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Laranja-da-China - Unama

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www.nead.unama.br— Depois mamãe, depois eu vou!— Já e já!O rugido do major <strong>da</strong>i a segundos decidiu-o.Sentado na cama bebeu umas lágrimas, fez um ligeiro exercício de cuspotendo por alvo o armário, vestiu a camisola e veio descalço até o escritório beijar amão do papai e <strong>da</strong> mamãe. Dona Francisca voltou com ele para o quarto. Sentou-ono colo.– Você já pôs os sapatos atrás <strong>da</strong> porta?Cícero fez-se de desentendido.— Eu sou paulista, mas... De Taubaté!— Agora não é hora de cantar. Respon<strong>da</strong>.— Atrás <strong>da</strong> porta não cabe.Dona Francisca não podia compreender. Não cabe o quê?— O que eu quero.— Que é que você quer?Cícero começou a contar nos dedos.— Um-dois, feijão com arroz! Três-quatro...— Respon<strong>da</strong>!— Ara, mamãe...— Diga. Que é?— Ara...— Não faça assim. Diga!Foi barata que entrou ali debaixo do armário?— Eu quero... Ah! Mamãe, eu não quero dizer...— Se você não disser São Nicolau castiga você.— Quando é que a gente vai na chácara de titio outra vez?Dona Francisca apertou os braços do menino.— Assim machuca, mamãe! Eu quero um automóvel igual ao de titio, pronto!— Que é isso, Cícero? Um Ford? Pra quê? Você é muito pequeno ain<strong>da</strong>para ter um Ford.— Mas eu quero, pronto!Dona Francisca deixou o filho muito preocupa<strong>da</strong> e foi confabular com omajor. Mas o major (premiado com um estojo Gillette no concurso charadístico doMalho) achou logo a solução do problema.— Tenho uma idéia genial.17

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