• SISTEMAS DE SIFONAGEM PARA BACIAS SANITÁRIAS E REDE DEESGOTOS• BACIAS SANITÁRIAS COM MEMBRANAS RETICULADAS• SISTEMA DE SIFÃO CENTRAL PARA REDE DE ESGOTOS• VAZAMENTOS NO SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL• TECNOLOGIA DE PRODUTOS APLICADA AO USO RACIONAL DA ÁGUA• BACIAS SANITÁRIAS E DISPOSITIVOS DE DESCARGA• FLUSHMATE• MICROFLUSH• BACIA COM CAIXA ACOPLADA E ALIMENTAÇÃOLATERAL• BACIA COM CAIXA ACOPLADA DUAL• TORNEIRAS DE LAVATÓRIOS E COZINHAS• TORNEIRAS ACIONADAS POR SENSOR INFRAVERMELHO• TORNEIRAS COM TEMPO DE FLUXO DETERMINADO• MICTÓRIOS• CHUVEIROS• TECNOLOGIA DE INSTRUMENTAÇÃOANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS• AVALIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE PROCESSOS• AVALIAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE PRODUTOSPROPOSTAS DE LINHAS DE AÇÃOREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASQuadro 04 – Estrutura do DTA F1 – Tecnologias Poupadoras <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> SistemasPrediais.Fonte: GONÇALVES e outros, 1999.


56Este documento avalia as tecnologias <strong>de</strong> processo e <strong>de</strong> produto, tendo como referência ascondições brasileiras e <strong>de</strong>sta avaliação foi selecionado as linhas <strong>de</strong> ações que reúnem asmelhores possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação, a curto e médio prazos <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>sses processos eprodutos.Após todas as análises, foram apresentadas algumas propostas <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> ação, concebidasem caráter preliminar, conforme segue:PROPOSTA DE LINHA DE AÇÃO – I• <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em bacias sanitárias, pela utilização <strong>de</strong> bacia VDR (6 l/<strong>de</strong>scarga);• torneiras hidromecânicas;• torneiras eletrônicas;• mictórios com acionamento hidromecânico ou eletrônico.PROPOSTA DE LINHA DE AÇÃO - I I• medição individual <strong>de</strong> <strong>água</strong> em condomínios, obtendo-se redução do consumo porunida<strong>de</strong> habitacional.PROPOSTA DE LINHA DE AÇÃO - I I I• implantação <strong>de</strong> membrana reticulada (Gustavsberg) viabilizando o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> bacia <strong>de</strong> 3,0a 3,5 l/<strong>de</strong>scarga, <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada.4.4.4. DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas PrediaisEste DTA <strong>de</strong>screve os diversos tipos <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> existentes efornece subsídios para esclarecimento das características <strong>de</strong> funcionamento e utilização <strong>de</strong>stesequipamentos conforme os tipos <strong>de</strong> <strong>uso</strong>s e usuários <strong>de</strong> edificação.A importância <strong>de</strong>ste documento é que a especificação <strong>de</strong> louças e metais sanitários é um dosfatores que <strong>de</strong>terminam o maior ou menor consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> em uma edificação, ao longo <strong>de</strong>toda a sua vida útil (SCHMIDT, 2004). O autor também coloca que os produtoseconomizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> apresentam características específicas <strong>de</strong>instalação, funcionamento, operação e manutenção, por isto é necessário que estes sejam:o especificadas a<strong>de</strong>quadamente, em função do <strong>uso</strong> a que se <strong>de</strong>stinam e do tipo <strong>de</strong>usuário que irá utilizá-las.o instalados corretamente, <strong>de</strong> acordo com as orientações e especificações dos diversosfabricantes.o utilizados <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada, para o fim que se <strong>de</strong>stinam, com eventual capacitação<strong>de</strong> usuários quando for o caso.


57o realizadas manutenção necessária (preventiva ou corretiva) que garanta a regulagem efuncionamento correto dos equipamentos, <strong>de</strong> acordo com as especificações dosdiversos fabricantes.Segue, no Quadro 05, a estrutura do documento:CONSIDERAÇÕES INICIAISTORNEIRASMICTÓRIOSCHUVEIROS• ADEQUABILIDADE PARA A UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS• SISTEMA DE FUNCIONAMENTO HIDROMECÂNICO• SISTEMA DE FUNCIONAMENTO POR SENSOR DE PRESENÇA• DISPOSITIVOS DE COMANDO PARA TORNEIRAS COM FUNCIONAMENTOHIDROMECÂNICO• DISPOSITIVOS DE COMANDO PARA TORNEIRAS COM FUNCIONAMENTO POR SENSOR• DISPOSITIVOS DE COMANDO PARA TORNEIRAS COM FUNCIONAMENTO PORVÁLVULA DE PÉ• DISPOSITIVOS DE COMANDO PARA TORNEIRAS COM FUNCIONAMENTO POR PEDAL• DISPOSITIVOS DE COMANDO ADEQUADOS A DEFICIENTES FÍSICOS COMFUNCIONAMENTO HIDROMECÂNICO• AREJADORES• TORNEIAS DE COMANDO RESTRITO• MICTÓRIOS COLETIVOS• MICTÓRIOS INDIVIDUAIS• DISPOSITIVOS DE DESCARGA EM MICTÓRIOS• VÁLVULA DE ACIONAMENTO HIDROMECÂNICO• VÁLVULA DE ACIONAMENTO POR SENSOR DE PRESENÇA• VÁLVULA DE DESCARGA TEMPORIZADA• VÁLVULA DE DESCARGA MANUAL E FLUXÍVEL• MICTÓRIOS SEM ÁGUA• DUCHAS PARA ÁGUA MISTURADA• CHUVEIROS ELÉTRICOS• DISPOSITIVOS PARA COMANDO DE DUCHAS PARA MISTURA DE ÁGUA• DISPOSITIVOS PARA COMANDO DE CHUVEIROS ELÉTRICOS E ÁGUA PRÉ-MISTURADABACIAS SANITÁRIAS• BACIAS SANITÁRIAS PARA VÁLVULA DE DESCARGA• BACIAS SANITÁRIAS COM CAIXA ACOPLADADISPOSITIVOS PARA ACIONAMENTO DE DESCARGA PARA BACIAS SANITÁRIAS• VÁLVULAS DE DESCARGA EMBUTIDA• VÁLVULAS DE DESCARGA APARENTES• CAIXAS DE DESCARGA EMBUTIDASREDUTORES DE VAZÃOBIBLIOGRAFIAQuadro 05 – Estrutura do DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> SistemasPrediais.Fonte: SCHMIDT (2004)


58Na Figura 07 é apresentado o escopo da segunda fase do PNCDA, conforme consta no DTAF2, acrescentando o conteúdo do 1º curso <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> <strong>água</strong> realizado em<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999.Figura 07 – PNCDA – Escopo da Fase II – 1998 e 1999 – 1º Curso BásicoFonte: PNCDA – DTA F2 - Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais – 20044.4.5. DTA F3 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Sistemas Prediais <strong>de</strong> Água -Conservação <strong>de</strong> Água em EdifíciosConforme Sautchúk (2004), este DTA objetiva apresentar a Metodologia <strong>de</strong> Desenvolvimento<strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> Água – PCA, no âmbito <strong>de</strong> PNCDA, avaliandoconcomitantemente a <strong>de</strong>manda e a oferta <strong>de</strong> <strong>água</strong>, configurando um cenário <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>a<strong>de</strong>quado a uma edificação, otimizando o consumo e a geração <strong>de</strong> efluentes e preservando aqualida<strong>de</strong> e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> no <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s consumidoras.


59O Quadro 06 mostra a estrutura do documento:OBJETIVOSIMPORTÂNCIA DA CONSERVAÇÃO DA ÁGUANORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO• LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL• LEGISLAÇÃO NACIONAL DE ÂMBITO FEDERAL• LEGISLAÇÃO NACIONAL DE ÂMBITO ESTADUALMETODOLOGIA DE APLICAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DE ÁGUA• PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE ÁGUA - CONCEITUAÇÃO• MOTIVADOR PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DE ÁGUA - PCA• DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DE ÁGUA• ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PCA• AUDITORIA FEDERAL• AVALIAÇÃO DA DEMANDA DE ÁGUA• AVALIAÇÃO DA OFERTA DE ÁGUA• ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA• ESCOLHA DO CENÁRIO APROPRIADO• DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES TECNOLÓGICAS CONTIDAS NO PCA ÓTIMO• DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO E MONITORAMENTO DO CONSUMO DE ÁGUAEXEMPLOS DE APLICAÇÃO PRÁTICACONCLUSÕESBIBLIOGRAFIAANEXOS• EDIFÍCIO COMERCIAL DE ESCRITÓRIOS• INDÚSTRIA• COZINHA INDUSTRIAL• HOSPITALQuadro 06 – Estrutura do DTA F3 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong>Sistemas Prediais <strong>de</strong> Água - Conservação <strong>de</strong> Água em Edifícios.Fonte: SAUTCHÚK (2004)4.4.6. DTA F4 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong> Ramais Prediais <strong>de</strong> Águaem PolietilenoDe acordo com Landi (2004), este documento foi elaborado com o objetivo <strong>de</strong> orientar osresponsáveis pela instalação das tubulações <strong>de</strong> polietileno, utilizadas para as ligações <strong>prediais</strong><strong>de</strong> <strong>água</strong>, assegurando a garantia <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> distribuição pública <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Aseguir, o Quadro 07 com a estrutura do DTA F4.


60CARACTERÍSTICAS DAS TUBULAÇÕES DE POLIETILENO• O POLIETILENO• HISTÓRICO• O QUE É POLIETILENO• CLASSIFICAÇÃO DO POLIETILENO• PRINCIPAIS APLICAÇÕES E CARACTERÍSTICAS• PRINCIPAIS APLICAÇÕES DAS TUBULAÇÕES DE POLIETILENO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ESUAS VANTAGENS• PRINCIPAIS PROPRIEDADES DAS TUBULAÇÕES DE POLIETILENONORMAS TÉCNICAS DA ABNT• APRESENTAÇÃO E EXPLANAÇÃO DOS REQUISITOS• REQUISITOS DE FABRICAÇÃO• ASPECTOS RELACIONADOS AO RECEBIMENTO, MARCAÇÃO DE PRODUTO, ESTOCAGEM,MANUSEIO E TRANSPORTE.PROCEDIMENTO PARA RECEBIMENTO, MANUSEIO, E ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE POLIETILENO• ENSAIOS PARA RECEBIMENTO DE TUBOS DE POLIETILENO UTILIZADOS EM LIGAÇÕES PREDIAIS• PROCEDIMENTO PARA ESTOCAGEM, MANUSEIO E TRANSPORTE• DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO E REPARO DE RAMAL PREDIAL EM POLIETILENO• DEFINIÇÕES• EQUIPE TÉCNICA E APARELHAGEM PARA INSTALAÇÃO DE RAMAL PREDIAL• ESTOCAGEM DE MATERIAL E FERRAMENTAS• TRANSPORTE DE TUBOS E CONEXÕES• MANUSEIO DE TUBOS E CONEXÕES• EXECUÇÃO• REPARO DE VAZAMENTOS NO RAMAL PREDIAL• SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO RAMAL PREDIAL EM POLIETILENO• TESTE DE ESTANQUEIDADE• FISCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS• DOCUMENTAÇÃOCONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE LIGAÇÃO PREDIAL EM POLIETILENO PARA ALIMENTAÇÃO DE ÁGUABIBLIOGRAFIA• DIMENSIONAMENTO DA LIGAÇÃO PREDIAL – HIDRÔMETRO, CAVALETE E ABRIGO DOHIDRÔMETRO• CONSUMO DE ÁGUA DA EDIFICAÇÃO• HIDRÔMETRO• PADRÃO DO ABRIGO DO HIDRÔMETRO – CAVALETE, UTILIZADO PELA SABESP EMPOLIETILENO• PRINCIPAIS PROBLEMAS E CUIDADOS COM A EXECUÇÃO E MANUTENÇÃO DE RAMAISPREDIAIS EM POLIETILENO• ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE VAZAMENTOS EM LIGAÇÕES PREDIAIS EM POLIETILENO• PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS QUE DIMINUAM AS PERDAS DE ÁGUAQuadro 07 – Estrutura do DTA F4 – Código <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Projeto e Execução <strong>de</strong>Ramais Prediais <strong>de</strong> Água em PolietilenoFonte: LANDI (2004)


615. METODOLOGIAPara o cumprimento do exposto <strong>nos</strong> objetivos <strong>de</strong>ste trabalho foi necessária a análise daestrutura do o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA, focando<strong>nos</strong> Documentos Técnicos que compõem a Conservação <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais, maisespecificamente no DTA F2 – Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água <strong>nos</strong> Sistemas Prediais.Foi realizada revisão na literatura e elaboração <strong>de</strong> um inventário com as opções dos produtoseconomizadores e seus principais fabricantes, analisando as mais usuais opções <strong>de</strong> tecnologias<strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> <strong>água</strong> para os pontos <strong>de</strong> consumos <strong>de</strong> edificações.Realizou-se também uma avaliação da efetivida<strong>de</strong> do PNCDA, com a aplicação <strong>de</strong>questionários que foram respondidos por uma amostragem <strong>de</strong> técnicos – arquitetos,engenheiros, que estão diretamente ligados às soluções <strong>de</strong> projetos e obras <strong>prediais</strong>.O questionário possui uma breve caracterização do profissional pesquisado e é composto por15 questões, com o objetivo <strong>de</strong> avaliar os itens “c” e “d” dos objetivos específicos <strong>de</strong>stetrabalho que são: a avaliar o nível <strong>de</strong> conhecimento dos profissionais em relação ao PNCDA ea regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> especificação/instalação <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> e o nível <strong>de</strong>conhecimento <strong>de</strong> tais produtos entre os pesquisados.Este está dividido em quatro partes para a composição da análise, conforme segue <strong>de</strong>scrição:Primeira parte: correspon<strong>de</strong> à i<strong>de</strong>ntificação do profissional quanto à formação, no caso,arquitetura ou engenharia, ano <strong>de</strong> formação para a verificação do tempo <strong>de</strong> atuaçãoprofissional e a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida, i<strong>de</strong>ntificando os profissionais que trabalham comprojetos e/ou obras.Segunda parte: correspon<strong>de</strong>m os itens 1º ao 6º que avaliam os profissionais quanto àespecificação e utilização <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> e o grau <strong>de</strong> conhecimento<strong>de</strong>stes produtos.Terceira parte: correspon<strong>de</strong>m os itens 7º ao 12º que avaliam o nível <strong>de</strong> conhecimento dosprofissionais sobre o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água e seusDocumentos Técnicos <strong>de</strong> Apoio, como também avalia o sistema <strong>de</strong> informação e divulgaçãodo programa.


62Quarta parte: correspon<strong>de</strong>m os itens 13º, 14º e 15º que avaliam o comprometimento com asquestões <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s dos profissionaispesquisados.Apresenta-se a seguir o questionário utilizado na pesquisa.Profissão: _______________________________________________Ano <strong>de</strong> formação: ______________________________________Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida: ___________________________________01- Já participou <strong>de</strong> algum curso/palestra/seminário relacionado à <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>?( )SIM ( ) NÃOQual?____________________________________________________________________02- Como é feita a escolha <strong>de</strong> produtos hidrossanitários dos projetos na sua ativida<strong>de</strong>profissional?( ) Por você, mas não especifica produtos pela características economizadoras <strong>de</strong> <strong>água</strong>.( ) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.( ) Por você, aten<strong>de</strong>ndo a estética do projeto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ser produto economizador <strong>de</strong> <strong>água</strong>.( ) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, mas, optando por produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.( ) Por outro técnico, seguindo orientações para produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.( ) Por outros técnicos, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.03- A especificação dos produtos hidrossanitários, indicada no projeto ou obra da suaativida<strong>de</strong>, está sujeita a mudanças durante o processo construtivo?( ) SIM ( ) NÃO ( ) NÃO TENHO CONHECIMENTO04- Em caso afirmativo para a questão 03, você e/ou responsável pelo projeto é consultadopara a nova especificação?( ) SIM ( ) NÃO05- Você já especificou algum produto economizador <strong>de</strong> <strong>água</strong>?( ) SIM ( ) RARAMENTE ( ) APENAS QUANDO COMPATÍVEL COM A ESTÉTICA DO PROJETO( ) NÃO ( ) SEMPRE ( ) NÃO TENHO CONHECIMENTO DE TAIS PRODUTOSQuais?__________________________________________________________________06- Quais produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> você conhece? Se necessário marque mais <strong>de</strong>uma opção.( ) TORNEIRAS AUTOMÁTICAS( ) TORNEIRAS ELETRÔNICAS( ) REGULADOR DE VAZÃO PARA TORNEIRAS DE MESA – REGISTRO REGULADOR DE VAZÃO PARATORNEIRAS( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA ACOPLADA DE 6 LITROS POR DESCARGA( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA ACOPLADA DE ACIONAMENTO SELETIVO (3 OU 6 LITROS) PORDESCARGA( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA DE EMBUTIR( ) VÁLVULA DE DESCARGA AUTOMÁTICA PARA MICTÓRIOS( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA CHUVEIRO ELÉTRICO


63( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA DUCHA /ÁGUA FRIA OU PRÉ-MISTURADA COMRESTRITOR DE VAZÃO DE 8 LITROS/MINUTO( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA CHUVEIRO / AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO COMRESTRITOR DE VAZÃO DE 8 LITROS / MINUTO( ) VÁLVULA DE ACIONAMENTO COM O PÉ PARA TORNEIRAS DE COZINHA( ) AREJADOR PARA TORNEIRA COM ROSCA INTERNA – VAZÃO CONSTANTE DE 6 LITROS POR MINUTO( ) OUTROS07- Você conhece o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA?( )SIM ( ) NÃO08- Como você teve conhecimento do PNCDA?( )TELEVISÃO ( ) LIVROS( ) REVISTAS ( ) INTERNET( ) UNIVERSIDADE / FACULDADE ( ) PALESTRAS( ) JORNAL ( ) OUTROS Qual?_______________________________09- Você já leu algum Documento Técnico <strong>de</strong> Apoio – DTA, componente do PNCDA?( )SIM ( ) NÃO ( ) NÃO LEMBRO ( ) NÃO TENHO CONHECIMENTOQuais?__________________________________________________________________10- Qual documento técnico do PNCDA que mais interfere na sua ativida<strong>de</strong> profissional?___________________________________________________________________________( ) NÃO LEMBRO ( ) NENHUM ( ) NÃO CONHEÇO OS DOCUMENTOS TÉCNICOS11- O que você acha do sistema <strong>de</strong> informação e divulgação do PNCDA?( ) ÓTIMO ( ) REGULAR ( ) NUNCA OUVI FALAR NO PNCDA( ) BOM ( ) RUIM12- Você tem alguma crítica/sugestão para o PNCDA?( ) SIM ( ) NÃOQual?___________________________________________________________________13- Você acha que programas públicos <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> ajudam a conscientizar osprofissionais da necessida<strong>de</strong> da <strong>racional</strong>ização do <strong>uso</strong>?( ) SIM ( ) NÃO ( ) NÃO TENHO CERTEZA14- Como você acha que <strong>de</strong>veria ser feito a divulgação e informação aos profissionais sobreprogramas <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>?15- Você acha que na sua profissão é possível induzir/incentivar o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> tecnologias e <strong>de</strong>produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>?( ) SIM ( ) NÃODe que forma?_________________________________________________________Os questionários foram preenchidos por profissionais, entre arquitetos e engenheiros, quetrabalham com projetos e/ou obras, inclusive com instalações hidrossanitárias. No total foram


6428 arquitetos e 22 engenheiros, sendo que 29 possuem mais <strong>de</strong> 10 a<strong>nos</strong> <strong>de</strong> formação e 21me<strong>nos</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>z a<strong>nos</strong>.Foi realizada também uma pesquisa em 05 lojas localizadas em <strong>de</strong> Salvador, para verificar adisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>, a forma <strong>de</strong> como estes produtos sãoindicados/orientados aos clientes, além <strong>de</strong> um comparativo <strong>de</strong> preços com os produtosconvencionais.


656. RESULTADOS E DISCUSSÃONeste último capítulo serão realizados alguns comentários tomando como base a pesquisabibliográfica <strong>de</strong>ste trabalho, juntamente com os conteúdos focados do PNCDA no que dizrespeito à <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>s nas edificações, além das análises dos questionários, doinventário elaborado e das visitas às principais lojas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> Salvador.6.1. Inventário dos Produtos Economizadores <strong>de</strong> ÁguaA busca pela redução do consumo, <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> e a competitivida<strong>de</strong> têm levadoempresas a produzir dispositivos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Inicialmente este tipo <strong>de</strong>tecnologia se restringia os metais sanitários, reduzindo-se a vazão e o tempo <strong>de</strong> aberturaseguindo as diretrizes dos programas <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Atualmente existem produtoseconomizadores que aten<strong>de</strong>m todos os pontos <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> <strong>água</strong>. A indústria brasileira <strong>de</strong>louças e metais vem contribuindo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas novas tecnologias, tendo setornado inclusive referência internacional nesta área (SCHMIDT, 2004).Tabela 15 – Comparação Entre Produtos Convencionais e Produtos Economizadores <strong>de</strong>ÁguaEquipamentoConvencionalBacia com caixaacopladaBacia com válvula bemreguladaDucha (<strong>água</strong> quente/fria)- até 6 mcaDucha (<strong>água</strong> quente/fria)- 15 a 20 mcaDucha (<strong>água</strong> quente/fria)- 15 a 20 mcaTorneira <strong>de</strong> pia - até 6mcaTorneira <strong>de</strong> pia - 15 a 20mcaTorneira <strong>uso</strong> geral/tanque- até 6 mcaTorneira <strong>uso</strong> geral/tanque- 15 a 20 mcaTorneira <strong>uso</strong> geral/tanque- até 6 mcaTorneira <strong>uso</strong> geral/tanque- 15 a 20 mcaTorneira <strong>de</strong> jardim - 40 a50 mcaConsumo12litros/<strong>de</strong>scarga10litros/<strong>de</strong>scarga0,19 litros/seg0,34 litros/seg0,34 litros/seg0,23 litros/seg0,42 litros/segEquipamentoEconomizadorConsumoEconomiaBacia VDR 6 litros/<strong>de</strong>scarga 50%Bacia VDR 6 litros/<strong>de</strong>scarga 40%Restritor <strong>de</strong> vazão8 litros/minRestritor <strong>de</strong> vazão8 litros/minRestritor <strong>de</strong> vazão12 litros/minArejador vazão cte(6 litros/min)Arejador vazão cte(6 litros/min)0,13 litros/seg 32%0,13 litros/seg 62%0,20 litros/seg 41%0,10 litros/seg 57%0,10 litros/seg 76%0,26 litros/seg Regulador <strong>de</strong> vazão 0,13 litros/seg 50%0,42 litros/seg Regulador <strong>de</strong> vazão 0,21 litros/seg 50%0,26 litros/seg Restritor <strong>de</strong> vazão 0,10 litros/seg 62%0,42 litros/seg Restritor <strong>de</strong> vazão 0,10 litros/seg 76%0,66 litros/seg Regulador <strong>de</strong> vazão 0,33 litros/seg 50%Mictório 2 litros/<strong>uso</strong> Válvula automática 1 litro/seg 50%Fonte: SABESP (2007)


66O Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício da Água cita, no DTA B3, que as ações <strong>de</strong>substituição <strong>de</strong> aparelhos sanitários convencionais por aparelhos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> têmcomo objetivo principal reduzir o consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da vonta<strong>de</strong> dousuário, sendo que o mesmo <strong>de</strong>ve ser implementado quando o sistema estiver isento <strong>de</strong>vazamentos (GONÇALVES e outros 1999b).6.1.1. TorneirasDe acordo com Gonçalves (2005), o consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> na torneira é proporcional à sua vazão<strong>de</strong> escoamento e ao tempo <strong>de</strong> utilização pelo usuário. Schimidt (2004) coloca que há doisaspectos que <strong>de</strong>terminam a economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> no <strong>uso</strong> das torneiras:o controle do tempo <strong>de</strong> acionamento;o controle da vazão.Para utilização das torneiras com economia, po<strong>de</strong>rão ser realizadas as modificações oumudanças sugeridas a seguir:o substituição das torneiras convencionais por torneiras hidromecânicas ou eletrônicas;o instalação <strong>de</strong> registros reguladores <strong>de</strong> vazão;o instalação <strong>de</strong> arejadores convencionais ou tipo chuveirinho;o instalação esguichos nas mangueiras instaladas em torneiras <strong>de</strong> jardim.(GONÇALVES e outros 1999a).6.1.1.1. Controle do Tempo <strong>de</strong> Acionamentoa. Torneiras com Funcionamento HidromecânicoEstas torneiras possuem dispositivos mecânicos que são acionadas através <strong>de</strong> um leve toque,liberando um fluxo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, que se fecha automaticamente após um <strong>de</strong>terminado tempo.Alguns fabricantes relatam que estas po<strong>de</strong>m alcançar um potencial econômico <strong>de</strong> até 55% secomparados a produtos convencionais (DECA, 2007).Os tempos máximos para o fechamento previstos na NBR 13.713/1996 5 po<strong>de</strong>rão variar <strong>de</strong>acordo com a finalida<strong>de</strong> do aparelho, no caso <strong>de</strong> torneiras <strong>de</strong> lavatório o tempo <strong>de</strong> fechamentoé <strong>de</strong> 15s, mas, este tempo po<strong>de</strong>rá variar em função da pressão hidráulica no ponto <strong>de</strong> consumo(SCHIMIDT, 2004).5 NBR 13.713/96 – Aparelhos hidráulicos acionados manualmente e com ciclo <strong>de</strong> fechamentoautomático. Esta lei está passando por um processo <strong>de</strong> revisão.


67Figura 08 – Torneira <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> BancadaFonte: DOCOL (2007)Figura 09 – Torneira <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> BancadaFonte: SCHMIDT (2004)Figura 10 – Torneira Funcionamento Hidromecânico <strong>de</strong> Pare<strong>de</strong>Fonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:o DOCOL Linha: Docolmatic/Pressmatic mesa; Dcolmatic/Pressmaticpare<strong>de</strong>; Pressmatic Antivandalismoo LORENZETTI Linha: Smart System 1176; Smart System 1177o ORIENTE Linha: Orientematic/Orientematic mesao DECA Linha: Decamatico FORUSI Linha: Forusimatico FABRIMAR Linha: Acquapress


68Ainda para torneiras com funcionamento hidromecânico existem as válvulas <strong>de</strong> acionamentocom pé e por pedal, conforme mostra na Figura 11. Estes dispositivos <strong>de</strong> acionamento sãoinstalados no chão e à frente da torneira e o fluxo da <strong>água</strong> ocorre durante o tempo que ousuário permanecer com o pé sobre o dispositivo, pressionando o mesmo (SCHIMIDT, 2004).Para Gonçalves (2005) a preocupação com a economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> para estes dispositivos ésubsidiária, pois estes trabalham mais a questão da higiene.PéPedalFigura 11 – Dispositivo <strong>de</strong> Comando para Torneiras com Funcionamento com Válvula<strong>de</strong> Pé e Por PedalFonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:o DOCOL Linha: Produtos Complementareso LORENZETTIo FABRIMARb. Torneiras EletrônicasEstas torneiras possuem o sistema elétrico ou bateria, sendo acionada automaticamente porsensor <strong>de</strong> presença, geralmente do tipo infravermelho, que po<strong>de</strong>rá está localizado na própriatorneira ou na pare<strong>de</strong>. Alguns fabricantes relatam que estas po<strong>de</strong>m alcançar um potencialeconômico <strong>de</strong> até 80% se comparados a produtos convencionais e trazem higiene e confortoaos usuários (DECA, 2007).Os aparelhos dotados <strong>de</strong>ste mecanismo <strong>de</strong> controle possuem uma unida<strong>de</strong> eletrônica anexaque é acionada ao <strong>de</strong>tectar a proximida<strong>de</strong> das mãos do usuário, realizando uma leitura eemitindo um comando <strong>de</strong> abertura para liberação da <strong>água</strong> para o <strong>uso</strong>. O fluxo cessa quando ousuário retira as mãos do raio <strong>de</strong> ação do sensor (SCHIMIDT, 2004).


69BancadaPare<strong>de</strong>Figura 12 – Torneira <strong>de</strong> Bancada com Funcionamento por SensorFonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:o DECA Linha: Decaluxo DOCOL Linha: Docoltronico FABRIMAR Linha: Vision Antivandalismo6.1.1.2. Controle <strong>de</strong> VazãoOs restritores <strong>de</strong> vazão constante também são dispositivos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão utilizados emtorneiras e po<strong>de</strong>m ser instalados os <strong>de</strong> vazão constante <strong>de</strong> 6 litros por minuto <strong>de</strong>vendo serutilizados apenas quando a pressão for superior a 10m.c.a. O potencial econômico também<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da torneira utilizada, po<strong>de</strong>ndo chegar até 60% <strong>de</strong> economia (DECA, 2007).a. Registro Regulador <strong>de</strong> Vazão para TorneirasFigura 13 – Registro Regulador <strong>de</strong> Vazão para TorneirasFonte: DOCOL (2007)Alguns fabricantes:ooooFABRIMARDECALORENZETTIDOCOL


70Gonçalves e outros (1999a) acrescentam que além da instalação <strong>de</strong> dispositivos nas torneirasque controlem o tempo <strong>de</strong> acionamento e o controle <strong>de</strong> vazão também <strong>de</strong>ve ser adaptadosdispositivos que controlem a dispersão do jato da <strong>água</strong>. Segue alguns dispositivos para taiscontroles:o Arejadoro Pulverizadoro Prolongadoro Atomizadorb. ArejadoresOs arejadores são incorporados às torneiras, melhorando ainda mais o <strong>de</strong>sempenho em relaçãoà economia <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Estes funcionam como controlador da dispersão do jato e como elemento<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> carga, reduzindo a vazão e po<strong>de</strong>m diminuir até cerca <strong>de</strong> 50% do jato das torneiras(GONÇALVES e outros 1999a).Figura 14 – Arejador para Torneira com Rosca InternaFonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:oooooDECADOCOLORIENTEFABRIMARLORENZETTI


71c. PulverizadoresSão também dispositivos fixados na saída da torneira, porém não têm orifícios laterais para aintrodução <strong>de</strong> ar. Transforma o jato <strong>de</strong> <strong>água</strong> em um feixe <strong>de</strong> peque<strong>nos</strong> jatos semelhante a umchuveirinho.d. ProlongadoresOs prolongadores aproximam e direcionam melhor o jato ao objeto a ser lavado e , <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quebem projetados, também po<strong>de</strong>m representar economia <strong>de</strong> <strong>água</strong>.e. AtomizadoresOs atomizadores são geralmente utilizado em edifícios públicos e comerciais pois po<strong>de</strong>mfornecer maiores vazões para pontos <strong>de</strong> baixas pressões.6.1.2. Bacias SanitáriasO Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água juntamente com o ProgramaBrasileiro <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong> do Habitat (PBQP-H), instituiu que todas as baciassanitárias, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga adotado, <strong>de</strong>vem ser projetadas para volume<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga reduzido (VDR), ou seja, com 6 litros <strong>de</strong> <strong>água</strong> em conformida<strong>de</strong> com a NBR6498 e NBR 9338 que padronizam as dimensões das bacias fabricadas no Brasil.Bacias sanitárias e válvulas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga são um dos maiores focos <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>conservação</strong><strong>de</strong> <strong>água</strong>. Estas são responsáveis por cerca <strong>de</strong> 30% do consumo em residência (LEGGETT,2001). As bacias convencionais no passado consumiam <strong>de</strong> 9 litros a 12 litros <strong>de</strong> <strong>água</strong> (DECA,2002). Um convênio firmado entre as empresas fabricantes do setor e o PBQP (ProgramaBrasileiro <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> e Produtivida<strong>de</strong>) <strong>de</strong>terminou que a partir <strong>de</strong> 2002 todas as baciassanitárias produzidas no Brasil <strong>de</strong>vem apresentar um volume nominal <strong>de</strong> 6 litros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que abacia apresente uma sifonagem a<strong>de</strong>quada, reduzindo em até 50% em relação à convencional(GONÇALVES, 2002).a. Bacia com Válvula <strong>de</strong> DescargaApresenta como sua principal característica a obtenção da vazão instantânea necessária para alimpeza da bacia sanitária, sendo que o tempo <strong>de</strong> <strong>uso</strong> é <strong>de</strong>terminado pelo período em que ousuário aciona a válvula. Além <strong>de</strong> sua instalação ocupar me<strong>nos</strong> espaço interno, uma vez que abacia chega a ser <strong>de</strong> 10 a 15 cm menor do que uma bacia com caixa acoplada, é a mais


72indicada para <strong>uso</strong> público <strong>de</strong>vido a sua inviolabilida<strong>de</strong> e maior vida útil dos seuscomponentes.Figura 15 – Válvula <strong>de</strong> Descarga com Acionamento DuploFonte: DOCOL (2007)A válvula da Figura 15 possui duas teclas <strong>de</strong> acionamento com opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> doisdiferentes volumes <strong>de</strong> <strong>água</strong> na bacia sanitária (3 ou 6 litros). De acordo com o fabricante aa<strong>de</strong>quação é <strong>de</strong> baixo custo e po<strong>de</strong> gerar economia <strong>de</strong> até 30% <strong>de</strong> <strong>água</strong> em relação ao mo<strong>de</strong>lotradicional.b. Bacia com Caixa AcopladaBastante utilizada em residências e <strong>de</strong> fácil manutenção e regulagem, possui um sistemahidráulico com funcionamento através <strong>de</strong> membrana que garante exatidão do volume da<strong>de</strong>scarga, Figura 16. Para evitar vazamento o sistema hidráulico <strong>de</strong>ve ser bem regulado. Sãotrês pontos <strong>de</strong> regulagem do volume <strong>de</strong> <strong>água</strong> (torre <strong>de</strong> entrada, flutuador e comporta). Estetipo <strong>de</strong> bacia é <strong>de</strong> fácil manutenção e possui acionamento suave.Figura 16 – Caixa <strong>de</strong> Descarga AcopladaFonte: DECA (2007)


73c. Bacia Sanitária com Caixa Suspensa ou SobreporDe baixo custo, a bacia sanitária com caixa suspensa também <strong>de</strong> fácil instalação e montagem.O sistema <strong>de</strong> acionamento da <strong>de</strong>scarga é através <strong>de</strong> puxador (cordão) que uma vez acionadolibera todo o volume <strong>de</strong> <strong>água</strong> contido na caixa, que geralmente é <strong>de</strong> 9,0 litros, Figura 17. Jáexiste no mercado este tipo <strong>de</strong> bacia na qual o volume <strong>de</strong> <strong>água</strong> é controlado, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>scarga éinterrompida imediatamente após o usuário soltar o cordão. A fabricante ASTRA dispõe <strong>de</strong>caixas com volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga reduzido <strong>de</strong> 6,8 litros.Figura 17 – Caixa <strong>de</strong> Descarga <strong>de</strong> SobreporFonte: ASTRAd. Bacia com Caixa Acoplada DualNeste sistema existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha entre dois volumes <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga (100%e 50% do volume) que equivalem a 3 ou 6 litros, Figura 18. O mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga nessetipo <strong>de</strong> caixa ocorre por ação sifônica, sendo a <strong>de</strong>scarga com volume reduzido acionada pordispositivo que permite a entrada <strong>de</strong> ar, o que interrompe a sifonagem.Figura 18 – Caixa <strong>de</strong> Descarga Acoplada DualFonte: ROCAPo<strong>de</strong>-se escolher o volume do fluxo, 3 ou 6 litros, se os dois botões forem apertados aomesmo tempo eles <strong>de</strong>scarregam 6 litros <strong>de</strong> <strong>água</strong>.


74Gonçalves e outros (1999a) também apresentam uma bacia sanitária que funciona com umvolume <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> apenas 3 litros, sendo isto possível pela alta velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga eem movimento circular, na forma <strong>de</strong> ciclone, que passa por um sifão <strong>de</strong> curvas alongadas,eliminando resistências.Alguns fabricantes:o CELITE Linha: Ecológicao HERVY Linha: Contemporaryo DECA Linha: Belle époque/Windsor/Marajóo ROCA6.1.3. MictóriosDe acordo com Schmidt (2004) os mictórios po<strong>de</strong>m ser um dos equipamentos <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>maior consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma edificação. Segundo pesquisas bibliográficas <strong>de</strong>Schmidt foi constatado, que em um vestiário masculino, o mictório era responsável por 54%do volume <strong>de</strong> <strong>água</strong> total consumido no vestiário.Apresenta-se a seguir os dispositivos <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga dos mictórios (Schmidt,2004).o Registro <strong>de</strong> Pressão;o Válvula <strong>de</strong> acionamento hidromecânico;o Válvula <strong>de</strong> acionamento por sensor infravermelho;o Válvula <strong>de</strong> acionamento por ultra-som;o Válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga manual;o Válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga fluxível (“flushometer”);o Válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga temporizada.Vickers (2001) apresenta um mictório sem <strong>água</strong> é constituído das seguintes partes:o bacia cerâmica, a qual apresenta um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> curvatura da sua parte interna<strong>de</strong>senvolvido para um rápido escoamento da urina e impedir que a mesma fique a<strong>de</strong>rida àsuperfície, sendo esta superfície tratada através <strong>de</strong> uma vitrificação especial para tambémimpedir a a<strong>de</strong>rência da urina;o um cartucho, o qual é <strong>de</strong>vidamente selado para impedir a passagem <strong>de</strong> gases para oambienteo líquido selante, o qual impe<strong>de</strong> o retorno <strong>de</strong> odor e um suporte para o cartucho.A fabricante I<strong>de</strong>al Standard apresenta o mictório sem <strong>água</strong>, Figura 19, “Saara”, on<strong>de</strong>,conforme o fabricante, cada cartucho apresenta uma vida útil <strong>de</strong> 7000 utilizações.


75Figura 19 – Mictório Sem ÁguaFonte: IDEAL STANDARDPara mictórios coletivos, po<strong>de</strong>-se usar um sensor <strong>de</strong> infravermelho com emissor e receptor,on<strong>de</strong> se aciona uma válvula na presença do usuário – Gonçalves e outros (1999a). Com autilização <strong>de</strong>ste adquire-se um potencial econômico <strong>de</strong> até 80% para as válvulas <strong>de</strong> mictóriosem relação a produtos convencionais. Além disso, é muito econômica e trazem higiene econforto aos usuários (DECA, 2007).(1) (2)(1) (2)Figura 20 –Válvula <strong>de</strong> Acionamento por Sensor <strong>de</strong> Presença e Válvula <strong>de</strong> DescargaFluxívelFonte: SCHMIDT (2004)


76Figura 21 – Dispositivo para Acionamento Fotoelétrico <strong>de</strong> MictóriosFonte: DECAFigura 22 – Válvula para Mictórios com Funcionamento HidromecânicoFonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:o DOCOL Linha: Pressmatic Mictórios; Docolmatic; PressmaticAntivandalismoo ORIENTE Linha: Orientematico FORUSI Linha: Forusimatico FABRIMAR Linha: Acquapresso DECAo IDEAL STANDARD6.1.4. ChuveirosOs chuveiros são aparelhos <strong>de</strong> maior dificulda<strong>de</strong> para a<strong>de</strong>quar dispositivo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong>consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, <strong>de</strong>vido ao comportamento do usuário que tem maior sensibilida<strong>de</strong> nasalterações <strong>de</strong> vazões.Po<strong>de</strong>-se utilizar chuveiros temporizadores, tanto para duchas com mistura <strong>de</strong> <strong>água</strong> (fria equente), quanto para os chuveiros elétricos. Esses aparelhos apresentam um funcionamentohidromecânico com uma válvula <strong>de</strong> fechamento automático, Figura 23, fazendo com que os


77mesmos sejam fechados após certo tempo <strong>de</strong> <strong>uso</strong>. Geralmente o tempo <strong>de</strong> acionamento vemregulado <strong>de</strong> fábrica, sendo o i<strong>de</strong>al em torno <strong>de</strong> 30 segundos SCHMIDT (2004).Os restritores <strong>de</strong> vazão constante, também po<strong>de</strong>m ser utilizados <strong>nos</strong> chuveiros comaquecimento central. Os restritores po<strong>de</strong>m ser encontrados nas versões <strong>de</strong> 8, 14 e 16 litros porminuto e <strong>de</strong>vem ser utilizados com pressão superior a 10 m.c.a. O potencial econômico dosrestritores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da vazão atual do chuveiro utilizado, po<strong>de</strong>ndo chegar até 80%. Existem nomercado restritores <strong>de</strong> vazão específicos para duchas que reduzem o consumo <strong>de</strong> 20 a 25litros por minuto para 14 litros por minuto, i<strong>de</strong>ais para apartamentos e vestiários (DECA,2002).Segue abaixo alguns fabricantes do restritor <strong>de</strong> vazão para chuveiro simples:o FABRIMARo DECAa. Válvula <strong>de</strong> Fechamento Automático para Chuveiro e DuchasFigura 23 – Válvula <strong>de</strong> Funcionamento Hidromecânico para Mistura <strong>de</strong> Água <strong>de</strong> DuchaFonte: SCHMIDT (2004)Alguns fabricantes:o DOCOL Linha: Pressmatic Chuveiro e Pressmatic AntivandalismoRedução <strong>de</strong> 30% Deca (2007) em relação à convencional em locais <strong>de</strong> baixa pressão (até 6mca) e redução <strong>de</strong> 62% em locais <strong>de</strong> alta pressão (<strong>de</strong> 15 a 20 mca).


78Verifica-se que os principais fabricantes <strong>de</strong> louças e metais se empenham em <strong>de</strong>senvolverprodutos que se enquadrem nas características <strong>de</strong> produtos economizadores, fato observado nagran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos.Os volumes <strong>de</strong> <strong>água</strong> consumido <strong>nos</strong> aparelhos geralmente variam <strong>de</strong> acordo com a região eépoca do ano, tipo <strong>de</strong> instalação predial e tecnologias empregadas e principalmente pelo<strong>de</strong>senvolvimento cultural da população e aos hábitos. Mas, <strong>de</strong> acordo com Gonçalves (2005),o que mais influencia no consumo são as tecnologias empregadas <strong>nos</strong> aparelhos e ocomportamental, que envolve os hábitos pessoais.Portanto, o sucesso da economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> com a utilização dos produtos só será alcançado sehouver a participação efetiva do usuário, ou seja, o mesmo <strong>de</strong>verá está consciente danecessida<strong>de</strong> da <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> em sua unida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial. Para isto <strong>de</strong>vem-se promoverprogramas <strong>de</strong> sensibilização para os usuários.6.2. Custo e Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos Economizadores <strong>de</strong> Água nas Principais Lojas<strong>de</strong> Salvador.Foi realizada uma pesquisa em cinco lojas <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> Salvador quecomercializam louças e metais sanitários. As lojas pesquisadas foram <strong>de</strong>nominadas nestetrabalho como Loja A, Loja B, Loja C, Loja D e Loja E.Através da pesquisa foi constatado que com relação a torneiras hidromecânicas e torneiraseletrônicas, há uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcas e mo<strong>de</strong>los nas lojas, assim como osarejadores e restritores <strong>de</strong> vazão que também foram encontrados em praticamente todas aslojas, e em muitos casos, tais dispositivos já estariam incorporados nas torneiras. O mesmoocorreu com os chuveiros com mecanismos economizadores, que foram encontrados comuma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e marcas.Já as bacias sanitárias, só foram encontradas bacias sanitárias com caixa acoplada com 6 litrospor <strong>de</strong>scarga. Quando questionados pelas bacias sanitária com caixa acoplada <strong>de</strong> acionamentoseletivo (3 ou 6 litros) por <strong>de</strong>scarga, em algumas lojas foi comunicado que não trabalhavamcom estes produtos e em apenas uma das lojas foi informado que tinham o produto constavaapenas no catálogo incluindo o valor comercializado, não havendo mo<strong>de</strong>los em exposição.


79Foi constatado que o preço dos produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> chegam a ser <strong>de</strong> 200% a250% mais caros se comparados aos produtos convencionais, como é o caso das torneiraseletrônicas, que a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do mo<strong>de</strong>lo chegam a apresentar uma diferença em média <strong>de</strong> 250%em relação a uma torneira convencional similar, o que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestimular a aquisição.É certo que há neste valor o acréscimo da tecnologia empregada para a função econômica,porém o governo po<strong>de</strong>ria estimular a aquisição <strong>de</strong> produtos economizadores como, porexemplo, diminuindo o valor da taxa <strong>de</strong> esgoto cobrado pelas concessionárias, quandoverificado economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong>vido a utilização <strong>de</strong> tais produtos nas unida<strong>de</strong>s domiciliares.Tabela 16 – Custo <strong>de</strong> Produtos Economizadores em Relação aos ProdutosConvencionaisCUSTOPRODUTO LOJA A LOJA B LOJA C LOJA D LOJA DC E C E C E C E C ETORNEIRA COMUM/ TORNEIRAHIDROMECÂNICATORNEIRA COMUM/ TORNEIRACOM SENSORAREJADOR DEVAZÃORESTRITOR DEVAZÃOBACIA COM CAIXACONVENCIONAL/BACIA COM CAIXADUALC – produto convencionalE – produto economizador120,0 257,0 138,0 271,0 98,5 341,3 131,5 372,0 111.1 299,9120,0 470,0 138,0 487,0 98,5 299,9 131,5 -- 111.1 ---- 24,0 -- 19,0 -- 15,90 -- 19,9 -- ---- 11,0 -- 9,0 -- 12,50 -- -- -- --124,4 672,0 135,7 -- 118,0 -- 175,0 -- 99,0 --Devido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar os produtos economizadores em exposição nas lojas e peladiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e marcas é difícil estabelecer um comparativo <strong>de</strong> preço entre eles.Em nenhuma das lojas houve indicação espontânea, pelos lojistas, para a escolha <strong>de</strong> produtoseconomizadores, estes produtos só foram apresentados quando solicitados, o que mostra afalta <strong>de</strong> comprometimento do comércio pela <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>.Quando questionado ao lojista sobre as vantagens da compra <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado produtoeconomizador, em nenhum momento o lojista aborda a questão da <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> comofator principal inerente da tecnologia do produto, apenas é enfocado a economia financeira eque, com o tempo, o valor pago na aquisição do produto será recuperado na economia daconta <strong>de</strong> <strong>água</strong>.


80Ainda foi observado nas lojas, que existem fabricantes <strong>de</strong> louças e principalmente <strong>de</strong> metais,não mencionados neste trabalho (MAFAL, POLY, VÍQUA, etc.), com linhas <strong>de</strong> produtosconvencionais mais baratos, se comparados com fabricantes mais conhecidos, colocando umadiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos para os diferentes <strong>uso</strong>s, contudo, não foi encontrado adisponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produtos economizadores para tais marcas.As lojas visitadas estão localizadas <strong>nos</strong> centros <strong>de</strong> comércio da cida<strong>de</strong> e são responsáveis peloatendimento consi<strong>de</strong>rável da <strong>de</strong>manda, mas não <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar o potencial <strong>de</strong> vendadas lojas que se encontram afastadas dos centros urba<strong>nos</strong>, que aten<strong>de</strong>m uma <strong>de</strong>manda gran<strong>de</strong>,<strong>de</strong>corrente do crescimento da periferia da cida<strong>de</strong> e on<strong>de</strong> a procura <strong>de</strong> produtos é em função dopreço, portanto, <strong>de</strong>vido ao elevado valor dos produtos economizadores, tais produtosraramente são encontrados nas lojas <strong>de</strong> periferias e a <strong>de</strong>manda é suprida por produtosconvencionais.6.3. Avaliação dos QuestionáriosOs questionários foram respondidos por 50 profissionais entre arquitetos e engenheiros comativida<strong>de</strong>s relacionadas a projetos e obras <strong>de</strong> instalações <strong>prediais</strong>. Do total dos pesquisados,76% nunca participaram <strong>de</strong> eventos relacionados à <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, apenas 24% jáparticiparam, Gráfico 06. Desta amostra analisada, conclui-se que o interesse por programas<strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> ainda é pouco representativa, diante da dimensão da priorida<strong>de</strong> que otema requer.Gráfico 06 - Participou <strong>de</strong> Algum Curso/Palestra/Seminário Relacionado à Conservação<strong>de</strong> Água?


81JÁ PARTICIPOU DE ALGUMCURSO/PALESTRA/SEMINÁRIO RELACIONADO ÀCONSERVAÇÃO DE ÁGUA?SIM; 24%NÃO; 76%Para a próxima análise, Gráfico 07, quando questionado <strong>de</strong> como é feita a escolha <strong>de</strong> produtoshidrossanitários dos projetos, observa-se que apenas 16% escolhem produtos hidrossanitáriosfavorecendo a questão da <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, e 84% ignoram a característica econômica naescolha dos produtos.Gráfico 07 - Como é Feita a Escolha <strong>de</strong> Produtos Hidrossanitários dos Projetos na SuaAtivida<strong>de</strong> Profissional?COMO É FEITA A ESCOLHA DE PRODUTOS HIDRO-SANTITÁRIOS DOS PROJETOS NA SUAATIVIDADE PROFISSIONAL?(f)40%(a)10%(b)6%(c)28%(e)(d)6%10%(a) Por você, mas não especifica produtos pela características economizadoras <strong>de</strong> <strong>água</strong>.(b) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.(c) Por você, aten<strong>de</strong>ndo a estética do projeto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ser produto economizador <strong>de</strong> <strong>água</strong>.(d) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, mas, optando por produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.(e) Por outro técnico, seguindo orientações para produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.(f) Por outros técnicos, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.De acordo com o Gráfico 08, 20% dos pesquisados nunca especificaram produtoseconomizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Do total 24% já especificaram ou 52% raramente especificam.


82Gráfico 08 – Especificou Algum Produto Economizador <strong>de</strong> Água?VOCÊ JÁ ESPECIFICOU ALGUM PRODUTO ECONOMIZADOR DEAGUA?SEMPRE; 0%APENASQUANDOCOMPATÍVELCOM A ESTÉTICADO PROJETO; 4%NÃO TENHOCONHECIMENTODE TAISPRODUTOS ; 1%SIM; 24%RARAMENTE;52%NÃO; 20%Foram quantificados os profissionais que conheciam mais <strong>de</strong> 03 produtos economizadores eos que conheciam me<strong>nos</strong> <strong>de</strong> 03 produtos, seguindo o resultado no Gráfico 09.Observa-se no Gráfico 09 que 28% dos profissionais conhecem me<strong>nos</strong> <strong>de</strong> 03 produtoseconomizadores e que 72% conhecem mais <strong>de</strong> 03. Se for consi<strong>de</strong>rado que, na questão 06 osentrevistados assinalaram os produtos economizadores enumerados, ou seja, não foi <strong>de</strong>ixadoespaços em branco para que cada entrevistado discriminasse os produtos, possivelmente apercentagem dos que conhecem mais <strong>de</strong> 03 produtos po<strong>de</strong>ria ser menor.Gráfico 09 – Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produtos Economizadores Conhecido Pelos Profissionais


83QUANTIDADE DE PRODUTOS ECONOMIZADORES CONHECIDOPELOS PROFISSIONAISCONHECEMMENOS DE 03PRODUTOS;28%CONHECEMMAIS DE 03PRODUTOS;72%Através dos dados apresentados, verifica-se que a opção por produtos economizadores emprojetos e obras ainda não é “expressiva”, <strong>de</strong>vido à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opções <strong>de</strong> produtosconvencionais e pelo não comprometimento <strong>de</strong> profissionais e comunida<strong>de</strong> com a economia<strong>de</strong> <strong>água</strong>. Observa-se também que, apesar dos profissionais conhecerem os produtoseconomizadores, estes não são adotados <strong>nos</strong> processos construtivos.Apenas 16% dos entrevistados já ouviram falar no Programa Nacional <strong>de</strong> Combate aoDesperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA, Gráfico 10, o que é preocupante, e analisando o Gráfico 11verifica-se que, dos 16% dos entrevistados que conhecem o PNCDA, a maioria <strong>de</strong>sconhece osseus conteúdos e os Documentos componentes do Programa, o que torna ainda maispreocupante, diante dos 10 a<strong>nos</strong> <strong>de</strong> existência do PNCDA e da importância <strong>de</strong>ste, pois aparticipação da comunida<strong>de</strong> técnica, é relevante para o sucesso <strong>de</strong> todo investimento dogoverno na promoção da <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>.Gráfico 10 – Conhece o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água –PNCDA?


84VOCÊ CONHECE O PROGRAMA NACIONAL DE COMBATEAO DESPERDÍCIO DE ÁGUA – PNCDA?SIM; 16%NÃO; 84%Gráfico 11 – Qual Documento Técnico do PNCDA que Mais Interfere Na Sua Ativida<strong>de</strong>Profissional?QUAL DOCUMENTO TÉCNICO DO PNCDA QUE MAISINTERFERE NA SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL?NÃO LEMBRA;12%CONHECEALGUMDOCUMENTOTÉCNICO; 4%NÃO CONHECEOSDOCUMENTOSTÉCNICOS;84%Dentre os que conhecem o PNCDA apenas 2% tomou conhecimento através do site doprograma, que é um importante veículo <strong>de</strong> informação das ativida<strong>de</strong>s e conteúdos doPrograma, visto que a construção do site foi uma das diretrizes para divulgação do PNCDA, oque não acontece na prática, Gráfico 12. O site do Programa não contém as datas dasatualizações do Programa, o que dificulta a i<strong>de</strong>ntificação das informações mais recentes.Gráfico 12 – Como Teve Conhecimento do PNCDA?


85COMO VOCÊ TEVE CONHECIMENTO DO PNCDA?TELEVISÃO;0%REVISTAS; 4%JORNAL; 0%LIVROS; 0%UNIVERSIDADE/ FACULDADE;0%INTERNET; 10%PALESTRAS;2%OUTROS; 0%NÃORESPONDEU;84%De acordo com a análise dos questionários, observa-se que poucos são os profissionais queconhecem os conteúdos do Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água ou jáouvira falar <strong>de</strong>stes, tendo em vista a importância da <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> e dos 10 a<strong>nos</strong> <strong>de</strong>criação do Programa.É preocupante que a comunida<strong>de</strong> técnica <strong>de</strong>sconheça o PNCDA, mesmo com o esforçoenvidado pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral com investimentos em estudos, pesquisas e em profissionais,sem consi<strong>de</strong>rar o mais importante do tema em questão que a <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> para amanutenção da vida.7. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES


86Sabe-se que a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> <strong>água</strong> urbana causa gran<strong>de</strong> impacto nas aduções dos mananciais <strong>de</strong>abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong>, e que o volume total aduzido para os consumos resi<strong>de</strong>nciais ecomercias chegam a ser 50% maior que o realmente necessário. Esta <strong>de</strong>manda exce<strong>de</strong>nte ou<strong>de</strong>sperdício está relacionado a diversos fatores como, por exemplo, as perdas <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong>distribuição, ao suprimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas para consumo não potável, ao <strong>de</strong>sperdício atribuídoaos pontos <strong>de</strong> utilização predial, etc.A <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> pontos <strong>de</strong> consumos resi<strong>de</strong>nciais só será alcançada com aconscientização do usuário, auxiliado com a utilização <strong>de</strong> produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.Através do inventário contido neste trabalho, po<strong>de</strong>-se concluir que é gran<strong>de</strong> a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> encontrados <strong>nos</strong> catálogos dos diversos fabricantes.Verifica-se também que estes aten<strong>de</strong>m aos diversos pontos <strong>de</strong> consumo resi<strong>de</strong>ncial.Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sses produtos, entretanto, não são encontrados no mercado, possivelmente<strong>de</strong>vido a pouca procura.Observa-se também o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> tais produtos pela socieda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>ficiência nainformação e indicação <strong>de</strong>sses produtos por parte dos lojistas.Constatou-se, na amostra pesquisada que 84% profissionais, que trabalham com projetos eobras <strong>de</strong> instalações hidráulicas <strong>prediais</strong>, não têm conhecimento do Programa Nacional <strong>de</strong>Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água e suas ações, como também <strong>de</strong>sconhecem os DocumentosTécnicos que contemplam a <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>.Verifica-se também que, apesar dos profissionais pesquisados terem algum conhecimento dosprodutos economizadores, a adoção <strong>de</strong>stes em projetos e obras ainda é pouco expressiva.Po<strong>de</strong>-se constatar o sucesso relativo do PNCDA entre os fabricantes <strong>de</strong> produtoshidrossanitários, entretanto, a falta <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses produtos nas lojas, a falta <strong>de</strong>treinamento dos aten<strong>de</strong>ntes lojista e, sobretudo, o <strong>de</strong>sconhecimento por parte da comunida<strong>de</strong>técnica dos objetivos e ações do PNCDA evi<strong>de</strong>nciam a distância da situação real para a queseria <strong>de</strong>sejada <strong>nos</strong> objetivos do Programa.


87Com a necessida<strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> comportamento da socieda<strong>de</strong>, no que diz respeito à<strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, um paradigma é constituído <strong>de</strong>corrente da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promoção dagestão da <strong>de</strong>manda e o estabelecimento <strong>de</strong> novos padrões <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong>, direcionandopara um processo <strong>de</strong> transição tecnológica.Os gover<strong>nos</strong> exercem um papel fundamental no processo <strong>de</strong> indução da transição tecnológica,utilizando ferramentas como os programas para a promoção do <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> epreservação dos mananciais, a exemplo do Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong>Água – PNCDA. Porém estes programas <strong>de</strong>verão ser atuantes e disseminados com aparticipação <strong>de</strong> todas as esferas <strong>de</strong> governo e com a comunida<strong>de</strong> técnica, para que suaspropostas sejam conhecidas, <strong>de</strong>senvolvidas e materializadas.Contudo, <strong>de</strong>ve-se melhorar a divulgação <strong>de</strong>stes Programas, ampliando regionalmente e com aatuação dos profissionais da área através <strong>de</strong> seminários e cursos, etc.As Universida<strong>de</strong>s, no papel <strong>de</strong> formação profissional, também exercem uma importanteinfluência no processo <strong>de</strong> transição tecnológica, abordando em suas disciplinas e em suasativida<strong>de</strong>s acadêmicas, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos e <strong>de</strong> pesquisas quefoquem o <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>, como também divulgação programas, trabalhos e tecnologiasexter<strong>nos</strong> à comunida<strong>de</strong> acadêmica para que possam ser analisados e criticados. Auniversida<strong>de</strong>, com a facilida<strong>de</strong> do contato direto com a socieda<strong>de</strong>, reforça seu importantepapel para contribuição dos processos <strong>de</strong> transição.


889. REFERÊNCIASASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Aparelhos hidráulicosacionados manualmente e com ciclo <strong>de</strong> fechamento automático – NBR 13.713. Rio <strong>de</strong>Janeiro. 1996.ALBUQUERQUE, Tatiana Máximo A. Seleção Multicriterial <strong>de</strong> Alternativas para oGerenciamento da Demanda <strong>de</strong> Água na Escala <strong>de</strong> Bairro Dissertação <strong>de</strong> mestrado emEngenharia Civil e Ambiental – Campina Gran<strong>de</strong>: UFCG, 2004. 215 pALMEIDA, Paulino et al. Análise dos componentes do balanço hídrico em uma baciaurbana experimental. III Simpósio <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Centro-Oeste, Goiânia (GO),2004.BAHIA. Secretaria <strong>de</strong> Meio ambiente e Recursos Hídricos. Superintendência <strong>de</strong> RecursosHídricos. Plano Estadual <strong>de</strong> Recursos hídricos: relatório síntese. Salvador-BA:Superintendência <strong>de</strong> Recursos Hídricos (SRH), 2004. 100 p.BRASIL. Decreto n° 24.643, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1934. Decreta o Código <strong>de</strong> Águas.BRASIL. Lei n. 9.433 – 08 jan.1997. Institui a Política Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos,cria o Sistema Nacional <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos.CASTRO, Carlos F. <strong>de</strong> Abreu; SCARIOT, Aldicir. Escassez <strong>de</strong> <strong>água</strong> cria nova injustiça: aexclusão hídrica. Notícias. Brasília: PNDU, 2005. Disponível em Acesso em: 13 nov. 2006.CETESB - Companhia <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Saneamento Ambiental. O problema da escassez<strong>de</strong> <strong>água</strong> no mundo. Secretaria <strong>de</strong> Estado do Meio Ambiente. [Internet] Disponível em Acesso em: 02, julho, 2007.CHRISTOFIDIS, Demétrios. Olhares sobre a política <strong>de</strong> recursos hídricos no Brasil: ocaso da bacia do rio São Francisco. Brasília - DF: Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (UnB); Centro <strong>de</strong>Desenvolvimento Sustentável, 2001. 432 p. Tese <strong>de</strong> doutorado em Gestão e Política


89Ambiental; CDS 008d. ISBN 85-903661-1-1.COHIM, Eduardo; Kiperstok, Asher. Racionalização e re<strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> intradomiciliar.Produção limpa e eco-saneamento. In: Kiperstok, Asher (Org.). Prata da casa: construindoprodução limpa na Bahia. Salvador: [S.n.], [2007?]. 2v. Trabalho não publicado.DECA. [Internet] Disponível em Acesso em: 02, maio, 2007.DOCOL. [Internet] Disponível em < http://www.docol.com.br> Acesso em: 15, maio, 2007.DOMINGUES A. F. et al. (cords). Conservação e re<strong>uso</strong> da <strong>água</strong> em edificações. SãoPaulo. FIESP/MMA/ANA/COMASP/SindusCom. 2005. 151p.EMBASA – EMPRESA BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO / HYDROSENGENHARIA. Revisão e atualização do plano diretor <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> <strong>água</strong> dagran<strong>de</strong> Salvador. Salvador, Dez. 1998.FIORI, Simone; FERNANDES, Vera Maria C.; PIZZO, Henrique. Avaliação qualitativa equantitativa do re<strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>s cinzas em edificações. Ambiente Construído, Porto Alegre,v. 6, n. 1, p. 19-30, jan./mar. 2006.FURTADO, S João. Novas políticas e a indústria social e ambientalmente responsável.Apostila curso MBA - FEA USP, brochura, São Paulo, 2001.GONÇALVES, O. M., IOSHIMOTO, Eduardo, OLIVEIRA, Lúcia Helena <strong>de</strong>. ProgramaNacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA F1 - Tecnologias poupadoras <strong>de</strong> <strong>água</strong><strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>. Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong>Política Urbana, 1999a.GONÇALVES, O. M., et al. Programa Nacional <strong>de</strong> combate ao <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> <strong>água</strong>. DTAB3 - Medidas <strong>de</strong> <strong>racional</strong>ização do <strong>uso</strong> da <strong>água</strong> para gran<strong>de</strong>s consumidores. Brasília:Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> Política Urbana, 1999b.GONÇALVES, O. M., Economia pelo cano. Revista Téchne – Tecnologia e Negócios da


90Construção Civil, São Paulo, n º 62, maio, 2002.GONÇALVES, Ricardo Franci (Coord.). Uso <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em edificações. Rio <strong>de</strong>Janeiro: ABES, 2006. v.5. 352 p. (Projeto PROSAB, Edital 4). Título secundário:Tecnologias <strong>de</strong> segregação e tratamento <strong>de</strong> esgotos domésticos na origem, visando à reduçãodo consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> e da infra-estrutura <strong>de</strong> coleta, especificamente nas periferias urbanas.ISBN 85-7022-154-1.HINRICHSEN, D., ROBEY, B., UPADHYAY, U.D. Solutions for a Water-Short World.Population Reports, Series M, No. 14. Baltimore, Johns Hopkins School of Public Health,Population Information Program, December 1997. Disponível em ; Acesso em: 1 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2007.IOSHIMOTO, Eduardo, VALENTIM, João <strong>de</strong>. Programa Nacional <strong>de</strong> Combate aoDesperdício <strong>de</strong> Água. DTA E2 - Normalização e qualida<strong>de</strong> dos <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>.Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> Política Urbana, 1999.INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo, 2004.LANDI, Francisco D. N. Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA F4 -Código <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> projeto e execução <strong>de</strong> ramais <strong>prediais</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> em polietileno.Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> Política Urbana, 2004.LEGGETT, D. J. et al. Rainwater and greywater use in buildings: <strong>de</strong>cision-making forwater conservation. [il; color]. London: Ciria, 2001. 65 p.LOBATO, M. Boamorte. Sistema <strong>de</strong> hierarquização <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> da <strong>água</strong> emedificações com aplicação do método electre III: Programa <strong>de</strong> pós-graduação emconstrução civil da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Paraná - Curitiba. 2005. Dissertação <strong>de</strong>Mestrado em construção civil.MMA. Secretaria <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos: sínteseexecutiva - português. Brasília, 2006. 135 p.


91_____. Secretaria <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos: panorama eestado dos recursos hídricos do Brasil. Volume I. Brasília, 2006a. 280 p._____. Secretaria <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos: <strong>água</strong>s parao futuro: cenários para 2020. Volume II. Brasília, 2006b. 89 p._____. Secretaria <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos: diretrizes.Volume III. Brasília, 2006c. 53 p._____. Secretaria <strong>de</strong> Recursos Hídricos. Plano Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos: programasnacionais e metas. Volume IV. Brasília, 2006d.NOVO HAMBURGO. Projeto <strong>de</strong> lei nº 025/14l/2006 – 21 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006 – Cria oPrograma <strong>de</strong> Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações - PURAE.OLIVEIRA, Lúcia Helena <strong>de</strong>. Metodologia para implantação <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> <strong>uso</strong><strong>racional</strong> da <strong>água</strong> em edifícios. Tese (Doutorado em Engenharia) – Escola Politécnica daUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, 1999. 344 p.PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, produção mais Limpa eConsumo Sustentável na América Latina e Caribe, São Paulo, 2005. 134p.REBOUÇAS, Aldo da Cunha; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José Galizia (Org.). Águasdoces no Brasil: capital ecológico, <strong>uso</strong> e <strong>conservação</strong>. [il]. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo:Escrituras, 2002. 702 p. ISBN 85-86303-41-0.REDE DAS ÁGUAS. A questão da <strong>água</strong>. Disponível em . Acesso em: 22 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007.ROCHA, Adilson L., BARRETO, Barreto, IOSHIMOTO, Eduardo. Programa Nacional <strong>de</strong>Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA E1 - Caracterização e monitoramento doconsumo predial <strong>de</strong> <strong>água</strong>. Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong>


92Política Urbana, 1998.RODRIGUES, Luiz Carlos Salles. Avaliação da eficiência <strong>de</strong> dispositivos economizadores<strong>de</strong> <strong>água</strong> em edifícios resi<strong>de</strong>nciais em Vitória - ES. 2005. 89 p. - Dissertação (Mestrado emEngenharia Ambiental) - Centro Tecnológico, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Espírito Santo,Vitória.ROTMANS, Jan; RENÉ, Kemp; MARJOLEIN, Van Asselt. More Evolution thanRevolution. Transition Management in Public Policy, 2001, Foresight 3(1): 15-31.SALVADOR.SEPLAM/COPLAM. Plano Diretor <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano <strong>de</strong>Salvador - PDDU. Salvador, 2006a._____. SEPLAM/FMLF. Salvador em Dados. V. 03. Salvador, 2006b. 158p._____. SEPLAM/COPLAM. Síntese da Lei nº 6586/04 - Plano Diretor <strong>de</strong>Desenvolvimento Urbano <strong>de</strong> Salvador – PDDU. Salvador, Set. <strong>de</strong> 2005. 140p.SABESP - Companhia <strong>de</strong> Saneamento Básico do Estado <strong>de</strong> São Paulo. Programa <strong>de</strong> <strong>uso</strong><strong>racional</strong> da <strong>água</strong> – PURA. Disponível em Acesso em: 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007.SAUTCHÚK, Carla A. Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA F3 -Código <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> projeto e execução <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> - <strong>conservação</strong> <strong>de</strong><strong>água</strong> em edifícios. Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> PolíticaUrbana, 2004.SCHMIDT, William. Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA F2 -Produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>nos</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>prediais</strong>. Brasília: Ministério doPlanejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> Política Urbana, 2004.SILVA, G. S. Programas permanentes <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> da <strong>água</strong> em CampiUniversitários: Programa <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. 2004.


93Dissertação <strong>de</strong> Mestrado em engenharia. Departamento da Engenharia <strong>de</strong> Construção Civil,Escola Politécnica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.SILVA, Ricardo T., CONEJO, João Gilberto L., GONÇALVES, Orestes M. ProgramaNacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água. DTA A1 - Apresentação do programa.Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento. Secretária <strong>de</strong> Política Urbana, 1998.TOMAZ, Plínio. Economia <strong>de</strong> <strong>água</strong> para empresas e residências: um estudo atualizadosobre o <strong>uso</strong> <strong>racional</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>. 2ª ed. São Paulo: Navegar, 2001.TOMAZ, Plínio. Aproveitamento <strong>de</strong> <strong>água</strong> <strong>de</strong> chuva: para áreas urbanas e fins não potáveis.[il]. 2. ed. São Paulo: Navegar, 2005. 180 p. (Série Tecnologia).TUNDISI, José Galizia. Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos,São Paulo: Rima/IIE (Instituto Internacional <strong>de</strong> Ecologia), 2003. 248 p.UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Water forpeople, water for life. Executive Summary of the UN World Water Development Report.Paris, UNESCO-WWAP, 2003. 34 p.VICKERS, Amy. Handbook of water use and conservation: homes, landscapes,businesses, industries, farms. [il]. Amherst, Massachusetts: WaterPlow Press, 2001. 446 p.ISBN 1-931579-07-5.WWF – World Wildlife Fund. Rich countries, poor water. Global Freshwater Programme.Austrália, 2006. 31 p. Disponível em Acesso em: 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007.


9410. REFERÊNCIAS CONSULTADASASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT). Desempenho <strong>de</strong>Edifícios Habitacionais <strong>de</strong> até cinco pavimentos – Parte 6: Sistemas hidrossanitários:ABNT/CB 02; CE 02.136.01.008. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2004. 19p._____. Bacia sanitária – verificação do funcionamento – NBR 9060. Rio <strong>de</strong> Janeiro. 1997._____ Caixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga – NBR 11852. Rio <strong>de</strong> Janeiro. 1992._____ Caixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga – verificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho – NBR 12096. Rio <strong>de</strong> Janeiro.1992._____ Torneira <strong>de</strong> pressão – requisitos e métodos <strong>de</strong> ensaio – NBR 10281. Rio <strong>de</strong>Janeiro. 2003._____ Válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga – NBR 12904. Rio <strong>de</strong> Janeiro. 1993_____ Válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga – verificação do <strong>de</strong>sempenho – NBR 12905. Rio <strong>de</strong> Janeiro.1993._____. Instalação predial <strong>de</strong> <strong>água</strong> fria – NBR 5626. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1998.DULTRA, Ana Paula Hertel. Redução do consumo <strong>de</strong> <strong>água</strong> através da utilização <strong>de</strong>bacias sanitárias <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga reduzido e outros aparelhos economizadores <strong>de</strong><strong>água</strong>. 2000. 61 p. - Monografia (Curso <strong>de</strong> Gestão Ambiental) -- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> EngenhariaMecânica, Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas.MAYER, Peter W. et al. Resi<strong>de</strong>ntial and uses of water. [il]. United Stated of America:AWWA, 1999. 310 p. ISBN 1-58321-016-4.


95ANEXOSSITES CONSULTADOShttp://www.cida<strong>de</strong>s.gov.br/pncdahttp://www.docol.com.brhttp://www.<strong>de</strong>ca.com.brhttp://www.banheirosincepa.com.brhttp://www.fabrimar.com.brhttp://www.hervy.com.brhttp://www.lorenzetti.com.brhttp://www.montanahidrotecnica.com.brhttp://www.metaloriente.com.brhttp://www.forusi.com.brhttp://www.celite.com.brhttp://www.rocabrasil.com.br


96ADAPTAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE PEESQUISA PARA ANÁLISE DASRESPOSTASUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAESCOLA POLITÉCNICADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTALPÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO LIMPACONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICOQUESTIONÁRIO DE PESQUISA0.0- Profissão: _______________________________________________0.1- Ano <strong>de</strong> formação: ______________________________________0.2- Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida: ___________________________________1- Já participou <strong>de</strong> algum curso/palestra/seminário relacionado à <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>?( ) SIM( ) NÃOQual?________________________________________________________________02- Como é feita a escolha <strong>de</strong> produtos hidro-santitários dos projetos na sua ativida<strong>de</strong>profissional?2.1- ( ) Por você, mas não especifica produtos pela características economizadoras <strong>de</strong> <strong>água</strong>.2.2- ( ) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.2.3- ( ) Por você, aten<strong>de</strong>ndo a estética do projeto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ser produto economizador <strong>de</strong> <strong>água</strong>.2.4- ( ) Por você, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, mas, optando por produtos economizadores <strong>de</strong><strong>água</strong>.2.5- ( ) Por outro técnico, seguindo orientações para produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>.2.6- ( ) Por outros técnicos, <strong>de</strong> acordo à necessida<strong>de</strong> do cliente, apenas.03- A especificação dos produtos hidro-sanitários, indicada no projeto ou obra da suaativida<strong>de</strong>, está sujeita a mudanças durante o processo construtivo?( ) SIM( ) NÃO04- Em caso afirmativo para a questão 03, você e/ou responsável pelo projeto éconsultado para a nova especificação?( ) SIM( ) NÃO05- Você já especificou algum produto economizador <strong>de</strong> <strong>água</strong>?5.1- ( ) SIM5.2- ( ) NÃO5.3- ( ) RARAMENTE5.4- ( ) SEMPRE5.5- ( ) APENAS QUANDO COMPATÍVEL COM A ESTÉTICA DO PROJETO


975.6- ( ) NÃO TENHO CONHECIMENTO DE TAIS PRODUTOSQuais?____________________________________________________________________06- Quais produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong> você conhece? Se necessário marque mais<strong>de</strong> uma opção.( ) TORNEIRAS AUTOMÁTICAS( ) TORNEIRAS ELETRÔNICAS( ) REGULADOR DE VAZÃO PARA TORNEIRAS DE MESA – REGISTRO REGULADOR DE VAZÃO PARATORNEIRAS( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA ACOPLADA DE 6 LITROS POR DESCARGA( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA ACOPLADA DE ACIONAMENTO SELETIVO (3 OU 6 LITROS) PORDESCARGA( ) BACIA SANITÁRIA COM CAIXA DE EMBUTIR( ) VÁLVULA DE DESCARGA AUTOMÁTICA PARA MICTÓRIOS( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA CHUVEIRO ELÉTRICO( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA DUCHA /ÁGUA FRIA OU PRÉ-MISTURADA COMRESTRITORDE VAZÃO DE 8 LITROS/MINUTO( ) VÁLVULA DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO PARA CHUVEIRO / AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO COMRESTRITOR DE VAZÃO DE 8 LITROS / MINUTO( ) VÁLVULA DE ACIONAMENTO COM O PÉ PARA TORNEIRAS DE COZINHA( ) AREJADOR PARA TORNEIRA COM ROSCA INTERNA – VAZÃO CONSTANTE DE 6 LITROS POR MINUTO( ) OUTROSADOTOU-SE 6.1 PARA QUEM RESPONDEU MAIS DE 03 PRODUTOS E 6.2 PARA QUEM RESPONDEUMENOS DE 03 PRODUTOS07- Você conhece o Programa Nacional <strong>de</strong> Combate ao Desperdício <strong>de</strong> Água – PNCDA?( ) SIM( ) NÃO08- Como você teve conhecimento do PNCDA?8.1- ( )TELEVISÃO8.2- ( ) REVISTAS8.3- ( ) UNIVERSIDADE / FACULDADE8.4- ( ) JORNAL8.5- ( ) LIVROS8.6- ( ) INTERNET8.7- ( ) PALESTRAS8.8- ( ) OUTROS Qual?_______________________________09- Você já leu algum Documento Técnico <strong>de</strong> Apoio – DTA, componente do PNCDA?( ) SIM( ) NÃOQuais?___________________________________________________________________10- Qual documento técnico do PNCDA que mais interfere na sua ativida<strong>de</strong>profissional?___________________________________________________________________________10.1- ( ) NÃO LEMBRO10.2- ( ) NENHUM10.3- ( ) NÃO CONHEÇO OS DOCUMENTOS TÉCNICOS


9811- O que você acha do sistema <strong>de</strong> informação e divulgação do PNCDA?11.1- ( ) ÓTIMO11.2- ( ) BOM11.3- ( ) REGULAR11.4- ( ) RUIM11.5- ( ) NUNCA OUVI FALAR NO PNCDA12- Você tem alguma crítica/sugestão para o PNCDA?( ) SIM( ) NÃOQual?_____________________________________________________________________________13- Você acha que programas públicos <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong> ajudam a conscientizaros profissionais da necessida<strong>de</strong> da <strong>racional</strong>ização do <strong>uso</strong>?( ) SIM( ) NÃO14- Como você acha que <strong>de</strong>veria ser feito a divulgação e informação aos profissionaissobre programas <strong>de</strong> <strong>conservação</strong> <strong>de</strong> <strong>água</strong>?1 PARA QUEM RESPONDEU2 PARA QUEM NÃO RESPONDEU15- Você acha que na sua profissão é possível ten<strong>de</strong>nciar/incentivar o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> tecnologias e <strong>de</strong>produtos economizadores <strong>de</strong> <strong>água</strong>?( ) SIM( ) NÃODe que forma?_____________________________________________________________________


COMPILAÇÃO DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS980.1 0.2Ano <strong>de</strong>FormaçãoAtivida<strong>de</strong>Desenvolvida1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15> P n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 S> PO n 2.1 s s 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P s 2.4 nc n 5.1 6.1 s 8.6 n 10.1 11.4 s s 2 s> PO n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O n 2.6 s n 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n n 2 s< O n 2.6 s s 5.2 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n n 1 s> O n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 n< P n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P s 2.1 nc n 5.1 6.1 s 8.6 s 10.4 11.3 s s 1 s< O n 2.6 n n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P s 2.1 s n 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O s 2.4 s n 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< PO n 2.3 s s 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 s s 2 s< O n 2.6 s n 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O s 2.5 s n 5.1 6.1 s 8.7 n 10.1 11.3 n s 1 s< P n 2.2 nc n 5.3 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 2 s< P n 2.6 s n 5.5 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> PO n 2.2 s s 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s s 5.6 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n n 1 s> O s 2.4 s s 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P s 2.1 nc n 5.1 6.1 s 8.2 n 10.1 11.4 s s 2 s< O n 2.6 n n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< PO n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> PO n 2.3 nc s 5.3 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s n 5.3 6.1 s 8.6 n 10.1 11.4 s s 1 s> O n 2.6 s s 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n n 2 s


990.1 0.2Ano <strong>de</strong>FormaçãoAtivida<strong>de</strong>Desenvolvida1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15> O n 2.6 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< P s 2.4 s n 5.1 6.1 s 8.6 s 10.4 11.3 s s 1 s< O n 2.6 s n 5.2 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P n 2.3 n n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 2 n> O n 2.6 s n 5.3 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< P s 2.1 s s 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s n 5.5 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O n 2.6 s n 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O s 2.5 s s 5.3 6.1 s 8.6 n 10.1 11.4 s s 1 s> PO n 2.3 s n 5.3 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O n 2.6 s n 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< P n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s n 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 n> P n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 2 s> P s 2.4 s s 5.1 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s< O n 2.6 s s 5.2 6.2 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> PO n 2.3 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n n 1 s> PO s 2.3 s n 5.3 6.1 s 8.2 n 10.1 11.4 s s 1 s< O n 2.6 s s 5.2 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> O n 2.5 s n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s> P n 2.2 nc n 5.3 6.1 n 8.9 n 10.3 11.5 n s 1 s


UFBAUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAESCOLA POLITÉCNICADEPTº DE ENGENHARIA AMBIENTAL - DEACURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO ETECNOLOGIAS AMBIENTAIS NO PROCESSO PRODUTIVORua Aristi<strong>de</strong>s Novis, 02, 4º andar, Fe<strong>de</strong>ração, Salvador BACEP: 40.210-630Tels: (71) 3235-4436 / 3283-9798Fax: (71) 3283-9892E-mail: cteclim@ufba.brHome page: http://www.teclim.ufba.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!