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projeto beija-flor - Cepa - Governo do Estado de Santa Catarina

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Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> – Luiz Henrique da SilveiraSecretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e Desenvolvimento Rural - Antonio CeronElaboraçãoAntônio Marcos Feliciano - Epagri (aluno <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação emEngenharia e Gestão <strong>do</strong> Conhecimento - UFSC)Danilo Pereira - EpagriEdis Mafra Lapolli - PPEGC/UFSCRenato Broetto - EpagriColaboraçãoAlcemir Luis Lessa - EpagriAmélia Silva <strong>de</strong> Oliveira - EpagriAndré Ricar<strong>do</strong> <strong>de</strong> Souza – CDI/SCAntônio Carlos Ruiz - Sec. Estadual <strong>de</strong> Educação, Ciência e TecnologiaAntônio Paulo Povoas Dias - CDI/SCDouglas Cantú - EPAGRIEduar<strong>do</strong> Antonio Silvestri - SARHorácio Mello - CDI/SCKarine Sulzbacher – CDI/SCNeiva Aparecida Gasparetto – UFSCSalete Maria Car<strong>do</strong>so Pereira - EpagriFernan<strong>do</strong> alvaro Ostuni Gauthier - INE/PPEGC/UFSCRevisão e EditoraçãoSidaura Lessa Graciosa - Epagri/<strong>Cepa</strong>Zélia Alves Silvestrini - Epagri/<strong>Cepa</strong>Capa e Projeto GráficoRodrigo Silva - Lettere D’Arte Ind. Gráfica LtdaDavi da Silveira Lessa - SARFELICIANO, Antônio M.; BROETTO, Renato; PEREIRA,Danilo; LAPOLLI, Edis M. Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>srurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong> - internet no campo. 2 a ed. rev. eatual. Florianópolis: SAR/BB, 2007. 130p.ISBN 85-60081-00-31. Inclusão digital. 2. Telecentros. 3. Socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong>conhecimento. 4. Política pública <strong>de</strong> inclusão digital


PrefácioPrograma <strong>de</strong> Inclusão Digital <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> BrasilNo início <strong>de</strong> 2004 o Banco <strong>do</strong> Brasil começou o <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização tecnológicaque previa a substituição <strong>de</strong> aproximadamente 58 mil terminais <strong>de</strong> múltiplas funções(TMF) na Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Agências, Órgãos Regionais e Direção Geral.A partir <strong>do</strong>s equipamentos substituí<strong>do</strong>s (micros Pentium <strong>de</strong> 75 a 350 MHz) o Bancolançou o maior Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital <strong>do</strong> País que priorizava a implantação <strong>de</strong>Telecentros Comunitários (TC) e Salas <strong>de</strong> Informática (SI).Até outubro <strong>de</strong> 2006 foram inaugura<strong>do</strong>s 1.641 espaços em mais <strong>de</strong> 570 municípiosbrasileiros, envolven<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> 15.000 microcomputa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>a<strong>do</strong>s.Para essa implantação foi importante o trabalho das Gerências Regionais <strong>de</strong> Logística(GEREL) que agiram <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as normas traçadas pela Coor<strong>de</strong>nação Nacional<strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital, localizada na Diretoria <strong>de</strong> Tecnologia, em Brasília.Em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, a GEREL Florianópolis aju<strong>do</strong>u a concretizar 46 espaços <strong>de</strong> inclusãodigital. Nosso maior parceiro <strong>de</strong>ntre to<strong>do</strong>s (29 TC/SI) a Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> daAgricultura e Desenvolvimento Rural promove ações <strong>de</strong> inclusão digital no âmbito <strong>do</strong>Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital BEIJA-FLOR cuja meta para 2007/2008 é criar um TC emcada município.Telecentros Comunitários são postos <strong>de</strong> serviços disponibiliza<strong>do</strong>s para ascomunida<strong>de</strong>s, que oferecem acesso à internet possibilitan<strong>do</strong> cursos à distância;comunicação por e-mail; envio <strong>de</strong> currículo; inscrição para vestibular e concursospúblicos; além <strong>de</strong> treinamento básico em informática e outras aplicações, como porexemplo: Convênio com o INSS para marcação <strong>de</strong> perícia médica; consulta a benefícios;acesso aos serviços <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> Eletrônico; etc.O BB ce<strong>de</strong>u aos TC um computa<strong>do</strong>r novo acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> vários acessórios. Afunção primordial <strong>de</strong>sse equipamento é executar operações como um servi<strong>do</strong>r <strong>de</strong>re<strong>de</strong>. Todas essas máquinas foram cedidas oficialmente por meio <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong>Comodato. Até maio <strong>de</strong> 2006 o BEIJA-FLOR recebeu em Comodato: 29 Servi<strong>do</strong>res; 29Switchs e 195 Estabiliza<strong>do</strong>res, to<strong>do</strong>s eles novos! Estan<strong>do</strong> reserva<strong>do</strong>s para aspróximas inaugurações 5 Servi<strong>do</strong>res; 5 Switchs e 5 Estabiliza<strong>do</strong>res.Visan<strong>do</strong> permitir o acesso <strong>de</strong> mais pessoas ao conhecimento da tecnologia dainformação, inicialmente foram implantadas Salas <strong>de</strong> Informática, que diferem <strong>do</strong>sTelecentros Comunitários por não possuírem acesso à internet, o que gera limitaçõespara a completa promoção da inclusão digital.


Atualmente o convênio com o Ministério das Comunicações, feito pela Coor<strong>de</strong>naçãoNacional <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil, proporcionou a cessão<strong>de</strong> 17 antenas GESAC ao Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital BEIJA-FLOR.A GESAC captura o sinal <strong>de</strong> internet via satélite e permite que Salas <strong>de</strong> Informática setransformem em Telecentros Comunitários e promovam o acesso às novas tecnologiasda informação e comunicação geran<strong>do</strong> sua total inclusão digital.Dentro <strong>de</strong>ssa linha <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor aos espaços implanta<strong>do</strong>s, o Programa <strong>de</strong>Inclusão Digital <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil tem como uma das premissas básicas, acapacitação <strong>de</strong> monitores para atendimento aos usuários <strong>do</strong>s TC e SI. Em <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong>, foram realizadas várias capacitações em parceria com a Empresa <strong>de</strong>Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> (EPAGRI) que contoucom mais <strong>de</strong> 80 monitores participantes.Tivemos assim a maior média nacional <strong>de</strong> treinan<strong>do</strong>s, ou seja, quase <strong>do</strong>is em cadaTC/SI. Sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong> menor custo, pois a EPAGRI fez uso <strong>de</strong> seus Centros <strong>de</strong> Treinamento,on<strong>de</strong> os monitores ficaram hospeda<strong>do</strong>s, receberam alimentação, <strong>de</strong>ntre outrosserviços. O <strong>de</strong>slocamento <strong>do</strong>s mesmos, na sua gran<strong>de</strong> maioria, foi custea<strong>do</strong> pelasPrefeituras Municipais, que também figuram no rol <strong>de</strong> instituições parceiras no âmbito<strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital BEIJA-FLOR.Um <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> Programa é a pulverização <strong>do</strong>s pontos. Este quesito <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> está aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> muito bem. Ou seja, na gran<strong>de</strong> maioria se localizam empequenos municípios <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> nem sequer há posto ou Agência <strong>do</strong>BB.Finalizan<strong>do</strong>, mais <strong>do</strong> que uma sucessão <strong>de</strong> números ou <strong>de</strong> estatísticas frias encontraseaqui o carinho em participar, junto com os <strong>de</strong>mais parceiros, <strong>de</strong> um Projeto quecada vez mais se consolida, haja vista a quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> Prefeituras interessadas.Este Projeto está levan<strong>do</strong> a inclusão digital a pequenas comunida<strong>de</strong>s agrícolas oupesqueiras <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Catarinense, possibilitan<strong>do</strong> acesso a recursos <strong>de</strong> tecnologiada informação e comunicação até então inexistentes ou não acessíveis.Tu<strong>do</strong> isso alimenta a nossa esperança <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> melhor, mais justo, eqüânime,íntegro, on<strong>de</strong> o acesso à educação seja uma realida<strong>de</strong> possível e concreta.O Banco <strong>do</strong> Brasil continuará fazen<strong>do</strong> a sua parte.José Geral<strong>do</strong> TrevisaniGerente Regional <strong>de</strong> LogísticaGerel FlorianópolisMário CallegariCopo <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>Gerel Florianópolis


ApresentaçãoO Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor vem promoven<strong>do</strong> ações <strong>de</strong>inclusão social e digital a uma parcela significativa da população <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong>, que se encontra à margem da inovação tecnológica proporcionadapela informática. O público para atendimento prioritário nas unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><strong>projeto</strong> consiste <strong>de</strong> todas as pessoas, principalmente jovens, que, semacesso aos recursos da informática disponíveis nos centros urbanos,encontram pouca motivação para permanecer no campo e nascomunida<strong>de</strong>s pesqueiras, sen<strong>do</strong> esse mais um elemento favorável aoêxo<strong>do</strong> rural e a <strong>de</strong>sagregação da família catarinense. Com uma população<strong>de</strong> 5,9 milhões <strong>de</strong> habitantes (IBGE – 2006), <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> conta com20% <strong>de</strong>sse contingente no meio rural, constituin<strong>do</strong> pequenas empresasrurais gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> emprego para cerca <strong>de</strong> 1,18 milhão <strong>de</strong>pessoas, das quais 350 mil são crianças e jovens. Estes jovens reclamampor oportunida<strong>de</strong>s para construir um conhecimento que contribua parasua formação intelectual e profissional que lhes permita gerir seusempreendimentos com competência e qualida<strong>de</strong>. O acesso às informaçõesvia internet e o uso <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r que auxiliem na gestão<strong>do</strong>s empreendimentos <strong>de</strong>sses agricultores e pesca<strong>do</strong>res irá contribuirsubstancialmente para a inclusão social, a melhoria da renda e a qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ssas pessoas.Essa ação, surge como alternativa <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> acesso a informações e <strong>de</strong>ampliação <strong>de</strong> conhecimentos para toda comunida<strong>de</strong> que resi<strong>de</strong> nasproximida<strong>de</strong>s das instalações das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital. O acessoà gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> permite, <strong>de</strong>ntre outros benefícios, o intercâmbio entrepessoas e comunida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> o espaço <strong>do</strong> telecentro 1 ou escola <strong>de</strong>


informática e cidadania 2 po<strong>de</strong>r ser utiliza<strong>do</strong> para diversas manifestaçõesculturais e sociais locais.A evolução e diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações, a garantia institucional <strong>do</strong>s diversosparceiros e o empenho das li<strong>de</strong>ranças locais e das comunida<strong>de</strong>s pelacontinuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> representam fatores <strong>de</strong>terminantes para o sucesso<strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>.Antônio CeronSecretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura eDesenvolvimento Rural1Um Telecentro consiste num local on<strong>de</strong> estão disponíveis tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação para pessoasque tem pouca ou nenhuma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar ou apren<strong>de</strong>r a usar estas tecnologias.2Para o Comitê para Democratização da Informática (CDI), as Escolas <strong>de</strong> Informática e Cidadania (EICs) seguem oconceito <strong>de</strong> “escola não-formal”, com uma estrutura organizacional composta por um coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r, educa<strong>do</strong>res eeducan<strong>do</strong>s, que buscam a transformação da realida<strong>de</strong> local utilizan<strong>do</strong> as tecnologias <strong>de</strong> informação como ferramentaspara a inclusão social.


Sumário1 Tecnologia da Informação e Comunicação ........................................ 91.1 Fatos Históricos .............................................................................. 111.2 Realida<strong>de</strong> da tecnologia atual ........................................................ 201.2.1 Internet Banda-larga ..................................................................... 211.2.2 Chat ............................................................................................... 231.2.3 Blog ............................................................................................... 251.2.4 Flog – Fotolog ............................................................................... 261.2.5 MSN e outros serviços <strong>de</strong> mensagens instantâneas ................ 281.2.6 Orkut .............................................................................................. 291.2.7 VoIp ................................................................................................ 321.3 Tendências tecnológicas ................................................................ 331.3.1 Equipamentos <strong>de</strong> baixo custo ..................................................... 341.3.2 Computação ubíqua ..................................................................... 401.3.3 Código aberto / Software Livre ..................................................... 431.3.4 IPv6 ................................................................................................ 471.3.5 Tecnologia wireless (comunicação sem fio) .............................. 531.3.6 Outras tecnologias ....................................................................... 582 Inclusão Digital ................................................................................... 612.1Iniciativas <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> Inclusão Digital ...................................... 662.2 Telecentros Comunitários............................................................... 68


2.3 Para que serve um Telecentro? ...................................................... 692.4 Princípios Básicos para Telecentros ............................................. 713 Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong> ............ 744 Inclusão Digital em Comunida<strong>de</strong>s Rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong> .......... 854.1 Justificativa ....................................................................................... 854.2 Objetivo Geral .................................................................................. 864.3 Objetivos Específicos ...................................................................... 864.4 Produtos e serviços disponibiliza<strong>do</strong>s ao público-alvo .................. 894.5 Critérios para Implementação <strong>de</strong> Telecentros .............................. 904.6 Sistema <strong>de</strong> Acompanhamento e Avaliação <strong>do</strong> Projeto .................. 914.7 Infra-estrutura para Telecentros Comunitários.............................. 924.8 Resulta<strong>do</strong>s ....................................................................................... 934.9 Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Recursos financeiros ....................................... 984.10 Justificativa Política ........................................................................ 994.11 Parcerias ...................................................................................... 1004.12 Estrutura Operacional <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> ................................................ 1144.13 Municípios Atendi<strong>do</strong>s ................................................................... 1154.14 Contatos ....................................................................................... 1174.15 Site <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor ............................................................ 1204.16 Conselho Gestor ......................................................................... 1225 Consi<strong>de</strong>rações Finais ...................................................................... 1236 Literatura Consultada ....................................................................... 125


1Tecnologia da Informaçãoe ComunicaçãoExistem muitas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> Tecnologia da Informação eComunicação (TIC). A que representa bem a idéia <strong>do</strong>conjunto e não somente <strong>de</strong> equipamentos ou hardware é oconceito <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por Rezen<strong>de</strong> (2000). Segun<strong>do</strong> este autor,o termo Tecnologia da Informação serve para <strong>de</strong>signar oconjunto <strong>de</strong> recursos tecnológicos e computacionais parageração e uso da informação e está fundamenta<strong>do</strong> nosseguintes componentes:• hardware e seus dispositivos periféricos;• software e seus recursos;• sistemas <strong>de</strong> telecomunicações;• gestão <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e informações.9Tecnologia da Informação e ComunicaçãoA amplitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> conceito mostra a globalida<strong>de</strong> da TIC eimpõe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>r melhor seusignifica<strong>do</strong>, verificar sua evolução e estágio atuais além<strong>de</strong> traçar alguma previsão <strong>do</strong> que será a socieda<strong>de</strong> diante<strong>do</strong>s avanços e transformações tecnológicas. A importância


<strong>de</strong>ste conhecimento também é fundamental para enten<strong>de</strong>ro porquê da “<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> digital” e o que isso significa.No livro Perspectivas da Tecnologia da Informação, edita<strong>do</strong>em 2005 pela Editora Senac, em conjunto com a OCDE(Organização <strong>de</strong> Cooperação e DesenvolvimentoEconômicos), <strong>de</strong>signa-se Desigualda<strong>de</strong> Digital da seguinteforma:10Tecnologia da Informação e Comunicação“A expressão <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> digital <strong>de</strong>signa geralmente aseparação entre pessoas, <strong>do</strong>micílios, empresas e áreasgeográficas em diferentes níveis socioeconômicos, medidaem termos <strong>de</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso àstecnologias <strong>de</strong> comunicação e informação (TCI), tais comocomputa<strong>do</strong>res e internet, e sua utilização.”Ainda falan<strong>do</strong> em <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> digital, existem algunsindica<strong>do</strong>res muito utiliza<strong>do</strong>s para representar umaclassificação em relação a este assunto ou para se chegara ela. São eles a infra-estrutura <strong>de</strong> telecomunicações, oscomputa<strong>do</strong>res pessoais (PC´s) e a Internet.As ferramentas <strong>de</strong> TIC não po<strong>de</strong>m ser transformadas emum fim em si mesmas, mas sim, <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radascomo elementos facilita<strong>do</strong>res <strong>de</strong> políticas públicas.Conforme GASPARETTO (2006): “A tecnologia comoacesso à informação e conhecimento é uma das formasor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ras da socieda<strong>de</strong> contemporânea, numa era emque as informações fluem em quantida<strong>de</strong>s e velocida<strong>de</strong>sem prece<strong>de</strong>ntes na história. Este fenômeno globalcaracteriza-se como eleva<strong>do</strong> potencial transforma<strong>do</strong>r dasativida<strong>de</strong>s sociais, econômicas e institucionais, uma vezque a estrutura e a dinâmica <strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s serão,inevitavelmente, afetadas pela infra-estrutura à informaçãodisponível (...) no mun<strong>do</strong> contemporâneo a exigência parainclusão social não se limita apenas em ler e escrever eser alfabetiza<strong>do</strong>. Porém, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que as


tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação estão presentesna maioria das práticas sociais, as exigências sãoestabelecidas tornan<strong>do</strong>-se evi<strong>de</strong>nte que o homemnecessita, cada vez mais, fazer uso das novas tecnologiase ser capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> utilização dasmesmas”. (Gasparetto, 2006, p. 22/35).1.1 Fatos HistóricosO paleontólogo Stephen J. Gould escreveu: “O conceito<strong>de</strong> que toda mudança <strong>de</strong>ve ser suave, lenta e firme, nuncafoi li<strong>do</strong> nas rochas”.Muito se escreveu sobre os diversos acontecimentoshistóricos que envolvem o tema das tecnologias dainformação. Inúmeros autores <strong>de</strong>screveram brilhante eminuciosamente essa história. Por isso, nosso objetivoaqui resi<strong>de</strong> em apresentar ao leitor, sobretu<strong>do</strong> ao que poucocontato mantém com o tema, alguns <strong>do</strong>s fatos maisrelevantes, mostran<strong>do</strong>-lhe que, apesar <strong>do</strong> muito que já foifeito, ainda há um longo caminho a ser percorri<strong>do</strong>. “Quantosexcelentes profissionais estão sen<strong>do</strong> perdi<strong>do</strong>s pelaexclusão digital? Quantas excelentes soluçõestecnologicamente viáveis teriam si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas casotivesse si<strong>do</strong> massifica<strong>do</strong> o uso das ferramentas <strong>de</strong>tecnologia da informação?” (Feliciano et al. 2004).11Tecnologia da Informação e ComunicaçãoPara a abordagem que se segue, vários foram os autorese periódicos consulta<strong>do</strong>s, além <strong>de</strong> farta bibliografia. Noentanto, preferimos utilizar como principal referencial literárioà obra <strong>de</strong> Manuel Castells, a socieda<strong>de</strong> em re<strong>de</strong>, por trazeruma abordagem que po<strong>de</strong> ser lida e entendida por todasas pessoas, conhece<strong>do</strong>ras ou não <strong>do</strong> tema. Afora isto,


trata-se <strong>de</strong> um autor mundialmente reconheci<strong>do</strong> pelas obrase por ser um <strong>do</strong>s ícones atuais das ciências sociais.12Tecnologia da Informação e ComunicaçãoAs tecnologias da informação e comunicação, comoqualquer outro produto i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>, produzi<strong>do</strong> e consumi<strong>do</strong>pelo homem, não possui um fim em si mesmo. São bens<strong>de</strong> consumo e serviços concebi<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>processo, induzin<strong>do</strong> à criação <strong>de</strong> novos produtos eserviços, crian<strong>do</strong> um novo ciclo <strong>de</strong> novos bens disponíveisà humanida<strong>de</strong>. Neste senti<strong>do</strong>, o que caracteriza a atualrevolução tecnológica não é a centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>conhecimentos e informações, mas sua aplicação nageração <strong>de</strong> conhecimentos e dispositivos <strong>de</strong>processamento e/ou comunicação da informação, em umciclo cumulativo entre a inovação e o uso.Segun<strong>do</strong> alguns historia<strong>do</strong>res (HOBSBAWN, 2002), houvepelo menos duas revoluções industriais: a primeiracomeçou na segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XVIII, caracterizadapor novas tecnologias, como a máquina a vapor, o tear, oprocesso Cort em metalurgia e a substituição <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>smanuais pelas máquinas. A segunda revolução industrialocorreu aproximadamente cem anos <strong>de</strong>pois, ten<strong>do</strong> como<strong>de</strong>staque o <strong>de</strong>senvolvimento da eletricida<strong>de</strong>, o motor <strong>de</strong>combustão interna, o surgimento <strong>de</strong> produtos químicos<strong>de</strong> base científica, a fundição <strong>de</strong> aço, o início dastecnologias <strong>de</strong> comunicação, como a difusão <strong>do</strong> telégrafoe a invenção <strong>do</strong> telefone. Entre tais fatores há continuida<strong>de</strong>se diferenças cruciais. A principal resi<strong>de</strong> na importância<strong>de</strong>cisiva <strong>do</strong>s conhecimentos científicos para sustentar eguiar o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico a partir <strong>de</strong> 1850.Para se ter a real noção <strong>do</strong> acelera<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>do</strong>s processos nessa nova era, basta retomar a “lei <strong>de</strong>Moore” (Gor<strong>do</strong>n Moore), que, em linhas gerais, afirma que


a cada 18 meses os microchips <strong>do</strong>bram sua capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> processamento a preços constantes.Apesar <strong>de</strong> muitos inventos e <strong>de</strong>scobertas <strong>do</strong>s antecessoresindustriais e científicos das tecnologias da informação antesmesmo da década <strong>de</strong> 1940, citan<strong>do</strong> apenas algunsexemplos <strong>de</strong> invenções, tais como: o telefone, por Bellem 1876, o rádio, por Marconi em 1898, a válvula a vácuo,por De Forest em 1906. Contu<strong>do</strong>, foi <strong>de</strong>pois da SegundaGuerra Mundial que se <strong>de</strong>ram as principais <strong>de</strong>scobertastecnológicas na área da eletrônica.O transistor, inventa<strong>do</strong> em 1947 na empresa BellLaboratories, em Murray Hill, no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Nova Jersey(EUA), pelos físicos Bar<strong>de</strong>en, Brattain e Shockley,possibilitou o processamento <strong>de</strong> impulsos elétricos emvelocida<strong>de</strong> rápida e em mo<strong>do</strong> binário <strong>de</strong> interrupção eamplificação, permitin<strong>do</strong> a codificação da lógica e dacomunicação entre as máquinas. Hoje, este dispositivo épopularmente chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> chip. O passo subseqüente,que proporcionaria outra revolução na área, foi a fabricação<strong>de</strong>sses componentes com utilização <strong>do</strong> silício,pioneiramente realizada pela Texas Instruments, em Dallas,em 1954. Outro importante passo da<strong>do</strong> na microeletrônicafoi da<strong>do</strong> em 1957, com o surgimento <strong>do</strong> circuito integra<strong>do</strong>(CI), que possibilitou a miniaturização <strong>do</strong>s equipamentoseletrônicos. Com isto, em apenas três anos (1959-1962),os preços <strong>do</strong>s semicondutores (chips) caíram 85%,enquanto que a produção aumentou vinte vezes nos <strong>de</strong>zanos seguintes, <strong>de</strong>stinada, em 50%, a usos militares.Mokyr (1990), cita<strong>do</strong> por Caltells (2003), faz umacomparação histórica. “O preço <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> <strong>de</strong> algodão caiu85% em 70 anos na Inglaterra, durante a RevoluçãoIndustrial. Com a progressão da produção, o uso <strong>de</strong> novastécnicas e tecnologia, o preço <strong>do</strong>s chips caiu <strong>de</strong> U$ 50em 1962 para U$ 1 em 1971”.13Tecnologia da Informação e Comunicação


14Tecnologia da Informação e ComunicaçãoUm <strong>do</strong>s maiores acontecimentos da história dacomputação foi a criação <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res ENIAC eUNIVAC1, cria<strong>do</strong>s nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América porequipes <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res das áreas acadêmica, militar eindústria privada. O UNIVAC1 alcançou sucesso noprocessamento <strong>do</strong> censo norte-americano <strong>de</strong> 1950.Equipamentos rudimentares, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões – oENIAC, quan<strong>do</strong> aciona<strong>do</strong> pela primeira vez, chegou aprovocar oscilação <strong>de</strong> energia elétrica em toda Filadélfia -se provocavam um consumo muito alto <strong>de</strong> energia elétrica,em relação aos atuais, esses equipamentos,pre<strong>de</strong>cessores <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res atuais e <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas máquinas, provocaram umacorrida a este segmento <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> por gran<strong>de</strong>sempresas, fomentan<strong>do</strong> o surgimento <strong>de</strong> diversas outras,muitas <strong>de</strong>las nascidas em garagens, principalmente naregião <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Silício.O surgimento <strong>do</strong> microprocessa<strong>do</strong>r em 1971 revolucionoua revolução, que conforme Castells, “pôs o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong>pernas para o ar”. Em 1975, Ed Roberts, um engenheiroque criara uma pequena fábrica <strong>de</strong> calcula<strong>do</strong>ras, construiuuma “caixa <strong>de</strong> computação” com o nome <strong>de</strong> Altair,personagem da série Jornada nas Estrelas, admirada porsua filha. O Altair inspirou o <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> Apple I e,posteriormente <strong>do</strong> Apple II, que foi o primeiromicrocomputa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> sucesso comercial. Os equipamentosApple foram i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>s por Steve Wozniak e Steve Jobs,os quais, após aban<strong>do</strong>narem os estu<strong>do</strong>s regulares,<strong>de</strong>dicaram-se às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tecnologia utilizan<strong>do</strong> asgaragens <strong>de</strong> seus pais, em Manlo Park, Vale <strong>do</strong> Silício.Lançada em 1976, com três sócios e um capital <strong>de</strong> U$ 91mil, a Apple Computers alcançou em 1982 a marca <strong>de</strong> U$583 milhões em vendas, inauguran<strong>do</strong> a era da difusão <strong>do</strong>computa<strong>do</strong>r. Em 1981, a IBM inicia suas operações nomerca<strong>do</strong> com a sua versão <strong>de</strong> microcomputa<strong>do</strong>r, batiza<strong>do</strong>


pelo nome <strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>r Pessoal (Personal Computer)conheci<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> afora por PC.Na segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1970, <strong>do</strong>is jovens<strong>de</strong>sistentes <strong>de</strong> Harvard e inspira<strong>do</strong>s pela revolução datecnologia da informação adaptaram o sistema Basic paraoperar a máquina Altair. Em 1976, Bill Gates e Paul Allenfundavam a Microsoft em Albuquerque; <strong>de</strong>pois rumarampara Seattle.15Como espera<strong>do</strong>, a versatilida<strong>de</strong> em possibilitar o aumentocrescente na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong>ssesequipamentos, manten<strong>do</strong> os custos, além das novastecnologias para funcionamento das máquinas em re<strong>de</strong>,acabou modifican<strong>do</strong> também processos <strong>de</strong> interação sociale organizacional. Para se ter idéia, o custo <strong>de</strong>processamento <strong>de</strong> informações caiu <strong>de</strong> U$ 75,00 por cadamilhão <strong>de</strong> operações em 1960, para cerca <strong>de</strong> um centésimo<strong>de</strong> centavo <strong>de</strong> dólar em 1990.Em 1991, o Finlandês Linus Torvald cria o sistemaoperacional Linux, programa em que o código fonte é aberto,permitin<strong>do</strong> a qualquer programa<strong>do</strong>r modificar o software.Em 1999, já ten<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> por inúmeros testes emodificações, o Linux atinge cerca <strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong>usuários.Novas maneiras <strong>de</strong> pensar e conviver estão sen<strong>do</strong>elaboradas no mun<strong>do</strong> das telecomunicações e dainformática. As relações entre os homens, otrabalho, a própria inteligência <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, naverda<strong>de</strong>, da metamorfose incessante <strong>de</strong> dispositivosinformacionais <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tipos (Levy, 1993, p.7).Tecnologia da Informação e Comunicação


Esta citação, extraída <strong>de</strong> uma das obras <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong>autor, Pierre Levy, sempre será atual. Acrescentamos que,no momento em que Levy a escreveu, a internet, re<strong>de</strong>mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res ou gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>, não havia aindase transforma<strong>do</strong> no que é hoje, na mais fantásticaferramenta <strong>de</strong> comunicação já <strong>de</strong>senvolvida.16Tecnologia da Informação e ComunicaçãoA criação e o <strong>de</strong>senvolvimento da internet <strong>de</strong>u-sebasicamente nas três últimas décadas <strong>do</strong> século XX, e foiconseqüência direta da fusão da área militar, da gran<strong>de</strong>cooperação científica, da iniciativa tecnológica e dainovação contracultural.A internet teve origem nos trabalhos da Agência <strong>de</strong> Projetos<strong>de</strong> Pesquisa Avançada (ARPA), <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong>Defesa <strong>do</strong>s EUA. Em primeiro <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1969, entrouem funcionamento a primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res, aARPANET, com quatro nós, em Los Angeles, Califórnia,no Stanford Research Institute, na Universida<strong>de</strong> daCalifórnia em <strong>Santa</strong> Bárbara e na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Utha.Além <strong>do</strong>s militares, a re<strong>de</strong> era utilizada pelos centros <strong>de</strong>pesquisas que colaboravam com o Departamento <strong>de</strong>Defesa. Contu<strong>do</strong>, os cientistas começavam a usar a re<strong>de</strong>como meio <strong>de</strong> comunicação. A re<strong>de</strong> ganhou novos nós emuitos a<strong>de</strong>ptos, chegan<strong>do</strong> no ponto <strong>de</strong> não haver maisuma separação entre uso para fins militares, científicosou para conversas pessoais.O <strong>de</strong>senvolvimento da internet tem relação direta com oaprimoramento da tecnologia <strong>de</strong> transmissão. Na década<strong>de</strong> 1970, usavam-se conexões com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 56.000bits (56K) por segun<strong>do</strong>; em 1987, as transmissõeschegavam a 1,5 milhão <strong>de</strong> bits por segun<strong>do</strong>. Em 1992, are<strong>de</strong> já operava com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 45 milhões <strong>de</strong> bits porsegun<strong>do</strong>. Em 1995, a tecnologia <strong>de</strong> transmissão emgigabytes ainda estava em estágio experimental, mas já


se sabia que sua capacida<strong>de</strong> equivaleria à transmissão<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma biblioteca <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte em umminuto.O Mo<strong>de</strong>m para PC, uma ferramenta importante natransmissão <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, foi inventa<strong>do</strong> em 1978 por <strong>do</strong>isestudantes <strong>de</strong> Chicago, Ward Christensen e Randy Suess,que tentavam <strong>de</strong>scobrir uma forma <strong>de</strong> transferir programasentre microcomputa<strong>do</strong>res via telefone. Tanto o mo<strong>de</strong>mcomo outros aplicativos foram cria<strong>do</strong>s por indivíduospertencentes ao movimento intitula<strong>do</strong> “the hackers”, poron<strong>de</strong> muitos <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s executivos <strong>de</strong> hoje passaram.Esse movimento <strong>de</strong> contracultura nada tinha em comumcom os novos hakers.Certamente, muitas aplicações criadas durante o processoda revolução da tecnologia da informação tiveram suaimportância e aplicação, mas vale ressaltar que a maisespetacular foi sua utilização pela internet. Ray Tomlinson,que trabalhava na empresa <strong>de</strong> Robert Khan, a BBN, criouo sistema <strong>de</strong> correio eletrônico - o e-mail - sistema <strong>de</strong>comunicação mais dinâmico e utiliza<strong>do</strong> no ambiente dagran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>. Em 1979, o protocolo X-mo<strong>de</strong>m permitiu atransferência <strong>de</strong> arquivos entre computa<strong>do</strong>res. O diferencialé que a partir <strong>de</strong>sse momento não havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>um sistema principal para esse tipo <strong>de</strong> operação. O X-mo<strong>de</strong>m fora distribuí<strong>do</strong> gratuitamente, pois o objetivo erao <strong>de</strong> capilarizar ao máximo essa tecnologia <strong>de</strong>comunicação.17Tecnologia da Informação e ComunicaçãoAté 1980 ainda não se havia populariza<strong>do</strong> a Internet, nemse utilizava para comercializar. Quem possuía um PC,Mo<strong>de</strong>m, linha telefônica e conhecimento, passava a ternotorieda<strong>de</strong>, pois <strong>de</strong> uma forma ou outra, era membro <strong>de</strong>comunida<strong>de</strong>s virtuais. A partir <strong>de</strong> 1990, o merca<strong>do</strong> priva<strong>do</strong>e o consumo <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssa revolução


começaram a criar novos <strong>de</strong>safios. O principal seriaconstruir novos aplicativos capazes <strong>de</strong> serem facilmenteutiliza<strong>do</strong>s por pessoas que não <strong>de</strong>tinham conhecimentona área <strong>de</strong> informática.18Tecnologia da Informação e ComunicaçãoA Criação da World Wi<strong>de</strong> Web (www), a teia mundial <strong>de</strong>computa<strong>do</strong>res, <strong>do</strong> hipertex markup language (HTML –linguagem <strong>de</strong> programação das páginas na Web), alia<strong>do</strong>sao hipertext transfer protocol (HTTP) e ao uniform resourselocator (URL – en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> um site), facilitaram a interfacegeral da internet, suscitan<strong>do</strong> novas aplicações e abrin<strong>do</strong><strong>de</strong>finitivamente um promissor merca<strong>do</strong> comercial paraprodutos <strong>de</strong> uso na gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>.Em 1991, na universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minessota (EUA), uma equipeli<strong>de</strong>rada por Mark Mcahill lança o Gopher, um softwareque permitia navegar nas páginas da internet, tambémchama<strong>do</strong> <strong>de</strong> browser. Isto possibilitou que os usuáriospu<strong>de</strong>ssem visitar os sites da Web, ou, como diz a gíria,“surfar”, “navegar” na re<strong>de</strong>.Logo após este fato, surgiram outros softwares com estafunção, como o Netscape, da empresa NetscapeCommunications Corporation, primeira empresa a ven<strong>de</strong>rum software <strong>de</strong> navegação na internet, o Internet Explorerda Microsoft e muitos outros.Também em 1994 é cria<strong>do</strong> o Yahoo, o programa <strong>de</strong> buscamais popular da década <strong>de</strong> 1990. Jerry Yang e David Filo,da universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Stanford, foram os responsáveis pelacriação, que mantinha em seus arquivos mais <strong>de</strong> 200 milsites na Web, organiza<strong>do</strong> sob mais <strong>de</strong> 20 mil categorias eacessa<strong>do</strong> por cerca <strong>de</strong> 800 mil pessoas diariamente.


Em 1995, a Sun Microsystems lança a linguagem Java,que permite a criação <strong>de</strong> animações e programas menorespara a internet.Também em 1995, o Brasil inaugura os primeirosprove<strong>do</strong>res comerciais <strong>de</strong> acesso à internet nas principaiscida<strong>de</strong>s brasileiras.Por fim, em 1997 o estudante universitário Justin Fraenkelcria o Winamp, programa que permite a reprodução <strong>de</strong>arquivos musicais em formato MP3, com boa qualida<strong>de</strong>sonora. Esta criação facilitou a crescimento <strong>de</strong> ummerca<strong>do</strong> musical na internet, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das gran<strong>de</strong>sgrava<strong>do</strong>ras.Muitas aplicações foram e estão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas parauso na re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res. Linguagens <strong>de</strong>programação, navega<strong>do</strong>res, sítios <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m, vendas,consumo, enfim, a internet se revelou num gran<strong>de</strong> negócio,mas nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser <strong>do</strong>s mais eficientes canais <strong>de</strong>comunicação já inventa<strong>do</strong>s. Possivelmente há muito paraexplorar; novas formas <strong>de</strong> conexão, produtos, linguagens,o advento <strong>do</strong>s softwares livres, alia<strong>do</strong>s a áreas cujo<strong>de</strong>senvolvimento guarda direto relacionamento com arevolução da tecnologia da informação.Apesar <strong>de</strong> muito se ter produzi<strong>do</strong> em garagens norteamericanase <strong>de</strong> conversas <strong>de</strong> bar terem contribuí<strong>do</strong> paraa própria formação <strong>de</strong> equipes científicas e <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> produtos tecnológicos, certamente o diferencial ficoupor conta <strong>de</strong> uma agressiva política <strong>de</strong> investimentos empesquisa e, em especial, em <strong>de</strong>senvolvimento na área <strong>de</strong>tecnologia <strong>de</strong> informação, mas também <strong>de</strong> apoio àformação <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> científica sólida, ou seja,19Tecnologia da Informação e Comunicação


<strong>de</strong> amplo apoio a investimentos em áreas sociais, como aeducação.... o conhecimento forma a base da nova economia,logo, aqueles que <strong>de</strong>têm o conhecimento po<strong>de</strong>riamser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s aptos a assumir o po<strong>de</strong>r...” (Tofler,1994).20Tecnologia da Informação e ComunicaçãoPara Aranha (1992), cita<strong>do</strong> por Gasparetto (2006),“o Conhecimento é o ato, o processo pelo qual osujeito se coloca no mun<strong>do</strong> e, com ele, estabeleceuma ligação. A relação <strong>de</strong> conhecimento implicauma transformação tanto <strong>do</strong> sujeito quanto <strong>do</strong>objeto. O verda<strong>de</strong>iro conhecimento se dá <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>processo dialético <strong>de</strong> ida e vinda <strong>do</strong> concreto parao abstrato, processo esse que jamais tem fim eque vai revelan<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> humano na sua riquezae diversida<strong>de</strong>.1.2 Realida<strong>de</strong> da Tecnologia AtualFalar <strong>de</strong> tecnologia é algo extremamente difícil. Tentarrelatar as tecnologias atuais o é ainda mais, pois avelocida<strong>de</strong> com que surgem estas novida<strong>de</strong>s tecnológicasé cada vez maior.Para evitar sermos visionários ou retrógra<strong>do</strong>s em relaçãoàs que estão em uso atualmente (maio /2006), iremos citaralgumas tecnologias que já fazem parte da gran<strong>de</strong> maioria<strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> Internet. São elas:• Internet Banda-larga• Chat / ICQ / IRC


• Blog• Flog – Fotolog• Msn e outros serviços <strong>de</strong> mensagensinstantâneas• Orkut• VoIP211.2.1 Internet Banda-LargaBanda-larga é o nome usa<strong>do</strong> para <strong>de</strong>finir qualquer conexãoacima da velocida<strong>de</strong> padrão <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>ms analógicos (56Kbps). Usan<strong>do</strong> linhas analógicas convencionais, avelocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> conexão é <strong>de</strong> 56 Kbps. Para obtervelocida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong>sta, tem-se obrigatoriamente <strong>de</strong> optarpor uma outra maneira <strong>de</strong> conexão <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r com oprove<strong>do</strong>r. Atualmente existem inúmeras soluções nomerca<strong>do</strong>.ISDN/DSL - Utilizam as re<strong>de</strong>s convencionais <strong>de</strong> telefoniapara transmitir da<strong>do</strong>s em velocida<strong>de</strong>s que variam <strong>de</strong> 128Kbp/s (ISDN) até 8 Mbp/s (DSL). É bastante difundi<strong>do</strong> noBrasil através das gran<strong>de</strong>s empresas <strong>de</strong> telefonia, comoTelemar (com o Velox), Telefônica e Brasil Telecom. Parauma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> telefonia transmitir da<strong>do</strong>s através <strong>de</strong>stastecnologias, ela precisa ser 100% digital e, além <strong>do</strong> quedispõem as companhias <strong>de</strong> telefone, adaptar umaaparelhagem que viabilize a conexão. Requer <strong>do</strong> usuárioum mo<strong>de</strong>m apropria<strong>do</strong>. É possível ampliar esta tecnologia<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as re<strong>de</strong>s sejam substituídas por cabo <strong>de</strong> fibraóptica.Tecnologia da Informação e Comunicação


22Tecnologia da Informação e ComunicaçãoCABO/CATV - Esta tecnologia utiliza as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transmissão <strong>de</strong> TV por cabo convencionais para transmitirda<strong>do</strong>s em velocida<strong>de</strong>s que variam <strong>de</strong> 256 Kbp/s a 8 Mbp/s. - Utiliza uma topologia <strong>de</strong> re<strong>de</strong> partilhada, na qual to<strong>do</strong>sos utiliza<strong>do</strong>res partilham a mesma largura <strong>de</strong> banda. NoBrasil, as duas maiores companhias <strong>de</strong> TV a cabo, NET eTVA, disponibilizam o serviço. Requer-se <strong>do</strong> usuário ummo<strong>de</strong>m apropria<strong>do</strong>.WIRELESS/RÁDIO - Utiliza ondas <strong>de</strong> r-frequência paratransmitir os da<strong>do</strong>s. Há duas tecnologias em uso no Brasil,sen<strong>do</strong> bastante comum confundi-las.Rádio MMDS WAN - tecnologia que está se espalhan<strong>do</strong>pelo interior <strong>do</strong> Brasil, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao baixo custo <strong>de</strong> manutençãoe boas taxas <strong>de</strong> preço e velocida<strong>de</strong>, consiste em distribuiro sinal da Internet capta<strong>do</strong> por uma linha T1, utilizan<strong>do</strong>antenas e distribuin<strong>do</strong>-o através <strong>de</strong> ‘rotea<strong>do</strong>res’ espalha<strong>do</strong>spela cida<strong>de</strong>, forman<strong>do</strong> uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários. Oprove<strong>do</strong>r se encarrega <strong>de</strong> levar à casa <strong>do</strong> usuário ou àempresa apenas um cabo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> liga<strong>do</strong> em servi<strong>do</strong>r, epor sua vez conecta<strong>do</strong> a um equipamento <strong>de</strong> rádioespecífico (MMDS). Exige-se <strong>do</strong> usuário apenas umasimples placa Ethernet. É muito comum haver grupos <strong>de</strong>assinantes – con<strong>do</strong>mínios, por exemplo – que juntos,custeiam e divi<strong>de</strong>m o custo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o equipamentonecessário para levar o sinal até suas residências, tornan<strong>do</strong>o preço individual ainda mais baixo. A velocida<strong>de</strong>correspon<strong>de</strong> à contratada pelo prove<strong>do</strong>r junto à Embratele é dividida entre os assinantes através <strong>de</strong> controla<strong>do</strong>resbasea<strong>do</strong>s em software.Wireless WiFi – Esta promissora tecnologia - tambémchamada <strong>de</strong> Wi-Fi - consiste em jogar um sinal <strong>de</strong> re<strong>de</strong>numa <strong>de</strong>terminada área para que assinantes com mo<strong>de</strong>msa<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s em seus computa<strong>do</strong>res captem o sinal e


acessem a Internet sem usar um fio sequer. Atualmente,to<strong>do</strong>s os laptops fabrica<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> 2003 já vêmprepara<strong>do</strong>s para este tipo <strong>de</strong> acesso. Os pontos quedisponibilizam o sinal são chama<strong>do</strong>s Hotspots - há cerca<strong>de</strong> 200 <strong>de</strong>les no Brasil, alguns públicos (cafés, aeroportos)e outros priva<strong>do</strong>s. A velocida<strong>de</strong> varia <strong>de</strong> 256 Kbp/s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>chegar até a 10 Mbp/s. Pela simplicida<strong>de</strong> e praticida<strong>de</strong>,há quem diga que essa tecnologia irá substituir todas asoutras no futuro.23VHF - Há pesquisas na Austrália que utilizam atecnologia UHF para transmitir os da<strong>do</strong>s.1.2.2 ChatSegun<strong>do</strong> Wikipédia, Chat, que em português significa“conversação”, é um neologismo para <strong>de</strong>signar aplicações<strong>de</strong> conversação em tempo real. Esta <strong>de</strong>finição incluiprogramas <strong>de</strong> IRC, conversação em sites da web (webchat)ou comunica<strong>do</strong>r instantâneo.Os canais <strong>de</strong> Chat, também chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> salas, sãodividi<strong>do</strong>s geralmente <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o assunto envolvi<strong>do</strong>.Não é necessário nenhum software especial, apenas omesmo navega<strong>do</strong>r (browser) usa<strong>do</strong> para “surfar”.Antes <strong>de</strong> entrar na sala, a pessoa tem <strong>de</strong> escolher umapeli<strong>do</strong> (nickname), que é usa<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificá-la noconjunto <strong>de</strong> pessoas da sala.Tecnologia da Informação e ComunicaçãoIRC - O IRC (Internet Relay Chat) é um serviço <strong>de</strong> “batepapo”disponível na Internet. Diferentemente <strong>do</strong> “chat” (vejaitem anterior), é necessário um programa especial paraconversar. O mais famoso <strong>de</strong>les é o MIRC. Este programa


torna possível ao usuário conectar-se a um servi<strong>do</strong>r <strong>de</strong>IRC pela Internet. Depois <strong>de</strong> conecta<strong>do</strong>, o usuário escolheem qual canal <strong>de</strong>seja entrar. Neste canal, ele po<strong>de</strong>conversar com várias pessoas ao mesmo tempo .24Tecnologia da Informação e ComunicaçãoComunica<strong>do</strong>r Instantâneo - É uma aplicação que permitea comunicação instantânea entre duas ou mais pessoasatravés <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> como a Internet.Um <strong>do</strong>s pioneiros neste tipo <strong>de</strong> aplicação foi o ICQ,software que rapidamente alcançou o sucesso em to<strong>do</strong> omun<strong>do</strong> e abriu caminho para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversosoutros protocolos e aplicações por parte <strong>de</strong> outrascompanhias. Um mensageiro instantâneo está sempreassocia<strong>do</strong> a um serviço <strong>de</strong> mensagens instantâneas. Esteserviço difere <strong>do</strong> e-mail na medida em que as conversaçõesocorrem em tempo real. Ainda, a maioria <strong>do</strong>s serviçossubenten<strong>de</strong> um “esta<strong>do</strong>” entre os intervenientes, como,por exemplo, um contacto estar ou não utilizan<strong>do</strong>ativamente o computa<strong>do</strong>r (on-line). Geralmente ambaspartes da conversação vêem cada linha <strong>de</strong> textoimediatamente sen<strong>do</strong> escrita (linha-a-linha), aproximan<strong>do</strong>mais este serviço <strong>do</strong> serviço telefônico, em vez <strong>do</strong> serviçopostal. Estas aplicações geralmente permitem tambémafixar uma mensagem <strong>de</strong> ausência (away), equivalente àmensagem <strong>de</strong> um aten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> chamadas telefônicas.Normalmente estes programas incorporam diversos outrosrecursos, como envio <strong>de</strong> figuras ou imagens animadas,conversação em áudio, utilizan<strong>do</strong> as caixas <strong>de</strong> som emicrofone <strong>do</strong> sistema -, além <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o-conferência, através<strong>de</strong> uma webcam.O monitoramento por terceiros <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong>mensagens instantâneas não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>seguro, a menos que se utilizem programas especiais que


codifiquem (utilizan<strong>do</strong> méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Criptografia) os da<strong>do</strong>stransmiti<strong>do</strong>s entre o transmissor e o receptor (e vice-versa).1.2.3 BlogConheci<strong>do</strong> como weblog ou blog, é um registro publica<strong>do</strong>na Internet relativo a algum assunto organiza<strong>do</strong>cronologicamente (como um histórico ou diário).25O weblog conta com algumas ferramentas para classificarinformações técnicas a seu respeito. Todas elas sãodisponibilizadas na Internet por servi<strong>do</strong>res e/ou usuárioscomuns. As ferramentas abrangem: registro <strong>de</strong>informações relativas a um site ou <strong>do</strong>mínio da Internetquanto ao número <strong>de</strong> acessos; páginas visitadas; tempogasto; site ou página <strong>de</strong> on<strong>de</strong> proce<strong>de</strong> o visitante; <strong>de</strong>stino<strong>do</strong> site ou da página atual, e uma série <strong>de</strong> outrasinformações.Os serviços mundialmente mais conheci<strong>do</strong>s são o Bloggere o WordPress. No Brasil, são o Blogs.com.br, Blig,Blogger e o Weblogger, UOL Blog. A Deutsche Wellepremia a cada ano os melhores weblogs internacionaisem onze categorias, no evento The Bobs - Best of Blogs.Os sistemas <strong>de</strong> criação e edição <strong>de</strong> blogs são muitoatrativos pelas facilida<strong>de</strong>s que oferecem, pois dispensamo conhecimento <strong>de</strong> HTML, o que atrai pessoas a criá-los,<strong>de</strong> preferência a criar páginas ou sítios pessoais. Por issoos blogs educativos são um gran<strong>de</strong> atrativo na educaçãocomo ferramenta educacional, utilizada para o registro <strong>de</strong>idéias <strong>de</strong> professores e alunos.Tecnologia da Informação e Comunicação


Alguns sites têm inova<strong>do</strong>, usan<strong>do</strong> o blog como um tipo <strong>de</strong>mídia, no qual jornalistas colocam notícias e comentáriosda sua área (política, esportes, televisão, etc.).Muitos sites oferecem o serviço <strong>de</strong> blogs gratuitos.26Tecnologia da Informação e ComunicaçãoSite URL DescriçãoBlogger blogger.com Internacional. Está disponível emportuguês. Tem RSS. Só permiteupload <strong>de</strong> arquivos .jpgBlogs blogs.com.br Brasileiro.Blogger Brasil blogger.com.br Brasileiro. Limite <strong>de</strong> 10MB parahospedagem <strong>de</strong> arquivos.UOL Blog blog.uol.com.br Brasileiro, <strong>do</strong> portal UOL.A versão gratuita tem 6MB <strong>de</strong> espaço.Weblogger weblogger.com.br Brasileiro, <strong>do</strong> portal Terra1.2.4 Flog/FotologUm Flog (fotolog ou fotoblog) é um registro publica<strong>do</strong> naInternet com fotos colocadas em or<strong>de</strong>m cronológica, ouapenas inseridas pelo autor sem or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong> forma parecidacom um Blog.A palavra é uma abreviação <strong>de</strong> fotolog, que, por sua vez,surge da justaposição <strong>de</strong> “foto” e “log” (<strong>do</strong> inglês, diário).O Flog conta com algumas ferramentas para classificarinformações técnicas a seu respeito. Todas elas sãodisponibilizadas na Internet por servi<strong>do</strong>res exclusivos e/ouusuários comuns.


Os sistemas <strong>de</strong> criação e edição <strong>de</strong> flogs, pelas facilida<strong>de</strong>sque eles têm, são muito atrativos, pois não é preciso terconhecimento <strong>de</strong> HTML, o que atrai pessoas a criá-los,ao invés <strong>de</strong> seus sites pessoais.Num flog, o principal objetivo é compartilhar imagens <strong>de</strong>maneira interativa, já que as pessoas que visitam o sitegeralmente po<strong>de</strong>m fazer comentários, sugestões oucríticas.27Para alguns, os flogs constituem apenas uma ferramentapara mostrar fotos aos amigos e família, enquanto outraspessoas o utilizam com um caráter mais profissional, comproduções técnicas mais elaboradas. O tom varia <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>com o autor, exatamente como um blog.Flogs gratuitos:• eliteFotolog.net - mistura <strong>de</strong> Orkut e Fotolog;Fotos e comentários ilimita<strong>do</strong>s• VibeFlog - Templates chocantes, planos <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>,música• Flickr - <strong>do</strong> Yahoo!• Flogão -3 fotos por dia• FlogVip - Fotos e comentários ilimita<strong>do</strong>sTecnologia da Informação e Comunicação• Folox.net -5 fotos/dia, 50 comentários/foto -Português• Fotolog.com - 1 foto por dia - Inglês• GigaFoto - 10 fotos por dia• opFotologs - Fotologs ranking


1.2.5 MSN e outros serviços <strong>de</strong> mensagensinstantâneas28Tecnologia da Informação e ComunicaçãoMSN Messenger, ou apenas MSN, é um programa damensagens instantâneas cria<strong>do</strong> pela Microsoft Corporation.O programa permite que um usuário da Internet conversecom outro que tenha o mesmo programa em tempo real,po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ter uma lista <strong>de</strong> amigos “virtuais” e acompanharquan<strong>do</strong> eles entram e saem da re<strong>de</strong>.O pioneiro nesse tipo <strong>de</strong> aplicação foi o ICQ, que em 1997revolucionou o conceito <strong>de</strong> bate-papo online. Porém, nosÚltimos anos o MSN tem conquista<strong>do</strong> cada vez maisa<strong>de</strong>ptos, por ser integra<strong>do</strong> ao serviço <strong>de</strong> e-mail Hotmail epor ter uma intensa publicida<strong>de</strong> junto ao público jovem.Também tem como concorrente o Yahoo! Messenger, outroserviço igualmente integra<strong>do</strong> ao e-mail.Devi<strong>do</strong> ao fato <strong>de</strong> o MSN Messenger já vir instala<strong>do</strong> com osistema Win<strong>do</strong>ws, este ganhou popularida<strong>de</strong> e conseguiufazer com que os antigos usuários <strong>do</strong> ICQ migrassem como tempo.Existem outros software (clientes) que têm esta mesmafunção, como os lista<strong>do</strong>s abaixo:• Adium, para Mac OS X• aMSN• gaim• Google Talk


• ICQ• Kopete• Miranda (Link Externo)• MSN Messenger• Trillian1.2.6 OrkutO Orkut é uma re<strong>de</strong> social filiada ao Google, criada em 22<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2004, com o objetivo <strong>de</strong> ajudar seus membrosa criar novas amiza<strong>de</strong>s e manter relacionamentos. Seunome é origina<strong>do</strong> no projetista chefe, Orkut Büyükkokten,engenheiro turco <strong>do</strong> Google. Tais sistemas, como essea<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelo projetista, também são chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> re<strong>de</strong>social.O sistemaCada pessoa no Orkut tem 3 perfis numa mesma conta:• Social: O perfil social tem características comoida<strong>de</strong>, gostos, livros que lê e outras coisas.• Profissional: Mostra a profissão da pessoa,informações sobre seus estu<strong>do</strong>s, lugar on<strong>de</strong>estu<strong>do</strong>u.29Tecnologia da Informação e Comunicação• Pessoal: Mais para atrair possíveis namoros. Teminformações físicas e sobre o tipo <strong>de</strong> pessoa comquem ela gostaria <strong>de</strong> namorar/casar.


Cada usuário tem um grupo <strong>de</strong> amigos, ten<strong>do</strong> no máximo1.000 pessoas. O usuário as classifica como quiser, <strong>de</strong><strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> para melhor amigo. Cada amigo tem outroamigo, e <strong>de</strong>sse jeito cada usuário <strong>do</strong> Orkut é liga<strong>do</strong> <strong>de</strong>algum mo<strong>do</strong> com todas as pessoas. E cada usuário po<strong>de</strong>colocar em sua conta até 12 imagens pessoais.30Tecnologia da Informação e ComunicaçãoAs pessoas criam comunida<strong>de</strong>s, fóruns que juntampessoas <strong>de</strong> gostos pareci<strong>do</strong>s. Se a pessoa gosta <strong>de</strong>futebol, ela entra em uma comunida<strong>de</strong> com o nome Euamo futebol. Outras pessoas entram nela, e elas discutemsobre esse assunto em especial, não obrigatória eespecificamente sobre esse assunto. A pessoa queingressa na comunida<strong>de</strong> tem duas áreas em que po<strong>de</strong>entrar: o fórum e os eventos.Os eventos são fixos, e mostram normalmente algumacontecimento. Não po<strong>de</strong> ser respondi<strong>do</strong>. O fórum funcionapor meio <strong>de</strong> tópicos. Uma pessoa cria um tópico, com umtítulo e um texto. Outra pessoa (po<strong>de</strong> ser a mesma) po<strong>de</strong>entrar no tópico e <strong>de</strong>ixar uma mensagem. Po<strong>de</strong> manterconversas no Orkut, mas não instantâneas; às vezes po<strong>de</strong><strong>de</strong>morar até alguém conseguir ler sua mensagem.Também existe a seção Mídia, na qual são postadasredações sobre temas diversos. Elas são enviadas paraum órgão que escolhe as melhores e as põe. Na maioria,esses textos estão no inglês.Teoria <strong>do</strong>s seis graus <strong>de</strong> separaçãoA teoria <strong>do</strong>s seis graus <strong>de</strong> separação diz que todas aspessoas no mun<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m ser conectadas a qualquer outrapor uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> no máximo cinco intermediários. Alguns


estudiosos <strong>do</strong> fenômeno dizem que o orkut serve apenaspara isso: provar que essa teoria é verda<strong>de</strong>ira.Alguns da<strong>do</strong>s estatísticos 3• O sistema possui atualmente mais <strong>de</strong> 15 milhões(>16.400.000) <strong>de</strong> usuários cadastra<strong>do</strong>s.• O Brasil é o país com o maior número <strong>de</strong>membros, superan<strong>do</strong> inclusive os EUA.Aproximadamente 71,72% <strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong>sistema, cerca <strong>de</strong> 12 milhões <strong>de</strong> usuários, sãobrasileiros. Na verda<strong>de</strong>, este número nãoapresenta muita exatidão, já que muitos membroscriam mais <strong>de</strong> um perfil por usuário, ou <strong>de</strong>claramresidir em outros países, graças a um hoax queprega que se você <strong>de</strong>clara ser <strong>de</strong> um outro paísque não o Brasil o sistema ficaria mais rápi<strong>do</strong> eerros e bug iriam diminuir. Comprovou-se que istoé mentira, pois a alocação <strong>de</strong> banda é feita poren<strong>de</strong>reço IP, e a lentidão no sistema se <strong>de</strong>via aofato <strong>de</strong> acontecer apenas em horários <strong>de</strong> pico).• EUA é o segun<strong>do</strong> país com o maior número <strong>de</strong>membros, possuin<strong>do</strong> uma fatia <strong>de</strong>aproximadamente 11,42%, o que equivale a cerca<strong>de</strong> 1.700.000 usuários. Nos EUA, o esta<strong>do</strong> quemais participa é a Califórnia (com cerca <strong>de</strong>21,92%), segui<strong>do</strong> por Nova Iorque (com 9,35%) eFlórida (com 8,11%).31Tecnologia da Informação e Comunicação3Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2006.


32• As pessoas mais jovens têm mais interesse noOrkut. Aproximadamente 57,67% são pessoas quetêm <strong>de</strong> 18 a 25 anos. Porém, esse número não éreal, pois pessoas menores <strong>de</strong> 18 anos tambémparticipam da re<strong>de</strong>, colocan<strong>do</strong> ida<strong>de</strong>s incorretas,ou mesmo nem pon<strong>do</strong> a data <strong>do</strong> nascimento. Aspessoas <strong>de</strong> 26 a 30 anos ocupam o segun<strong>do</strong> lugarem participação por ida<strong>de</strong>, com 14,53% (estenúmero apresenta maior exatidão).Tecnologia da Informação e Comunicação1.2.7 VoIp• Os interesses para se cadastrar na re<strong>de</strong> sãoinúmeras: 82,02% <strong>do</strong>s participantes querem fazernovos e encontrar os velhos amigos; em segun<strong>do</strong>lugar, estão aqueles que procuram parceiros <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s, com 27,50%.• Em média, a cada 35 dias 1 milhão <strong>de</strong> novosusuários ingressa no Orkut por meio <strong>de</strong> convites.VoIP (Voice over IP) é a tecnologia que torna possívelestabelecer conversações telefônicas em uma Re<strong>de</strong> IP(incluin<strong>do</strong> a Internet), tornan<strong>do</strong> a transmissão <strong>de</strong> voz maisum <strong>do</strong>s serviços suporta<strong>do</strong>s pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. Acomunicação telefônica através <strong>de</strong> VoIP apresenta gran<strong>de</strong>svantagens sobre a telefonia convencional. A principal <strong>de</strong>lastem si<strong>do</strong> a redução <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas que proporciona, vistoque a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s (e conseqüentemente a VoIP) nãoestá sujeita à mesma tarifação das ligações telefônicasconvencionais, que é calculada em função <strong>de</strong> distânciasgeodésicas e horários <strong>de</strong> utilização estabeleci<strong>do</strong>s pelasopera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> telefonia. Outra gran<strong>de</strong> vantagem da VoIPem relação à telefonia convencional é que esta última está


aseada em comutação <strong>de</strong> circuitos, que po<strong>de</strong>m ou nãoestar sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s, enquanto a VoIP utiliza comutaçãopor pacotes, o que a torna mais “inteligente” noaproveitamento <strong>do</strong>s recursos existentes (circuitos físicose largura <strong>de</strong> banda). Esta característica (comutação porpacotes) também traz outra vantagem à VoIP, que é acapacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s pacotes <strong>de</strong> voz “buscarem” o melhorcaminho entre <strong>do</strong>is pontos, ten<strong>do</strong> sempre mais <strong>de</strong> umcaminho, ou rota, disponível e, portanto, com maioresopções <strong>de</strong> contingência (característica intrínseca das re<strong>de</strong>sIP).VoIP é tratada em algumas ocasiões como sen<strong>do</strong> o mesmoque Telefonia IP, embora suas <strong>de</strong>finições sejam totalmentedistintas. VoIP é a tecnologia ou técnica <strong>de</strong> se transformara voz no mo<strong>do</strong> convencional em pacotes IP para sertransmitida por uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, enquanto a TelefoniaIP, que utiliza VoIP, traz consigo um conceito <strong>de</strong> serviçosagrega<strong>do</strong>s muito mais amplo, já que carrega outrasaplicações que não somente VoIP.1.3 Tendências TecnológicasNo livro - Perspectivas da Tecnologia da Informação, Ed.(2005) Senac - diz-se que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> computação cresce,o tamanho e o preço <strong>do</strong>s equipamentos diminuem e acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação aumenta. É provável que estastendências tenham efeitos amplamente difundi<strong>do</strong>s:33Tecnologia da Informação e ComunicaçãoOs equipamentos são cada vez mais <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>computação e <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação;Dispositivos e capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computação e comunicaçãomais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s permitem a criação <strong>de</strong> novas funções;


O número <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação aumenta. As pessoasse comunicam cada vez mais entre si e com as aplicaçõese, cada vez mais, as aplicações comunicam-sediretamente, novos tipos <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação estãosen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.34Tecnologia da Informação e ComunicaçãoEstas tendências manifestam-se conforme diferentescombinações em muitas tecnologias novas. No livro sãocitadas cinco inovações que afetam a economia e asocieda<strong>de</strong>: computação ubíqua, código aberto, Ipv6,tecnologia wireless (comunicação sem fio) e interação peerto-peer(ponto a ponto).1.3.1 Equipamentos <strong>de</strong> baixo custoPara viabilizar o processo <strong>de</strong> inclusão digital no Brasil, eprincipalmente em comunida<strong>de</strong>s rurais, torna-senecessário a produção <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> baixo custoque atendam o mínimo exigi<strong>do</strong> para o acesso à Internet eserviços básicos, com qualida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada. Este tema jávem sen<strong>do</strong> discuti<strong>do</strong> há muitos anos, conforme po<strong>de</strong>mosobservar nas reportagens abaixo:Computa<strong>do</strong>r a baixo custo - Internet vai chegar <strong>de</strong>graça à comunida<strong>de</strong>s carentes – 31/01/2001“ Ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologiaapresentam ao presi<strong>de</strong>nte Fernan<strong>do</strong> Henrique alternativapara conectar a população das regiões mais pobres <strong>do</strong>País à re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res.Um computa<strong>do</strong>r pessoal, sem partes móveis, que funcionacom software aberto, <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público, construí<strong>do</strong> paralevar a internet <strong>de</strong> graça a escolas, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,


microempresas e pequenas comunida<strong>de</strong>s. O equipamento,<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por pesquisa<strong>do</strong>res da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Minas Gerais (UFMG), com apoio <strong>do</strong> Comitê Gestor daInternet, po<strong>de</strong> ser uma das ferramentas que vão ajudar o<strong>Governo</strong> Fe<strong>de</strong>ral a alcançar uma <strong>de</strong> suas metas maisambiciosas: a universalização da internet no Brasil.O computa<strong>do</strong>r pessoal <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelos pesquisa<strong>do</strong>resfoi construí<strong>do</strong> com componentes disponíveis no merca<strong>do</strong>,cujo <strong>projeto</strong> será torna<strong>do</strong> público para que qualquerempresa possa fabricá-lo. Consultas realizadas junto aindústria mostraram que o equipamento po<strong>de</strong>rá serproduzi<strong>do</strong> e comercializa<strong>do</strong> a um custo entre R$ 400,00 eR$ 500,00, excluí<strong>do</strong>s os impostos”Fonte: http://www.mct.gov.br/sobre/noticias/2001/31_01.htmProjeto PC CONECTADO alia inclusão digital e<strong>de</strong>senvolvimento industrial - 29/03/2005“ O <strong>Governo</strong> Fe<strong>de</strong>ral anuncia nos próximos dias, em reuniãocom empresários <strong>de</strong> hardware, software e varejo, o <strong>projeto</strong>PC Conecta<strong>do</strong>, um <strong>do</strong>s quatro eixos <strong>do</strong> Programa Brasileiro<strong>de</strong> Inclusão Digital – que prevê ainda o <strong>projeto</strong> Casa Brasil,o redirecionamento da infra-estrutura tecnológica <strong>do</strong>governo e a inclusão digital nas escolas. Hoje, no País,79% da população jamais manusearam um computa<strong>do</strong>r e89% nunca acessaram a internet. Apenas 14,4% <strong>do</strong>sbrasileiros têm acesso regular a computa<strong>do</strong>r. O principalalvo <strong>do</strong> programa são famílias com renda entre 3 e 10salários mínimos com condições <strong>de</strong> comprometer parte<strong>de</strong> seu orçamento para a aquisição <strong>de</strong> um computa<strong>do</strong>r emais pequenos e microempresários. O programa consiste35Tecnologia da Informação e Comunicação


em isenção fiscal para a indústria e em crédito diferencia<strong>do</strong>para o consumi<strong>do</strong>r, com juros <strong>de</strong> até 2% ao mês.36Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO beneficiário <strong>do</strong> programa po<strong>de</strong>rá adquirir um <strong>de</strong>sktop(computa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> mesa) com uma configuração mínima <strong>de</strong>hardware exigida pelo governo, 27 programas (softwares)instala<strong>do</strong>s, suporte técnico e direito a um programaespecial <strong>de</strong> conexão discada à internet. O preço <strong>de</strong>ve ficarem torno <strong>de</strong> R$ 1.400, financia<strong>do</strong>s em até <strong>do</strong>is anos. Maso valor po<strong>de</strong> cair em razão da concorrência entre empresas<strong>de</strong> informática interessadas em montar e comercializar oPC Conecta<strong>do</strong>. O custo <strong>de</strong> conexão na internet aobeneficiário será <strong>de</strong> R$ 7,50 por mês, por 15 horasmensais. A previsão <strong>do</strong> <strong>Governo</strong> é que o merca<strong>do</strong> oficial<strong>de</strong> <strong>de</strong>sktops <strong>do</strong>bre até o final <strong>do</strong> ano no Brasil, umincremento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> novos computa<strong>do</strong>res”.Fonte: http://www.softwarelivre.gov.br/noticias/News_Item.2005-03-29.2402AMD- ven<strong>de</strong>rá computa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> baixo custo no Brasil- 2005“ A AMD preten<strong>de</strong> começar a ven<strong>de</strong>r um computa<strong>do</strong>r <strong>de</strong>baixo custo no Brasil até o final <strong>de</strong>ste semestre. Chama<strong>do</strong><strong>de</strong> Personal Internet Communicator (PIC), o PC tem custo<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> US$ 200, ou R$ 540, e faz parte da estratégiada empresa para levar acesso à Internet a 50% dapopulação mundial até 2015.A máquina é equipada com disco rígi<strong>do</strong> <strong>de</strong> 10 Gb e temportas USB para conexão <strong>de</strong> periféricos, comoimpressoras. O produto tem aproximadamente o tamanho<strong>de</strong> um livro gran<strong>de</strong> e vem equipa<strong>do</strong> com sistemaoperacional Win<strong>do</strong>ws CE e programas <strong>de</strong> escritório da


Microsoft. Lança<strong>do</strong> na Índia em outubro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>,o PIC é vendi<strong>do</strong> no país asiático por cerca <strong>de</strong> US$ 185sem monitor e por US$ 250 com a tela.A expectativa da empresa é que o PIC (Figura 1) sejaenquadra<strong>do</strong> no programa <strong>do</strong> governo fe<strong>de</strong>ral PC Conecta<strong>do</strong>,<strong>de</strong> inclusão digital. “O PIC é um produto <strong>de</strong> informática eacho que o mesmo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> impostos paraos fabricantes <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>rá ser usa<strong>do</strong>”, disseScodiero. Ele afirmou que o custo <strong>de</strong> US$ 185 po<strong>de</strong> sofreracréscimo <strong>de</strong> 20% a 30% por causa da carga <strong>de</strong> impostos<strong>do</strong> país”.Fonte: http://www.netmarkt.com.br/noticia2005/5378.htmlFigura 1. PIC – Personal Internet Communicator – AMD37Tecnologia da Informação e ComunicaçãoNegroponte fala <strong>do</strong> Laptop <strong>de</strong> U$ 100 no Estadão -06.07.2005“A proeza <strong>do</strong> Media Lab <strong>de</strong> fazer um laptop <strong>de</strong> US$ 100(Figura 2), para ser distribuí<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> escala pelosgovernos a to<strong>do</strong>s os alunos da re<strong>de</strong> pública, é possível


porque se trata <strong>de</strong> uma organização sem fins lucrativos,que não tem <strong>de</strong> dar satisfação a acionistas nem impedirque a venda maciça <strong>de</strong> produtos mais baratos “canibalize”o merca<strong>do</strong> e achate a margem <strong>de</strong> lucro.38Tecnologia da Informação e ComunicaçãoA explicação é <strong>do</strong> diretor <strong>do</strong> laboratório <strong>de</strong> mídia <strong>do</strong> Instituto<strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Massachusetts (MIT), NicholasNegroponte.Além disso, diz ele, a operação não envolve venda,distribuição e marketing, que consomem meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>scustos.E há uma terceira razão: eles acharam um jeito <strong>de</strong> fazeruma tela plana muito mais barata que a indústriaconvencional, e vão patenteá-la em benefício <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.“Você e eu também vamos querer ter esse computa<strong>do</strong>r”,diz Negroponte, que prevê a queda nos preços <strong>de</strong>pois queseu laptop se tornar realida<strong>de</strong>.Negroponte saiu anima<strong>do</strong> das reuniões com o presi<strong>de</strong>nteLula e com os ministros das Comunicações, da Educaçãoe <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: “Areação <strong>do</strong> governo brasileiro ultrapassou minhasexpectativas.“Lula man<strong>do</strong>u criar um grupo <strong>de</strong> trabalho para elaborar,em 29 dias, um plano <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>-piloto, queenvolve a fabricação no Brasil e distribuição gratuita <strong>de</strong> 1milhão <strong>de</strong> laptops. Nesse primeiro ano, o plano é abrangercinco ou seis países, e um total <strong>de</strong> 6 milhões <strong>de</strong> crianças.Dessas, 3 milhões estariam na China, que também <strong>de</strong>vefabricar os laptops. Os outros 2 milhões, em países quenão produzirão a máquina, são um merca<strong>do</strong> potencial <strong>de</strong>


exportação, que em 18 meses se multiplicaria para entre100 milhões e 200 milhões, calcula ele”.Fonte: http://tupidataba.blogspot.com/2005/07/negropontefala-<strong>do</strong>-laptop-<strong>de</strong>-u-100-no.html39Figura 2. One Laptop per Child (OLPC) – Laptop <strong>de</strong> US$100,00Teste <strong>do</strong> laptop começa em fevereiro (2007)“Batiza<strong>do</strong> XO, os computa<strong>do</strong>res educacionais serãoentregues a alunos <strong>de</strong> quatro ou cinco escolas, em cida<strong>de</strong>scom boa infra-estrutura <strong>de</strong> banda larga, como Ouro Pretoe Tira<strong>de</strong>ntes em Minas, e Piraí, no Rio <strong>de</strong> Janeiro (...) paraa experiência piloto, o governo vai contar com mil unida<strong>de</strong>s<strong>do</strong> XO, fornecidas pelo <strong>projeto</strong> OLPC (One laptop per Child)presidi<strong>do</strong> pelo pesquisa<strong>do</strong>r Nicholas Negroponte, quecapitaneou a iniciativa no Massachusetts Institute ofTechnology (MIT). Aém <strong>do</strong> XO, também serão testadasTecnologia da Informação e Comunicação


800 unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Classmate, a solução educacional criadapela Intel”Fonte: Revista Are<strong>de</strong>, v. 2, n. 21, <strong>de</strong>zembro 2006.Como levar conexão veloz a to<strong>do</strong> o país40Tecnologia da Informação e Comunicação“Há consenso <strong>de</strong> que o país precisa <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong>banda larga. Mas as posições sobre como fazer isso e <strong>de</strong>que forma usar os recursos <strong>do</strong> Fust são divergentes. Aboa notícia: a Anatel encontrou um caminho legal paraque as prefeituras possam usar freqüência<strong>de</strong>sregulamentada para oferecer acesso à internet aoscidadãos. Mas o serviço tem <strong>de</strong> ser gratuito”.Fonte: Revista Are<strong>de</strong>, v. 2, n. 21, <strong>de</strong>zembro 2006.Conforme apresenta<strong>do</strong> anteriormente, percebe-se que sãomuitas as iniciativas para que se chegue a equipamentos<strong>de</strong> informática e acesso à internet <strong>de</strong> baixo-custo. Estefato melhoraria nosso Indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> nº <strong>de</strong> equipamentos/habitantes, habitantes conecta<strong>do</strong>s à internet, e tornariapossível o acesso a informações, serviços e conhecimento,objetivos principais para a inclusão da socieda<strong>de</strong> na erada comunicação e <strong>do</strong> conhecimento.1.3.2 Computação UbíquaWeiser introduziu a área <strong>de</strong> computação ubíqua e abriu osolhos das pessoas para um mun<strong>do</strong> em que computa<strong>do</strong>resproverão informações e serviços quan<strong>do</strong> e on<strong>de</strong> foremnecessários. Segun<strong>do</strong> a visão <strong>do</strong> autor, haverá umaproliferação <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> diferentes tamanhos, in<strong>do</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> os portáteis até os <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e <strong>de</strong> uso


compartilha<strong>do</strong>. A proliferação <strong>de</strong>sses dispositivos <strong>de</strong> fatoaconteceu, sobretu<strong>do</strong> com a massificação <strong>de</strong>ssesequipamentos, como, por exemplo os PDAs, laptops ecelulares. O <strong>de</strong>senvolvimento e a produção da infraestruturanecessária para suportar uma computação móvelcontínua está chegan<strong>do</strong>, como já observamos emrestaurantes, hotéis, aeroportos e outros locais on<strong>de</strong> atroca <strong>de</strong> informações entre celulares, Palmtops, notebooks,re<strong>de</strong>s sem fio, internet e outros meios já é uma realida<strong>de</strong>.41Tereza Cristina 4 em seu artigo “E a computação em to<strong>do</strong>lugar durante to<strong>do</strong> o tempo”, publica<strong>do</strong> em 2004, nos dizque a computação pervasiva é disponibilizar acessocomputacional <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> invisível em to<strong>do</strong> lugar o tempoto<strong>do</strong>. Invisível no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o usuário não precisa darseconta da tecnologia; ela po<strong>de</strong> estar embutida nos maisdiversos dispositivos, incluin<strong>do</strong> o computa<strong>do</strong>r pessoal, oPDA (Personal Digital Assistant), o celular, a própria roupa,qualquer acessório, como relógio ou óculos e até mesmoo nosso corpo, e que a computação ubíqua esten<strong>de</strong> oconceito <strong>de</strong> computação pervasiva em direção àmobilida<strong>de</strong>, isto é, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da nossa localizaçãotemos acesso aos mesmos recursos computacionais eserviços.Segun<strong>do</strong> a autora, um <strong>do</strong>s principais <strong>de</strong>safios dacomputação ubíqua são as aplicações contextuais queimplicam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensinar computa<strong>do</strong>res sobre oambiente corrente e como reagir quan<strong>do</strong> o seu usuáriomuda <strong>de</strong> um ambiente para outro. Como exemplo, po<strong>de</strong>secitar a ativação da opção <strong>de</strong> vibra call <strong>do</strong> celular quan<strong>do</strong>seu usuário entra em uma sala <strong>de</strong> reunião ou conferência.Tecnologia da Informação e Comunicação4Tereza Cristina Melo <strong>de</strong> Brito Carvalho é diretora <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Arquiteturae Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Computa<strong>do</strong>res (LARC/PCS/EPUSP) e professora <strong>do</strong>utora da EPUSP.


Informações contextuais po<strong>de</strong>m incluir não só a localização<strong>do</strong> usuário, mas também seu esta<strong>do</strong> físico, comotemperatura e batimento cardíaco, seu esta<strong>do</strong> emocional,histórico-comportamental, entre outros.42Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO suporte à computação ubíqua implica gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safiostecnológicos, mas também mudanças organizacionais e<strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócios. Em termos tecnológicos, envolvecomputa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> pequeno porte, com baixo consumo <strong>de</strong>potência, sensores e atua<strong>do</strong>res, re<strong>de</strong>s sem fio e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>alta velocida<strong>de</strong>, processamento distribuí<strong>do</strong>, sistemastolerantes a falhas, interfaces polidas, entre outros.Depen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> uma infra-estrutura <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> altadisponibilida<strong>de</strong> e segurança. Quan<strong>do</strong> se pensa emcomputação disponível em qualquer tempo e lugar parauma comunida<strong>de</strong> global, o prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> acesso e serviçospassa a ser distribuí<strong>do</strong> e surgem novos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>segurança, principalmente no que se refere a garantia <strong>de</strong>privacida<strong>de</strong> e autenticação confiável.Como vimos, a computação ubíqua não é uma tecnologiaespecífica, mas um cenário no qual os computa<strong>do</strong>res setornam tão numerosos que se fun<strong>de</strong>m com o ambiente,proporcionan<strong>do</strong> informações aos usuários humanos eimbuin<strong>do</strong> <strong>de</strong> inteligência e capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computaçãoobjetos <strong>do</strong> cotidiano <strong>de</strong> aparência comum. Para alguns, aexpressão computação ubíqua <strong>de</strong>signa a “terceira onda”da informática. A primeira foi a <strong>do</strong> mainframe (umcomputa<strong>do</strong>r, muitas pessoas). A segunda foi a dacomputação pessoal (uma pessoa, um computa<strong>do</strong>r), eatualmente fala-se na computação ubíqua (uma pessoa,muitos computa<strong>do</strong>res).


1.3.3 Código Aberto – Software LivreO software chama<strong>do</strong> open source, em português, códigoaberto, é um tipo <strong>de</strong> software cujo código fonte (códigocomo foi escrito o programa ou <strong>de</strong>senvolvida a programação)é <strong>de</strong> <strong>do</strong>mínio público. O software <strong>de</strong> código aberto respeitaas quatro liberda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas pela Free SoftwareFoundation.Os <strong>de</strong>fensores <strong>do</strong> movimento Open Source sustentam nãose tratar <strong>de</strong> algo anarquista anticapitalismo, mas <strong>de</strong> umaalternativa ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio para a indústria <strong>de</strong>softwares. Esta alternativa não gira em torno <strong>de</strong> regraseconômicas orto<strong>do</strong>xas, mas vai além e questionaprincípios, inclusive <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los econômicos orto<strong>do</strong>xosaplica<strong>do</strong>s à esfera virtual. Além <strong>de</strong> questionar essesprincípios econômicos, o mo<strong>de</strong>lo colaborativo <strong>de</strong> produçãointelectual oferece um novo paradigma para o direitoautoral. Algumas empresas comerciais, como IBM, HP,Intel, Dell, entre outras, também têm investi<strong>do</strong> no software<strong>de</strong> código aberto, integran<strong>do</strong> esforços na criação <strong>do</strong> OpenSource Development Lab (OSDL ), instituição <strong>de</strong>stinada àcriação <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> código aberto.A gran<strong>de</strong> força <strong>do</strong> software livre está no potencial <strong>de</strong>cooperação para <strong>de</strong>puração coletiva, capaz <strong>de</strong> neutralizarpressões merca<strong>do</strong>lógicas e políticas e melhor <strong>do</strong>minarcomplexida<strong>de</strong>s.43Tecnologia da Informação e ComunicaçãoOs <strong>de</strong>tratores <strong>do</strong> movimento, contu<strong>do</strong>, alegam que essemovimento é, na verda<strong>de</strong>, um <strong>de</strong>sestímulo para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias, por não levar emconta a proprieda<strong>de</strong> intelectual <strong>do</strong> cria<strong>do</strong>r, uma vez que acriação é coletiva e colaborativa, ou seja, são pessoas em


diferentes partes <strong>do</strong> planeta construin<strong>do</strong> um software <strong>de</strong>código livre (aberto) e sem a especulação econômica.44Tecnologia da Informação e ComunicaçãoMuitos governos já se pronunciaram sobre esta questão.O governo brasileiro <strong>de</strong>ixou claro em várias oportunida<strong>de</strong>sque incentiva a a<strong>do</strong>ção e a produção <strong>de</strong> software livre comoum novo paradigma que possibilita o crescimento e ofortalecimento da indústria, geran<strong>do</strong> emprego e renda.O presi<strong>de</strong>nte Luís Inácio Lula da Silva, em <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 29<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2003, instituiu oito comitês técnicos com oobjetivo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nar e articular o planejamento e aimplementação <strong>de</strong> software livre, inclusão digital eintegração <strong>de</strong> sistemas, <strong>de</strong>ntre outras questõesrelacionadas.O Comitê Técnico <strong>de</strong> Implementação <strong>de</strong> Software Livreaprovou, no dia 2 <strong>de</strong> outubro, o relatório final que traçadiretrizes, objetivos e ações para a implantação <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> código aberto na administração pública. Aoto<strong>do</strong>, 18 diretrizes, 12 objetivos e 29 ações prioritáriasformam o conjunto <strong>de</strong> orientações que vão garantir amigração.Segun<strong>do</strong> a publicação “Software Livre – Mudan<strong>do</strong> paramelhor”, hoje já existem muitos usuários <strong>de</strong> software livreno merca<strong>do</strong> e há tempos o software livre <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> seruma novida<strong>de</strong> para se tornar uma tendência que vemganhan<strong>do</strong>, a cada dia, novos e importantes a<strong>de</strong>ptos,principalmente com o sucesso <strong>de</strong> sistemas operacionaiscomo o GNU/Linux ou o sistema Web Apache, amboscom qualida<strong>de</strong> indiscutível e atestada mundialmente.Não é raro empresas disponibilizarem da<strong>do</strong>s quecomprovam as vantagens advindas <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> software livre,


como geração <strong>de</strong> mais negócios, com mais qualida<strong>de</strong> eeconomia. São exemplos <strong>de</strong>sse sucesso Carrefour, CasasBahia, Pão <strong>de</strong> Açúcar, Terra, Varig, Mais Indústrias <strong>de</strong>Alimentos, Banco Itaú, Philips, Mitsubishi, Deutsch Bank,entre outros.Órgãos governamentais <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>stambém utilizam software livre. Estamos falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> nomes<strong>de</strong> peso como Nasa, Casa Branca, Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s,Sena<strong>do</strong> Fe<strong>de</strong>ral, Supremo Tribunal Militar e váriosministérios, entre muitos outros. Receita Fe<strong>de</strong>ral, Serpro,Embrapa, Eletronorte, Petrobras e Metrô SP também estãoentre os que usam software livre.O software livre também ganha espaço na esfera estaduale municipal, on<strong>de</strong>, gradativamente, os sistemas estãomigran<strong>do</strong> para a plataforma livre, a começar pela utilizaçãoda suíte <strong>de</strong> escritório OpenOffice.org.Vantagens <strong>de</strong> usar software livreNão se tem <strong>de</strong>spesa com o pagamento <strong>de</strong> licenças <strong>de</strong>uso nem envio <strong>de</strong> royalties ao exterior pelo Brasil. Estaverba po<strong>de</strong> ser redirecionada para investimentos emTecnologia <strong>de</strong> Informação (TI), treinamento <strong>de</strong> profissionaise aquisição <strong>de</strong> melhores equipamentos. Cabe <strong>de</strong>ixar claroque, apesar <strong>de</strong> não ter custos com licenças, um softwarelivre não sai necessariamente <strong>de</strong> graça. As modificaçõese melhorias feitas nos códigos po<strong>de</strong>m ser repassadas,copiadas livremente e até mesmo vendidas. Há váriasempresas no Brasil que já começaram a a<strong>do</strong>tar esse novomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios basea<strong>do</strong> em inovação permanente ena prestação <strong>de</strong> serviços.45Tecnologia da Informação e Comunicação


46Tecnologia da Informação e ComunicaçãoOs programas po<strong>de</strong>m ser adapta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com asnecessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada usuário ou empresa. Ousuário po<strong>de</strong> buscar as atualizações <strong>de</strong> código diretamentecom a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve<strong>do</strong>res daquele aplicativoou sistema, via Internet, uma vez que as melhoriaspromovidas são compartilhadas e tornadas públicas.Também existem empresas que customizam seusprodutos, comercializam suporte e treinamento para estasplataformas. Ou seja, flexibilida<strong>de</strong> é uma palavra-chave paraquem trabalha com software livre.Os recursos <strong>do</strong> hardware são mais bem aproveita<strong>do</strong>s. Os<strong>de</strong>senvolve<strong>do</strong>res <strong>de</strong> software livre têm como práticaaproveitar ao máximo a capacida<strong>de</strong> das máquinas,prolongan<strong>do</strong> assim a vida útil <strong>do</strong>s equipamentos. No caso<strong>do</strong> software proprietário, novas versões normalmente geramcusto casa<strong>do</strong>, isto é, como as atualizações <strong>do</strong>s programasou plataformas ficam cada vez mais pesadas, acabamobrigan<strong>do</strong> o usuário à compra <strong>de</strong> novos computa<strong>do</strong>res.A segurança é garantida. Isto acontece por uma razãosimples: como os códigos e as rotinas <strong>de</strong> processamento<strong>de</strong> um software livre são liberadas à comunida<strong>de</strong> econhecidas por um número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas, é maisfácil <strong>de</strong>scobrir problemas ou até mesmo se antecipar aeles, garantin<strong>do</strong> mais integrida<strong>de</strong> e segurança aosaplicativos. A condição <strong>de</strong> código aberto permite que osprogramas e as plataformas sejam audita<strong>do</strong>s, para que seevitem frau<strong>de</strong>s e rotinas in<strong>de</strong>vidas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> sistema.No sistema proprietário não é possível tal <strong>do</strong>mínio sobreos códigos, pois o compra<strong>do</strong>r <strong>de</strong>tém somente a licença<strong>de</strong> uso, sen<strong>do</strong> um simples locatário <strong>do</strong> programa, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>instalá-lo somente em um equipamento. Em suma, aabertura leva a uma maior validação <strong>do</strong> código, resultan<strong>do</strong>


em menor vulnerabilida<strong>de</strong> a intrusos e maiorcapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Mais <strong>do</strong> que umamedida <strong>de</strong> segurança, software livre é uma medida <strong>de</strong>eficiência.Por fim, po<strong>de</strong>-se afirmar que para o Movimento <strong>do</strong> SoftwareLivre, que é um movimento social, não é ético aprisionarconhecimento científico, que <strong>de</strong>ve estar disponível sempre,para permitir assim a evolução da Humanida<strong>de</strong>. Já oMovimento pelo Código Aberto, que não é um movimentosocial, mas volta<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong>, prega que o software<strong>de</strong>sse tipo traz diversas vantagens técnicas e econômicas.Este segun<strong>do</strong> movimento surgiu para levar as empresas aa<strong>do</strong>tarem o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> SoftwareLivre.1.3.4 IPv6Falar sobre Internet Protocol (IP) é algo muito técnico parao objetivo a que este livro se <strong>de</strong>stina, mas a importância<strong>de</strong> ter esta tecnologia implementada é vital para a expansãoda internet e <strong>de</strong> seus serviços com mais segurança efacilida<strong>de</strong>s. Por isto, é preciso retornar um pouco paracompreen<strong>de</strong>r o surgimento da Internet, o papel que o IPtem como tecnologia, suas limitações e o que será resolvi<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> as re<strong>de</strong>s utilizarem o Internet Protocol versão 6(IPv6).47Tecnologia da Informação e ComunicaçãoUtilizou-se como fonte <strong>de</strong> referência um estu<strong>do</strong> daOrganização <strong>de</strong> Cooperação e Desenvolvimento


Econômicos – OCDE 5 - cujo tema é “Perspectivas daTecnologia da Informação”. Este estu<strong>do</strong> foi publica<strong>do</strong> em2005 e trata o IPv6 como uma tendência tecnológica paraos próximos anos. Além <strong>do</strong> material da OCDE, utilizou-setambém como fonte <strong>de</strong> referência o site http://www.ipv6<strong>do</strong>brasil.com.br/.48Tecnologia da Informação e ComunicaçãoTúnel <strong>do</strong> tempo - Re<strong>de</strong> IP MundialNo ano <strong>de</strong> 1964, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> Clara, Califórnia, umaempresa chamada Rand Corporation, comandada por PaulBaram, realizava um estu<strong>do</strong> supervisiona<strong>do</strong> pela força aéreaamericana para projetar uma estrutura <strong>de</strong> comunicaçãoque fosse capaz <strong>de</strong> se manter em funcionamento mesmoapós o mais po<strong>de</strong>roso ataque <strong>de</strong> guerra ao Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>sda América. Surgia neste momento o conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>informações distribuídas (Figura 3).Ele estava certo <strong>de</strong> que aquela forma era a mais perfeitapara manter pontos liga<strong>do</strong>s por meios metálicos paratransporte <strong>de</strong> informações digitalizadas.5Os membros originais da OCDE são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá,Dinamarca, Espanha, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Islândia,Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Uni<strong>do</strong>, Suécia, Suíça e Turquia.Outros países tornaram-se membros, sucessivamente, conforme indicam as datasa seguir: Japão (1964), Finlândia (1969), Austrália (1971), Nova Zelândia (1973),República Checa (1995), Hungria (1996), Polônia (1996), Coréia (1996) eRepública Eslovaca (2000).


49Figura 3. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> DistribuiçãoDesta forma, seria necessário que toda informação fossedividida em pequenas partes e transportada por várioscaminhos diferentes ao mesmo tempo, utilizan<strong>do</strong> rotasdiferentes para chegar ao mesmo <strong>de</strong>stino. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>steprincípio, se qualquer uma das partes <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong> foraatingida, as outras conseguiriam concluir o seu principalobjetivo, a troca <strong>de</strong> informações.Uma equipe formada por engenheiros e cientistas dacomputação, envolvi<strong>do</strong>s no trabalho <strong>de</strong> transportar a menorunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação entre <strong>do</strong>is pontos chama<strong>do</strong>s <strong>de</strong>“pacote”, utilizaram uma linha telefônica e um equipamentoque eles apelidaram <strong>de</strong> MODEM (Modula<strong>do</strong>r/Demodula<strong>do</strong>r),responsável por transformar os da<strong>do</strong>s digitais recebi<strong>do</strong>s<strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r Sigma 7 e transportá-lo no meio físico emforma <strong>de</strong> pulsos elétricos. Instalava-se em 2 <strong>de</strong> setembro1969 a primeira central <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s chamada<strong>de</strong> nó na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Los Angeles, no esta<strong>do</strong> daCalifórnia.Tecnologia da Informação e Comunicação


No início da década <strong>de</strong> 1970, os cientistas da computaçãoRobert Kahn e Vinton Cerf <strong>de</strong>senhavam outros protocolosque tinham algumas características que <strong>de</strong>ram origem aoseu nome, Transmission Control Protocol. O TCP eraresponsável pela camada <strong>de</strong> controle e transporte <strong>do</strong>sda<strong>do</strong>s que circulam pela Internet.50Tecnologia da Informação e ComunicaçãoInternet ProtocolVinton Cerf, Jon Postel e Danny Cohen <strong>de</strong>senvolveram,em março <strong>de</strong> 1978, um protocolo chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> InternetProtocol (IP), responsável pelo roteamento <strong>do</strong>s pacotesatravés das várias re<strong>de</strong>s existentes. Após várias tentativas<strong>de</strong> fazer o TCP e o IP trabalharem, em 1981, finalmente,foram publica<strong>do</strong>s abertamente como um novo padrão <strong>de</strong>protocolo <strong>de</strong> comunicação chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> TCP/IP, permitin<strong>do</strong>que outras re<strong>de</strong>s fossem criadas a partir <strong>do</strong> seu mo<strong>de</strong>lo.O IP constitui a versão quatro (IPv4).World Wi<strong>de</strong> WebApós ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res dasuniversida<strong>de</strong>s e institutos <strong>de</strong> pesquisas, a partir <strong>de</strong> 1989,o protocolo IP passou a ser utiliza<strong>do</strong> em corporaçõesamericanas privadas, como a MCI, para fins <strong>de</strong>transmissão <strong>de</strong> mensagens, crian<strong>do</strong> o serviço MCI Mail.Em virtu<strong>de</strong> das facilida<strong>de</strong>s adquiridas com a criação <strong>do</strong>sprotocolos da web, assim chama<strong>do</strong>s por Tim, ocorreu umacrescente utilização da Internet para fins comerciais pelasgran<strong>de</strong>s corporações, acarretan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>en<strong>de</strong>reçamentos IPv4, cada vez mais intenso, tornan<strong>do</strong>seuma grave preocupação para o IETF (The InternetEngineering Task Force).


Em 1990, o IETF organizou em Chicago uma reunião como objetivo <strong>de</strong> achar uma solução para reduzir o consumo<strong>do</strong>s en<strong>de</strong>reços no espaço IPv4 total. Nesta reunião foramdiscuti<strong>do</strong>s alguns pontos que <strong>de</strong>ram origem a novos grupos<strong>de</strong> trabalho.IPng - Internet Protocol Next GenerationComo o en<strong>de</strong>reçamento IPv4, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Vint, Postele Cohen, era composto por 32 bits e suportavaaproximadamente 4.3 bilhões <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços, era clara umadas principais características que o novo protocolo, o IPng(como passou a ser chama<strong>do</strong>) <strong>de</strong>veria possuir maisen<strong>de</strong>reços.Em 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1994, na 25th IETF meeting - Toronto,foi discuti<strong>do</strong> e aprova<strong>do</strong> o novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamentoa ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como padrão <strong>do</strong> novo protocolo. A partir das<strong>de</strong>cisões tomadas em Toronto, <strong>de</strong>u-se início a uma novafase <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, com base na novadireção que se daria à Internet. O IPv6 acabava <strong>de</strong> se tornaro principal objetivo <strong>do</strong> IETF.Implementações IPv6Os gran<strong>de</strong>s players e lí<strong>de</strong>res no merca<strong>do</strong> mundial emsistemas operacionais e dispositivos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s já estãoprepara<strong>do</strong>s ou em fase final <strong>de</strong> seus <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong>implementação <strong>do</strong> IPv6 em seus produtos e serviços. Vejamalguns <strong>de</strong>les a seguir:51Tecnologia da Informação e ComunicaçãoSistemas Operacionais: Apple, Bull, Digital, Epilogue,FreeBSD, FTP Software, Hitachi, HP, IBM, INRIA,Interpeak, GNU/Linux, Mentat, Microsoft, NetBSD, Nokia,Novell, NRL, NTHU, OpenBSD, Pacific Softworks, Process


Software, SICS, SCO, Siemens Nix<strong>do</strong>rf, Silicon Graphics,Sun, UNH, and WIDE.Implementações em rotea<strong>do</strong>res: 3Com, WIND, BayNetworks, Cisco Systems, Digital, Hitachi, IBM, Merit(protocolos <strong>de</strong> roteamento), Nokia, NTHU, SumitomoElectric, e Telebit Communications.52IPv6 no Mun<strong>do</strong>Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO IPv6 já está em fase <strong>de</strong> utilização em muitos países daEuropa e da Ásia. Muitos governos estão dan<strong>do</strong> incentivosfiscais - caso <strong>do</strong> Japão e logo <strong>de</strong>pois a Suécia -, que <strong>de</strong>ramisenção <strong>de</strong> impostos <strong>de</strong> 100% aos produtos queproduzi<strong>do</strong>s em seus países e que já estejam prontos parao novo padrão <strong>do</strong> protocolo <strong>de</strong> internet versão seis (IPv6).Na Europa, o grupo <strong>de</strong> trabalho e administração das re<strong>de</strong>scontinentais, o RIPE, junto com outras instituições, comoo 6Bone Europa, o IPv6 Forum e o Kame no Japão,estimam que já foram gastos aproximadamente 200bilhões <strong>de</strong> dólares, entre 1990 e 2000, em pesquisas e<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> implementação e transiçãodas re<strong>de</strong>s IPv4 para IPv6.Nas Américas, o ARIN (America Registry InternetNumber), LACNIC (Latin American and Caribbean InternetAddresses Registry) e o LAC IPv6 TF (Latin America andCaribbean Task Force IPv6) são as instituiçõesresponsáveis pela administração das re<strong>de</strong>s continentais ejá estão prontas para a venda <strong>do</strong>s blocos <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçosIPv6 para links <strong>de</strong> Internet.Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o NAv6TF (North American IPv6 TaskForce) já está atuan<strong>do</strong> diretamente com os diversossegmentos envolvi<strong>do</strong>s na migração IPv6. Entretanto, em


virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 68% <strong>do</strong>s en<strong>de</strong>reços IPv4 estarem aloca<strong>do</strong>s naAmérica <strong>do</strong> Norte, estima-se que as dificulda<strong>de</strong>sencontradas nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s sejam principalmente afalta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra especializada em tecnologia <strong>de</strong> re<strong>de</strong>se telecomunicações, tornan<strong>do</strong> a migração um gran<strong>de</strong><strong>de</strong>safio para os norte-americanos até 2005.No Brasil, o BR6BONE http://www.rnp.br/ipv6, filia<strong>do</strong> ao6BONE europeu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998, é uma instituiçãogovernamental que estuda e analisa o IPv6 para fins <strong>de</strong>pesquisas e aplicações governamentais. Grupos <strong>de</strong>trabalhos estão sen<strong>do</strong> forma<strong>do</strong>s para estudar as aplicaçõespossíveis para o IPv6 no Brasil.1.3.5 Tecnologia wireless (comunicaçãosem fio)Segun<strong>do</strong> a Wikipédia (enciclopédia livre - http://www.wikipedia.org), Wireless (sem fio) ou Wi-fi (WirelessFi<strong>de</strong>lity) é o termo usa<strong>do</strong> para receptores <strong>de</strong> rádios. Otermo começou a ser usa<strong>do</strong> no Reino Uni<strong>do</strong>, logo <strong>de</strong>poisque uma rádio começou a transmitir para outros sinais.É também um protocolo <strong>de</strong> comunicação sem fios,<strong>de</strong>senha<strong>do</strong> com o objetivo <strong>de</strong> criar re<strong>de</strong>s wireless <strong>de</strong> altavelocida<strong>de</strong> e que não faz mais <strong>do</strong> que transferir da<strong>do</strong>s porondas <strong>de</strong> rádio em freqüências não licenciadas.53Tecnologia da Informação e ComunicaçãoÉ precisamente pelo fato <strong>de</strong> serem freqüências abertasque não necessitam <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> licença ouautorização <strong>do</strong> regula<strong>do</strong>r das comunicações para operar,ao contrário das <strong>de</strong>mais áreas <strong>de</strong> negócio, o que as tornatão atrativas. No uso mo<strong>de</strong>rno, wireless se refere à


comunicação sem cabos ou fios e usa principalmentefreqüência <strong>de</strong> rádio e ondas infra-vermelho. Por exemplo,internet sem fio ou Wlan.54Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO funcionamento <strong>do</strong> ‘Wi-Fi’ é simples. Para se ter acessoà Internet através <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> Wi-Fi (também conhecidacomo Wlan), <strong>de</strong>ve-se estar no raio <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> um ponto<strong>de</strong> acesso (normalmente conheci<strong>do</strong> por hotspot) ou localpúblico on<strong>de</strong> opere uma re<strong>de</strong> sem fios e usar um dispositivomóvel, como um computa<strong>do</strong>r portátil, um Table PC ou umassistente pessoal digital com capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação Wireless.Um Hotspot ‘Wi-Fi’ é cria<strong>do</strong> para estabelecer um ponto <strong>de</strong>acesso para uma conexão <strong>de</strong> Internet. O ponto <strong>de</strong> acessotransmite um sinal sem fio numa pequena distância – cerca<strong>de</strong> 100 metros. Quan<strong>do</strong> um periférico permite ‘Wi-Fi’, comoum Pocket PC, encontrar um hotspot, o periférico po<strong>de</strong> namesma hora conectar-se na re<strong>de</strong> sem fio. Muitos hotspotsestão localiza<strong>do</strong>s em lugares facilmente acessíveis aopúblico, como aeroportos, cafés, hotéis e livrarias. Muitascasas e escritórios também têm re<strong>de</strong>s ‘Wi-Fi’. Enquantoalguns hotspots são gratuitos, a maioria das re<strong>de</strong>s públicasé suportada por uma Internet Service Provi<strong>de</strong>r (ISPs), quecobra uma taxa <strong>do</strong>s usuários para conectar-se na Internet.As tecnologia wireless são também pré-requisitos para o<strong>de</strong>senvolvimento da computação ubíqua. Permitemesten<strong>de</strong>r a infra-estrutura clássica a lugares on<strong>de</strong> os fiossão obstáculos, como ambientes com muitos aparelhospequenos, ou regiões dispersamente povoadas, como aszonas rurais não servidas pela infra-estrutura tradicional.Alguns exemplos recentes <strong>de</strong> tecnologia wireless são<strong>de</strong>scritos a seguir:


802.11 – É um padrão Ethernet, basea<strong>do</strong> em sinais <strong>de</strong>rádio, e utiliza<strong>do</strong> em re<strong>de</strong>s sem fio. Foi aprova<strong>do</strong> em 1997e amplia<strong>do</strong> e atualiza<strong>do</strong> em setembro <strong>de</strong> 1999. Existemdiversas versões <strong>de</strong> 802.11 (também conheci<strong>do</strong> como WiFiou Ethernet sem fio) capazes <strong>de</strong> alcançar velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>até 11 Mbps. A mais comum é a 802.11b, que funciona noraio <strong>de</strong> 100m <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a estação <strong>de</strong> base 6 . Uma estaçãopo<strong>de</strong> servir simultaneamente a um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>usuários, o que é particularmente atrativo para re<strong>de</strong>s locaiscompartilhadas, por evitar o custo <strong>de</strong> cabeamento em cadaambiente. O 802.11b tornou-se o padrão wireless parare<strong>de</strong>s empresariais e surge como uma especificação <strong>de</strong>fato para todas as conexões sem fio <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> àinternet, principalmente nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Já estádisponível em alguns aeroportos, hotéis, shoppings e cafése é a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s.Bluetooth – É uma tecnologia <strong>de</strong> baixo custo para acomunicação sem fio entre dispositivos móveis. Começoua ser <strong>de</strong>senvolvida em 1994 pela Ericsson, e a partir <strong>de</strong>1998 pelo Bluetooth Special Interest Group (SIG), consórcioinicialmente estabeleci<strong>do</strong> pela Sony, Ericsson, IBM, Intel,Toshiba e Nokia. Hoje este consórcio inclui mais <strong>de</strong> 2000empresas.É usa<strong>do</strong> para comunicação entre pequenos dispositivos<strong>de</strong> uso pessoal, como PDAs, telefones celulares <strong>de</strong> novageração, computa<strong>do</strong>res portáteis, mas também é utiliza<strong>do</strong>para a comunicação <strong>de</strong> periféricos, como impressoras,scanners e qualquer dispositivo <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um chipBluetooth.55Tecnologia da Informação e Comunicação6Em linha visual direta e com antena parabólica direcional, o sinal po<strong>de</strong>alcançar distâncias muito maiores.


Como funciona somente em curto alcance e comcapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> banda estreita <strong>de</strong> 1 Mbps, po<strong>de</strong> ser bemutiliza<strong>do</strong> na substituição da tecnologia <strong>de</strong> cabeamento etambém no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> inovações, como re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>automação resi<strong>de</strong>ncial.56Tecnologia da Informação e ComunicaçãoEm relação às <strong>de</strong>mais tecnologias wireless, as vantagens<strong>do</strong> Bluetooth são principalmente o preço e o baixo consumo<strong>de</strong> energia elétrica, o que torna essa tecnologia i<strong>de</strong>al paradispositivos móveis.Satélite – A transmissão por satélite mostrou-seextremamente eficaz ao levar a televisão para regiões maisremotas ou em <strong>de</strong>senvolvimento. Espera-se utilizar ossatélites para levar a internet a essas regiões, mas hádiversos obstáculos a serem supera<strong>do</strong>s. Os sistemasatuais <strong>de</strong> radiodifusão por satélite (como o da televisão e<strong>do</strong> rádio) são unidirecionais: o usuário recebe um sinal,mas não retorna a informação. Ao contrário, a internet éfundamentalmente bidirecional. Alguns <strong>projeto</strong>s emandamento visam a proporcionar acesso à Internet por meio<strong>de</strong> satélites em órbita <strong>de</strong> baixa altitu<strong>de</strong>.Atualmente já existem alguns <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> acesso à internetutilizan<strong>do</strong> esta tecnologia, como é o StarOne, da Embratel,<strong>de</strong>scrito no texto a seguir:Pioneira <strong>do</strong> Brasil - Internet <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> via satéliteé sinônimo <strong>de</strong> comunicação ágil, rápida e simples. A StarOne coloca toda a sua experiência no setor em favor <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos e serviços a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ao perfil<strong>de</strong> cada usuário, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da sua necessida<strong>de</strong>.Nossas soluções, você po<strong>de</strong> aplicar em navegação na web<strong>de</strong> maneira prática e eficiente, envio e recebimento <strong>de</strong> e-mails com confiabilida<strong>de</strong> e segurança, soluções e


segurança para re<strong>de</strong>s, agilizan<strong>do</strong> sua produção, <strong>do</strong>wnload<strong>de</strong> arquivos, ví<strong>de</strong>os, imagens, áudio e outros conteú<strong>do</strong>sque agregam eficiência ao seu trabalho.E você ainda tem to<strong>do</strong>s os benefícios da Internet <strong>de</strong> altavelocida<strong>de</strong> via satélite, com a qualida<strong>de</strong> Star One 7 . Vejaalguns exemplos a seguir:• Redução <strong>de</strong> custos com telefonia (dispensa ouso da re<strong>de</strong> telefônica).• Opções <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> para <strong>do</strong>wnload eupload (até 600 kbps).• Cobertura nacional• Conexão imediata, assim que o browser éaciona<strong>do</strong>.• Produtos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ao perfil <strong>do</strong> cliente.• Conexão segura e confiável.A internet inva<strong>de</strong> a zona ruralDemocratizar a informação no campo: este é o objetivo <strong>do</strong>Projeto Campo On-line que, em parceria com a Star One,promoverá a inclusão digital das comunida<strong>de</strong>s rurais <strong>do</strong>Distrito Fe<strong>de</strong>ral, através <strong>do</strong> uso da Internet.57Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO <strong>projeto</strong> prevê a instalação <strong>de</strong> terminais públicos gratuitos<strong>de</strong> acesso à Internet nas unida<strong>de</strong>s locais <strong>do</strong> Emater - DF,situa<strong>do</strong>s nos Núcleos Rurais <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, que sãochama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Terminal <strong>do</strong> Produtor.7(http://www.starone.com.br) acesso em: 07/05/07


58Tecnologia da Informação e ComunicaçãoO <strong>projeto</strong>-piloto está sen<strong>do</strong> to<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no NúcleoRural Rio Preto, on<strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res da região garantemacesso a diversos serviços on line, que facilitam e agilizamas necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> seu dia-a-dia. Com a internet viasatélite em alta velocida<strong>de</strong> é possível comprar insumos eequipamentos, em grupo ou individualmente; cotar preços<strong>de</strong> produtos agropecuários; receber boletins informativossobre o clima, merca<strong>do</strong> e tecnologia; pesquisar temasescolares; ter acesso a serviços e informações <strong>de</strong> órgãosgovernamentais; criar e-mails para a troca <strong>de</strong> informações,e muito mais. Além disso, a Internet consegue estimular efacilitar o turismo rural.A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação através da Internetrepresenta um passo <strong>de</strong>cisivo na busca da competitivida<strong>de</strong>e influencia diretamente os resulta<strong>do</strong>s que po<strong>de</strong>m seralcança<strong>do</strong>s no agronegócio. O Projeto Campo On-line éuma alternativa para a inclusão digital <strong>de</strong> produtores rurais,trabalha<strong>do</strong>res, seus familiares e suas organizações,favorecen<strong>do</strong> o acesso à Internet e realizan<strong>do</strong> treinamentosque permitem aos usuários utilizar os serviços einformações disponibiliza<strong>do</strong>s através da re<strong>de</strong> mundial.1.3.6 Outras tecnologiasNo estu<strong>do</strong> sobre a Socieda<strong>de</strong> da Informação no Brasil,elabora<strong>do</strong> pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no ano<strong>de</strong> 2000, conheci<strong>do</strong> como Livro Ver<strong>de</strong>, são citadas aimportância <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no fomento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>tecnologias e a acelerada evolução <strong>de</strong>ssas tecnologias.Para melhor i<strong>de</strong>ntificar as tecnologias e suas aplicações,elas foram classificadas em <strong>do</strong>is grupos comcaracterísticas distintas:


Tecnologias capacita<strong>do</strong>ras, isto é, tecnologias quasemaduras, <strong>de</strong> impacto a curto prazo, para incorporação embens e serviços;Tecnologias-chave, isto é, tecnologias ainda nãomaduras,<strong>de</strong> impacto potencial <strong>de</strong> médio prazo (comhorizonte <strong>de</strong> no mínimo cinco anos para maturação eutilização industrial plenas).Como Tecnologias Capacita<strong>do</strong>ras, i<strong>de</strong>ntificaram-se no curtoprazo os seguintes <strong>projeto</strong>s:• Projeto Internet2• Projeto Genoma Humano• Monitoramento <strong>de</strong> Meio Ambiente.Segun<strong>do</strong> muitos, não há como i<strong>de</strong>ntificar com segurançaqualquer conjunto <strong>de</strong> tecnologias-chave sem encetarelabora<strong>do</strong> exercício <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e discussões, envolven<strong>do</strong>centenas <strong>de</strong> especialistas. No Brasil, o problema éagrava<strong>do</strong> pela ausência <strong>de</strong> experiência em gran<strong>de</strong>siniciativas <strong>de</strong> planejamento em ciência e tecnologia (C&T).Mesmo assim foram registra<strong>do</strong>s no Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministérioalguns temas e ativida<strong>de</strong>s correntes na agenda brasileira<strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento (P&D), em tecnologias <strong>de</strong>informação e comunicação em varia<strong>do</strong>s estágios <strong>de</strong>maturação. São eles:59Tecnologia da Informação e Comunicação• Comunicação Celular <strong>de</strong> Terceira Geração (3G)• Wireless Application Protocol (WAP) – Internetpelo celular• Processamento <strong>de</strong> textos no mun<strong>do</strong> Internet• Tradução entre linguagens naturais


• Processamento <strong>de</strong> imagem e robótica• Criptografia• Geoprocessamento• Processamento <strong>de</strong> Alto Desempenho60• Telemedicina• Televisão <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>finição – TV DigitalTecnologia da Informação e ComunicaçãoPara cada um <strong>do</strong>s itens acima, há muito que explorar,mas este não é o objetivo <strong>de</strong>ste livro neste momento. Oque vale como reflexão é o estágio atual <strong>do</strong> Brasil em cadauma <strong>de</strong>stas áreas. O que se percebe é que muitas dastecnologias citadas irão influenciar o processo <strong>de</strong>comunicação das pessoas e mudá-lo fortemente,melhoran<strong>do</strong> ou não o processo <strong>de</strong> inclusão digital.


2Inclusão DigitalPara o grupo <strong>do</strong> Wikipedia, inclusão digital significa“<strong>projeto</strong>s e ações que facilitam a interação <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>baixa renda com as tecnologias da informação ecomunicação (TICs). Dessa forma, proporciona-se acessoa informações disponíveis na re<strong>de</strong> mundial Internet paraestes usuários, além <strong>de</strong> possibilitar a produção local <strong>de</strong>conteú<strong>do</strong>s na re<strong>de</strong>. Programas <strong>de</strong> inclusão digital setransformam em gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios para os governos <strong>de</strong>países sub<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e em <strong>de</strong>senvolvimento, poisrequerem gran<strong>de</strong>s investimentos”. 8Inclusão Digital61Para Gilson Schwartz, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> inclusão digital aindaé assunto polêmico. “Quantas pessoas usam telefonecelular no Brasil? Ora, essa é uma tecnologia digital. Quemusa celular está, portanto, acessan<strong>do</strong> serviços e conteú<strong>do</strong>digitais. Falar em inclusão digital como a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>um computa<strong>do</strong>r completo navegan<strong>do</strong> pela internet é muito8http://pt.wikipedia.org/wiki/inclusão_digital (acesso em 23/05/07).


estritivo. Está surgin<strong>do</strong> uma nova malha ou re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviçose conteú<strong>do</strong>s que vai muito além <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r”. (SéculoXXI Almanaque) 962Inclusão DigitalSergio Ama<strong>de</strong>u da Silveira (2003) <strong>de</strong>fine inclusão digitalcomo “a universalização <strong>do</strong> acesso ao computa<strong>do</strong>rconecta<strong>do</strong> à internet, bem como ao <strong>do</strong>mínio da linguagembásica para manuseá-lo com autonomia (Silveira, 2003).Outro conceito é o da Digital Divi<strong>de</strong> Network (2005), quese refere à inclusão digital como à brecha existente entreaqueles que conseguem utilizar <strong>de</strong> forma efetiva astecnologias da informação e da comunicação, tais comoa Internet, e aqueles que não conseguem.Para Rangel (2005), cita<strong>do</strong> por Gasparetto (2006), inclusãodigital “é um processo em que uma ou um grupo <strong>de</strong> pessoaspassa a participar <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> processamento,transferência e armazenamento <strong>de</strong> informações que já são<strong>do</strong> uso e <strong>do</strong> costume <strong>de</strong> um ou outro grupo, passan<strong>do</strong> ater os mesmos direitos e os mesmos <strong>de</strong>veres <strong>do</strong>s jáparticipantes <strong>do</strong> grupo já incluí<strong>do</strong>”.Baggio (2003), cita<strong>do</strong> por Gasparetto (2006), acrescentaque, “o analfabetismo digital, ao afetar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>aprendiza<strong>do</strong>, a conectivida<strong>de</strong> e a disseminação <strong>de</strong>informações, gera conseqüências virtualmente em to<strong>do</strong>sos campos da vida <strong>do</strong> indivíduo. A transformação <strong>de</strong>informação em conhecimento pelo usuário permitiráconfigurar um verda<strong>de</strong>iro mapa <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s políticas<strong>de</strong> informação digital”.9(http://www.multirio.rj.gov/seculo21/laeca.asp?id_entrevista=1122&id_tipo=3)acesso em 19/01/07.


Como se observa, os conceitos e/ou <strong>de</strong>finições sãocomplementares e auxiliam a ter uma visão mais clara daamplitu<strong>de</strong> e complexida<strong>de</strong> das ações <strong>de</strong>senvolvidas em<strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital. Em <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, por meio<strong>do</strong> Programa Beija–Flor, as ações visam a disponibilizarlocais pluriativos, on<strong>de</strong> são utilizadas ferramentas <strong>de</strong>tecnologia da informação com vistas ao exercício dacidadania, passan<strong>do</strong> efetivamente da obtenção dainformação, por ativida<strong>de</strong>s ligadas aos papéis <strong>do</strong>s gruposcomunitários (importância <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>), até a efetivainserção no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s beneficia<strong>do</strong>s pelasações resultantes da união entre po<strong>de</strong>r público, setorpriva<strong>do</strong> e terceiro setor.Inúmeros são os sentimentos que a<strong>flor</strong>am quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>bategira em torno <strong>do</strong>s temas exclusão social e digital. Ficaclaro, pelo que já foi menciona<strong>do</strong>, que há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma política <strong>de</strong> inclusão digital mais ousada para o Brasil.Há também carência <strong>de</strong> uma maior integração entre asinstituições que <strong>de</strong>senvolvem ações <strong>de</strong> inclusão digital,sobretu<strong>do</strong> pelo fato <strong>de</strong> agirem com os mesmos objetivos eaten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao mesmo público, os sem-acesso.63Inclusão DigitalNo Brasil, inúmeras são as iniciativas <strong>de</strong> inclusão digitalque vêm sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas principalmente pelaassociação entre Esta<strong>do</strong>, Iniciativa Privada e Terceiro Setor.De forma isolada, to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração e opróprio governo fe<strong>de</strong>ral, bem como diversos municípiospossuem programas <strong>de</strong> inclusão digital e <strong>de</strong>senvolvemações nessa área.Para citar alguns exemplos: governos <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> SãoPaulo, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, Paraná e Minas Gerais;prefeituras <strong>de</strong> São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte.São to<strong>do</strong>s <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital cuja consolidação e


geração <strong>de</strong> benefícios para a população sãoinquestionáveis.64Inclusão DigitalMuitas empresas privadas e governamentais tambéminvestem em <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital. Hewlett Packard(HP), Brasiltelecom, Telefônica, Esso, Sadia, Microsoft,Organizações Globo, Philips <strong>do</strong> Brasil, Caixa EconômicaFe<strong>de</strong>ral, Banco <strong>do</strong> Brasil, <strong>de</strong>ntre outras, <strong>de</strong>senvolvem, emparceria com diversas instituições, ações <strong>de</strong> inclusãodigital. Organizações não-governamentais, como o Comitêpara Democratização da Informática (CDI), Re<strong>de</strong> Ritz,Gemas da Terra, são alguns exemplos.<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, preocupada com a questão, e não somentecom o meio urbano, mas com a exclusão digital daquelesque vivem no meio rural e pesqueiro, estabeleceu comouma das <strong>de</strong>z ações prioritárias da Secretaria Estadual <strong>de</strong>Agricultura a execução <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital.Valen<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> farta bibliografia, <strong>de</strong> contatos cominstituições <strong>de</strong> outros esta<strong>do</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração, técnicos <strong>de</strong>instituições parceiras e com os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> umapesquisa <strong>de</strong>senvolvida também por técnicos <strong>do</strong> quadro daSecretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura (Feliciano et al. Impactoda Tecnologia da Informação (TI) sobre o ProcessoDecisório <strong>do</strong> Agricultor Familiar-2004), além <strong>de</strong> outrasfontes, iniciou ainda em 2004, ações <strong>de</strong> inclusão digitalem comunida<strong>de</strong>s rurais, proporcionan<strong>do</strong> aos catarinenses,resi<strong>de</strong>ntes nas localida<strong>de</strong>s contempladas, o acesso anovas ferramentas <strong>de</strong> tecnologia da informação.Feliciano et al. (2004), ao tratar <strong>do</strong> tema <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>ferramentas <strong>de</strong> tecnologia da informação e comunicação,em pesquisa realizada com associações <strong>de</strong> produtoresrurais <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, apontam para uma mudança nosrumos <strong>de</strong> pensar os meios <strong>de</strong> comunicação, a transferência<strong>de</strong> informações e conhecimentos entre as instituições <strong>do</strong>


setor público agrícola e os produtores rurais, quan<strong>do</strong>discutem a forma pela qual as informações chegam aosprodutores ou como eles procuram por informações <strong>do</strong> setor.Diante <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s, os autores sugerema criação <strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> comunicação com maioramplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso, em espaço público e compossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar os recursos disponíveis em horáriosalternativos, ou seja, perío<strong>do</strong>s em que o agricultor po<strong>de</strong><strong>de</strong>ixar sua lida para buscar informações.65Dessa forma, o Programa Beija-Flor, que propõe umapolítica pública <strong>de</strong> inclusão digital, tomou forma práticacom a implementação das primeiras 19 unida<strong>de</strong>s em 2004/2005, chegan<strong>do</strong>, no início <strong>de</strong> 2006, a 58 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>inclusão digital. No primeiro semestre <strong>de</strong> 2007 serãoimplementadas 25 novas unida<strong>de</strong>s, totalizan<strong>do</strong> 83. Oconceito <strong>de</strong>sse <strong>projeto</strong> está basea<strong>do</strong> em experiênciasconsagradas, já em <strong>de</strong>senvolvimento no Brasil. Ostelecentros rurais ou centros <strong>de</strong> acesso ao conhecimento,ou mesmo espaços <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização da informática ecidadania, são locais públicos e <strong>de</strong> fácil ingresso, on<strong>de</strong>estão disponibiliza<strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> acesso a microcomputa<strong>do</strong>res e à Internet, serviços <strong>de</strong> capacitação naárea <strong>de</strong> informática e <strong>de</strong>mais ações <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> públicaque fortalecem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> participação social e aconsciência <strong>de</strong> cidadania <strong>do</strong>s atores sociais.Inclusão DigitalA Secretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura e seus parceiros, queno atual momento, tamanha integração, po<strong>de</strong>m serchama<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cúmplices no Programa Beija-Flor, preten<strong>de</strong>mgarantir aos cidadãos, sobretu<strong>do</strong> aos resi<strong>de</strong>ntes no meiorural e pesqueiro, acesso gratuito não somente ao ambienteon<strong>de</strong> estão concentra<strong>do</strong>s instrumentos tecnológicos, masprincipalmente, a um espaço on<strong>de</strong> a cultura, a informação,a educação e o espírito coletivo estejam inseri<strong>do</strong>s e ao


mesmo tempo os inclua <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista digital, osfortaleça no exercício da cidadania.66Por fim, a ênfase <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> é o <strong>de</strong> formar parcerias, <strong>de</strong>qualquer esfera <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, para que emconjunto com a socieda<strong>de</strong> local, possam <strong>de</strong>finir ativida<strong>de</strong>se ações a serem <strong>de</strong>senvolvidas com vistas principalmenteàs pessoas sem alternativas <strong>de</strong> acesso aos recursos alidisponíveis.Inclusão Digital2.1 Iniciativas <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> InclusãoDigitalVamos <strong>de</strong>stacar algumas das ações <strong>de</strong> inclusão digitalque estão em <strong>de</strong>senvolvimento no Brasil. Dentre asinstituições <strong>do</strong> terceiro setor que atuam na área <strong>de</strong> inclusãodigital no Brasil, o Comitê para Democratização daInformática (CDI) e a re<strong>de</strong> Rits merecem <strong>de</strong>staque peloexcelente trabalho realiza<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> uma década. Ogrupo Gemas da Terra, que <strong>de</strong>senvolve ações <strong>de</strong> inclusãodigital no meio rural também <strong>de</strong>ve ser cita<strong>do</strong>. O ProjetoPiraí Digital, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, é outra importante ação. OProjeto <strong>do</strong>s Centros Rurais <strong>de</strong> Inclusão Digital daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Ceará, Sampa.org, Paranavegar,Programas da Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo e <strong>de</strong> Porto Alegre,também ganharam notorieda<strong>de</strong> nacional e internacional naárea. Empresas como a Re<strong>de</strong> Globo, Eletrosul, Tractebel,Telefônica, Brasil Telecom, HP, Banco <strong>do</strong> Brasil, CaixaEconômica Fe<strong>de</strong>ral, Companhia Vale <strong>do</strong> Rio Doce,Ministérios, <strong>Governo</strong>s Estaduais e Municipais tambématuam em <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital.Na área das publicações, diversas editoras trazemmatérias sobre o tema e outras experiências <strong>de</strong> inclusão


digital no Brasil. A Revista Are<strong>de</strong> é uma <strong>de</strong>ssaspublicações.O caráter social que está por trás <strong>de</strong> cada ação<strong>de</strong>senvolvida em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital faz com queas instituições atuem em parceria, crian<strong>do</strong> <strong>de</strong> formainvisível, uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>.A re<strong>de</strong> latino-americana somos@telecentros, articuladapela Fundação ChasquiNet, possui um gran<strong>de</strong> contingente<strong>de</strong> colabora<strong>do</strong>res, que são ao mesmo tempo seusmembros. Dentre os mais <strong>de</strong> 3 mil telecentros membrosda re<strong>de</strong> são cita<strong>do</strong>s: Telecentro Jovem Club (Cuba);Telecentro Itchimbia (Equa<strong>do</strong>r); Telecentro Totolapan(México); Telecentro Paulo Freire (Venezuela); Centro <strong>de</strong>Alternativa Rural da Comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Limón <strong>de</strong> Ocoa(República Dominicana).67Inclusão DigitalNo Brasil o Observatório Nacional <strong>de</strong> Inclusão Digital, oInstituto Intercidadania, também são exemplos <strong>de</strong>tentativas <strong>de</strong> aglutinar num mesmo espaço o maior númeropossível <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s nessa área, sobretu<strong>do</strong>, pelo fato <strong>de</strong>to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s saberem que o compartilhamento <strong>de</strong>informações e experiências possui gran<strong>de</strong> valida<strong>de</strong> nessetipo <strong>de</strong> ação, não somente para a solução <strong>de</strong> problemas,ou mesmo para a implementação <strong>de</strong> novas ativida<strong>de</strong>s e/ou ferramentas, mas para o fortalecimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<strong>projeto</strong>s.Apesar <strong>de</strong> um consi<strong>de</strong>rável número <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s em<strong>de</strong>senvolvimento no país, carecemos <strong>de</strong> políticas públicasarticuladas e com efetivo apoio institucional e financeiro.Além disso, que estejam focadas no público final, ou seja,os usuários e as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong> inclusãodigital.


2.2 Telecentros ComunitáriosOs telecentros são instrumentos po<strong>de</strong>rosos para apoiar o<strong>de</strong>senvolvimento local por meio <strong>do</strong> uso das Tecnologias<strong>de</strong> Informação e Comunicação (TICs). Ao fortalecerem ainclusão digital, estão promoven<strong>do</strong> inclusão social.68Inclusão DigitalOs telecentros comunitários são iniciativas que utilizamtecnologias digitais como instrumentos para o<strong>de</strong>senvolvimento humano nas comunida<strong>de</strong>s beneficiadas.Sua ênfase consiste no uso social e na apropriação dasferramentas tecnológicas a partir <strong>de</strong> um <strong>projeto</strong> <strong>de</strong>transformação social, que visa melhorar as condições <strong>de</strong>vida das pessoas.A tecnologia e a conectivida<strong>de</strong> são importantes, mas nãosuficientes, para o bom andamento <strong>do</strong>s telecentroscomunitários e a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus objetivos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento.Os telecentros capacitam facilita<strong>do</strong>res, promotores,monitores, os mesmo os chama<strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>res digitais,não só em aspectos técnicos <strong>de</strong> informação ecomunicação, mas, principalmente, no uso estratégico dastecnologias digitais em prol <strong>do</strong> bem-estar social.Os telecentros comunitários são locais <strong>de</strong> encontro eintercâmbio, espaços <strong>de</strong> aprendizagem, crescimentopessoal e mobilização social na busca da resolução <strong>de</strong>problemas e necessida<strong>de</strong>s da comunida<strong>de</strong>.


2.3 Para que Serve um Telecentro?Os telecentros comunitários contribuem para o<strong>de</strong>senvolvimento humano em diversas áreas, como asapresentadas a seguir, incluin<strong>do</strong> socialmente os usuários<strong>de</strong>sses <strong>projeto</strong>s.Emprego e Empreendimentos Locais - fortalecehabilida<strong>de</strong>s e conhecimentos que po<strong>de</strong>m abrir novasoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> emprego ou geração <strong>de</strong> renda e ajudama consolidar as microempresas locais, melhoran<strong>do</strong> suagestão, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação, acesso à informação,compras e publicida<strong>de</strong>.Saú<strong>de</strong> - Facilita o acesso à informação sobre <strong>do</strong>enças,tratamentos, medicamentos, medicina preventiva ealternativa, higiene e educação sexual.69Inclusão DigitalEducação - Apóia as ativida<strong>de</strong>s escolares e contribui paraa educação não-formal nas comunida<strong>de</strong>s, especialmente<strong>de</strong> crianças e jovens.Fortalecimento da Auto-Estima - por meio <strong>do</strong>conhecimento, favorece ao cidadão a compreensãointerativa <strong>de</strong> seus atos no meio em que vive, ajudan<strong>do</strong>-o areconhecer as próprias capacida<strong>de</strong>s, a visualizar um futuromelhor, a <strong>de</strong>senvolver a criativida<strong>de</strong> e a fortalecer acoletivida<strong>de</strong>.Organização Comunitária - Propicia a construção <strong>de</strong>novas formas <strong>de</strong> organização, fortalecen<strong>do</strong> as capacida<strong>de</strong>sindividuais e coletivas, promoven<strong>do</strong> novos lí<strong>de</strong>res e ajudan<strong>do</strong>a solucionar problemas e necessida<strong>de</strong>s concretas dacomunida<strong>de</strong>.


Planejamento Espacial - Apóia a organizaçãocomunitária no planejamento e execução <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>shabitacionais, na prevenção e diminuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastresnaturais, no melhoramento <strong>de</strong> serviços públicos e espaçoscomuns.70Inclusão DigitalFortalecimento <strong>de</strong> Grupos Minoritários - Ofereceinstrumentos que po<strong>de</strong>m fortalecer e contribuir para a<strong>de</strong>fesa das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> grupos indígenas, gênero,trabalha<strong>do</strong>res rurais, jovens e outros setores sociais.Descentralização e Incidência Política - Dinamiza aparticipação comunitária e a informação para a açãopolítica, facilita a comunicação com governos locais,fortalece a <strong>de</strong>scentralização administrativa e agiliza trâmitesburocráticos.Informação e Conhecimento - Oferecem acesso a novase diversificadas fontes <strong>de</strong> conhecimento e informação epermite a expressão <strong>de</strong> uma visão própria, fortalece ointercâmbio <strong>de</strong> experiências e a colaboração com grupose re<strong>de</strong>s nacionais e internacionais, além <strong>de</strong> facilitar acomunicação com pessoas afastadas <strong>de</strong> seu lugar <strong>de</strong>origem (migrantes e outras).Comunicação e Cultura - Facilita a criação e divulgação<strong>de</strong> diferentes formas <strong>de</strong> expressão artística e cultural, coma combinação <strong>de</strong> diferentes tecnologias <strong>de</strong> comunicaçãoúteis à comunida<strong>de</strong>: ví<strong>de</strong>o, rádio, meios impressos (jornais,revistas), internet, programas <strong>de</strong> animação e outros.


2.4 Princípios Básicos para TelecentrosDescrevem-se, a seguir, alguns princípios básicos para aoperação <strong>de</strong> um telecentro comunitário.Participação da Comunida<strong>de</strong> - Normalmente, a maioria<strong>do</strong>s telecentros é iniciativa que vem <strong>de</strong> fora da comunida<strong>de</strong>.Entretanto, a participação é o elemento mais importantepara o sucesso e a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> telecentro. Promovera participação da comunida<strong>de</strong> na implantação, montageme melhora contínua <strong>do</strong> telecentro comunitário po<strong>de</strong> ser umprocesso lento, porém <strong>de</strong>cisivo para que as pessoas seapo<strong>de</strong>rem <strong>de</strong>le e se comprometam com ele.Por esta razão, não é surpreen<strong>de</strong>nte encontrar telecentroscomunitários que nem sequer têm boa conectivida<strong>de</strong>:telecentros sem “tele”. Estes po<strong>de</strong>m eventualmente ter avantagem <strong>de</strong> contar com mais tempo para aprofundar arelação <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> com a comunida<strong>de</strong>, introduzin<strong>do</strong> ainternet <strong>de</strong> forma mais gradual; entretanto, pecam pelaausência <strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> comunicação com o ambienteexterno.71Inclusão DigitalConsolidação <strong>de</strong> uma Visão Social - Mais que umacondição <strong>de</strong> conectivida<strong>de</strong>, os telecentros oferecem umaoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso, uso e apropriação <strong>de</strong> tecnologiasdigitais para solucionar problemas e contribuir para o<strong>de</strong>senvolvimento humano integral. O ponto <strong>de</strong> partida nãoé a instalação <strong>de</strong> equipamentos e conexões, mas aorganização comunitária para a solução <strong>do</strong>s problemasrelativos ao seu contexto.A melhor maneira <strong>de</strong> ancorar os telecentros a uma visãosocial é planejá-los e instalá-los <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que se integrema outros espaços e ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação pertinentes


à comunida<strong>de</strong>. Estas ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser constituídaspor rádio comunitária, bibliotecas públicas, centros egrupos culturais, organizações comunitárias, escolas, entreoutras.72Inclusão DigitalGestão e Utilização <strong>de</strong> Tecnologias Apropriadas - Agestão <strong>de</strong> um telecentro comunitário respon<strong>de</strong> à missãosocial <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s e faz uso <strong>do</strong>s instrumentostécnicos que sejam mais apropria<strong>do</strong>s para ajudar a resolveros problemas.Hoje é possível montar e operar eficazmente um telecentrocom equipamentos básicos <strong>de</strong> comunicação, sobretu<strong>do</strong>microcomputa<strong>do</strong>res com poucos recursos <strong>de</strong>processamento e <strong>de</strong>sempenho aquém <strong>do</strong>s equipamentostop <strong>de</strong> linha, utilizan<strong>do</strong> programas que operam inteiramentecom software livre. Estes programas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r têmcódigo aberto e sem custo <strong>de</strong> licença, como os sistemasbasea<strong>do</strong>s em GNU/Linux (software livre), em lugar <strong>de</strong>sistemas e/ou programas comerciais com custos <strong>de</strong> licençapara uso (software proprietário).Formação e Capacitação Permanente - O calcanhar<strong>de</strong>-aquiles<strong>do</strong>s telecentros, como o <strong>de</strong> muitas outrasexperiências <strong>de</strong> comunicação popular e comunitária, é acapacitação <strong>de</strong> opera<strong>do</strong>res e usuários para tirar o melhorproveito das tecnologias disponíveis. Sem capacitação, otelecentro comunitário morre pela inércia <strong>de</strong> opera<strong>do</strong>resque <strong>de</strong>sconhecem o potencial da tecnologia disponível,ou simplesmente não conseguem ajudar, <strong>de</strong> maneiraeducativa, os usuários. Freqüentemente, os cibercafésoferecem capacitação básica aos clientes para usar ocorreio, a navegação Web ou as salas virtuais <strong>de</strong> batepapo(chat), com o fim <strong>de</strong> assegurar o seu retorno como


consumi<strong>do</strong>res. Nos telecentros comunitários, acapacitação vai muito além, incentivan<strong>do</strong> os usuários aenten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que maneira as tecnologias digitais po<strong>de</strong>msolucionar os seus problemas e contribuir para o seu<strong>de</strong>senvolvimento humano integral.73Inclusão Digital


74Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>3Estatísticas sobre aInclusão Digitalno Brasil e no Mun<strong>do</strong>A ausência <strong>de</strong> estatísticas sobre inclusão digital <strong>de</strong>ixou<strong>de</strong> ser um problema, pois a Internet fornece, em periódicose diversos outros canais, muitas informações acerca <strong>do</strong>tema, novos <strong>projeto</strong>s, ações, apoios, enfim, os númerossobre inclusão digital no País e no mun<strong>do</strong>.A importância <strong>de</strong>sses da<strong>do</strong>s está na efetivida<strong>de</strong> com quesubsidiam ações e discussões para os que apóiam e<strong>de</strong>senvolvem iniciativas nessa área. Além disso, suscitammetas para o po<strong>de</strong>r público, sobretu<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> políticas para o setor. Para a socieda<strong>de</strong>em geral, estes números po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong> consolo, ou seja,<strong>de</strong> que, apesar das diversas dificulda<strong>de</strong>s, muitas pessoase instituições trabalham pelo bem comum, <strong>de</strong> promover ainclusão digital da significativa parcela da população semacesso. Por outro la<strong>do</strong>, também <strong>de</strong>vem servir <strong>de</strong> parâmetroou <strong>de</strong> como <strong>de</strong>safio para que a socieda<strong>de</strong> participe e cobre<strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público mais efetivida<strong>de</strong> nas ações.


O analfabetismo digital a que estão submetidas atualmenteas famílias brasileiras, especificamente as <strong>do</strong> meio rural,é um importante fator <strong>de</strong> exclusão social. A inclusão digital<strong>do</strong>s cidadãos menos favoreci<strong>do</strong>s, como agricultores epesca<strong>do</strong>res, possibilita melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e,conseqüentemente, a inserção social, na medida em queproporciona acesso ao conhecimento e a informaçõesnecessários para ampliar as oportunida<strong>de</strong>s das pessoas.Neste senti<strong>do</strong>, através <strong>de</strong> ações que juntam a inclusãosocial, com a inclusão digital, o esta<strong>do</strong> catarinense buscacriar condições para a re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> valor e<strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> conceitos como integração comunitária,cidadão digital, <strong>de</strong>ntre outros, aplican<strong>do</strong>-os aos que nãotêm acesso a computa<strong>do</strong>res, principalmente os gruposcomunitários que vivem em locais não atualiza<strong>do</strong>s com osrecursos <strong>de</strong> telecomunicações existentes no meio urbano<strong>do</strong>s centros maiores.Segun<strong>do</strong> Castells (2003), “Desenvolvimento sem a Internetseria o equivalente à industrialização sem eletricida<strong>de</strong> naera industrial. É por isso que a <strong>de</strong>claração freqüentementeouvida sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se começar com osproblemas reais <strong>do</strong> Terceiro Mun<strong>do</strong>, <strong>de</strong>signan<strong>do</strong> com isso:saú<strong>de</strong>, educação, água, eletricida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros, antes<strong>de</strong> chegar à Internet, revela uma profunda incompreensãodas questões atuais relativas ao <strong>de</strong>senvolvimento. Porque,sem uma economia e um sistema <strong>de</strong> administraçãobasea<strong>do</strong>s na Internet, qualquer país tem pouca chance <strong>de</strong>gerar os recursos necessários para cobrir suasnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, num terrenosustentável...”.Os números mundiais <strong>de</strong> acesso à Internet surpreen<strong>de</strong>mpela magnitu<strong>de</strong>, seja pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> usuáriosconecta<strong>do</strong>s, seja pelo expressivo percentual da populaçãomundial que não tem acesso.75Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


76No mun<strong>do</strong>, conforme da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Internet World Stats (2007),tabela 1 a seguir, a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> internautas chega a1,11 bilhões <strong>de</strong> pessoas, representan<strong>do</strong> 16,9% dapopulação <strong>do</strong> globo. Deste número, em se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong>percentual <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> Internet em to<strong>do</strong> o planeta adistribuição é a seguinte: 35,8% estão na Ásia; 28,3% naEuropa; 20,9% estão concentra<strong>do</strong>s na América <strong>do</strong> Norte;8,7% na América Latina e Caribe; 3,0% na África; 1,7%no Oriente Médio e 1,7% resi<strong>de</strong>m na Oceania.Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>O percentual <strong>de</strong> penetração da Internet na população <strong>de</strong>cada região revela que, com 69,7% a América <strong>do</strong> Nortepossui, proporcionalmente, mais internautas que as<strong>de</strong>mais regiões <strong>do</strong> globo. Em segun<strong>do</strong> lugar aparece aTabela 1. Estatística Mundial sobre Usuários <strong>de</strong> Internet - 2007WORLD INTERNET USAGE AND POPULATION STATISTICSPopulation Population Internet % Usage UsageWorld Regions (2006 Est.) % of Usage Population % of GrowthWorld Latest (Penetration) World 2000-2007Data %Africa 933,448,292 14.2 33,334,800 3.6 3.0 638.4Asia 3,712,527,624 56.5 398,709,065 10.7 35.8 248.8Europe 809,624,686 12.3 314,792,225 38.9 28.3 199.5Middle East 193,452,727 2.9 19,424,700 10.0 1.7 491.4North America 334,538,018 5.1 233,188,086 69.7 20.9 115.7Latin America/Caribbean 556,606,627 8.5 96,386,009 17.3 8.7 433.4Oceania/Australia 34,468,443 0.5 18,439,541 53.5 1.7 142.0WORLD TOTAL 6,574,666,417 100.0 1,114,274,426 16.9 100.0 208.7NOTES: (1) Internet Usage and World Population Statistics were updated on Mar. 10, 2007.(2) CLICK on each world region for <strong>de</strong>tailed regional information.(3) Demographic (Population) numbers are based on data contained in the world-gazetteerwebsite.(4) Internet usage information comes from data published by Nielsen//NetRatings, by theInternational Telecommunications Union, by local NICs, and other other reliable sources.(5) For <strong>de</strong>finitions, disclaimer, and navigation help, see the Site Surfing Gui<strong>de</strong>.(6) Information from this site may be cited, giving due credit and establishing an active link backto www.internetworldstats.com. Copyright © 2007, Miniwatts Marketing Group. All rights reservedworldwi<strong>de</strong>.


Oceania, com 53,5%; a Europa com 38,9%; a AméricaLatina e o Caribe, com 17,3%; a Ásia com 10,7%; o OrienteMédio com 10,0% e a população africana, com 3,6%.Gasparetto (2006) apresenta, tabela 2, alguns da<strong>do</strong>smundiais sobre inclusão digital.Tabela 2. Da<strong>do</strong>s Mundiais <strong>de</strong> Inclusão DigitalÍndice <strong>de</strong> acesso digitalPosição Posição Economia DAI Posição Posição Economia DAIRegional Mundial Regional MundialAmérica1 10 Canadá 0.78 6 44 Antigua & 0.57Barbuda2 11 Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s 0.78 7 45 Barba<strong>do</strong>s 0.573 37 Bahamas 0.62 8 51 Uruguai 0.544 38 São Cristóvão e Neves 0.60 9 53 Dominica 0.545 43 Chile 0.58 10 54 Argentina 0.53Europa Oci<strong>de</strong>ntal Europa Central e Oriental1 1 Suécia 0.85 1 24 Eslovênia 0.722 2 Dinamarca 0.83 2 26 Estônia 0.693 3 Islândia 0.82 3 32 República Tcheca0.664 5 Noruega 0.79 4 36 Hungria 0.635 6 Países Baixos 0.79 5 39 Polônia 0.59Ásia – Pacífico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> Ásia – Pacífico em Desenvolvimento1 4 Coréia (República.) 0.82 1 46 Malásia 0.572 7 Hong Kong, China 0.79 2 49 Brunei 0.553 9 Formosa, China 0.79 3 68 Tailândia 0.484 14 Singapura 0.75 4 84 China 0.435 15 Japão 0.75 5 85 Fiji 0.43Países Árabes África Sub-Saara1 34 Emira<strong>do</strong>s árabes uni<strong>do</strong>s 0.64 1 52 Seychelles 0.542 42 Barein 0.584 2 62 Mauricios 0.503 48 Qatar 0.55 3 78 África <strong>do</strong> Sul0.454 60 Kuwait 0.51 4 86 Botsuana 0.435 67 Líbano 0.48 5 99 Cabo Ver<strong>de</strong> 0.39Fonte: Gasparetto (2006).Disponível em: http://www.itu.int/newsarchive/press_releases/2003/30.html.77Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


78Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>Em se tratan<strong>do</strong> da América <strong>do</strong> Sul, em 2002, o Brasil,com 8,2%, figurava atrás apenas <strong>do</strong> Chile (20%) e daArgentina (10,4%) com relação ao percentual da populaçãocom acesso à Internet. Em 2007, excetuan<strong>do</strong> o índice dasIslands Falkland, segun<strong>do</strong> o Internet World Stats, o Brasilaparece na sétima posição com 17,2% <strong>de</strong> sua populaçãocom acesso à re<strong>de</strong>. Hoje, o ranking sul-americano <strong>de</strong>percentual <strong>de</strong> população conectada à Internet é o seguinte:Chile (42,4%), Argentina (34,0%), Peru (21,1%), GuianaFrancesa (20,5), Uruguai (20,4%), Guiana (18,1%), Brasil(17,2%). Logo em seguida aparece a Colômbia com 15,8%e a Venezuela com 12,8% da população <strong>de</strong> internautas. Atabela 3 a seguir elucida os números atuais <strong>de</strong> penetraçãoda Internet na América <strong>do</strong> Sul.Tabela 3. Estatística Sul Americana sobre Usuários <strong>de</strong> Internet - 2007Internet Usage and Population Statistics for South AmericaSOUTH Population % Pop. Internet % Users Use GrowthAMERICA (2007 Est.) S. A. Usage Latest Population % (2000-2007)Data (Penetration) S. A. %Argentina 38,237,770 10.3 13,000,000 34.0 18.4 420.0Bolivia 9,492,607 2.6 480,000 5.1 0.7 300.0Brazil 186,771,161 50.4 32,130,000 17.2 47.4 542.6Chile 15,818,840 4.3 6,700,000 42.4 9.5 281.2Colombia 42,504,835 11.5 6,700,000 15.8 9.5 663.1Ecua<strong>do</strong>r 12,090,804 3.3 968,000 8.0 1.4 437.8Falkland Islands 2,736 0.0 1,900 69.4 0.0 n/aFrench Guiana 204,932 0.1 42,000 20.5 0.1 2,000.0Guyana 886,113 0.2 160,000 18.1 0.2 5,233.3Paraguay 5,745,610 1.6 200,000 3.5 0.3 900.0Peru 28,920,965 7.8 6,100,000 21.1 8.7 144.0Surinam 505,973 0.1 32,000 6.3 0.0 173.5Uruguay 3,271,771 0.9 668,000 20.4 0.9 80.5Venezuela 25,771,806 7.0 3,308,400 12.8 4.7 248.3TOTAL SOUTH AM.370,225,923 100.0 70,490,300 19.0 100.0 393.2NOTES: (1) The Central American Statistics were updated on May 7, 2007.(2) CLICK on each country name for <strong>de</strong>tailed individual country and regional statistics.(3) The <strong>de</strong>mographic (population) numbers are based on data contained in world-gazetteer.com.(4) Mexico is inclu<strong>de</strong>d together with the Central American countries according to the United Nations Statistical Divisionlistings.(5) The most recent usage information comes mainly from the data published by Nielsen//NetRatings, ITU, and otherreliable sources.(6) Data may be cited, giving due credit and establishing an active link back back to Internetworldstats.com. (7) For<strong>de</strong>finitions and help, see the site surfing gui<strong>de</strong>. Copyright © 2007, Miniwatts Marketing Group. All rights reserved.


Apesar da queda <strong>de</strong> posição observada no parágrafoanterior, o Brasil possui 47,4% <strong>do</strong>s usuários <strong>de</strong> Internetna América <strong>do</strong> Sul. Nos últimos cinco anos houve umincremento <strong>de</strong> 542% <strong>de</strong> usuários brasileiros na gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>.Para auxiliar a interpretação <strong>de</strong>stes números no que serefere ao Brasil e à América <strong>do</strong> Sul é necessário verificarcomparativamente a população e a área <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>spaíses <strong>do</strong> continente e analisá-los diante <strong>de</strong>sta situação.79Em 2002, o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística(IBGE) indicava que apenas 12,6% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micíliospossuíam computa<strong>do</strong>res e 8,2% da população estavaconectada à re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res. Conforme oInternet World Stats (2007), 17,2% <strong>de</strong> usuários por esta<strong>do</strong>,188 milhões <strong>de</strong> pessoas são usuários <strong>de</strong> Internet; contu<strong>do</strong>,o Brasil ainda permanece abaixo da média mundial, que é<strong>de</strong> 14,9%.Em 2007, o IBGE/Pnad, cujos da<strong>do</strong>s são relativos ao ano<strong>de</strong> 2006, corrobora com números a dimensão <strong>do</strong> problemada ineficácia <strong>de</strong> uma política pública nacional relativa aouso <strong>de</strong> microcomputa<strong>do</strong>res e ao acesso à Internet nos<strong>do</strong>micílios brasileiros. Cerca <strong>de</strong> aproximadamente 51milhões <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios existentes no País, apenas 19,3%contam com computa<strong>do</strong>r, sen<strong>do</strong> 14,49% com acesso àInternet. É importante ressaltar que, segun<strong>do</strong> a pesquisa,54% da população brasileira nunca utilizou computa<strong>do</strong>r, eoutros 67% jamais fez uso da internet.No que diz respeito às principais barreiras ao acesso àInternet nos <strong>do</strong>micílios, o fator <strong>de</strong>terminante resi<strong>de</strong> no baixopo<strong>de</strong>r aquisitivo da população, ten<strong>do</strong> em vista que cerca<strong>de</strong> 62% admitem não ter acesso a computa<strong>do</strong>r e a internetem função <strong>do</strong>s custos financeiros que esses itensEstatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


80representam no orçamento familiar. Outros 11,3 alegamnão fazer acesso em função <strong>de</strong> não ter habilida<strong>de</strong> ouinteresse no uso <strong>de</strong>ssa ferramenta. Outro resulta<strong>do</strong> dapesquisa aponta que 32% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s afirmaram terfeito acesso à internet e computa<strong>do</strong>res pelo menos umavez nos últimos seis meses. O <strong>de</strong>staque aqui, fica porconta <strong>do</strong>s 33% <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s que <strong>de</strong>clararam fazer uso<strong>do</strong>s centros públicos <strong>de</strong> acesso a TICs, sen<strong>do</strong> que 30%faz uso <strong>do</strong>s espaços públicos que cobram tarifa para uso.Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>Percentual5045403530252015105046,37Falta <strong>de</strong>Computa<strong>do</strong>r25,9Alto Custo <strong>do</strong>Equipamento16,19Alto custo <strong>do</strong>acesso8,88 8,65Sem interessepela internetSemhabilida<strong>de</strong>para usoFigura. Principais Barreiras <strong>de</strong> Acesso à Internet nasResidências Brasileiras.


Há um significativo esforço <strong>de</strong> diversas instituições emminimizar os efeitos das barreiras <strong>de</strong> acesso aocomputa<strong>do</strong>r e à Internet. Há que se ressaltar, contu<strong>do</strong>,que além <strong>do</strong>s aspectos acima menciona<strong>do</strong>s e aborda<strong>do</strong>sna tabela que se segue, o Brasil não possui tradição empolítica continuada <strong>de</strong> educação, cultura, pesquisa e<strong>de</strong>senvolvimento; portanto, os números <strong>de</strong> inclusão/exclusão digital não <strong>de</strong>vem ser li<strong>do</strong>s isoladamente, mascomo reflexo <strong>de</strong> políticas públicas cujos resulta<strong>do</strong>s nãoaten<strong>de</strong>ram aos anseios sociais, ou seja, na prática nãoatingiram o público-alvo. Outro fator limitante quanto amelhor distribuição <strong>de</strong> acesso à internet no Brasil dizrespeito à precária infra-estrutura <strong>de</strong> telecomunicações.Para o Ministério das Comunicações (Minicom), o Brasilsomente conseguirá ampliar a oferta <strong>de</strong> banda larga apreços menores, se for construída uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong>transmissão capaz <strong>de</strong> transportar da<strong>do</strong>s em altavelocida<strong>de</strong>. Conhecida como backhaul essa infra-estruturaé escassa no país. Conforme Igor Villas Boas <strong>de</strong> Freitas,diretor <strong>de</strong> indústria, ciência e tecnologia <strong>do</strong> Minicom, emrelato para a revista ARe<strong>de</strong> (<strong>de</strong>z/2006), “A universalizaçãoda telefonia foi feita em banda estreita. Hoje existemapenas 700 municípios (num universo <strong>de</strong> 5560) com re<strong>de</strong>capaz <strong>de</strong> suportar a banda larga”.Em 2006, o Brasil passou a ter 14 usuários <strong>de</strong> internetpara cada grupo <strong>de</strong> 100 habitantes. No entanto, essenúmero cai para 6,7 quan<strong>do</strong> se trata <strong>de</strong> acesso via bandalarga. Em junho <strong>de</strong> 2006, segun<strong>do</strong> Agência Nacional <strong>de</strong>Telecomunicações (Anatel), foram 4.743 milhões <strong>de</strong>acessos via banda larga no país, <strong>de</strong>sses, 86,3%resi<strong>de</strong>nciais. Contu<strong>do</strong>, a concentração <strong>do</strong>s acessos e/ouda infra-estrutura faz com que cerca <strong>de</strong> 85% <strong>do</strong>s municípiosbrasileiros não tenham provimento <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> serviço,81Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>staque no acesso as regiões sul e su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong>país.82Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>Outro da<strong>do</strong> importante acerca das questões aquilevantadas diz respeito aos números da telefonia. Segun<strong>do</strong>o relatório The Digital Divi<strong>de</strong> To Digital Oportunities (2005),<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela União Internacional <strong>de</strong>Telecomunicações (UTI), agência ligada a Organização dasNações Unidas (ONU), em 1990, no mun<strong>do</strong> havia 530milhões <strong>de</strong> linhas telefônicas instaladas. Em 2003, essenúmero passou para 2,5 bilhões <strong>de</strong> terminais (fixos e/oumóveis) instala<strong>do</strong>s.18<strong>de</strong> tele<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> para telefonia fixa (25,19) e móvel (30,84)Conforme a publicação Anuário Exame (2004/2005), o Brasilem 2004, ocupava a sétima posição mundial nos índices<strong>de</strong> porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> terminais telefônicos para cada grupo <strong>de</strong>100 habitantes.Segun<strong>do</strong> a Agência Nacional <strong>de</strong> Telecomunicações(Anatel), em outubro <strong>de</strong> 2005 o Brasil possuía 81.239milhões <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> telefonia móvel em operação, oequivalente a 44 celulares para cada grupo <strong>de</strong> 100habitantes. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, o Brasil chegava amarca <strong>de</strong> 100 milhões <strong>de</strong> aparelhos celulares em operação.Em abril <strong>de</strong> 2007 alcançamos a marca <strong>do</strong>s 102,8 milhões<strong>de</strong> terminais móveis em funcionanto 10 .10http://www.anatel.gov.br. Acesso em 09/05/2007.


Para o IBGE (2005), o aumento da oferta <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong>telefonia fez com que nos últimos cinco anos a proporção<strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios com telefones passassem <strong>de</strong> 37,6% para66,1%.De fato, alguns gargalos no setor ainda <strong>de</strong>vem serresolvi<strong>do</strong>s, pois além <strong>de</strong> inúmeras comunida<strong>de</strong>s não teremcobertura <strong>de</strong> telefonia móvel, os preços das tarifas sãoeleva<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> a consultoria Merrill Linch, em matériapublicada pelo jornal Gazeta Mercantil (16/01/06), “emboraintegre o grupo <strong>do</strong>s cinco maiores merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> telefoniacelular, atrás <strong>de</strong> China, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Rússia, o Brasilregistra os menores índices <strong>de</strong> tráfego no mun<strong>do</strong>. Enquantoo usuário americano (EUA) passa 781 minutos por mêsconversan<strong>do</strong> com alguém pelo celular, o brasileiro ti<strong>do</strong>como extroverti<strong>do</strong> e falante, gasta somente 79 minutos aomês em comunicação pelo telefone móvel. Muitos fatoresinterferem para o baixo patamar <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> celularentre nós. Um <strong>de</strong>les é o preço. Enquanto nos Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s as opera<strong>do</strong>ras celulares cobram U$ 0,07 por minuto<strong>de</strong> ligação, as brasileiras recebem em média U$ 0,15 porminuto”.Para inúmeros especialistas, alguns <strong>do</strong>s problemas <strong>de</strong>telecomunicações e <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s sociais po<strong>de</strong>riam ser bemencaminha<strong>do</strong>s com a liberação <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong>Universalização <strong>do</strong>s Serviços <strong>de</strong> Telecomunicações (Fust),que arrecada cerca <strong>de</strong> R$ 600 milhões por ano, possuin<strong>do</strong>um sal<strong>do</strong> que chega aos R$ 6 bilhões. Na prática, essesrecursos fazem parte apenas <strong>do</strong>s balanços financeirosgovernamentais.83Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


84Merece <strong>de</strong>staque o fato <strong>de</strong> o Brasil, segun<strong>do</strong> Loureiro(2004), disponibilizar na internet 72% <strong>do</strong>s serviços quepresta a população, o chama<strong>do</strong> “governo eletrônico”.Contu<strong>do</strong>, com a ausência da efetivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong>inclusão digital, esse número reafirma as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s,ten<strong>do</strong> em vista que apenas uma pequena parcela dapopulação po<strong>de</strong>rá acessá-los. Acrescenta-se a estainformação o fato <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>sses serviços permanecemno ar apenas em caráter informacional.Estatísticas sobre a Inclusão Digital no Brasil e no Mun<strong>do</strong>


44.1 JustificativaInclusão digital em comunida<strong>de</strong>srurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>O Projeto Beija-Flor tem por justificativa a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reduzir os índices <strong>de</strong> exclusão digital, especialmente dapopulação rural, buscan<strong>do</strong> oferecer novas alternativas <strong>de</strong>acesso à informação aos agricultores catarinenses quepropiciem a sua formação e qualificação.O <strong>projeto</strong> visa garantir também a universalização <strong>do</strong> acessoàs tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação (TICs), e aqualificação permanente <strong>do</strong> trabalho humano no processo<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong> agricultores,valorizan<strong>do</strong> e fortalecen<strong>do</strong> as relações econômicas esociais <strong>do</strong> espaço rural, e amplian<strong>do</strong> seus horizontes <strong>de</strong>atuação através <strong>do</strong> acesso ao conhecimento.Por fim, a Secretaria <strong>de</strong> Agricultura <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>,sen<strong>do</strong> um importante ator institucional catarinense e ten<strong>do</strong>como foco <strong>de</strong> suas ações os cidadãos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,especialmente a população rural e pesqueira, busca por85Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


meio <strong>de</strong>ste programa otimizar suas ações, estabelecerum canal <strong>de</strong> comunicação com seu público-alvo e,principalmente, municiá-lo com informações.86Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Para a Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura, fazen<strong>do</strong> umaanalogia com a ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>, que retira da naturezauma das mais ricas substâncias - o néctar -, a substânciamais importante para o homem é o conhecimento. Porconhecimento, neste caso, entenda-se o resulta<strong>do</strong> dasrelações sociais, <strong>de</strong> pesquisas científicas, das mudançassociais. O Projeto Beija-Flor propõe-se, por diversosinstrumentos <strong>de</strong> tecnologia da informação presentes nasunida<strong>de</strong>s, permitir-lhe <strong>de</strong> forma mais dinâmica o acesso aesse tipo <strong>de</strong> conhecimento.4.2 Objetivo geralGerar para agricultores e pesca<strong>do</strong>res e a comunida<strong>de</strong> emgeral, especialmente aos jovens, oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acessoa informações e conhecimentos através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>computa<strong>do</strong>res liga<strong>do</strong>s à Internet, além <strong>de</strong> outrasferramentas <strong>de</strong> tecnologia da informação, amplian<strong>do</strong> asalternativas <strong>de</strong> atuação no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho, geran<strong>do</strong>renda e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e incentivan<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong>núcleos <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sociais nas comunida<strong>de</strong>s rurais epesqueiras.4.3 Objetivos específicos• Reduzir <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a ferramentas<strong>de</strong> tecnologia da informação das populações <strong>do</strong>meio rural e pesqueiro.


• Combater o analfabetismo e a exclusão digital,promoven<strong>do</strong> a inclusão social.• Possibilitar o acesso das pessoas menosfavorecidas <strong>do</strong> meio rural e pesqueiro à re<strong>de</strong>mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res.• Melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, aumentan<strong>do</strong> aatrativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> meio rural como local <strong>de</strong>permanência das pessoas, principalmente <strong>do</strong>sjovens.• Re-qualificar o espaço rural e sua força <strong>de</strong>trabalho, proporcionan<strong>do</strong> maior competitivida<strong>de</strong> aocapital humano.• Incentivar a participação popular através <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração comunitária, gestão esustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s telecentros.• Promover o <strong>de</strong>bate sobre o voluntaria<strong>do</strong> e seupapel em <strong>projeto</strong>s sociais.• Oportunizar maior agregação <strong>de</strong> valor por meio<strong>do</strong> uso da tecnologia e <strong>de</strong> acesso aoconhecimento e à informação.• Garantir a qualificação permanente da mão-<strong>de</strong>obrano processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma novageração <strong>de</strong> agricultores, oferecen<strong>do</strong> condiçõespara gerenciar eficientemente o próprio negócio.• Garantir a universalização da educação e oacesso à informação.• Gerar conteú<strong>do</strong> e informações que possam serutiliza<strong>do</strong>s para melhorar o processo <strong>de</strong>87Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


aprendizagem, oferecen<strong>do</strong>-lhes novos horizontes<strong>de</strong> atuação.• Divulgar e fomentar a produção <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> nasunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor.88Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>• Disponibilizar softwares <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>proprieda<strong>de</strong>s agrícolas (Contagri, Planagri,Multiagri, Crediagri, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> da Epagri;.• Proporcionar acesso remoto a serviços einformações <strong>do</strong> setor público.• Incentivar a criação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> usuários quepermitam a troca <strong>de</strong> experiências entre diversascomunida<strong>de</strong>s e grupos <strong>de</strong> agricultores e outrossegmentos sociais.• Prover e conseqüentemente aproximar, aspequenas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> instrumentos tecnológicos<strong>de</strong> acesso e disseminação das informações jáexistentes no meio urbano <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s centros,aproximan<strong>do</strong> esses ambientes.• Facilitar a aproximação entre os usuários e aspolíticas públicas, disponibilizan<strong>do</strong> canais <strong>de</strong>comunicação entre o cidadão e as instituiçõespúblicas.• Estimular a inclusão <strong>do</strong>s usuários no merca<strong>do</strong><strong>de</strong> trabalho.• Integrar esforços das instituições públicas emtorno <strong>do</strong> tema da inclusão digital.• Incentivar o ensino à distância.


4.4 Produtos e serviços disponibiliza<strong>do</strong>s aopúblico-alvoO <strong>projeto</strong> capacita os usuários nas mais variadas áreas,da informática à contabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>méstica e empresarial,passan<strong>do</strong> pela culinária. As modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cursos serãodiscutidas com a comunida<strong>de</strong> local, mesmo que sejamindicadas por ela, objetivan<strong>do</strong> buscar empregabilida<strong>de</strong> parao que foi proposto. Ressalta-se que a informática, nocontexto educativo <strong>de</strong>ste programa, é abordada não comoo objetivo principal <strong>de</strong> ensino, mas como um instrumentopara se alcançar um conhecimento mais amplo, em acor<strong>do</strong>com a <strong>de</strong>manda específica da comunida<strong>de</strong>. O aluno,portanto, a apren<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um processo pedagógicomais amplo, que constará <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> cursos e áreas<strong>de</strong> capacitação, aqui lista<strong>do</strong>s:• curso <strong>de</strong> introdução à informática, edição <strong>de</strong>textos, planilhas eletrônicas e aplicativos <strong>de</strong>internet;• utilização da internet no agronegócio;• gestão <strong>de</strong> pequenas proprieda<strong>de</strong>s rurais com usoda informática;• acesso a da<strong>do</strong>s governamentais;• capacitação em montagem, manutenção econfiguração <strong>de</strong> Hardware;Além disso, nos telecentros estão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidasoutras ativida<strong>de</strong>s sugeridas pela comunida<strong>de</strong>, tais como:• oficinas culturais;• estabelecimento <strong>de</strong> parceria visan<strong>do</strong> facilitar ainserção <strong>de</strong> usuários <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong>trabalho;89Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


• promoção <strong>de</strong> cursos da área <strong>de</strong> atuação dasinstituições públicas (saú<strong>de</strong>, educação, turismo,Epagri, Cidasc, <strong>de</strong>ntre outras), no espaço <strong>do</strong><strong>projeto</strong>;• gestão <strong>de</strong> telecentro;90Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>• significa<strong>do</strong> da existência <strong>do</strong> telecentro para acomunida<strong>de</strong>: crescimento pessoal, profissional ecomunitário, treinamentos, serviços e-gov ougoverno eletrônico, etc;• normas <strong>de</strong> funcionamento;• funções <strong>de</strong> cada participante (conselho gestor,assistente pedagógico, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r, monitor,usuário);• segurança <strong>do</strong>s equipamentos, <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>material;• administração <strong>do</strong> espaço, em parceria com acomunida<strong>de</strong> local.As ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rão ser executadas via internet,sobretu<strong>do</strong> pelo fato <strong>de</strong> haver condições tecnológicas paratal.4.5 Critérios para Implementação <strong>de</strong>TelecentrosPor se tratar <strong>de</strong> um <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> implementação complexaem função <strong>do</strong>s custos e <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> integração que <strong>de</strong>vehaver entre os envolvi<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> gestores, executores ebeneficiários, o Projeto Beija-Flor parte <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que


serão atendidas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> risco social, elegen<strong>do</strong>assim, o Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano (IDH) comoum <strong>do</strong>s critérios para implementação e instalação <strong>de</strong> suasunida<strong>de</strong>s. O IDH, índice internacionalmente aceito ereconheci<strong>do</strong>, varia <strong>de</strong> 0 (zero - nenhum <strong>de</strong>senvolvimentohumano) a 1 (um - <strong>de</strong>senvolvimento humano total). Além<strong>de</strong>sse, é importante que haja condições mínimas paraconectivida<strong>de</strong>, ou seja, acesso à Internet. Por isso, emborano momento da implantação das ativida<strong>de</strong>s não hajaprovimento <strong>de</strong> acesso à internet, é preciso que hajacomprometimento local e condições para se garantir essaconexão.Outro critério será o da implementação <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> em locaison<strong>de</strong> os parceiros ofereçam condições totais parafuncionamento <strong>do</strong> telecentro.Para a implementação <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> será necessária a criação<strong>de</strong> um comitê gestor local, representa<strong>do</strong> por entida<strong>de</strong>s dasocieda<strong>de</strong> civil local e por representantes das <strong>de</strong>maisinstituições participantes/parceiras <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.4.6 Sistema <strong>de</strong> Acompanhamento eAvaliação <strong>do</strong> ProjetoEsta fase será executada pela Secretaria Estadual daAgricultura, que receberá os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong> e ossubmeterá ao sistema <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação<strong>do</strong> <strong>projeto</strong>. Dentre as variáveis a serem analisadas,arrolamos a seguir:91Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


92Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>• número <strong>de</strong> pessoas capacitadas;• número <strong>de</strong> cursos realiza<strong>do</strong>s;• número <strong>de</strong> horas/aula oferecidas;• número <strong>de</strong> monitores engaja<strong>do</strong>s;• número <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s comunitárias representadasno comitê gestor;• número <strong>de</strong> usuários ocasionais <strong>do</strong>scomputa<strong>do</strong>res e da Internet;• ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mandadas pela comunida<strong>de</strong>;• ações comunitárias realizadas pelo telecentro.O acompanhamento das ações é realiza<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong>Internet, telefone e visitas presenciais, realizadas pelaSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e pelo Comitê paraDemocratização da Informática (CDI/SC) e outrosparceiros.4.7 Infra-estrutura para TelecentrosComunitáriosPara o funcionamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> um telecentro, hánecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infra-estrutura para o <strong>de</strong>senvolvimento dasativida<strong>de</strong>s diárias.O Projeto Beija-Flor encara como infra-estrutura, to<strong>do</strong>recurso material a ser utiliza<strong>do</strong> nas ativida<strong>de</strong>s pelosusuários <strong>do</strong>s telecentros. O <strong>projeto</strong> prevê que cada unida<strong>de</strong>seja provida <strong>de</strong> acesso via Internet, bem como estabeleceo mínimo <strong>de</strong> 5 (cinco) e o máximo 20 (vinte)microcomputa<strong>do</strong>res.


Além disso, o local <strong>de</strong>ve oferecer segurança e <strong>de</strong>maiscondições infra-estruturais necessárias para o bomfuncionamento da unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dasativida<strong>de</strong>s. É também necessário que haja uma impressora,além <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> uso diário, como papel, canetas,lousa branca etc.4.8 Resulta<strong>do</strong>sO Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor contava, até julho<strong>de</strong> 2005, ou seja, oito meses após seu lançamento, com19 unida<strong>de</strong>s implantadas. De agosto <strong>de</strong> 2005 até março<strong>de</strong> 2006 foram inauguradas outras 39 unida<strong>de</strong>s, chegan<strong>do</strong>ao total <strong>de</strong> 58 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital.Até junho <strong>de</strong> 2007 serão implementadas outras 25unida<strong>de</strong>s, ou seja, o Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor passará a contar com 83 unida<strong>de</strong>s. Isto significa que28% <strong>do</strong>s municípios <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> terão pelo menosuma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão digital <strong>do</strong> Programa Beija-Flor.A meta para o segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2007 será <strong>de</strong>implementar 63 novas unida<strong>de</strong>s.Esses da<strong>do</strong>s representam o excelente <strong>de</strong>sempenho e aconsistência com que os trabalhos estão sen<strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> Programa Beija-Flor. Contu<strong>do</strong>,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o potencial <strong>de</strong>ssa ação governamental,sobretu<strong>do</strong> pelo fato <strong>de</strong> se encontrar nas <strong>de</strong>pendências esob a responsabilida<strong>de</strong> da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> daAgricultura <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, outros 850 computa<strong>do</strong>res,<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s para uso exclusivo no Programa Beija-Flor,po<strong>de</strong>mos afirmar que a meta citada pelo Banco <strong>do</strong> Brasil,no prefácio <strong>de</strong>ssa obra, <strong>de</strong> que o Programa Beija-Flor terá,93Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


até 2008, pelo menos uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão digital pormunicípio <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> será alcançada.Relacionamos alguns outros da<strong>do</strong>s sobre os trabalhosrealiza<strong>do</strong>s pelo Programa Beija-Flor:94Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>a) O Banco <strong>do</strong> Brasil fez <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> 34 servi<strong>do</strong>res<strong>de</strong> re<strong>de</strong> para uso nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital;b) O Banco <strong>do</strong> Brasil está <strong>do</strong>an<strong>do</strong> 17 kits paraconexão <strong>de</strong> internet via satélite, sen<strong>do</strong> que alguns<strong>de</strong>sses já foram instala<strong>do</strong>s;c) A Secretaria Estadual da Educação alocou paraunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa Beija-Flor, sediadas emescolas estaduais, outros 17 kits para conexão<strong>de</strong> internet via satélite;d) A Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral está inician<strong>do</strong> aimplementação <strong>de</strong> um sistema para atendimentoon-line aos telecentros <strong>do</strong> Programa Beija-Flor;e) A Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> – Fapesc, está implementan<strong>do</strong> conexão<strong>de</strong> internet em unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa Beija–Flor,inician<strong>do</strong> esses trabalhos pelos municípios <strong>de</strong> SãoFrancisco <strong>do</strong> Sul e Navegantes;f) Ampliação no número <strong>de</strong> equipamentosinstala<strong>do</strong>s nas unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa Beija-Florque receberam conceitos A e B nas avaliaçõesrealizadas pelo Comitê para Democratização daInformática (CDI/SC). No primeiro momento 19unida<strong>de</strong>s receberão <strong>do</strong>is equipamentos extras paraatendimento das <strong>de</strong>mandas locais;


g) O Banco <strong>do</strong> Brasil, o Ministério <strong>do</strong>Desenvolvimento Agrário e a Secretaria Estadualda Agricultura <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> implementarão,até abril/07, o Programa <strong>de</strong> Bibliotecas Rurais Arcadas Letras em cada telecentro <strong>do</strong> Programa Beija-Flor;h) A Faculda<strong>de</strong> Metropolitana <strong>de</strong> Guaramirim e aSecretaria Estadual da Agricultura darão início àimplementação <strong>do</strong> sistema operacional Famelix,inician<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong> software livre no Programa Beija-Flor;i) O Senac/SC, em parceria com a Intel e aSecretaria Estadual da Agricultura estarãoimplementan<strong>do</strong> capacitações na área <strong>de</strong>montagem e configuração <strong>de</strong> microcomputa<strong>do</strong>res.Os telecentros <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Floraten<strong>de</strong>m mensalmente cerca <strong>de</strong> 20.000 pessoas,distribuídas da seguinte forma: 72% compreen<strong>de</strong>mpessoas <strong>de</strong> 5 até 18 anos, 19% com ida<strong>de</strong> na faixa entre18 e 50 anos e os 9% restantes, são pessoas com ida<strong>de</strong>sacima <strong>de</strong> 50 anos. Esses atendimentos correspon<strong>de</strong>m aativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitações e uso livre <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res.Há também um gran<strong>de</strong> movimento com relação aosprocessos <strong>de</strong> capacitação. Até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, haviamsi<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s 18 processos para educa<strong>do</strong>res digitais,coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s e assistentes pedagógicosregionais, envolven<strong>do</strong> 227 pessoas, que compõem a equipe<strong>de</strong> campo <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> que atua nas unida<strong>de</strong>s.Além das capacitações, foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s quatroencontros <strong>de</strong> mobilização comunitária, com participação95Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


96Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>da Sec. Estadual <strong>de</strong> Educação, Prefeituras Municipais,Diretores <strong>de</strong> Escolas, Epagri, Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong>Telecentros, Educa<strong>do</strong>res Digitais, Sec. <strong>de</strong> Desenv.Regional, Professores, Presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Grêmio Estudantil,Verea<strong>do</strong>res, Lí<strong>de</strong>res Comunitários, Cidadãos, <strong>de</strong>ntre outros.No total, 76 (setenta e seis) pessoas participaram <strong>do</strong>sencontros. O objetivo maior está em perceber e mantercontato com as idéias, <strong>de</strong>mandas e sugestões nascidasnas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital e nas comunida<strong>de</strong>satendidas, buscan<strong>do</strong> concretizá-las sob a forma <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> inclusão digital.Novas ferramentas <strong>de</strong> comunicação estão sen<strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvidas através da Internet com objetivo <strong>de</strong> dinamizara comunicação entre as unida<strong>de</strong>s e o gerenciamento dasinformações geradas pelos processos e ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong><strong>projeto</strong>. Além <strong>de</strong>ssas, alguns parceiros estãodisponibilizan<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional, tambémobjetivan<strong>do</strong> prover as equipes das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informaçõese novas ativida<strong>de</strong>s para os usuários.Muitos são os cases que po<strong>de</strong>m ser apresenta<strong>do</strong>s, já quehá uma dinâmica e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autonomia local parao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações e parcerias no âmbito <strong>do</strong>programa. Algumas unida<strong>de</strong>s têm funciona<strong>do</strong> sete dias porsemana. Na gran<strong>de</strong> maioria, são <strong>de</strong>senvolvidas ações <strong>de</strong>caráter social, <strong>de</strong> inclusão e orientação social.Dessa forma, po<strong>de</strong>mos citar cases <strong>de</strong> sucesso querepresentam o objetivo fundamental e todas as <strong>de</strong>maisações <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor.Na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Xaxim, nas <strong>de</strong>pendências da Casa FamiliarRural, no bairro Vila Dia<strong>de</strong>ma, uma das primeiras investidas<strong>do</strong> programa, em parceria com a Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>


Municipal e Estadual, através <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong>Combate a Doenças Sexualmente Transmissíveis, foi oproblema social local <strong>do</strong> alto índice <strong>de</strong> gestantes commenos <strong>de</strong> quinze anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Com o auxílio <strong>de</strong> material<strong>de</strong> campanha da Secretaria Estadual e Municipal daSaú<strong>de</strong>, uma agente <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local, no papel <strong>de</strong> monitorada unida<strong>de</strong>, utilizan<strong>do</strong> materiais e recursos <strong>de</strong> ferramentas<strong>de</strong> tecnologia da informação, procurou divulgar e orientar acomunida<strong>de</strong> local sobre temas relativos às <strong>do</strong>ençassexualmente transmissíveis, méto<strong>do</strong>s contraceptivos, prénatal,<strong>de</strong>ntre outros temas correlatos.Outro exemplo <strong>de</strong> sucesso acontece na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Maravilha, que, além <strong>de</strong> capacitar muitos agricultores,congregou num mesmo espaço diversas ações <strong>de</strong> carátersocial/educacional, disponibilizan<strong>do</strong> à população localvários serviços ofereci<strong>do</strong>s pelo po<strong>de</strong>r público e opções <strong>de</strong>exercício da cidadania.Resulta<strong>do</strong> da parceria com o Banco <strong>do</strong> Brasil, a Unida<strong>de</strong><strong>de</strong> Ponte Alta <strong>do</strong> Norte recebeu indicação para sediar<strong>projeto</strong> piloto na área <strong>de</strong> ensino à distância, um <strong>projeto</strong><strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> por educação solidária, que envolve diversasinstituições nacionais.Outro <strong>de</strong>staque fica por conta <strong>do</strong>s esforços da CaixaEconômica Fe<strong>de</strong>ral em implementar novas unida<strong>de</strong>s parao ano <strong>de</strong> 2007, se colocan<strong>do</strong> aberta às <strong>de</strong>mandas <strong>do</strong>Programa Beija-Flor.Mais um resulta<strong>do</strong>, diz respeito às aproximaçõesinstitucionais que estão sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas, para tanto,o Programa Beija-Flor conta com diversos novos parceiros,<strong>de</strong>ntre eles: Instituto Virtual <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Avança<strong>do</strong>s (VIAS)e o Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC).97Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


Há que se enaltecer o esforço <strong>de</strong> cada membro <strong>de</strong>ssaequipe que, à medida que os trabalhos avançam, buscamalternativas para que o objetivo maior <strong>do</strong> programa sejacumpri<strong>do</strong>, ou seja, inserir pessoas, digital e socialmente.98Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Após exame da primeira pesquisa realizada com asunida<strong>de</strong>s em funcionamento e pelo resulta<strong>do</strong> das visitasfeitas aos assistentes pedagógicos e às unida<strong>de</strong>s, a equipe<strong>de</strong> gestão e os parceiros concluíram que é preciso investirmaior atenção em ações promotoras <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosocial nas comunida<strong>de</strong>s, bem como atuar <strong>de</strong> forma maisincisiva nos aspectos culturais locais.Por fim, outro resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> temrelação com as <strong>de</strong>mandas feitas por diversas instituiçõespelo apoio <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor, sobretu<strong>do</strong> no que dizrespeito a meto<strong>do</strong>logia, suporte e acompanhamento <strong>de</strong>ações.4.9 Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos financeirosOs recursos financeiros necessários para investimentosem equipamentos <strong>de</strong> informática (computa<strong>do</strong>res eperiféricos), <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> custeio, eventos <strong>de</strong>capacitações, manutenção <strong>de</strong> convênios e divulgação <strong>de</strong>ações em 293 unida<strong>de</strong>s conectadas à Internet, para umperío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 3 anos (2007 a 2009), é <strong>de</strong> R$ 6.116.000,00(seis milhões, cento e <strong>de</strong>zesseis mil reais).Tal estimativa tem por base a meto<strong>do</strong>logia e infra-estruturaaplicadas. Há que se consi<strong>de</strong>rar que, na medida em quehaja integração institucional e concentração <strong>de</strong>investimentos financeiros, infra-estruturais e <strong>de</strong> capital


humano por parte <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os parceiros, a tendência éque os custos sejam reduzi<strong>do</strong>s e que se garanta acontinuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> programa.4.10 Justificativa PolíticaExistem muitos argumentos que justificam o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste <strong>projeto</strong>, seja na área social eeconômica, seja em infra-estrutura e outras.De qualquer forma, temos a convicção <strong>de</strong> que o próprioplano <strong>de</strong> governo possui muitas ações que po<strong>de</strong>m sercontempladas com a implementação <strong>de</strong>ste <strong>projeto</strong>,conforme citações abaixo:Oferecer novas alternativas para o jovem agricultor epesca<strong>do</strong>r, com a implantação <strong>de</strong> programas que propiciema sua formação e qualificação.Garantir a qualificação permanente da mão-<strong>de</strong>-obra noprocesso <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong>agricultores, valorizan<strong>do</strong> e fortalecen<strong>do</strong> as relaçõeseconômicas e sociais <strong>do</strong> espaço rural, dan<strong>do</strong> condições àcapacitação <strong>do</strong>s jovens rurais para gerenciareficientemente o próprio negócio. (Meta Governamental -Desenvolvimento Econômico)Desenvolver <strong>projeto</strong>s especiais por meio <strong>de</strong> programas eações participativas, com envolvimento da comunida<strong>de</strong>,<strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s parceiras e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os segmentos <strong>do</strong>snegócios agrícolas, objetivan<strong>do</strong> melhorar as perspectivas<strong>de</strong> inclusão social. (Meta Governamental - Bem-EstarSocial)99Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


Garantir a universalização da educação. (MetaGovernamental – Secretaria da Educação e Inovação)Prover as pequenas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> equipamentos sociais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> educação e <strong>de</strong> lazer, <strong>de</strong> forma a evitar o êxo<strong>do</strong>para as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior porte. (Meta Governamental –Desenvolvimento Urbano)100Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Programar investimentos em infra-estrutura básica <strong>do</strong> meiorural nas áreas <strong>de</strong> educação, saú<strong>de</strong>, saneamento básico,energia elétrica, comunicação, esporte e lazer com oobjetivo <strong>de</strong> incentivar a permanência <strong>do</strong> homem no campo,através da melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nas comunida<strong>de</strong>srurais. (Meta Governamental – Desenvolvimento Rural ePesqueiro).4.11 ParceriasAntes mesmo <strong>de</strong> se arrolar as atribuições <strong>de</strong> cada parceiro,faz-se necessário abordar alguns aspectos que norteiamo papel <strong>de</strong> cada instituição na construção e consolidaçãodas ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.Em primeiro lugar, as relações institucionais eresponsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada instituição <strong>de</strong>vem serexplicitadas em <strong>do</strong>cumentos que oficializam tais relações.Portanto, muitas atribuições abordadas abaixo po<strong>de</strong>rão sercomplementadas e mais bem <strong>de</strong>talhadas.Em segun<strong>do</strong> lugar, o esforço prático que to<strong>do</strong>s osenvolvi<strong>do</strong>s nesse processo estão <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> mostraclaramente que nenhum empecilho po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong>justificativa para paralisar as ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> e, também


que inúmeras ações são executadas mesmo sem estarprevistas em qualquer momento, sobretu<strong>do</strong> explicitadasem <strong>do</strong>cumentos. Portanto, mais <strong>do</strong> que nortear, o presente<strong>do</strong>cumento estimula cada parceiro a não somente cumprircom suas atribuições, mas também a avançar no nãoprevisto.O presente trabalho, homenageia e reconhece os esforços<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s em cada ação <strong>de</strong>senvolvida. Com estafinalida<strong>de</strong>, algumas aproximações institucionais estãosen<strong>do</strong> feitas objetivan<strong>do</strong> captar recursos financeiros parao programa, ampliar a oferta <strong>de</strong> ações nas unida<strong>de</strong>s eintegrar inúmeros esforços entorno <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> inclusãodigital e social.Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura eDesenvolvimento Rural (SAR)Compete-lhe::1) Implementar o Programa Beija-Flor;2) Gerir institucional, técnica e operacionalmenteo <strong>projeto</strong>;3) Aportar recursos financeiros para:3.1) Formalizar convênios ou parcerias;3.2) Divulgar institucionalmente o <strong>projeto</strong>;3.3) Fazer aquisição emergencial <strong>de</strong> acessóriose equipamentos para os telecentros;4) Disponibilizar infra-estrutura estadual, própriaou <strong>de</strong> suas empresas vinculadas, para o<strong>de</strong>senvolvimento das ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;5) Buscar novos parceiros e recursos para o<strong>projeto</strong>;101Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


6) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;7) Organizar processos <strong>de</strong> capacitação;8) Compartilhar técnicos e infra-estrutura com osparceiros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que previsto em protocolo <strong>de</strong>intenções ou outros instrumentos <strong>de</strong> formalização<strong>de</strong> relacionamento.102Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação, Ciência eTecnologiaCompete-lhe:1) Disponibilizar assistente pedagógico local/regional para atuar no <strong>projeto</strong>, seja acompanhan<strong>do</strong>as ações, participan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong>capacitação, próprio e <strong>do</strong>s monitores, oufomentan<strong>do</strong> novas ativida<strong>de</strong>s para o <strong>projeto</strong>;2) Ce<strong>de</strong>r espaço nas escolas estaduaisselecionadas para sediar as unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>,que terão funcionamento <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pelas<strong>de</strong>mandas da comunida<strong>de</strong>;3) Disponibilizar professores escolares e técnicosda área <strong>de</strong> tecnologia para atuarem no <strong>projeto</strong>,sobretu<strong>do</strong> nos processos <strong>de</strong> capacitação;4) Contratar como estagiários ou bolsistas alunospara atuar como monitores ou multiplica<strong>do</strong>res nasunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s telecentros;5) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações para o <strong>projeto</strong>;


6) Participar <strong>do</strong> conselho gestor, estadual e local/regional;7) Compartilhar recursos financeiros para<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações, eventos e processos<strong>de</strong> capacitações;8) Disponibilizar infra-estrutura estadual para<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;1039) Desenvolver e disponibilizar, em parceria com aSecretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura, conteú<strong>do</strong> eaplicativos para utilização no <strong>projeto</strong>;10) Compartilhar equipe técnica para atuaçãoconjunta no <strong>de</strong>senvolvimento e acompanhamento<strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;11) Compartilhar com o Projeto Beija-Florlaboratórios <strong>de</strong> informática já existentes emescolas da re<strong>de</strong> pública, para uso comum;12) Fomentar novas parcerias.Secretarias <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional (SDR´s)O governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, buscan<strong>do</strong><strong>de</strong>scentralizar ações e <strong>de</strong>cisões, criou em sua estruturaSecretarias <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional (SDR). <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> possui trinta secretarias que funcionam comoagências oficiais <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e atuam em parceriacom as prefeituras municipais e os conselhos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento regional.Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


Compete-lhe:1) Disponibilizar técnicos <strong>de</strong> todas as áreaspertinentes (educação, saú<strong>de</strong>, agricultura, etc.)para <strong>de</strong>senvolver ações, acompanhar e atuar no<strong>projeto</strong>;104Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>2) Disponibilizar recursos para aquisição <strong>de</strong>suprimentos <strong>de</strong> consumo emergencial, paramanter as unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> que estarãosediadas em sua área <strong>de</strong> abrangência, bem como,quan<strong>do</strong> necessário, manter os equipamentos <strong>de</strong>informática disponibiliza<strong>do</strong>s para as unida<strong>de</strong>s;3) Ampliar parcerias locais e regionais para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Contratar bolsistas ou estagiários para atuaremcomo monitores ou multiplica<strong>do</strong>res nas unida<strong>de</strong>s<strong>do</strong>s telecentros;5) Disponibilizar técnicos <strong>de</strong> informática para atuarno <strong>projeto</strong>, seja prestan<strong>do</strong> manutençãoemergencial, seja participan<strong>do</strong> no <strong>projeto</strong> comomonitores ou multiplica<strong>do</strong>res;6) Participar <strong>do</strong> conselho gestor local/regional;7) Disponibilizar logística <strong>de</strong> transporte e infraestruturapara acompanhar ações, visitas técnicase instalação <strong>de</strong> equipamentos.


À Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Saú<strong>de</strong>Compete:1) Utilizar os espaços <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor comolocal <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> informações ecampanhas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública;2) Indicar profissional <strong>de</strong>ssa instituição paraacompanhar as ações <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor;3) Disponibilizar recursos financeiros paraprocessos <strong>de</strong> capacitação e eventos <strong>de</strong> integração<strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Articular parcerias locais/regionais.À Secretaria <strong>de</strong> Segurança PúblicaCompete:1) Utilizar os espaços <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor comolocal <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> informações ecampanhas <strong>de</strong> segurança pública;2) Indicar profissional <strong>de</strong>ssa instituição paraacompanhar as ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;3) Disponibilizar recursos financeiros paraprocessos <strong>de</strong> capacitação e eventos <strong>de</strong> integração<strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Articular parcerias locais/regionais.105Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


À Empresa <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária e ExtensãoRural <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> S.A. - EPAGRICompete-lhe:1) Disponibilizar técnicos para atuar no <strong>projeto</strong>;1062) Ministrar cursos <strong>de</strong> capacitação, quan<strong>do</strong>necessário;Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>3) Disponibilizar softwares <strong>de</strong> aplicação para omeio rural, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pela instituição, edistribuí-los gratuitamente para o <strong>projeto</strong>;4) Disponibilizar logística local, regional eestadual;5) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações para o <strong>projeto</strong>em âmbito estadual e local/regional;6) Participar <strong>do</strong> conselho gestor estadual, local/regional;7) Reproduzir material didático;8) Contribuir, no que for possível, na implantaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>finições referente àtecnologia (equipamentos e softwares);9) Em conjunto com as <strong>de</strong>mais instituiçõesparceiras, realizar avaliações <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste<strong>projeto</strong> em três momentos:


9.1) Antes da capacitação, objetivan<strong>do</strong> ter um perfilsócio-econômico <strong>do</strong>s usuários e da comunida<strong>de</strong>on<strong>de</strong> está sedia<strong>do</strong> o telecentro;9.2) Ao término da capacitação, avalian<strong>do</strong> oaproveitamento <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>, refleti<strong>do</strong> naquantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s produtos gera<strong>do</strong>s;9.3) Após o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> um ano, em seminário, <strong>do</strong>qual participem todas as instituições que fazemparte <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> e as comunida<strong>de</strong>s rurais, avaliaro <strong>de</strong>sempenho da unida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> e asexperiências institucionais e individuais após oingresso no <strong>projeto</strong>;10) Participar <strong>do</strong> conselho gestor estadual, local/regional.Às Associações <strong>de</strong> Pais e Professores - APP’sCompete-lhes:1) Receber, através <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> cessão <strong>de</strong> uso,os equipamentos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao <strong>projeto</strong>;2) Responsabilizar-se pela boa conservação,manutenção e bom uso <strong>de</strong>sses equipamentos;3) Acompanhar as ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Participar <strong>do</strong> conselho gestor local/regional <strong>do</strong><strong>projeto</strong>;107Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


5) Disponibilizar recursos financeiros paraaquisição <strong>de</strong> suprimentos <strong>de</strong> consumoemergencial para aten<strong>de</strong>r às ativida<strong>de</strong>s, sempreque necessário;108Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>6) Poporcionar condições para que o espaço<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao <strong>projeto</strong> seja <strong>de</strong> livre acesso aopúblico;7) Ajudar no processo <strong>de</strong> administração <strong>do</strong>cronograma <strong>de</strong> cursos e uso <strong>do</strong> telecentro pelacomunida<strong>de</strong>.À Associação das Casas Familiares Rurais - ArcafarCompete-lhe:1) Receber, através <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> cessão e uso, osequipamentos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao <strong>projeto</strong>;2) Responsabilizar-se pela boa conservação,manutenção e bom uso <strong>de</strong>sses equipamentos;3) Acompanhar as ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Participar <strong>do</strong> conselho gestor local/regional <strong>do</strong><strong>projeto</strong>;5) Disponibilizar recursos financeiros paraaquisição <strong>de</strong> suprimentos para aten<strong>de</strong>r asativida<strong>de</strong>s, sempre que necessário;6) Proporcionar condições para que o espaço<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao <strong>projeto</strong> seja <strong>de</strong> livre acesso público;


7) Ajudar no processo <strong>de</strong> administração <strong>do</strong>cronograma <strong>de</strong> cursos e uso <strong>do</strong> espaço pelacomunida<strong>de</strong>.Ao Comitê para Democratização da Informática <strong>de</strong><strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> (CDI/SC)Compete-lhe:1) Capacitar os assistentes pedagógicos,coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res e monitores que atuarão noprocesso educacional <strong>do</strong>s usuários nostelecentros;2) Disponibilizar gratuitamente licenças <strong>de</strong>software a serem utilizadas exclusivamente no<strong>projeto</strong>;3) Participar <strong>do</strong> conselho gestor <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver as ações <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.Ao Banco <strong>do</strong> BrasilCompete-lhe:1) Disponibilizar recursos financeiros para o<strong>projeto</strong>, sobretu<strong>do</strong> nos processos <strong>de</strong> capacitação,eventos e material publicitário;2) Doar equipamentos, microcomputa<strong>do</strong>res,servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e outros equipamentos a seremutiliza<strong>do</strong>s exclusivamente no <strong>projeto</strong>;109Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


3) Participar <strong>do</strong> conselho gestor estadual, local/regional <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações para o <strong>projeto</strong>.À Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral - CEF110Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Compete-lhe:1) Disponibilizar recursos financeiros para o<strong>projeto</strong>, sobretu<strong>do</strong> nos processos <strong>de</strong> capacitação,eventos e material publicitário;2) Doar equipamentos, microcomputa<strong>do</strong>res,servi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e outros acessórios a seremutiliza<strong>do</strong>s exclusivamente no <strong>projeto</strong>;3) Participar <strong>do</strong> conselho gestor estadual, local/regional <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>;4) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações para o <strong>projeto</strong>.Aos MunicípiosCompete-lhes:1) Disponibilizar espaço para sediar as unida<strong>de</strong>s<strong>do</strong> Programa - o local <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> livre acessopúblico, ser seguro e ter, condições mínimas parauso contínuo <strong>de</strong> pessoas;2) Disponibilizar recursos financeiros paraaquisição <strong>de</strong> suprimentos <strong>de</strong> consumoemergencial para manter as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>telecentro em funcionamento;


3) Participar <strong>do</strong> conselho gestor local/regional;4) Prestar manutenção <strong>do</strong>s equipamentos cedi<strong>do</strong>s;5) Acompanhar e <strong>de</strong>senvolver ações para o <strong>projeto</strong>.Ao Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (MDIC)Compete-lhe:1) Promover ações <strong>do</strong> Programa Beija-Flor noâmbito das políticas públicas e relaçõesinstitucionais no plano Fe<strong>de</strong>ral;2) Viabilizar ações <strong>de</strong> seus parceiros para oProjeto Beija-Flor;3) Apoiar institucionalmente o Programa Beija-Florno <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ferramentas para inclusãodigital.Ao Instituto ViasCompete-lhe:1) Disponibilizar, quan<strong>do</strong> necessário, plataformaeducacional para ensino a distância, a ser<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no âmbito <strong>do</strong> Programa Beija-Flor ;2) Disponibilizar ferramentas <strong>de</strong>senvolvidas peloVIAS que auxiliem no processo <strong>de</strong> inclusão digital;3) Utilizar o Programa Beija-Flor para aplicações<strong>de</strong> sistemas atuais e futuros;111Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


4) Unir esforços com a SAR para a realização <strong>de</strong>eventos relaciona<strong>do</strong>s ao Programa Beija-Flor;5) Disponibilizar, quan<strong>do</strong> necessário, pessoalpróprio para assessoramento ao Programa Beija-Flor, sem ônus para a SAR.112Ao Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Comercial –Senac/SCInclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Compete-lhe:1) Disponibilizar equipe técnica para ações <strong>de</strong>manutenção e instalação <strong>do</strong>s equipamentos,quan<strong>do</strong> esses se encontrarem no prédio daSecretaria <strong>de</strong> Agricultura;2) Fazer parte, institucionalmente, <strong>do</strong>s encontrospromovi<strong>do</strong>s pelo Programa Beija-Flor, com objetivo<strong>de</strong> viabilizar novos papéis no Projeto.Além <strong>de</strong>stas, muitas outras instituições estão inician<strong>do</strong>relacionamento com a gestão <strong>do</strong> programa, buscan<strong>do</strong>formas <strong>de</strong> atuação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações. Dentrealgumas <strong>de</strong>las, po<strong>de</strong>mos citar: Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong><strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> (Unisul); Fundação Casan (Fucas);Fundação Mauricio Sirosky Sobrinho; Grupo Positivo;Ministérios das Comunicações, Ciência e Tecnologia eMinistério <strong>do</strong> Desenvolvimento Agrário. Seja para as novasinstituições, seja para as já existentes, cabe ressaltar quena formalização <strong>de</strong> parcerias são listadas asresponsabilida<strong>de</strong>s das partes, que po<strong>de</strong>rão ou não coincidircom o rol aqui apresenta<strong>do</strong>, ou seja, po<strong>de</strong>rão surgir novasatribuições à medida que os trabalhos evoluírem e quetambém instituições com perfis diferentes das já envolvidasno processo formalizarem parceria com o Programa Beija-Flor.


Entida<strong>de</strong>s Parceiras:Associação das Casas Familiares Rurais - ArcafarBanco <strong>do</strong> BrasilCaixa Econômica Fe<strong>de</strong>ralComitê <strong>de</strong> Democratização da Informática <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> - CDI/SCCompanhia <strong>de</strong> Desenvolvimento Agropecuário <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> - CidascCompanhia <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>- CiascEmpresa <strong>de</strong> Pesquisa e Extensão <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><strong>Catarina</strong> - EpagriFundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> -FapescInstituto Virtual <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Avança<strong>do</strong>s - Instituto ViasMinistério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior - MDICPrefeituras MunicipaisSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura e DesenvolvimentoRuralSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação, Ciência e TecnologiaSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Saú<strong>de</strong>Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Segurança PúblicaSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Desenvolvimento Social, Trabalhoe RendaSecretarias <strong>de</strong> Desenvolvimento RegionalServiço Nacional <strong>de</strong> Aprendizagem Comercial - Senac/SC113Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


4.12 Estrutura Operacional <strong>do</strong> ProjetoO Projeto Beija-Flor tem sua gestão operacional e técnicana Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Agricultura <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>,on<strong>de</strong> seis técnicos <strong>de</strong>senvolvem ações que envolvemdiferentes aspectos <strong>do</strong> <strong>projeto</strong>.114Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Nas Secretarias <strong>de</strong> Desenvolvimento Regional, encontramsetécnicos que atuam regionalmente, articulan<strong>do</strong> epromoven<strong>do</strong> ações, bem como estabelecen<strong>do</strong> o contatoentre a base operacional e as unida<strong>de</strong>s.A Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação possui um técnico,em sua se<strong>de</strong> <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> às ações <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor. Estamesma secretaria disponibiliza seus multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>tecnologias educacionais, que atuam nos Núcleos <strong>de</strong>Tecnologias Educacionais. Além disso, o Projeto Beija-Flor conta com a atuação <strong>do</strong>s Integra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> TecnologiasEducacionais e Administrativas que atuam nas Secretarias<strong>de</strong> Desenvolvimento Regional sob a responsabilida<strong>de</strong> dasGerências Regionais <strong>de</strong> Educação.O Comitê para Democratização da Informática possui umcoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r pedagógico estadual e <strong>do</strong>is assistentespedagógicos regionais, que atuam diretamente junto àsSecretarias Regionais e nas unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor.Os <strong>de</strong>mais parceiros, CEF, BB, prefeituras municipais etc.,possuem em seus quadros técnicos que respon<strong>de</strong>m eatuam em conjunto com os <strong>de</strong>mais parceiros e a Secretaria<strong>de</strong> Agricultura no planejamento <strong>de</strong> ações.


Nas unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor, há a figura <strong>do</strong>scoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s e <strong>do</strong>s multiplica<strong>do</strong>res <strong>do</strong>conhecimento, que po<strong>de</strong>m ou não ser a mesma pessoa.Estas pessoas possuem os mais varia<strong>do</strong>s vínculos com oprograma e as instituições envolvidas: po<strong>de</strong>m serestagiários, bolsistas, estudantes, voluntários, profissionais<strong>do</strong> quadro estadual e municipal, ou mesmo dasassociações da socieda<strong>de</strong> civil que atuam em conjuntocom os <strong>de</strong>mais parceiros <strong>do</strong> programa.115Deve-se <strong>de</strong>stacar também o belo trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>pelas prefeituras municipais e as diversas entida<strong>de</strong>s dasocieda<strong>de</strong> civil.4.13 Municípios Atendi<strong>do</strong>sNa tabela 5 estão relaciona<strong>do</strong>s os municípioscontempla<strong>do</strong>s com unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão digital até<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006.Relação <strong>do</strong>s municípios que se encontram em fase <strong>de</strong>implementação <strong>de</strong> novas unida<strong>de</strong>s: Anchieta, BalneárioBarra <strong>do</strong> Sul, Balneário Camboriú, Barra Bonita, CampoBelo <strong>do</strong> Sul, Capão Alto, Coronel Freitas, DionísioCerqueira, Doutor Pedrinho, Guarujá <strong>do</strong> Sul, Herval <strong>do</strong>Oeste, Iomere, Jardinópolis, Jupia, Luiz Alves, Morro daFumaça, Nova Veneza, Palma Sola, Passos Maia,Princesa, São Carlos, Urupema, Vargem, Vargem Bonita,Vitor Meirelles.Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


Tabela 5. População Total, Rural, Urbana, Percentual da População <strong>de</strong><strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, Percentual <strong>de</strong> Inclusão Digital Municipal e Ranking <strong>de</strong>Inclusão Digital Catarinense.116Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Municipio Pop. Pop. Pop. % da Taxa <strong>de</strong> Rankingtotal (1) Rural (1) Urbana (1) Pop. Inclusão InclusãoSC (1) Digital DigitalMun./SC (2) SC (2)Abelar<strong>do</strong> Luz 16.440 9.212 7.228 0,31% 4,57% 167Agronômica 4.257 3.385 872 0,08% 5,30% 144Águas <strong>de</strong> Chapecó 5.782 3.580 2.202 0,11% 4,65% 165Águas Frias 2.525 2.008 517 0,05% 1,97% 248Alto Bela Vista 2.098 1.576 522 0,04% 3,46% 200Angelina 5.776 4.761 1.015 0,11% 1,93% 252Anitápolis 3.234 2.120 1.114 0,06% 2,09% 243Arabutã 4.160 3.189 971 0,08% 2,57% 228Araquari 23.645 1.645 22.000 0,44% 3,09% 212Armazém 6.873 4.248 2.625 0,13% 9,92% 41Arvore<strong>do</strong> 2.305 1.894 411 0,04% 1,89% 254Brunópolis 3.331 2.624 707 0,06% 1,38% 268Caibi 6.354 3.294 3.060 0,12% 4,21% 178Catanduvas 8.291 2.987 5.304 0,15% 7,87% 76Cerro Negro 4.098 3.404 694 0,08% 1,08% 278Chapadão <strong>do</strong> Lagea<strong>do</strong> 2.561 2.272 289 0,05% 1,57% 261Concórdia 63.058 17.804 45.254 1,18% 10,53% 36Dionísio Cerqueira 14.250 5.640 8.610 0,27% 3,46% 199Erval Velho 4.269 2.109 2.160 0,08% 7,62% 81Faxinal <strong>do</strong>s Gue<strong>de</strong>s 10.767 3.723 7.044 0,20% 6,40% 116Florianópolis 342.315 10.130 332.185 6,39% 33,29% 1Galvão 4.235 1.741 2.494 0,08% 4,69% 162Guaraciaba 11.038 6.673 4.365 0,21% 4,21% 177Ipira 4.979 2.765 2.214 0,09% 4,71% 161Iporã <strong>do</strong> Oeste 7.877 5.026 2.851 0,15% 6,70% 105Ipumirim 6.907 4.423 2.484 0,13% 3,84% 189Iraceminha 4.592 3.370 1.222 0,09% 3,44% 201Irineópolis 9.734 6.770 2.964 0,18% 2,86% 219José Boiteux 4.594 3.128 1.466 0,09% 3,40% 203Laguna 47.568 10.284 37.284 0,89% 7,57% 83Lauro Müller 13.604 3.681 9.923 0,25% 6,35% 118Luzerna 5.572 1.608 3.964 0,10% 11,77% 27Major Vieira 6.906 4.707 2.199 0,13% 3,34% 207Maravilha 18.521 4.295 14.226 0,35% 8,25% 68Mo<strong>de</strong>lo 3.930 1.729 2.201 0,07% 5,95% 131(Continua)


(Continuação)Municipio Pop. Pop. Pop. % da Taxa <strong>de</strong> Rankingtotal (1) Rural (1) Urbana (1) Pop. Inclusão InclusãoSC (1) Digital DigitalMun./SC (2) SC (2)Mondaí 8.728 4.679 4.049 0,16% 4,31% 172Navegantes 39.317 2.667 36.650 0,73% 6,22% 122Ouro 7.419 3.254 4.165 0,14% 6,26% 120Palmitos 16.034 8.028 8.006 0,30% 6,60% 110Papanduva 16.822 8.869 7.953 0,31% 2,53% 229Petrolândia 6.406 4.595 1.811 0,12% 6,00% 129Piratuba 5.812 3.102 2.710 0,11% 6,05% 127Ponte Alta <strong>do</strong> Norte 3.221 883 2.338 0,06% 2,64% 223Quilombo 10.736 6.039 4.697 0,20% 5,44% 142Rio <strong>do</strong> Sul 51.650 3.232 48.418 0,96% 15,76% 10Riqueza 5.166 3.889 1.277 0,10% 2,01% 245São Francisco <strong>do</strong> Sul 32.301 2.371 29.930 0,60% 7,52% 84São José <strong>do</strong> Cedro 13.678 7.019 6.659 0,26% 4,97% 150São José <strong>do</strong> Cerrito 10.393 8.241 2.152 0,19% 1,17% 272Sauda<strong>de</strong>s 8.324 5.427 2.897 0,16% 6,11% 125Seara 16.484 6.221 10.263 0,31% 7,97% 74Sombrio 22.962 7.037 15.925 0,43% 6,83% 100Timbé <strong>do</strong> Sul 5.323 3.640 1.683 0,10% 5,22% 146Treviso 3.144 1.583 1.561 0,06% 7,06% 95Urussanga 18.727 8.077 10.650 0,35% 10,82% 32Xaxim 22.857 6.799 16.058 0,43% 7,38% 87Total <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> 5.356.360 1.138.416 4.217.944 100,0%Fonte: (1) Censo IBGE 2000(2) Mapa da exclusão Digital (FGV/2003)4.14 ContatosPara manter contato com o Programa <strong>de</strong> Inclusão DigitalBeija-Flor, po<strong>de</strong>-se fazer acesso ao sitio <strong>de</strong> internethttp://www.<strong>beija</strong><strong>flor</strong>.agricultura.sc.gov.br ou por e-mail<strong>beija</strong><strong>flor</strong>@agricultura.sc.gov.br ou:Antonio Marcos FelicianoGestor Técnico-OperacionalFone: 48 3239 3913Email:feliciano@agricultura.sc.gov.br117Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


Por fim, a seguir são apresenta<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s acerca das 58unida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor.Tabela 6. Da<strong>do</strong>s das Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor118Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Município Local das Unida<strong>de</strong>s En<strong>de</strong>reçoAbelar<strong>do</strong> Luz E.B. José Maria Assentamento José MariaAgronômica Centro Treinamento Agronômica Rua 6 <strong>de</strong> Junho, 420- CetragÁguas <strong>de</strong> Chapecó Casa Familiar Rural Rua Vi<strong>de</strong>ira, 85Águas Frias E.E.B. Sete <strong>de</strong> Setembro Rua João Pessoa, 637Alto Bela Vista Casa da Cultura Rua José Bordim, 55Angelina Casa Familiar Rural Rua Manoel Lino Koerich, 80Anitápolis E.E.B. Altino Flores Rua Lebon Régis, 23Arabutã E.E.B. Arabutã Rua Adílio Hilário Hutzemberg, 203Araquari Biblioteca Pública Municipal Rua Bom Jesus, 6Armazém Casa Familiar Rural Rua 29 <strong>de</strong> Junho, s/nArvore<strong>do</strong> Biblioteca Pública Municipal Rua 15 <strong>de</strong> Novembro, 25Brunópolis Biblioteca Pública Municipal Rua Armin<strong>do</strong> Leobet, 441Caibi Casa Familiar Rural Linha São Domingos- SC 283 - Km 167Catanduvas Centro <strong>de</strong> Convivência Rua da Liberda<strong>de</strong>Cerro Negro Epagri Rua Francisco Pucci Primo,107Chapadão <strong>do</strong> Lagea<strong>do</strong> Centro Multiuso Av. 29 <strong>de</strong> Novembro, 868Concórdia E.E.B. Dogello Goss Linha Barra <strong>do</strong> TigreDionísio Cerqueira E.E.F. Professor Dalilo Q. Pereira Rua 1º <strong>de</strong> maioErval Velho Prog.Erradicação Trab.Infantil-PET Rua Cel. Honorato VieiraFaxinal <strong>do</strong>s Gue<strong>de</strong>s E.E.F. Alexandre Antoniolli Rua 20 <strong>de</strong> Janeiro 1236Florianópolis E.E.B. Dom Jaime Câmara Ro<strong>do</strong>via Baldicero Filomeno, 7.821Galvão Casa <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Galvão Av. 7 <strong>de</strong> SetembroGuaraciaba E.E.B. Júlio Vicente <strong>de</strong> Pelegrin Linha GuataparemaGuaraciaba Casa Familiar Rural Rua 1º <strong>de</strong> maioIpira E.E.B. Carlos Fries Rua Tira<strong>de</strong>ntes 192Iporã <strong>do</strong> Oeste Casa Familiar Rural Rua Simões 95Ipumirin E.E.F. Ori<strong>de</strong>s Rovani Comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bom SucessoIraceminha E.M. 1 o Grau Linha Moroé Linha MoroéIrineópolis Ginásio <strong>de</strong> Esporte Municipal Rua Mato Grosso s/n.José Boiteux E.E.B. José Clemente Pereira Rua 7 <strong>de</strong> Setembro(Continua)


(Continuação)Município Local das Unida<strong>de</strong>s En<strong>de</strong>reçoLaguna Casa Familiar <strong>do</strong> Mar Rua Profº José Paulo Arantes, 463Lauro Müller E.E.B. Walter Holthausen Rua Walter Vertelli, 727Luzerna Escola Municipal São Francisco Rua São Francisco, 25Major Vieira Casa Familiar Rural Travessa Otacílio <strong>de</strong> Souza, 20Maravilha Casa Familiar Rural Rua da Criança, 484Mo<strong>de</strong>lo Casa Familiar Rural Linha SaleteMondai E. E. B. Laju Estrada Geral LajuNavegantes Colônia <strong>de</strong> Pesca<strong>do</strong>res Av. João Sacavem, 367Ouro E.E.B. Frei Crispim Distrito <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> LúciaPalmitos E.E.F. Jorge Lacerda Vila São BrásPapanduva Esc. Isolada Municipal <strong>de</strong> Rio GuaraniRio GuaraniPetrolândia Cravil Rua Prefeito Fre<strong>de</strong>rico Probst, 112Piratuba Associação <strong>do</strong>s Pequenos Av. 18 <strong>de</strong> Fevereiro, 840Produtores <strong>de</strong> PiratubaPonte Alta <strong>do</strong> Norte E.E.B. Frei Rogério Rua <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, 414Quilombo Casa Familiar Rural Linha SachetRio <strong>do</strong> Sul Casa Familiar Rural Estrada <strong>do</strong> Re<strong>de</strong>ntor, 5.665Riqueza Casa Familiar Rural Linha CambucicaSão Francisco <strong>do</strong> Sul Casa Familiar <strong>do</strong> Mar Av. Nereu Ramos, 3.131São José <strong>do</strong> Cedro E.E.B. Serafim Bertaso Linha São Ven<strong>de</strong>linoSão José <strong>do</strong> Cedro E.E.F. Osni Me<strong>de</strong>iros Régis Rua GoiásSão José <strong>do</strong> Cerrito Biblioteca Pública Municipal Rua Anacleto da Silva Ortiz, s/nSauda<strong>de</strong>s Casa Familiar Rural Linha TaipasSeara Casa Familiar Rural Rua <strong>do</strong> ComércioSombrio Casa Familiar Rural Rua Caetano Lumertz, s/nTimbé <strong>do</strong> Sul E.E.F. Major Alcebía<strong>de</strong>s Seara Estrada geral Amola FacaTreviso Prefeitura Av. José Abatti, 258Urussanga E.E.B. Antonieta Quintanilha Rua da Igreja, s/n<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>Xaxim Casa Familiar Rural Distrito <strong>de</strong> Dia<strong>de</strong>ma - BR 282119Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


4.15 Site <strong>do</strong> Projeto Beija-Flor120Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>Uma das primeiras preocupações que tivemos foi a daurgência e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construir um site <strong>de</strong> internetpara que os usuários e parceiros <strong>do</strong>s telecentrosestivessem sempre atualiza<strong>do</strong>s com os acontecimentose a partir <strong>de</strong>ste ponto se criasse uma nova re<strong>de</strong> <strong>de</strong>relacionamento entre os usuários.O site dinamiza a comunicação entre os envolvi<strong>do</strong>s noprograma, ou seja, com a equipe técnica, os parceiros,multiplica<strong>do</strong>res e usuários, além <strong>de</strong> permitir que cadaunida<strong>de</strong> insira seus conteú<strong>do</strong>s, fotos, textos, calendário<strong>de</strong> eventos, enfim, a produção local, fazen<strong>do</strong> com que todaa re<strong>de</strong> tenha acesso às informações locais relacionan<strong>do</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s trabalhos nas unida<strong>de</strong>s, e tambémsubsidian<strong>do</strong> novas ações. Além <strong>de</strong>ssas ações, o sitepermitirá a comunicação em tempo real entre as unida<strong>de</strong>s,a uniformização <strong>de</strong> comunicação e linguagem dacomunida<strong>de</strong> virtual Beija-Flor, além <strong>de</strong> ser para os usuáriosum importante instrumento <strong>de</strong> comunicação com to<strong>do</strong>sos envolvi<strong>do</strong>s no processo e <strong>de</strong> ser para as instituiçõesparceiras um canal <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> suas ações junto àsocieda<strong>de</strong>.A partir <strong>de</strong>sta ferramenta, muitas outras po<strong>de</strong>rão ser<strong>de</strong>senvolvidas com o objetivo <strong>de</strong> dispor o maior número <strong>de</strong>instrumentos possíveis <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dasações <strong>do</strong> programa, além <strong>de</strong> possibilitar aos usuários,divulgar suas ações na re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res.O site <strong>de</strong>verá ser substituí<strong>do</strong> por um portal <strong>do</strong>conhecimento, cujo objetivo é o <strong>de</strong> dinamizar acomunicação entre as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> forma interativa. Coma construção <strong>do</strong> portal, será possível <strong>de</strong>senvolver ações


<strong>de</strong> ensino a distância, sobretu<strong>do</strong> com a criação <strong>de</strong> tutoriaispara os educa<strong>do</strong>res digitais, bem como açõesgovernamentais que po<strong>de</strong>rão ser acessadas diretamentepelos usuários <strong>do</strong> Programa Beija-Flor, <strong>de</strong>ntre outrosrecursos.121En<strong>de</strong>reço site: www.<strong>beija</strong><strong>flor</strong>.agricultura.sc.gov.brInclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>


4.16 Conselho GestorO Projeto Beija-Flor prevê a instalação <strong>de</strong> conselhosgestores regionais e um conselho gestor estadual.Terão participação no conselho gestor todas as instituiçõesque compõem as parcerias e a socieda<strong>de</strong> civil.122Inclusão digital em comunida<strong>de</strong>s rurais: <strong>projeto</strong> <strong>beija</strong>-<strong>flor</strong>O conselho gestor terá normativa própria por meio <strong>de</strong>estatuto. Neste <strong>do</strong>cumento, serão <strong>de</strong>talhadas todas asrelações e atribuições <strong>do</strong>s membros e entre si.


5Consi<strong>de</strong>rações FinaisPor se tratar <strong>de</strong> uma ação com forte viés social, o Programa<strong>de</strong> Inclusão Digital Beija-Flor atua procuran<strong>do</strong> fortalecer afigura e o papel <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> em processos sociais, aintegração entre instituições públicas, privadas e <strong>do</strong>terceiros setor, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma, que ações<strong>de</strong> inclusão digital são econômica e socialmente viáveis.123Consi<strong>de</strong>rações FinaisA articulação das ações será <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> daSecretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que teráíntima relação com o conselho gestor estadual, local/regional, além <strong>de</strong> disponibilizar aos parceiros seu banco<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s com informações relativas ao programa, crian<strong>do</strong>uma re<strong>de</strong> interinstitucional que com uso compartilha<strong>do</strong> <strong>de</strong>informações proporcionará sustentabilida<strong>de</strong> ao <strong>projeto</strong>.O espera<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s no <strong>projeto</strong> é que seconsiga inserir o máximo possível <strong>de</strong> cidadãos nosespaços <strong>de</strong> inclusão digital, crian<strong>do</strong> massa critica e que oresulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada ação possa gerar bem-estar individual ecoletivo.


124Divulgar os conhecimentos gera<strong>do</strong>s nas ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>stelecentros fortalece a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas que atuam noprocesso, seja como agentes multiplica<strong>do</strong>res <strong>do</strong>conhecimento ou educa<strong>do</strong>res digitais, seja como usuários<strong>do</strong>s recursos ali disponíveis, além <strong>de</strong>sse aspecto, suscitaa promoção <strong>de</strong> novas ativida<strong>de</strong>s. To<strong>do</strong>s esses, são gran<strong>de</strong>s<strong>de</strong>safios a serem enfrenta<strong>do</strong>s e que somente serãosupera<strong>do</strong>s caso o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada ação sejapreconiza<strong>do</strong> por um intenso processo sinérgico entre todasas partes envolvidas.Consi<strong>de</strong>rações Finais<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>, além <strong>de</strong> objetivar reverter os índices <strong>de</strong>exclusão digital e social, busca fortalecer a figura <strong>do</strong>cidadão útil, ou seja, <strong>do</strong> que <strong>de</strong>bate os problemasencaminhan<strong>do</strong> soluções, <strong>do</strong> que promove a integraçãocomunitária, <strong>de</strong> cidadãos capazes <strong>de</strong> pensar umasocieda<strong>de</strong> futura mais eqüitativa, ética e justa. O cidadão,<strong>de</strong>ssa forma, estaria crian<strong>do</strong> condições sociais para quea socieda<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolva <strong>de</strong> forma sustentada.


6Literatura ConsultadaANUÁRIO EXAME 2004-2005: infra-estrutura. São Paulo:Abril, 2005.ARANHA, M. L. A. Pedagogia histórico crítica: ootimismo dialético em educação. São Paulo: PUC, 1992.125Literatura ConsultadaAREDE. São Paulo: Momento Editorial, v. 1, n. 11, <strong>de</strong>z.2006. 50p.AREDE. São Paulo: Momento Editorial, v. 1, n. 21, <strong>de</strong>z.2006. 50pBORCHARD, Ilmar; FELICIANO, Antonio M.; SILVA, CésarAugusto F. da. Diagnóstico da exclusão social em<strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>: mapa da fome. Florianópolis: SDS/Instituto <strong>Cepa</strong>/SC, 2003. 235p.BOSI, Alfre<strong>do</strong>; et. al. Cronologia. Almanaque ciência.Disponível em: http://www.almanaque.Folha.uol.com.br/ciencia90.htm. Acesso em: 24 jan. 2006.


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