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Lorena Borges da Costa.pdf - Universidade Católica de Brasília

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Pró-Reitoria <strong>de</strong> GraduaçãoCurso <strong>de</strong> EnfermagemTrabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> CursoA IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS -LIBRAS PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEMQUALIFICADA JUNTO AO PACIENTE SURDOAutor: <strong>Lorena</strong> <strong>Borges</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong>Orientador: Profª. MSc. Olga Cristina Rocha <strong>de</strong> FreitasBrasília – DF2010


LORENA BORGES DA COSTAA IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS PARA AASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM QUALIFICADA JUNTO AO PACIENTESURDOMonografia apresenta<strong>da</strong> ao Curso <strong>de</strong>Graduação em Enfermagem <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>Católica <strong>de</strong> Brasília como requisito parcialpara obtenção do título <strong>de</strong> Bacharel emEnfermagemOrientadora: Professora Mestre Olga CristinaRocha <strong>de</strong> FreitasBrasília2010


Projeto <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> <strong>Lorena</strong> <strong>Borges</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong>, intitula<strong>da</strong> “A IMPORTÂNCIA DALÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS PARA A ASSISTÊNCIA DEENFERMAGEM QUALIFICADA JUNTO AO PACIENTE SURDO”, apresenta<strong>da</strong>como requisito parcial para obtenção do grau <strong>de</strong> Bacharel em Enfermagem <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, dia 16 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010, <strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> pelabanca examinadora abaixo assina<strong>da</strong>:_______________________________________Prof.ª MSc. Olga Cristina Rocha <strong>de</strong> FreitasOrientadoraLetras - UCB_________________________________________Prof. Especialista Leandro Tavares OliveiraExaminadorEnfermagem - UCB_________________________________________Profª. Maria <strong>da</strong> Guia Pereira <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>ExaminadorEnfermagem – UCBBrasília2010


Dedico imensamente a Deus. Aos meusPAIS que estiveram comigo, mesmo emdias chuvosos ou ensolarados, mostrando- me condições e coragem paracontinuar. Ao meu irmão pela força eaos amigos que ficaram ao meu lado<strong>da</strong>ndo – me garantias e fun<strong>da</strong>mentospara permanecer crescendo e confiandoem mim, fortalecendo ain<strong>da</strong> mais meusconceitos.


AGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço aos profissionais que se empenharam em me apoiar e aconselhar nesseprojeto, aos pacientes que participaram <strong>da</strong> pesquisa e a professora Olga Cristina Rocha<strong>de</strong> Freitas pela <strong>de</strong>dicação e aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma incisiva na conclusão <strong>de</strong>sse projeto <strong>de</strong>pesquisa.


“A Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais, nasmãos <strong>de</strong> seus mestres, é uma línguaextraordinariamente bela e expressiva,para a qual, na comunicação uns com osoutros e como um modo <strong>de</strong> atingir comfacili<strong>da</strong><strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z a mente dos surdos,nem a natureza nem a arte lhesconce<strong>de</strong>u um substituto á altura.”J. Schuyler Long, 1910


RESUMOCOSTA, <strong>Lorena</strong> <strong>Borges</strong> <strong>da</strong>. A Importância <strong>da</strong> Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais – Libras paraa Assistência <strong>de</strong> Enfermagem qualifica<strong>da</strong> junto ao paciente surdo. Junho <strong>de</strong> 2010. 49folhas. Enfermagem, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, Brasília - BSB, 2010.A Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais – LIBRAS é legalmente (Lei 10.436/2002) a línguautiliza<strong>da</strong> pela população sur<strong>da</strong> brasileira, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma importante via para o<strong>de</strong>senvolvimento do surdo em todos os níveis <strong>de</strong> conhecimento, e <strong>de</strong>sempenhando umaimportante função <strong>de</strong> suporte do pensamento e <strong>de</strong> estimulador do <strong>de</strong>senvolvimentocognitivo e social. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é <strong>de</strong>monstrar a importância <strong>de</strong> introdução <strong>da</strong>Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais – LIBRAS no âmbito acadêmico <strong>de</strong> formação dosprofissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, viabilizando uma melhor interação entre paciente –profissional, tendo uma melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos atendimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Trata – se <strong>de</strong>uma pesquisa realiza<strong>da</strong> com 10 pacientes surdos usuários <strong>da</strong> LIBRAS que utilizaram oSistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - SUS. A pesquisa, <strong>de</strong> caráter qualitativo – quantitativo,utilizou como instrumento um questionário semi – estruturado e a filmagem <strong>de</strong> relatosdos participantes. Os resultados <strong>de</strong>monstraram a pouca eficácia <strong>da</strong> assistência aopaciente surdo <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> êxito na comunicação.Palavras – Chave: LIBRAS, Surdo, Assistência, Enfermagem


ABSTRACTCOSTA, <strong>Lorena</strong> <strong>Borges</strong> <strong>da</strong>. The Importance of the Brazilian Language of Signals -LIBRAS for the Assistance of qualified Nursing next to the <strong>de</strong>af patient. June of 2010.49 sheets. Nursing, University Catholic of Brasilia, Brasilia - BSB, 2010.The Brazilian Language of Signals - LIBRAS are legally (Law 10,436/2002) thelanguage used for the Brazilian <strong>de</strong>af population, consi<strong>de</strong>red an important saw for the<strong>de</strong>velopment of the <strong>de</strong>af in all the knowledge levels, and performance an importantsupport function of thought and stimulator of cognitive <strong>de</strong>velopment and social. Theobjective of this study is to <strong>de</strong>monstrate the importance of introduction of the BrazilianLanguage of Signals - LIBRAS in the aca<strong>de</strong>mic scope of formation of the professionalsof the area of the health, making possible one better interaction between patient -professional, having an improvement in quality of the atten<strong>da</strong>nces of health. If treats ofa research carried through with 10 users <strong>de</strong>af patients of the LIBRAS who used theOnly System of Health - SUS. The research, character qualitative - quantitative used asan instrument questionnaire semi - structured and the filming of the participants' reports.The results had <strong>de</strong>monstrated to little effectiveness of the assistance to the <strong>de</strong>af patientdue to lack of success in the communication.Words - Key: LIBRAS, Deaf, Assistance, Nursing


LISTA DE ABREVIATURASCEPE – Código <strong>de</strong> Ética do Profissional EnfermeiroDCN – Diretrizes Curriculares NacionaisDF – Distrito Fe<strong>de</strong>ralIBGE – Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e EstatísticaLIBRAS – Língua Brasileira <strong>de</strong> SinaisSUS – Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>TCLE – Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e EsclarecidoUBEC – União Brasiliense <strong>de</strong> Educação e CulturaUCB – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> BrasíliaUTI – Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva


SUMÁRIO1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 102 – REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 132.1 – LIBRAS - Breve Histórico ................................................................................ 132.2 – Saú<strong>de</strong> e LIBRAS ................................................................................................ 193 – JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 224 – OBJETIVOS ............................................................................................................. 234.1 – Objetivo Geral .................................................................................................... 234.2 – Objetivos Específicos ........................................................................................ 235 – MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................ 245.1 – Tipo <strong>de</strong> Pesquisa ................................................................................................ 245.2 – Local <strong>da</strong> Pesquisa ............................................................................................... 245.3 – Instrumentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Dados ...................................................................... 265.4 – Sujeito <strong>da</strong> População <strong>da</strong> Pesquisa ...................................................................... 265.4.1 - Critério <strong>de</strong> Inclusão ...................................................................................... 275.4.2 – Critérios <strong>de</strong> Exclusão .................................................................................. 275.5 – Análise dos Dados ............................................................................................. 275.6 – Aspectos Éticos .................................................................................................. 276 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................. 297 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 358 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ....................................................................... 369 – APÊNDICE .............................................................................................................. 409.1 - Questionário Semi – Estruturado ........................................................................ 409.2 – Roteiro do Ví<strong>de</strong>o ................................................................................................ 4310 – ANEXOS ................................................................................................................ 4410.1 - Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE ................................... 4410.2 - Termo <strong>de</strong> Autorização do Uso <strong>de</strong> Imagem ....................................................... 46


101 – INTRODUÇÃOA Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais – LIBRAS, língua <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> gesto – visual,constitui o símbolo por excelência <strong>da</strong> pessoa com sur<strong>de</strong>z. É reconheci<strong>da</strong>mente umalíngua utiliza<strong>da</strong> pela população sur<strong>da</strong>, uma língua natural por meio <strong>da</strong> qual a educação ea continui<strong>da</strong><strong>de</strong> se tornam mais fáceis para o aprendizado dos estu<strong>da</strong>ntes (Lei10.436/2002).A LIBRAS, usa<strong>da</strong> pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong> brasileira, difundi<strong>da</strong> por todo país éorganiza<strong>da</strong> especificamente <strong>de</strong> forma tão complexa quanto as línguas orais – auditivas,seguindo regras gramaticais e estruturas linguística própria. Mas isso não nos impe<strong>de</strong> <strong>de</strong>estu<strong>da</strong>r e difundir ain<strong>da</strong> mais essa forma <strong>de</strong> comunicação (QUADROS E KARNOPP,2004).Na Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> as temáticas <strong>da</strong> sur<strong>de</strong>z e <strong>da</strong> língua <strong>de</strong> sinais não eram abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s.Os surdos eram consi<strong>de</strong>rados seres sem consciência e inferiores, por isso, não tinhamdireito à convivência em socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, viviam à margem <strong>de</strong>la. Mas felizmente, com opassar do tempo e com os avanços científicos e sociais, po<strong>de</strong> se hoje perceber umgran<strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> profissionais nesse assunto e como consequência a prática <strong>da</strong>educação.O ser humano, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios, <strong>de</strong>monstram a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicaçãoe expressão, seja ela <strong>de</strong> forma fala<strong>da</strong>, gestual ou manuscrita. Todos, com nossasparticulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>mos participar ativamente <strong>de</strong> qualquer forma <strong>de</strong> comunicação.A língua <strong>de</strong> sinais é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma importante via para o <strong>de</strong>senvolvimento dosurdo em todos os níveis <strong>de</strong> conhecimento, e como tal propicia não apenas acomunicação surdo – surdo, mas também surdo – ouvinte, <strong>de</strong>sempenhando umaimportante função <strong>de</strong> suporte do pensamento e <strong>de</strong> estimulador do <strong>de</strong>senvolvimentocognitivo e social (BRITO, 1993).Entretanto, os requisitos <strong>de</strong> um período marcado pelo preconceito e pelamarginalização ain<strong>da</strong> se fazem presentes em nossa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tanto assim que, emboraexistam leis e <strong>de</strong>cretos reconhecendo e <strong>de</strong>terminando os direitos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>em se comunicar e ter acesso aos conhecimentos socialmente relevantes e serviçospúblicos em LIBRAS, pouco se conhece a respeito (CHAVEIRO E BARBOSA, 2005).


11Na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, por exemplo, o <strong>de</strong>sconhecimento sobre a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>comunicativa dos surdos tem gerado falhas no atendimento a esse paciente, que járesultaram até em óbito. Diante <strong>de</strong> todo o complexo que envolve a relação entrepaciente surdo e profissional <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, surge a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma didática que envolvaesse profissional diretamente na atenção a esse paciente, sem que haja nenhumadificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em ambas as partes (CHAVEIRO et al, 2008).Nós profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, raramente <strong>de</strong>paramos com alguma pessoa quepossua algum problema auditivo, mas isso não é algo irreal na nossa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Afalta <strong>de</strong> informação e capacitação dos profissionais faz com que essa parcela <strong>da</strong>população tenha certa restrição quando se trata <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>.As dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação entre pessoas sur<strong>da</strong>s e ouvintes, contribuempara a não procura pelos serviços essenciais, como a saú<strong>de</strong>, restringindo mais ain<strong>da</strong> ainteração e inclusão social do surdo e o exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. A escassez <strong>de</strong> pacientescom sur<strong>de</strong>z nos hospitais limita a procura do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolveressa habili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Porém, se a saú<strong>de</strong> é direito <strong>de</strong> todos, os <strong>de</strong>ficientes auditivos tem respaldo sobreesse tipo <strong>de</strong> atendimento qualificado, tornando – se necessário que os novosprofissionais tenham esse atendimento, pois a saú<strong>de</strong> necessita <strong>de</strong> melhoria e todos<strong>de</strong>vem ser assistidos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> suas restrições (LANNI E PEREIRA, 2009).Devido a esse déficit na formação dos profissionais, o atendimento vem com otempo sendo mais precário ain<strong>da</strong>, prejudicando a assistência <strong>de</strong>sse paciente. Comomelhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento a essa parcela <strong>da</strong> população, este trabalho visamelhorar e esclarecer o quanto é importante e relevante esse assunto na saú<strong>de</strong>.A comunicação com o surdo surge como um <strong>de</strong>safio aos profissionais que lhesprestam assistência à saú<strong>de</strong>, isso por que os profissionais não estão qualificados <strong>de</strong>maneira correta para tal atendimento. É importante ressaltar que essa comunicação só écompleta se ambas as partes fazem por enten<strong>de</strong>r uma a outra (CHAVEIRO EBARBOSA, 2005).O novo profissional <strong>de</strong>ve possuir uma visão universal, preocupando – se com orelacionamento enfermeiro – usuário, com o objetivo <strong>de</strong> proporcionar um equilíbrioemocional, social e racional, visando à promoção, proteção e recuperação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong>sse. Deve – se ter pensamento ético e humanizado, noções <strong>de</strong> suas carências


12profissionais buscando a ca<strong>da</strong> dia se capacitar mais, para assim conseguir ser uminfluente transformador em sua uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho (GROSSI JUNIOR E SANTOS,2009).


132 – REFERENCIAL TEÓRICO2.1 – LIBRAS - Breve HistóricoA comunicação conce<strong>de</strong> ao homem a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expressar - se e assimpo<strong>de</strong>r transmitir tudo o que pensa e sente ao outro. Os surdos, por não possuírem acomunicação oral, eram excluídos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em que viviam. Então para a inclusão<strong>de</strong>ssa pequena parte <strong>da</strong> população na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, a LIBRAS vem para <strong>da</strong>r mais espaço aspessoas com per<strong>da</strong> total ou parcial <strong>da</strong> audição.Os termos “surdo” e “sur<strong>de</strong>z” são preferidos pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>, porconsi<strong>de</strong>rarem que “<strong>de</strong>ficientes auditivos” são termos que escon<strong>de</strong>m preconceitos comrelação às pessoas sur<strong>da</strong>s, cuja falta <strong>de</strong> audição levou – os a <strong>de</strong>senvolver essa habili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> língua gesto – visual (BRITO, 1993).“Os ouvintes são acometidos pela crença <strong>de</strong> que ser ouvinte é melhor que sersurdo, pois, na ótica ouvinte, ser surdo é resultado <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> umahabili<strong>da</strong><strong>de</strong> “disponível” para a maioria dos seres humanos. No entanto, essaparece ser uma questão <strong>de</strong> mero ponto <strong>de</strong> visto (BRASIL, 2004, p. 36)”.Durante a Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> e por quase to<strong>da</strong> a I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média pensava – se que ossurdos não fossem educáveis ou que fossem imbecis. É no início do século XVI que secomeça a admitir que os surdos possam apren<strong>de</strong>r através <strong>de</strong> procedimentos pe<strong>da</strong>gógicossem que haja interferências sobrenaturais. O propósito <strong>da</strong> educação dos surdos então erafazer com que estes pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>senvolver seu pensamento, adquirir conhecimento e secomunicar com o mundo ouvinte. Para tal, procurava – se ensina – los a falar e acompreen<strong>de</strong>r a língua fala<strong>da</strong>, mas a fala era consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma estratégia em meio aoutras <strong>de</strong> se alcançar tais objetivos (LACERDA, 1998).Mas como na Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> isso não era uma coisa muito entendi<strong>da</strong> e aceita pelamaioria <strong>da</strong> população, a educação dos surdos era manti<strong>da</strong> em segredo, ca<strong>da</strong> educadortrabalhava <strong>de</strong> uma forma autônoma na educação <strong>de</strong>ste. Um importante pe<strong>da</strong>gogoalemão Heinicke, relatou que sua técnica <strong>de</strong> ensinamento aos surdos não era conheci<strong>da</strong>por ninguém, com exceção do filho. Por ter passado muita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> nessa fase, negou– se a expor a sua forma <strong>de</strong> ensinar não dividindo com ninguém suas conquistas. Assim


14nosso conhecimento em relação às práticas e aos ensinamentos nessa época são restrito,fazendo com que gran<strong>de</strong>s conquistas fossem perdi<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> divulgação.Na tentativa <strong>de</strong> ensinar os surdos, a língua escrita também era usa<strong>da</strong> como afala<strong>da</strong>. Acreditava – se que se ele apren<strong>de</strong>sse a escrever, saberia associar a fala eposteriormente interpretar e utilizar a leitura labial como um dos recursos para suacomunicação. Acreditava – se que os surdos beneficiados por esse método <strong>de</strong> educaçãoeram minoria.Como po<strong>de</strong>mos perceber não havia uma forma padrão <strong>de</strong> educação dos surdos,então isso causava certa incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre oralistas e gestualistas. Sendo que osoralistas exigiam que o surdo apren<strong>de</strong>sse a falar, po<strong>de</strong>ndo obter essa forma <strong>de</strong>comunicação com to<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, já os gestualistas eram mais tolerantes sabiam ecompreendiam as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s pelos surdos acreditando e aceitando suaautonomia, auxiliando assim na sua comunicação com as pessoas utilizando uma línguanão fala<strong>da</strong>, mas que fosse capaz <strong>de</strong> expressar o pensamento <strong>de</strong>sses.Um especialista e <strong>de</strong>fensor <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem gestualista, <strong>de</strong>nominado “métodofrancês”, foi Charles M. De L’Epée. O primeiro a estu<strong>da</strong>r a língua <strong>de</strong> sinais usa<strong>da</strong> pelossurdos. De L’Epée observou que as pessoas conseguiam se comunicar na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>gesto – visual <strong>de</strong> forma eficiente. Partindo <strong>de</strong>sse ponto aprimorou os sinais e <strong>de</strong>nominouesse sistema <strong>de</strong> “sinais metódicos”. Como forma <strong>de</strong> educar os surdos, era necessárioque os educadores tivessem conhecimento sobre tal técnica <strong>de</strong> educação, visandoensinar e apren<strong>de</strong>r com estes a língua escrita e fala<strong>da</strong> (SACKS, 1999).Para o francês De L’Epée a linguagem <strong>de</strong> sinais era a língua natural própria dosurdo, tendo ele tal direito para utiliza – la.Já para o alemão Heinicke o oralismo era obrigatório e ficou conhecido como“método alemão”, ele acreditava que a única forma <strong>de</strong> expressão era através <strong>da</strong> línguaoral como predominância e a escrita como auxílio.Devido a esses pensamentos contrários foi realizado em Paris, no ano <strong>de</strong> 1878 oI Congresso Internacional sobre a Instrução <strong>de</strong> Surdos, que mesmo com todo avanço emrelação á época vivi<strong>da</strong>, tinha mais a<strong>de</strong>ptos a língua oral, mas que já <strong>de</strong>u importantesdireitos aos surdos.Já em 1880 foi realizado o II Congresso Internacional, em Milão que vinha maisforte a educação dos surdos utilizando o método oralilsta, a discussão foi realiza<strong>da</strong> com


15pessoas ouvintes e sur<strong>da</strong>s, fazendo com que ain<strong>da</strong> o “método francês” tivesse força.Mas como havia surdos que conseguiam se expressar através <strong>da</strong> língua oral, os surdosque não obtiveram êxito, assim foram à <strong>de</strong>legação dos EUA junto a seus educadores,ficou toma<strong>da</strong> a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> praticamente abolir a linguagem <strong>de</strong> sinais (SACKS, 1999).Depois <strong>de</strong> to<strong>da</strong> essa discussão ficou claro que a forma <strong>de</strong> educação dos surdosseria através <strong>da</strong> forma oralista, tempos <strong>de</strong>pois se percebe que alguns alunos nãoconseguiam apren<strong>de</strong>r e nem interagir na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> forma satisfatória, obtendo poucainformação e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na leitura e escrita, <strong>de</strong>ixando mais claro e explícito o quanto ooralismo não era a forma correta <strong>de</strong> aprendizado dos surdos (GÓES, 1996).Só no início dos anos 50 houve algo realmente importante, com as novas<strong>de</strong>scobertas técnicas para melhorar a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado <strong>de</strong> crianças sur<strong>da</strong>sbem pequenas.Não tendo mais o oralismo como obrigação, e sim uma opção, o uso <strong>de</strong> prótesesveio aumentando os novos métodos <strong>de</strong> leitura labial favorecendo na educação <strong>de</strong>crianças com sur<strong>de</strong>z profun<strong>da</strong>, levando – os a ouvir, interpretar e consequentementefalar.O <strong>de</strong>scontentamento com o oralismo começa a aparecer <strong>de</strong>vido à dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>a<strong>de</strong>são e satisfação com a educação dos surdos. A dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> falava mais alto que anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter indivíduos ouvintes e falantes na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.Partindo do estudo do francês De L’Epée, Willian Stokoe revela nos anos <strong>de</strong>1960, que a língua <strong>de</strong> sinais era a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira língua, preenchendo em gran<strong>de</strong> parte osrequisitos que a linguística então colocava para as línguas orais.Com o <strong>de</strong>sagrado em relação à língua oral, surge uma tendência nos anos 70 quefoi chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> Comunicação Total, esta é a prática <strong>de</strong> usar sinais, leitura orofacial eamplificação do alfabeto digital para fornecer inputs linguístico para estu<strong>da</strong>ntes surdos(LACERDA, 1998), essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizado vem para auxiliar no oralismo,fazendo com que este método passe a ter uma contribuição no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>criança com seus familiares, professores e com sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> no todo. Acomunicação total po<strong>de</strong> utilizar tanto sinais retirados <strong>da</strong> língua <strong>de</strong> sinais pelacomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>, quanto os sinais gramaticais modificados e marcadores paraelementos presentes na língua fala<strong>da</strong>, mas não po<strong>de</strong> utilizar – se <strong>da</strong> língua <strong>de</strong> sinais.


16Essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino auxilia na comunicação e no aprendizado <strong>da</strong>scrianças, visto que mesmo tendo contato com os sinais estes não são utilizados comoforma predominante, mas sim <strong>de</strong> auxílio na comunicação.Mesmo com todo esse avanço na educação, ficou marcado que a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>aceitação e a<strong>da</strong>ptação dos usuários <strong>de</strong>sses métodos eram presentes. O oralismo não foibanido e a língua <strong>de</strong> sinais não era predominante.Eis que surge o Bilinguismo, trazendo em suas características a língua <strong>de</strong> sinaisque é naturalmente a<strong>de</strong>ri<strong>da</strong> pelos surdos. Permitindo uma linguagem ampla, eficiente ebem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pelo surdo, auxiliando no <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo, social epessoal.A característica predominante <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo é a forma <strong>de</strong> aprendizado, o alunousa o modo gesto – visual para sua interpretação. Não se torna necessário e nemobrigatório a fala. Ele usa gestos e a sua visão para expressar, respon<strong>de</strong>r, falar e sentir oque a outra pessoa passa através dos gestos.Desse modo a aceitação e a<strong>de</strong>são dos alunos torna – se mais fácil em todos ossentidos, fazendo com que se tenha vonta<strong>de</strong> e reconhecimento na sua formaçãoprofissional e pessoal participando ativamente <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em que vive.O objetivo <strong>da</strong> educação bilíngue é que a criança sur<strong>da</strong> possa ter um<strong>de</strong>senvolvimento cognitivo – linguístico paralelo ao verificado na criança ouvinte, e quepossa <strong>de</strong>senvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes, tendo acesso às duaslínguas: a língua <strong>de</strong> sinais e a língua majoritária.Após to<strong>da</strong> essa observação na construção <strong>da</strong> educação do surdo, fica níti<strong>da</strong> afacili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> LIBRAS em sua forma <strong>de</strong> comunicação.No Brasil não po<strong>de</strong>ria ser diferente, mesmo não obtendo avanços como estes, opaís se propôs a trabalhar essa questão mais <strong>de</strong> perto trazendo para o Rio <strong>de</strong> Janeiro o IInstituto <strong>de</strong> Surdos.A história <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção do Imperial Instituto dos Surdos Mudos do Rio <strong>de</strong>Janeiro começou na Europa, mas precisamente no Instituto Nacional <strong>de</strong> Paris, pois <strong>de</strong> láveio seu fun<strong>da</strong>dor. O professor surdo Ernerst Huet lecionava neste instituto e já haviadirigido o Instituto <strong>de</strong> Surdo Mudo <strong>de</strong> Bourges, quando intencionou estabelecer noBrasil uma escola volta<strong>da</strong> para o ensino <strong>de</strong> surdos. No Rio <strong>de</strong> Janeiro foi concedi<strong>da</strong>permissão ao professor Huet para a criação <strong>de</strong>sse instituto mediante auxílio do governo.


17De qualquer forma, a influência do governo e dos membros <strong>da</strong> ComissãoInspetora foi fun<strong>da</strong>mental à criação do instituto, pois no período <strong>da</strong> direção <strong>de</strong> Huet(1856 – 1861) não houve outro professor para auxiliá – lo, a não ser sua própria esposaque cui<strong>da</strong>va <strong>da</strong>s meninas sur<strong>da</strong>s (PINTO, 2006).A Comissão Inspetora estava sempre a pedir auxílio do governo para satisfazeras necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do instituto. Através <strong>de</strong> uma petição <strong>de</strong> auxílio pecuniário e subvençãoencaminha<strong>da</strong> ao corpo legislativo e à Assembléia Provi<strong>de</strong>ncial do Rio <strong>de</strong> Janeiro, oInstituto dos Surdos Mudos conseguiu subvenção anual e pensões aos alunos surdos –mudos pobres. Esta Lei n° 939 instituiu a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção do instituto, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> sero dia 1° <strong>de</strong> Janeiro 1856 passando para 26 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1857 (PINTO, 2006).No momento, não se po<strong>de</strong> excluir a relação entre cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, filantropia eeducação, na medi<strong>da</strong> em que essas ações são complementares entre si. O ImperialInstituto dos Surdos Mudos não teria existido se não houvesse a “cari<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nsreligiosas como o Mosteiro <strong>de</strong> São Bento e o Convento do Carmo, nem a assistência<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Governo Imperial através <strong>da</strong> subvenção e pensões anuais (PINTO, 2006). Poroutro lado, o instituto não possuiria estilo educativo se não houvesse o empenho doprofessor Huet em vir ao Brasil implementar o projeto <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ssa escola parasurdos.Houve progresso após todos esses anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, profissionais se<strong>de</strong>dicaram em maior número e tempo ao estudo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino ao surdo. Essamelhoria proporcionava uma inclusão do surdo na socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, fazendo com que todosolhassem para essa pessoa com um ser humano “normal” como todos os outros.Este estudo tenta provocar questões que possam ampliar o entendimento sobreos discursos e as práticas tradicionais estabeleci<strong>da</strong>s quanto à sur<strong>de</strong>z, bem comoultrapassar a mera oposição à visão médico – terapêutica e, sobretudo, caminhar emdireção ao reconhecimento político <strong>da</strong> sur<strong>de</strong>z enquanto diferença (SÀ, 2002).Reconhecer a diferença não no sentido <strong>de</strong> igualá – lo a diferença <strong>de</strong> outrosgrupos, numa tentativa <strong>de</strong> “acabar com” a diferença – ou seja, tentando “normalizar” ossurdos – nem mesmo no sentido <strong>de</strong> dizer que eles sofrem as mesmas limitações erestrições a que estão submetidos outros grupos minoritários, <strong>de</strong>nominados oprimidos,mas firmando um “reconhecimento político” <strong>da</strong> sur<strong>de</strong>z e dos surdos. Essereconhecimento político se po<strong>de</strong> traduzir em ações que consi<strong>de</strong>rem os direitos dos


18surdos enquanto ci<strong>da</strong>dãos e o reconhecimento dos múltiplos recortes <strong>de</strong> suasi<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, língua, cognição, gênero, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, cultura etc. (SÀ, 2002).As culturas são recria<strong>da</strong>s em função <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo que nelas se insere. Ora, acultura dos surdos se recria todos os dias, mas é <strong>de</strong>sconheci<strong>da</strong> e ignora<strong>da</strong> como umaforma <strong>de</strong> abafar o que é vivido e visto. A <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> sur<strong>de</strong>z ser algo comum, a culturasur<strong>da</strong> é vista como “uma espécie exótica cuja i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> é <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a <strong>de</strong>cair e a<strong>de</strong>saparecer” (SÀ, 2002).A língua <strong>de</strong> sinais faz parte <strong>da</strong> experiência vivi<strong>da</strong> pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong> e édistingui<strong>da</strong> como artefato cultural.Embora as pessoas sur<strong>da</strong>s continuem a <strong>de</strong>clarar o quanto tem em comum com osouvintes, gran<strong>de</strong> parte ain<strong>da</strong> permanece a tratar os surdos como um grupo incapacitantee <strong>de</strong>ficiente.A inclusão social <strong>de</strong>sses membros <strong>da</strong> população é <strong>de</strong> extrema importância para asua inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho e nos direitos que estes possuem. O termo inclusãotão propalado nos dias atuais e para alguns tão diretamente ligados a educação é algotão antigo quanto à civilização, pois inicia – se com a vi<strong>da</strong>. Posto ser um processo quebusca compartilhar com os diversos seguimentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> inúmeros serviços taiscomo saú<strong>de</strong>, educação, trabalho e como outros benefícios sociais e culturais (SOUZA EMACÊDO, 2002).O outro cultural é sempre um problema, pois coloca permanentemente emcheque nossa própria i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. A questão <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> diferença e do outro é umproblema social e ao mesmo tempo é um problema pe<strong>da</strong>gógico e curricular. É umproblema social porque o encontro com o outro, com o estranho, com o diferente, éinevitável (SÀ, 2002).Ain<strong>da</strong> assim a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> que o <strong>de</strong>ficiente auditivo enfrenta para a<strong>da</strong>ptar – se asocie<strong>da</strong><strong>de</strong>, visto que esses problemas ain<strong>da</strong> são gran<strong>de</strong>s, há uma melhora significativapara minimizar a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> que eles enfrentam.Na saú<strong>de</strong> não seria diferente, o primeiro atendimento feito ao paciente é <strong>de</strong> sumaimportância para diagnosticar problemas muitas vezes não relatados ou omitidos pelospróprios pacientes. Isso faz com que percebemos o quanto é fun<strong>da</strong>mental umaassistência completa no que diz respeito à saú<strong>de</strong> como um direito <strong>de</strong> todos, semqualquer forma <strong>de</strong> discriminação.


19Atualmente a gama <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> não está prepara<strong>da</strong> para se <strong>de</strong>pararcom um portador <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência auditiva, isso muitas vezes não é um déficit imposto sópela instituição <strong>de</strong> ensino on<strong>de</strong> esse futuro profissional formará, mas também pela falta<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> do acadêmico em conhecer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras pessoas. A instituição,hoje, abor<strong>da</strong> esse contexto como uma opção para o mercado <strong>de</strong> trabalho, mas po<strong>de</strong> - seperceber que futuramente isso será uma questão indispensável.A saú<strong>de</strong> vem com o tempo a<strong>da</strong>ptando – se às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento etratamento ao paciente, porém torna – se importantíssimo a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> planejarconhecimentos para melhor aten<strong>de</strong>r a esse público alvo, os <strong>de</strong>ficientes auditivos.A reali<strong>da</strong><strong>de</strong> permite querer que todos sejam atendidos e diagnosticados com to<strong>da</strong>clareza e certeza necessária para a melhora do quadro clínico, mas o SUS ain<strong>da</strong> não éuma esfera completa em suas diretrizes. Quando fala - se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>ficiente seja elefísico, auditivo, mental ou visual <strong>de</strong>para - se com mais problemas. A população nãosabe nem conhece as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que estes encontram no dia – a – dia e os profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não se preocupam com essa parcela <strong>da</strong> população <strong>de</strong>vido o percentual baixoem relação ao todo.2.2 – Saú<strong>de</strong> e LIBRASO último censo <strong>de</strong> Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística - IBGE em 2000revela que há no Brasil 24,5 milhões <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência, o que correspon<strong>de</strong> a14,5% <strong>da</strong> população. Destes, 16,7 % apresentam <strong>de</strong>ficiência auditiva, ou seja, existemno Brasil 5.735.099 (cinco milhões setecentos e trinta e cinco mil e noventa e nove)surdos. Levando em conta o crescimento anual <strong>da</strong> população, teríamos a ca<strong>da</strong> ano, noBrasil, aproxima<strong>da</strong>mente 93.295 (noventa e três mil duzentos e noventa e cinco)crianças com sur<strong>de</strong>z (CHAVEIRO et al, 2008).As garantias individuais do surdo e o pleno exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia alcançaramrespaldo no capítulo VII do Decreto Lei n° 5626, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005 (BRASIL,2005), que trata <strong>da</strong> “garantia do direito à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas sur<strong>da</strong>s ou com <strong>de</strong>ficiênciaauditiva”, e <strong>de</strong>termina o atendimento às pessoas sur<strong>da</strong>s ou com <strong>de</strong>ficiência auditiva nare<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.


20Contudo, para o indivíduo surdo, a forma <strong>de</strong> comunicação mais utiliza<strong>da</strong> pelomeio que o cerca não se apresenta como um recurso que venha facilitar seu intercâmbiocom o mundo e com o acesso aos direitos, mas um obstáculo que precisa cruzar comdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para chegar ao mundo social.Em relação aos direitos essenciais, como a saú<strong>de</strong>, o surdo tem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>que os profissionais aceitem sua condição, pois não <strong>de</strong>vem discrimina – lo e permanecerindiferentes. Os <strong>de</strong>ficientes auditivos querem ser tratados como ci<strong>da</strong>dãos e parteintegrante <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> (CARDOSO et al, 2006).Como parte <strong>de</strong>sse processo, o enfermeiro <strong>de</strong>ve adquirir conhecimento einstrução para tornar o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> enfermagem mais humano, uma vez que, comoagente transformador, o enfermeiro <strong>de</strong> amanhã, não será o mesmo enfermeiro <strong>de</strong> hoje,pois a ca<strong>da</strong> dia ocorrem diversas vivências que transformam as atitu<strong>de</strong>s (COFEN,2000).De acordo com o Código <strong>de</strong> Ética do Profissional Enfermeiro (CEPE), em seuartigo segundo, é direito do enfermeiro “aprimorar seus conhecimentos técnicos,científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional”. E no artigoquinze, o enfermeiro tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ofertar uma assistência livre <strong>de</strong> preconceitos <strong>de</strong>qualquer natureza, (COREN, 2007). Portanto, apoiado no CEPE e pela Lei Fe<strong>de</strong>ral10.436/2002, o profissional <strong>da</strong> enfermagem tem o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> realizar um curso<strong>de</strong> formação em LIBRAS a fim <strong>de</strong> prestar uma assistência <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> aos pacientessurdos.A comunicação estabeleci<strong>da</strong> com o paciente é um dos mais valiosos aspectos docui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> enfermagem <strong>da</strong>ndo subsídios para uma assistência eficiente. É através <strong>de</strong>laque conseguimos criar vínculos com o usuário e a família, além <strong>de</strong> fornecer umatendimento mais humanístico voltado especialmente para as mais diversasnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paciente. Em alguns casos, são utiliza<strong>da</strong>s maneiras antiqua<strong>da</strong>s <strong>de</strong>comunicação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com os usuários surdos, salvo quando o mesmoestá acompanhado <strong>de</strong> algum familiar para servir <strong>de</strong> intérprete (GROSSI JUNIOR ESANTOS, 2009).“Havia na ala <strong>de</strong> queimados do hospital público, em que ele atuava, umhomem bastante machucado, que praticamente não se queixava <strong>de</strong> dor, o quechamava a atenção <strong>de</strong> médicos, enfermeiros e aten<strong>de</strong>ntes. Ele não recebia


21visitas <strong>de</strong> familiares, amigos, era muito solitário. As anotações em seuprontuário no que se referia a analgésicos eram raríssimas, fato nãocompatível com seu estado. Até que um médico resolveu esclarecer estemistério e <strong>de</strong>scobriu que este paciente era surdo, não – oralizado, e sentiamuita dor, sim, só não conseguia expressar isso, por que, imobilizado porcausa <strong>da</strong> queimaduras, não mexia as mãos nem outras partes <strong>de</strong> seu corpo(CHAVEIRO E BARBOSA, 2005, p. 03)”.A barreira <strong>de</strong> comunicação é verifica<strong>da</strong> na interação entre surdos e profissionais<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, portanto, torna – se indispensável que ambos encontrem formas <strong>de</strong> interagirpara garantir uma assistência <strong>de</strong> melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong> (CHAVEIRO E BARBOSA, 2005).Porém, analisando não é correto um familiar ser o intérprete do surdo, pois po<strong>de</strong>acontecer do paciente se sentir envergonhado e não contar to<strong>da</strong> a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre seuestado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Assim, o enfermeiro estará preocupado com a patologia e não saberá oque se passa “por <strong>de</strong>trás” <strong>da</strong>quela dor, não enten<strong>de</strong>rá as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s do paciente,<strong>de</strong>ste modo não haverá uma interação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre enfermeiro – usuário e muitomenos uma real inclusão.A prática <strong>da</strong> LIBRAS no ambiente <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é a real maneira <strong>de</strong> inclusão dosurdo, pois somente assim estaremos seguindo os princípios norteadores do SUS <strong>de</strong>equi<strong>da</strong><strong>de</strong>, integrali<strong>da</strong><strong>de</strong> e universali<strong>da</strong><strong>de</strong>, visto que sem a comunicação não há meiospara compreen<strong>de</strong>r, criar vínculos, ver o ser nas mais diversas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s e <strong>da</strong>racesso á instituição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (GROSSI JUNIOR E SANTOS, 2009).Após esses esclarecimentos sobre a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do atendimento <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> aosurdo, fica explícito a importância <strong>da</strong> introdução <strong>da</strong> LIBRAS no âmbito acadêmico dosnovos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Isso melhoraria a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento do usuário noSUS.


223 – JUSTIFICATIVADiante <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> comunicativa entre paciente surdo e profissional ouvinte,torna – se necessário que este novo profissional se qualifique para melhor aten<strong>de</strong>r a essaparcela <strong>da</strong> população que necessita <strong>de</strong> atendimento humanizado e <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Paraque isso ocorra <strong>de</strong> forma correta e qualifica<strong>da</strong> é imprescindível a aquisição <strong>da</strong> LIBRASpara o profissional que entra em contato com este paciente (GROSSI JUNIOR ESANTOS, 2009).Este estudo teve como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a importância, na formação dosprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> envolvidos no atendimento imediato <strong>de</strong> paciente, o ensino <strong>da</strong>Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais – LIBRAS, minimizando assim intercorrências vivencia<strong>da</strong>stanto pelos profissionais quanto pelos usuários do Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.Justifica – se pela importância no atendimento <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ao paciente surdo,pois o entrosamento <strong>de</strong>ssas questões é fun<strong>da</strong>mental para abolir as más condições <strong>da</strong>assistência presta<strong>da</strong>s ao paciente com <strong>de</strong>ficiência auditiva.Enten<strong>de</strong>ndo a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> vivencia<strong>da</strong> pelo paciente é que po<strong>de</strong>mos fazer umareflexão sobre a má estrutura e <strong>de</strong>spreparo do profissional com relação ao atendimentooferecido.


234 – OBJETIVOS4.1 – Objetivo GeralDemonstrar a importância <strong>de</strong> introdução <strong>da</strong> Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais –LIBRAS no âmbito acadêmico <strong>de</strong> formação dos profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,viabilizando uma melhor interação entre paciente – profissional, tendo em vistaa melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos atendimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.4.2 – Objetivos EspecíficosConhecer as características <strong>da</strong> população sur<strong>da</strong>, na área social e comunicativa;Compreen<strong>de</strong>r o direito inalienável á saú<strong>de</strong> como direito <strong>da</strong> pessoa com sur<strong>de</strong>z;Enten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong> na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>;Verificar junto à população sur<strong>da</strong> as ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras lacunas <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>senfrenta<strong>da</strong>s por este grupo.


245 – MATERIAL E MÉTODO5.1 – Tipo <strong>de</strong> PesquisaTratou - se <strong>de</strong> um estudo do tipo quantitativa – qualitativa, já que tem igual valorem pesquisas <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que realiza<strong>da</strong> em função <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s eobjetivos <strong>da</strong> pesquisa e com indispensável rigor científico.A pesquisa <strong>de</strong>sejou <strong>de</strong>screver os problemas <strong>da</strong> população sur<strong>da</strong> em vista <strong>da</strong>sdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação, levando em conta to<strong>da</strong> a sua complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não almejaalcançar a generali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas sim o entendimento <strong>da</strong>s singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s (BIGNARDI,2003).Com isso, acredita – se que a pesquisa quantitativa – qualitativa permitecompreen<strong>de</strong>r as reais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s vivencia<strong>da</strong>s pelos surdos junto ao profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>.5.2 – Local <strong>da</strong> PesquisaO estudo foi realizado na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília – UCB, Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>Acadêmica <strong>de</strong> Ensino, Pesquisa e Extensão articulados indissociavelmente contribuindo<strong>de</strong> modo rigoroso e crítico, para a <strong>de</strong>fesa e o <strong>de</strong>senvolvimento do ser humano e <strong>da</strong>cultura.Em 8 (oito) <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1972, por iniciativa <strong>de</strong> diversas Congregações <strong>de</strong>Religiosos Educadores <strong>de</strong> Brasília, nascia a União Brasileira <strong>de</strong> Educação e Cultura –UBEC, Mantenedora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília. Decorridos vinte e cincoanos (1997), a UBEC publica uma “Carta <strong>de</strong> Princípios”, visando apresentar o Perfil, osPrincípios e as Linhas <strong>de</strong> Ação que configuram a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> UCB.A UCB lê a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> do contexto em que se encontra e orienta a sua existência àluz <strong>da</strong> prática educativa dos Fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong>s Congregações Religiosas integrantes <strong>da</strong>UBEC. Para isso, promove também, o intercâmbio com instituições congêneres do paíse do exterior.


25Situa<strong>da</strong> no Distrito Fe<strong>de</strong>ral – DF, centro <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cisões políticas nacionaise espaço <strong>de</strong> convergências <strong>da</strong>s mais diversas culturas do país e do exterior. A UCBsente nesta situação, um apelo para <strong>de</strong>finir seu perfil e suas tarefas específicas emtermos <strong>de</strong> discernimento crítico diante do po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> compromisso com o cultivo <strong>da</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> dos brasileiros.A competência do ensino <strong>de</strong> nível superior, <strong>da</strong> pesquisa e <strong>da</strong> extensão é umserviço que prestamos especialmente à juventu<strong>de</strong> na construção do saber. A formação<strong>da</strong> consciência cristã e do agir concreto no âmbito social é instrumento a<strong>de</strong>quado para aconsoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia na construção <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mais justa e fraterna.Visa dialogar com os jovens interlocutores, primeiro no processo <strong>de</strong> construção<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica. Propiciar um ambiente educativo esperançoso que estimuleatitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> confiança, liber<strong>da</strong><strong>de</strong> interior e alegria, bem como a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ir criandoo futuro que se almeja. Educar com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> na ótica do humanismo cristão e atuarcomo parceria no <strong>de</strong>senvolvimento regional, nacional e internacional, transformando e<strong>de</strong>ixando – se transformar.A UCB mantém o Curso <strong>de</strong> Enfermagem, assentado em princípios legais,institucionais, filosóficos e sócio – culturais perfeitamente i<strong>de</strong>ntificados com o perfilpe<strong>da</strong>gógico <strong>de</strong> sua mantenedora e com os anseios <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em que está inserido.Reveste – se <strong>de</strong> uma individuali<strong>da</strong><strong>de</strong> institucional própria, ao mesmo tempo emque aten<strong>de</strong> aos preceitos <strong>da</strong>s Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) que regem osCursos <strong>de</strong> Enfermagem no Brasil.O Curso <strong>de</strong> Enfermagem <strong>da</strong> UCB oferecerá ao aluno a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obter ograu <strong>de</strong> Bacharel em Enfermagem, profissional <strong>de</strong> nível superior e membro integrante<strong>da</strong>s Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atuações varia<strong>da</strong>s no mercado <strong>de</strong> trabalhonas seguintes áreas: Atenção Básica a Saú<strong>de</strong> (Ambulatórios, Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> Reabilitação, Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família), Atenção Hospitalar (UTI, ProntoSocorro, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> entre outros),Docência (Escolas <strong>de</strong> Ensino Fun<strong>da</strong>mental, Médio e Escolas Técnicas) e Pesquisas.O questionário e a filmagem foram aplicados no Laboratório <strong>de</strong> Enfermagem doBloco “M”, on<strong>de</strong> todos os pesquisados respon<strong>de</strong>ram o questionário ao mesmo tempopara real certeza <strong>da</strong> veraci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pesquisa. A filmagem foi realiza<strong>da</strong> individualmente


26sem tempo <strong>de</strong> duração, ambos foram realizados no mesmo dia em períodos diferentes(manhã e tar<strong>de</strong>).5.3 – Instrumentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> DadosOs instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos foram observação, análise documental eentrevista. Os <strong>da</strong>dos foram coletados, computadorizados, analisados, categorizados etraduzidos em termos percentuais, <strong>de</strong> modo que facilite a compreensão dos resultados.Para melhor interpretação dos <strong>da</strong>dos, as respostas dos participantes surdos serãofilma<strong>da</strong>s.Os participantes respon<strong>de</strong>ram a um questionário contendo 13 (treze) questões,sendo <strong>de</strong> 1 (um) a 6 (seis) sobre as características dos participantes, <strong>de</strong> 7 (sete) a 13(treze) sobre o atendimento <strong>de</strong> emergência e a forma <strong>de</strong> comunicação. Dentre essas <strong>de</strong> 7(sete) a 13 (treze) haviam 6 (seis) objetivas e 1 (um) dissertativa, cuja temática era oatendimento emergencial em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública do DF.Os pacientes surdos foram entrevistados na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília –UCB em <strong>da</strong>ta específica, mediante convite formal e explicação <strong>da</strong> pesquisa indo <strong>de</strong>acordo com o propósito abor<strong>da</strong>do, finalizando – se com o Termo <strong>de</strong> ConsentimentoLivre e Esclarecido – TCLE seguido <strong>da</strong> assinatura do documento autorizando aparticipação na pesquisa.5.4 – Sujeito <strong>da</strong> População <strong>da</strong> PesquisaParticiparam do estudo 10 surdos, sendo 6 (seis) do gênero feminino e 4 (quatro)do gênero masculino, com média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 22,9 anos. Destes, 8 (oito) cursam oEnsino Médio, 1 (um) o Ensino Superior e 1 (um) é Especialista. 5 (cinco) apresentaramsur<strong>de</strong>z mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e 5 (cinco) sur<strong>de</strong>z profun<strong>da</strong>, sendo que 7 (sete) se comunicam apenasem LIBRAS e 3 (três) são oralizados e também utilizam a LIBRAS. Do total <strong>de</strong>participantes, 7 (sete) são surdos congênitos e 3 (três) adquiriram ao longo dos anos.


275.4.1 - Critério <strong>de</strong> InclusãoPacientes surdos usuários <strong>da</strong> LIBRAS que utilizaram o serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>em caráter emergencial.5.4.2 – Critérios <strong>de</strong> ExclusãoPacientes com sur<strong>de</strong>z leve que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> LIBRAS para se comunicar;Pacientes ouvintes com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação.5.5 – Análise dos DadosA análise <strong>de</strong> conteúdo possuiu três fases. A primeira é constituí<strong>da</strong> <strong>da</strong> análise, <strong>da</strong>organização e <strong>da</strong> leitura do material que tiveram o único intuito <strong>de</strong> conhecer o todo. Asegun<strong>da</strong> fase é análise <strong>da</strong>s respostas convertendo os <strong>da</strong>dos em porcentagem. E por fimhouve conclusão dos resultados (BARDIN, 1979).Esse estudo foi realizado através <strong>da</strong> interpretação dos <strong>da</strong>dos coletados, por meio<strong>da</strong> leitura do material que respon<strong>de</strong>u aos objetivos do trabalho proposto. Essainterpretação produzi<strong>da</strong> pela análise do conteúdo trouxe o referencial teórico em contatocom o resultado <strong>da</strong> pesquisa que fun<strong>da</strong>mentou e justificou os <strong>da</strong>dos do estudo. Assim, otrabalho foi concluído utilizando conceitos e proposições <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> artigos jáexistentes em comparação com os <strong>da</strong> pesquisa.5.6 – Aspectos ÉticosNo que se refere aos aspectos éticos, à pesquisa seguiu to<strong>da</strong>s as recomen<strong>da</strong>ções<strong>da</strong> Resolução 196/96 do Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, que trata <strong>de</strong> pesquisasenvolvendo seres humanos. Informamos que este presente estudo encontra – seregistrado sob o protocolo <strong>de</strong> Nº. CEP/UCB 088/2010. Foram garantidos aos ci<strong>da</strong>dãosenvolvidos na pesquisa todos os direitos citados no termo <strong>de</strong> consentimento livre eesclarecido, quais foram:


28Que to<strong>da</strong> a informação será presta<strong>da</strong> a família, a qualquer momento no <strong>de</strong>correr<strong>da</strong> pesquisa;Que a qualquer tempo po<strong>de</strong>rá solicitar maiores esclarecimentos sobre a pesquisa,as pessoas responsáveis pela mesma;Segredo sobre nomes, local <strong>de</strong> trabalho e quaisquer outras informações quepossam levar a sua i<strong>de</strong>ntificação pessoal e <strong>da</strong> sua família.


296 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOSApós a coleta, os <strong>da</strong>dos foram tabulados e quantificados em termos percentuaispara melhor compreensão dos resultados.As figuras a seguir mostram o número <strong>de</strong> vezes em que o participante surdoutilizou o serviço <strong>de</strong> emergência <strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e o número <strong>de</strong> vezes em queteve seus problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> resolvidos.Figura 1Figura 2Na análise <strong>da</strong> Figura 1, observa – se que 50% dos participantes surdosnecessitaram do serviço <strong>de</strong> emergência mais <strong>de</strong> 3 (três) vezes, 40% utilizaram o serviçoapenas por 2 (duas) vezes e 10%, uma vez. Na Figura 2 vemos que 60% <strong>de</strong>stes queusaram o serviço <strong>de</strong> emergência não tiveram seus problemas resolvidos, 20% os tiveramem 3 (três) ocasiões, 10% em 2 (duas) e 10% mais <strong>de</strong> 3 (três) vezes.A partir <strong>da</strong> análise <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos é possível verificar a discrepância entre onúmero <strong>de</strong> atendimentos e a eficácia dos mesmos.Segundo Santos e Shiratori, (2004) realizaram estudos sobre o acesso dos<strong>de</strong>ficientes auditivos aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e verificou que muitos têm dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s emacessar o sistema e como consequência o não atendimento <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e êxito naquestão dos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> resolvidos.


30Para Freire et al, (2009) essa questão se alastra por muitos setores, e que a nãoresolução dos seus problemas po<strong>de</strong>m gerar transtornos ain<strong>da</strong> mais complexos, limitandoassim a procura por estes serviços em outras ocasiões.Figura 3 Figura 4Com relação à Figura 3, verifica – se que 50% dos pesquisados usaram amo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> escrita para comunicar – se com o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, 10% utilizaram aLIBRAS, 10% utilizaram a orali<strong>da</strong><strong>de</strong> e 30% <strong>de</strong>stes adotaram outras formas <strong>de</strong>comunicação. Na Figura 4 verificou - se que 10% consi<strong>de</strong>raram que houve umentendimento na comunicação, 40% não conseguiram enten<strong>de</strong>r na<strong>da</strong> no diálogo com oprofissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, e 50% consi<strong>de</strong>raram que houve um pouco <strong>de</strong> atendimento.Como é possível <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> análise <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos, mesmo em umamo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> comunicativa diferencia<strong>da</strong>, como é o caso <strong>da</strong> escrita para os surdos, acomunicação entre profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e paciente surdo não foi eficaz.As dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s encontra<strong>da</strong>s e as estratégias utiliza<strong>da</strong>s pela equipe <strong>de</strong>enfermagem na comunicação com pacientes <strong>de</strong>ficientes auditivos justificam anecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> capacitar esses profissionais para promover uma assistência humaniza<strong>da</strong>no contexto <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, diante <strong>de</strong>sse fato os pacientes utilizam outras formas <strong>de</strong>comunicação que não expressam seu direito. A escrita e outras formas são sempre asmais frequentes nesse contexto, mostrando que a força <strong>da</strong> LIBRAS ain<strong>da</strong> não é forte,mas precisa ser implanta<strong>da</strong> (BRITTO E SAMPERIZ, 2008).


31Como aponta Cardoso et al (2006), a escrita po<strong>de</strong> mostrar outras vertentes <strong>da</strong>necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do atendimento, visto que a construção gramatical <strong>de</strong>ste paciente não seassemelha a língua portuguesa.Figura 5A Figura 5 nos mostra que 50% dos entrevistados compreen<strong>de</strong>ram apenas umpouco os procedimentos realizados pelos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, enquanto 40% nãoconseguiram compreen<strong>de</strong>r na<strong>da</strong> <strong>da</strong>s intervenções cumpri<strong>da</strong>s pelos profissionais e apenas10% compreen<strong>de</strong>ram a comunicação <strong>de</strong> procedimentos e intervenções.Os pacientes surdos não compreen<strong>de</strong>m ou compreen<strong>de</strong>m pouco o porquê <strong>de</strong>algumas ações implementa<strong>da</strong>s pelos profissionais, sentindo-se excluídos, nãorespeitados em sua autonomia, pois a maioria <strong>da</strong>s informações não é repassa<strong>da</strong> paraeste, <strong>de</strong>ixando - o à parte (CHAVEIRO et al, 2008).A participação efetiva dos pacientes surdos no encontro clínico é uma questãoque exige atenção por parte dos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Os <strong>da</strong>dos obtidos no presenteestudo po<strong>de</strong>m contribuir para <strong>de</strong>smitificar concepções ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre a pessoasur<strong>da</strong>, sua língua e cultura, apontar meios para uma assistência <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> àpopulação sur<strong>da</strong> que comunica - se pela língua <strong>de</strong> sinais, estimular a implementação <strong>de</strong>programas que visem à formação dos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> acerca <strong>da</strong> singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> dopaciente surdo, bem como propiciar uma capacitação específica dos intérpretes <strong>da</strong>


32LIBRAS para atuar na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, assegurando, como <strong>de</strong>termina a lei, os direitos <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong> (CHAVEIRO et al, 2008).Figura 6A principal dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra<strong>da</strong> pelos surdos fica explícita na Figura 6, sendoa qual 60% dos participantes atribuiu à ausência <strong>de</strong> intérprete a causa dos transtornosaos pacientes e aos profissionais, enquanto 30% mostram a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> na comunicaçãobloqueando o êxito no atendimento. Nesse quesito, 10% dos participantes se recusarama respon<strong>de</strong>r.Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisam conhecer a cultura e a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>s,além <strong>da</strong> LIBRAS, evitando má compreensão por parte dos pacientes sobre como cui<strong>da</strong>r<strong>de</strong> si próprios, e como usar a medicação, o que po<strong>de</strong> colocar em risco a segurança dopaciente. Os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser planejados consi<strong>de</strong>rando o paciente surdo.Entretanto, as queixas dos pacientes surdos são semelhantes às dos ouvintes. Melhorar acomunicação para li<strong>da</strong>r com pacientes surdos resultará em melhor comunicação comtodos os pacientes (COSTA et al, 2009).Em relação ao intérprete, embora sua indisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> se torne uma barreira àcomunicação com o profissional dê saú<strong>de</strong>, alguns surdos temem que assuntosconfi<strong>de</strong>nciais sejam divulgados entre a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>, <strong>da</strong> qual os intérpretescostumam fazer parte. A falta <strong>de</strong> autonomia durante a consulta foi cita<strong>da</strong>, não emrelação à presença <strong>de</strong> intérpretes, mas <strong>de</strong> familiares dos surdos. Com to<strong>da</strong>s essas


33vertentes, o surdo ain<strong>da</strong> necessita <strong>de</strong> uma atenção qualifica<strong>da</strong> e humaniza<strong>da</strong>, ele <strong>de</strong>sejaser atendido e entendido nas suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s (COSTA et al, 2009).Figura 7A análise <strong>da</strong> Figura 7 nos revela <strong>da</strong>dos significativos com relação aoatendimento a pessoa sur<strong>da</strong>. 60% dos entrevistados afirmaram que já lhes foi negadoatendimento <strong>de</strong>vido sua <strong>de</strong>ficiência auditiva, e 30% <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>screveram que mesmosendo surdos conseguiram atendimento para suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nesse quesito, 10% dosparticipantes se recusaram a respon<strong>de</strong>r.<strong>Costa</strong> et al (2009) relembra a importância <strong>da</strong> assistência <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e emsituações <strong>de</strong> emergências sem nenhum tipo <strong>de</strong> prejuízo a ambas as partes. Negar umatendimento foge aos princípios e a nossa ética profissional, isso mostra o quanto temosque apren<strong>de</strong>r e praticar a humanização do serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.O direito à saú<strong>de</strong> é um bem fun<strong>da</strong>mental, no entanto, para os surdos, esse direitoparece não estar sendo resguar<strong>da</strong>do. Para o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> uma efetivacomunicação com seus clientes propiciam um atendimento <strong>de</strong> melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,portanto a capacitação dos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, para aten<strong>de</strong>r esses pacientes é umanecessi<strong>da</strong><strong>de</strong> urgente, uma formação que contemple os métodos <strong>de</strong> comunicação, culturasur<strong>da</strong>, noções básicas <strong>de</strong> língua <strong>de</strong> sinais e como se posicionar frente ao atendimento dosurdo, assegura o acesso aos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (CHAVEIRO et al, 2008).


34Na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> atual preconiza-se a convivência com as diferenças. Váriasmedi<strong>da</strong>s são adota<strong>da</strong>s nas instâncias Fe<strong>de</strong>ral, Estaduais e Municipais, assegura<strong>da</strong>s pelaConstituição Brasileira, tentando garantir a inclusão <strong>da</strong>s pessoas com sur<strong>de</strong>z nocotidiano familiar, coletivo e institucional. Aos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> torna - seindispensável buscar novos paradigmas que facilitem promover uma assistência à saú<strong>de</strong><strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e humaniza<strong>da</strong> (CHAVEIRO E BARBOSA, 2005).A comunicação estabeleci<strong>da</strong> com os surdos instaura - se como um dos gran<strong>de</strong>sobstáculos do cui<strong>da</strong>r em saú<strong>de</strong>. O bloqueio <strong>de</strong> comunicação prejudica o vinculo entreprofissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e surdos, comprometendo o atendimento (CHAVEIRO EBARBOSA, 2005).


357 – CONSIDERAÇÕES FINAISA presente monografia teve o intuito <strong>de</strong> contribuir para o entendimento <strong>da</strong>importância <strong>da</strong> LIBRAS para uma assistência <strong>de</strong> enfermagem qualifica<strong>da</strong>. O estudobuscou i<strong>de</strong>ntificar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s diárias na comunicação dos surdos usuários do SistemaÚnico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, ao entrar em contato com o profissional para um atendimento.Segundo o Decreto nº 5626/2005 que regulamenta o direito do <strong>de</strong>ficienteauditivo em ter acesso ao serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma qualifica<strong>da</strong>, fica aqui a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> se qualificar os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que li<strong>da</strong>m diariamente com este público alvo.Como é possível <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> análise dos resultados, a maioria dos pacientessurdos, embora utilizando formas <strong>de</strong> comunicação diversas, não obteve esclarecimentossuficientes para sua situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o que po<strong>de</strong>, inclusive, ter influenciado notratamento <strong>de</strong> seu problema e ocorrido a não eficácia do mesmo.A falta <strong>de</strong> instrução <strong>de</strong>stes profissionais é a gran<strong>de</strong> causa <strong>da</strong> população sur<strong>da</strong>,não buscar o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com mais frequenta, visto que isso teve uma relevanteabor<strong>da</strong>gem neste estudo.Conhecer a população sur<strong>da</strong> e suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s faz com que os profissionaisatuem <strong>de</strong> forma mais completa e humaniza<strong>da</strong>, aumentando o vínculo entre profissional epaciente. Isso faria com que ambas as partes entrassem em harmonia no que diz respeitoà quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento e satisfação com o serviço prestado.A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se qualificar estes novos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para essaprática <strong>de</strong> serviço torna – se ca<strong>da</strong> vez mais necessária isso é <strong>de</strong>monstrado ao longo doestudo on<strong>de</strong> muitos autores <strong>de</strong>stacam a má quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> assistência presta<strong>da</strong> ao surdo. Avivencia faz com que busquemos mais nos aperfeiçoar para o cui<strong>da</strong>r, em todos os níveis<strong>de</strong> assistência e qualificação.É importante que fique explícito o cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> forma humaniza<strong>da</strong> e qualifica<strong>da</strong> aqualquer pessoa que necessite <strong>de</strong> atendimento, isso inclui todos, sem qualquer forma <strong>de</strong>discriminação.Desta forma, a melhor abor<strong>da</strong>gem feita pelos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é oaprendizado <strong>da</strong> LIBRAS, para uma melhor assistência no que diz respeito ao serhumano como todo ou em suas peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s.


368 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICOBARBOSA, Maria Alves, et al. Língua Brasileira <strong>de</strong> Sinais: Um <strong>de</strong>safio para aassistência <strong>de</strong> enfermagem. Revista <strong>de</strong> Enfermagem <strong>da</strong> UERJ vol. 01, n° 01, 2003.Disponível em: . Acessado em: março <strong>de</strong>2010.BARDIM, L. Análise <strong>de</strong> Conteúdo. Lisboa, edições 70, 1979.BIGNARDI, Fernando A.C. Reflexões sobre a pesquisa qualitativa e quantitativa:maneiras complementares <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. São Paulo: Comitê Paulistapara a déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> Cultura <strong>de</strong> Paz – UNESCO, 2003.BRASIL. Decreto n.°5626, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005. Presidência <strong>da</strong> RepúblicaCasa Civil. Disponível em: . Acessado em: março <strong>de</strong>2010.BRASIL, Lei n° 7.853 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1989. Presidência <strong>da</strong> RepúblicaSubchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em:. Acessado em: março <strong>de</strong> 2010.BRASIL, Ministério <strong>da</strong> Educação – Ensino <strong>da</strong> Língua Portuguesa para surdos:caminhos para a prática pe<strong>da</strong>gógica, 2004, p. 36.BRITO, Lucin<strong>da</strong> Ferreira. Integração social e educação <strong>de</strong> surdos. Rio <strong>de</strong> Janeiro -Babel Editora, 1993, p. 27; 85.BRITTO, Fernan<strong>da</strong> <strong>da</strong> Rocha; SAMPERIZ, Maria Merce<strong>de</strong>s Fernan<strong>de</strong>z. Dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> comunicação e estratégias utiliza<strong>da</strong>s pelos enfermeiros e sua equipe naassistência ao <strong>de</strong>ficiente físico. Revista <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Enfermagem <strong>da</strong> USP vol. 08, nº01, 2008.CARDOSO, A. H. A. et al. Percepção <strong>da</strong> pessoa com sur<strong>de</strong>z severa e/ou profun<strong>da</strong>acerca do processo <strong>de</strong> comunicação durante seu atendimento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Rev. Latino-Americano <strong>de</strong> Enfermagem vol. 14, n°. 04 Ribeirão Preto – SP jul/ago 2006.COSTA, Luiza Santos Moreira <strong>da</strong>, et al. O atendimento em saú<strong>de</strong> através do olhar<strong>da</strong> pessoa sur<strong>da</strong>: avaliação e proposta. Revista Brasileira <strong>de</strong> Clínica Médica vol. 04,nº 03, 2009.COFEN, Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Enfermagem, 2000. Disponível em:. Acessado em: março <strong>de</strong> 2010.COREN, Conselho Regional <strong>de</strong> Enfermagem, 2007. Código <strong>de</strong> Ética dos Profissionais<strong>de</strong> Enfermagem. Disponível em: . Acessado em:março <strong>de</strong> 2010.


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409 – APÊNDICE9.1 - Questionário Semi – EstruturadoData do preenchimento do questionário: ____ /____ /____1 – Sexo:( ) Feminino( ) Masculino2 – I<strong>da</strong><strong>de</strong>: ____________ anos3 - Nível <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>:( ) Fun<strong>da</strong>mental( ) Médio( ) Superior( ) Outros: _________________________4 - Nível <strong>de</strong> per<strong>da</strong> auditiva:( ) Leve( ) Mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>( ) Severa( ) Profun<strong>da</strong>5 - Tipo <strong>de</strong> sur<strong>de</strong>z:( ) Congênita( ) Adquiri<strong>da</strong>: ______ anos6 – Forma <strong>de</strong> comunicação estu<strong>da</strong><strong>da</strong>:( ) Oralização( ) Libras( ) Outros: ________________________


417 - Quantas vezes precisou utilizar os serviços <strong>de</strong> emergência <strong>da</strong> re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>?( ) 1 vez( ) 2 vezes( ) 3 vezes( ) mais <strong>de</strong> 3 vezes8 - Quantas vezes teve seu problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> resolvido satisfatoriamente?( ) Nenhuma( ) 1 vez( ) 2 vezes( ) 3 vezes( ) mais <strong>de</strong> 3 vezes9 - Qual a forma <strong>de</strong> comunicação utiliza<strong>da</strong> para relatar o problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>?( ) Libras( ) Oral( ) Escrita( ) Intérprete( ) Outra: __________________________10 - Foi possível uma comunicação <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e entendimento <strong>de</strong> ambas as partes?( ) Sim( ) Não( ) Um pouco11 - Você compreen<strong>de</strong>u integralmente os procedimentos e intervenções adotados peloprofissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (enfermeiro)?( ) Sim( ) Não( ) Um pouco


4212 – Qual a principal dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra<strong>da</strong> por você, no âmbito hospitalar, aonecessitar <strong>de</strong> atendimento?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________13 – Já houve alguma vez em que lhe foi negado atendimento <strong>de</strong>vido sua <strong>de</strong>ficiência?( ) Sim( ) Não


439.2 – Roteiro do Ví<strong>de</strong>oO ví<strong>de</strong>o será narrado pelo usuário do SUS, mostrando as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>svivencia<strong>da</strong>s por este no ambiente hospitalar. O tempo <strong>de</strong> duração varia <strong>de</strong> acordo com ahistória conta<strong>da</strong> pelo participante <strong>da</strong> pesquisa.As etapas previstas são (serão <strong>de</strong>clarados pelo participante <strong>da</strong> pesquisa todos estes<strong>da</strong>dos em forma <strong>de</strong> sinais “LIBRAS”) *:Local on<strong>de</strong> ouve o atendimento;Forma <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem feita pelo profissional (enfermeiro) <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que oaten<strong>de</strong>u;Explicação dos sinais e sintomas referidos pelo usuário do sistema;Entendimento dos procedimentos explicados ao usuário;Comunicação entre profissional – usuário;Êxito no atendimento médico – hospitalar.(*) O roteiro <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o oficial será baseado na prática vivencia<strong>da</strong> por este no ambientehospitalar. Será fun<strong>da</strong>mentado no referencial teórico e nas expectativas vivencia<strong>da</strong>spelos usuários, este roteiro prévio foi criado, para expor ao Comitê <strong>de</strong> Ética, o que sepreten<strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r no ví<strong>de</strong>o.


4410 – ANEXOS10.1 - Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido – TCLEO (a) Senhor (a) está sendo convi<strong>da</strong><strong>da</strong> a participar do projeto <strong>de</strong> pesquisaintitula<strong>da</strong>: “A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRASPARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM QUALIFICADA JUNTO AOPACIENTE SURDO”.O objetivo do estudo é <strong>de</strong>monstrar a importância <strong>de</strong> introdução <strong>da</strong> LínguaBrasileira <strong>de</strong> Sinais - LIBRAS no âmbito acadêmico <strong>de</strong> formação dos profissionais <strong>da</strong>área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, viabilizando uma melhor interação entre paciente – profissional, tendoem vista a melhoria na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos atendimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.O (a) senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no<strong>de</strong>correr <strong>da</strong> pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá, sendo mantido omais rigoroso sigilo através <strong>da</strong> omissão total <strong>de</strong> quaisquer informações que permitami<strong>de</strong>ntificá-lo (a).A sua participação será através <strong>de</strong> um questionário que você <strong>de</strong>verá respon<strong>de</strong>r na<strong>da</strong>ta combina<strong>da</strong>. Não existe, obrigatoriamente, um tempo pré-<strong>de</strong>terminado pararespon<strong>de</strong>r o questionário, sendo respeitado o tempo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um para respondê-lo.Informamos que a Senhor (a) po<strong>de</strong> se recusar a respon<strong>de</strong>r qualquer questão que lhetraga constrangimento, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> participar <strong>da</strong> pesquisa em qualquer momentosem nenhum prejuízo para o senhor (a) no seu entendimento. Isso serve também para afilmagem que será realiza<strong>da</strong> em <strong>da</strong>ta <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> junto ao questionário.Os resultados <strong>da</strong> pesquisa serão divulgados na coor<strong>de</strong>nação do curso <strong>de</strong>enfermagem <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, po<strong>de</strong>ndo inclusive ser publicadosposteriormente. Os <strong>da</strong>dos e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guar<strong>da</strong> <strong>da</strong>coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> enfermagem <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília.Se o (a) Senhor (a) tiver qualquer dúvi<strong>da</strong> em relação à pesquisa, por favor, entrarem contato com a Coor<strong>de</strong>nação do Curso <strong>de</strong> Enfermagem <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong>Brasília, telefone: 3356 - 9225, ou enviar mensagem <strong>de</strong> texto para a Professora MSc.Olga Cristina Rocha <strong>de</strong> Freitas, telefone: (61) 9974-3144 ou mensagem <strong>de</strong> texto paraAcadêmica <strong>Lorena</strong> <strong>Borges</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong>, telefone, (61) 85554871.


45Este projeto foi Aprovado pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa <strong>da</strong> UCB/DF.Qualquer dúvi<strong>da</strong> com relação à assinatura do TCLE ou aos direitos do sujeito <strong>da</strong>pesquisa, po<strong>de</strong> ser esclareci<strong>da</strong> através do telefone: (61) 3325-4955.Este documento será elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisadorresponsável e a outra com o sujeito <strong>da</strong> pesquisa.______________________________________________Nome / assinatura____________________________________________Pesquisador ResponsávelNome e assinaturaBrasília, ______ <strong>de</strong> __________<strong>de</strong> ________


4610.2 - Termo <strong>de</strong> Autorização do Uso <strong>de</strong> ImagemAutorização <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> ImagemEu, abaixo assinado e i<strong>de</strong>ntificado, autorizo o uso <strong>de</strong> minha imagem, nome e<strong>da</strong>dos biográficos por mim revelados em <strong>de</strong>poimento pessoal concedido e, além <strong>de</strong>todo e qualquer material entre fotos e documentos por mim apresentados, para comporestudos <strong>de</strong> pesquisas que venham a ser planeja<strong>da</strong>s, cria<strong>da</strong>s e/ou produzi<strong>da</strong>s porLORENA BORGES DA COSTA, estu<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília, comse<strong>de</strong> na QSC 19 Chácara 26 Conjunto A2 Lote 02, sejam essas <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à divulgaçãoao público em geral e/ou para formação <strong>de</strong> acervo <strong>de</strong> pesquisa.A presente autorização abrange os usos acima indicados tanto em mídiaimpressa (livros, catálogos, revista, jornal, entre outros), como também em mídiaeletrônica (programas <strong>de</strong> rádio, podcasts, ví<strong>de</strong>os e filmes para televisão aberta e/oufecha<strong>da</strong>, documentários para cinema ou televisão, entre outros), Internet, Banco <strong>de</strong>Dados Informatizado Multimídia, “home ví<strong>de</strong>o”, DVD (“digital ví<strong>de</strong>o disc”), suportes<strong>de</strong> computação gráfica em geral e/ou divulgação científica <strong>de</strong> pesquisas e relatórios,sem qualquer ônus à pesquisadora ou terceiros por esses expressamente autorizados, quepo<strong>de</strong>rão utilizá-los em todo e qualquer projeto e/ou obra <strong>de</strong> natureza sócio - científica,ser a expressão <strong>da</strong> minha vonta<strong>de</strong>, <strong>de</strong>claro que autorizo o uso acima <strong>de</strong>scrito volta<strong>da</strong> àdivulgação <strong>da</strong> cultura e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> sur<strong>da</strong>s e <strong>da</strong> língua <strong>de</strong> sinais em todo territórionacional e no exterior.Na<strong>da</strong> haja a ser reclamado a título <strong>de</strong> direitos conexos a minha imagem, ou aqualquer outro, e assino a presente autorização.___________________________________________AssinaturaBrasília, _______ <strong>de</strong> __________ <strong>de</strong> 2010.


47Nome:En<strong>de</strong>reço:Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>:RG Nº:CPF Nº:Telefone para contato:Nome do Representante Legal (se menor):

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