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Elizabete dos Santos Rodrigues e Raissa de Sousa Mendonca ...

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RESUMENRODRIGUES, <strong>Elizabete</strong> Dos <strong>Santos</strong>, Cunha, <strong>Sousa</strong> <strong>Raissa</strong> Mendonça Damasio.EVALUACIÓN DE RIESGOS: LOS PROFESIONALES DE ENFERMERÍAEXPUESTOS A LA RADIACIÓN. 2011. 50p. Enfermería - Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong>Brasília, Brasília, 2011.En términos <strong>de</strong> tecnología, la radiación representa una revolución en relación con el campo <strong>de</strong>la medicina, lo que requiere la estandarización <strong>de</strong> la seguridad y el uso <strong>de</strong> equipo <strong>de</strong>protección personal (PPE) para evitar daños a los profesionales <strong>de</strong> la salud. Este es un estudioexploratorio <strong>de</strong>scriptivo, con entreabierta cuestionarios a 23 profesionales que trabajan enradiología en el Hospital Universitario <strong>de</strong> Brasilia (HUB). Los encuesta<strong>dos</strong> fueron la mayoría<strong>de</strong> los técnicos <strong>de</strong> radiología y masculino. Se verificaron los riesgos radiológicos relaciona<strong>dos</strong>con la exposición ocupacional, la situación <strong>de</strong> seguridad en el trabajo <strong>de</strong> estos profesionales,la falta <strong>de</strong> preparación <strong>de</strong>l paciente y un paralelismo entre el papel <strong>de</strong> las enfermeras y lostécnicos <strong>de</strong> radiología. Después <strong>de</strong> recoger los datos mostraron que las mujeres tienen másenfermeda<strong>de</strong>s que los hombres, los técnicos <strong>de</strong> radiología recibir más peligrosos y noprofesionales <strong>de</strong> enfermería, que trabajan más horas por semana para <strong>de</strong>sarrollar unaenfermedad más y que están relaciona<strong>dos</strong> el uso <strong>de</strong>l EPP. Se concluye que la exposición a laradiación iónica pue<strong>de</strong> causar daños irreversibles, como infertilidad y cánceres no aparente,que sólo se manifiestan <strong>de</strong>spués <strong>de</strong> años <strong>de</strong> exposición.Palabras clave: Radiación. Equipo <strong>de</strong> protección personal. Profesionales.5


1. INTRODUÇÃOSegundo Okuno (1988), o advento da radiação e sua evolução em termos <strong>de</strong> tecnologiarepresentou uma revolução no que se refere à área médica: diagnose e terapia <strong>de</strong> doenças,esterilização <strong>de</strong> materiais cirúrgicos e médicos. É imperioso <strong>de</strong>stacar que para a utilizaçãoa<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>sse advento tecnológico, faz-se necessário o emprego <strong>de</strong> profissionais (médicos,técnicos, auxiliares) com capacitação na área para que possam operar os equipamentosradiológicos com segurança.Coimbra (2009) cita que os efeitos que surgiram, em <strong>de</strong>corrência da exposição àradiação ionizante, trouxeram um maior conhecimento, para a comunida<strong>de</strong> cientifica e asocieda<strong>de</strong>, sobre o material com o qual estavam lidando, impulsionando, <strong>de</strong>ssa forma,avanços no que diz respeito à produção e uso <strong>de</strong>sse recurso. Observou-se, com isto, aindispensabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se sistematizar princípios <strong>de</strong> proteção radiológica, visando diminuir ograu <strong>de</strong> exposição à radiação, pois os efeitos biológicos produzi<strong>dos</strong> pela mesma são <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mcumulativa(OKUNO, 1988).Nesse contexto Souza e Soares (2008) <strong>de</strong>screvem que o campo radiológico representariscos (tanto para os atuantes na área quanto aos pacientes), o que se torna essencial aimplantação <strong>de</strong> uma normatização <strong>de</strong> segurança a fim <strong>de</strong> evitar danos à saú<strong>de</strong> do indivíduoexposto. Essa questão chama a atenção para a importância <strong>de</strong> se ter empregado nesse setorpessoal qualificado, isto é, conscientes quanto aos possíveis prejuízos à saú<strong>de</strong> e da relevânciado uso <strong>de</strong> equipamentos específicos <strong>de</strong> proteção que minimizem estes prejuízos.Souza e Soares (2008) citam:Sabe-se que a falta <strong>de</strong> vestimentas <strong>de</strong> proteção individual e a ausência <strong>de</strong> umcontrole periódico são alguns <strong>dos</strong> exemplos que <strong>de</strong>monstram a <strong>de</strong>satenção dada àsradiações ionizantes no Brasil, o que condiz com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> programasespecíficos <strong>de</strong> qualificação <strong>dos</strong> profissionais envolvi<strong>dos</strong> nessas ativida<strong>de</strong>s, a fim,inclusive, <strong>de</strong> se garantir uma boa qualida<strong>de</strong> técnica do exame. (SOUZA; SOARES,2008; p. 342)8


2. JUSTIFICATIVAEm revisão bibliográfica encontramos poucos estu<strong>dos</strong> referentes à avaliação <strong>de</strong> riscosda exposição à radiação aos quais os profissionais <strong>de</strong> enfermagem estão submeti<strong>dos</strong> emcentros <strong>de</strong> diagnóstico por imagem <strong>de</strong> hospitais, e, nenhum estudo foi encontrado referente aesta mesma proposta no caso <strong>de</strong> hospitais <strong>de</strong> Brasília-DF. Diante da relevância <strong>de</strong>staproblemática, a justificativa para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa pesquisa resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong> que osseus resulta<strong>dos</strong> contribuirão como subsídios para a implementação <strong>de</strong> medidas e estratégiaspara minimizar os danos provenientes <strong>de</strong> práticas ocupacionais inseguras. Além disso,objetiva, também, estimular o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> possíveis projetos <strong>de</strong> qualificaçãoespecializada e a adição <strong>de</strong> gratificação adicional e benefícios extras para técnicos e auxiliares<strong>de</strong> enfermagem, com o intuito <strong>de</strong> promover a equida<strong>de</strong> entre trabalhadores da radiologia eintensificar o rendimento <strong>dos</strong> mesmos.2.1 QUESTÕES NORTEADORAS1- Quais os possíveis riscos e conseqüências <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> da exposição ocupacional <strong>de</strong>técnicos e auxiliares <strong>de</strong> enfermagem a radiação ionizante, encontra<strong>dos</strong>, em umCentro <strong>de</strong> Diagnósticos por Imagem (CDI) <strong>de</strong> Brasília?2- Os trabalhadores <strong>de</strong> enfermagem do HUB possuem orientação a<strong>de</strong>quada para aprática segura da enfermagem radiológica?3- Existem distinções entre os técnicos/auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e técnicos <strong>de</strong>radiologia que propiciam benefícios aos segun<strong>dos</strong> e não aos primeiros?2.2 HIPÓTESESOs trabalhadores <strong>de</strong> enfermagem não recebem insalubrida<strong>de</strong> por periculosida<strong>de</strong>, apesar <strong>de</strong>estarem expostos aos mesmos riscos que outros profissionais da área <strong>de</strong> radiologia, pois nãosão ampara<strong>dos</strong> por lei.10


2.3 OBJETIVO GERALVerificar/i<strong>de</strong>ntificar os riscos radiológicos relativos à exposição ocupacional <strong>de</strong>profissionais <strong>de</strong> Enfermagem em Centro <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem do HospitalUniversitário <strong>de</strong> Brasília.2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS1- Traçar um perfil epi<strong>de</strong>miológico sobre a formação <strong>dos</strong> trabalhadores <strong>de</strong> radiologia;2- I<strong>de</strong>ntificar as condições <strong>de</strong> segurança no trabalho <strong>de</strong>stes profissionais;3- I<strong>de</strong>ntificar situações errôneas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o preparo do paciente até as intervençõesnecessárias realizadas pelos profissionais <strong>de</strong> Enfermagem;4- Fazer um paralelo entre a atuação <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> enfermagem e técnicos <strong>de</strong>radiologia.11


milhões <strong>de</strong> seus usuários, 20-30 anos após tomarem o produto (o tório acumula-se no fígado ena medula óssea) (LIMA et al, 2009).3.2 OS PERIGOS RELACIONADOS AO RADIODIAGNOSTICO:O risco à saú<strong>de</strong> humana po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um evento nocivo(morte, dano ou perda) ocorrer como resultado da exposição a agentes físicos ou químicos emcondições específicas (UNEP/ IPCS, 1999 apud MICHELS et. al, 2004; p. 02).Os agravos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>corrente da exposição humana <strong>de</strong>senfreada às tecnologiasradioativas pós-<strong>de</strong>scobertas foram inúmeras, isso porque as pessoas ficaram imensamentevislumbradas com o “avanço do século” ignorando as suspeitas quanto ao perigo representadopor uma exposição sem proteção à radiação (LIMA et al, 2009).Não havia nenhuma experiência prévia com aquela radiação, a ponto <strong>de</strong> asqueimaduras <strong>de</strong>vidas a ela serem inicialmente <strong>de</strong>scritas como <strong>de</strong> natureza “elétrica”, face aoequipamento gerador também ser utilizado na medicina eletroterapêutica (LIMA et al, 2009).Tanto os raios X como as radiações provenientes <strong>dos</strong> elementos radiativos possuemenergia suficiente para ionizar os átomos. Por isso chamado <strong>de</strong> radiação ionizante. Estas são<strong>de</strong> origem nuclear, como as radiações x, b e y (alfa, beta e gama) ou <strong>de</strong> procedência atômica,ou seja, as que são produzidas pelas interações com os átomos, como também po<strong>de</strong>m<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar efeitos nocivos à saú<strong>de</strong> humana, entretanto, esse risco é menor quandocomparado aos elementos radioativos (NAVARRO et al, 2008).Os efeitos in<strong>de</strong>seja<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ssa tecnologia iminente apareceram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeirostempos, quando foi observado que os indivíduos diretamente relaciona<strong>dos</strong> com as pesquisasda radiação foram acometi<strong>dos</strong> por doenças como: ulceras, abscessos e queimaduras as quaisse tornavam graves <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> terem uma cicatrização comprometida, <strong>de</strong>bilitada o quelevava a conseqüências irreversíveis como cirurgias <strong>de</strong>sfigurantes, amputações e até a morte(LIMA et al, 2009).13


Em um organismo vivo, as células passam por um contínuo processo <strong>de</strong> morte esubstituição. Contudo, altas <strong>dos</strong>es <strong>de</strong> radiação em um organismo levarão um gran<strong>de</strong>número à morte celular. As células irradiadas po<strong>de</strong>rão sofrer uma perda parcial <strong>de</strong>sua função biológica, uma morte clonogênica (tornando-as incapazes <strong>de</strong> reproduzirse),um atraso momentâneo no seu ciclo <strong>de</strong> divisões ou, simplesmente, sofrer umamorte celular.Em todo caso, um tecido específico se encontrará <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número<strong>de</strong> células, o que provocará, em um curto período <strong>de</strong> tempo, a perda total ou parcial<strong>de</strong> suas capacida<strong>de</strong>s funcionais. Dessa forma, até mesmo uma eventual morte doorganismo po<strong>de</strong>rá acontecer como <strong>de</strong>corrência do dano acarretado (BIRAL, 2002, p.121).As radiações ionizantes <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam efeitos biológicos que po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>dos</strong>como <strong>de</strong>terminísticos e estocásticos. Uma exposição a <strong>dos</strong>es altas <strong>de</strong> radiação promovemconseqüências que estão em relação direta com a exposição, por exemplo, a morte <strong>de</strong> célulasmalignas as quais foram submetidas à radioterapia, queimaduras <strong>de</strong> pele, entre outros,caracterizando os efeitos <strong>de</strong>terminísticos (BIRAL, 2002).Biral (2002) cita:Entre os efeitos <strong>de</strong>terminísticos resultantes da ação localizada das radiaçõesionizantes em seres humanos, temos a esterilida<strong>de</strong> (temporária ou permanente), aocorrência <strong>de</strong> catarata, queimaduras na pele (eritema) e <strong>de</strong>pilações. Vômitos(algumas horas após exposição severa), náusea, fadiga, anorexia, diarréia, infecçõese sangramentos pelas gengivas, também são efeitos <strong>de</strong>terminísticos associa<strong>dos</strong> àexposição a radiação (BIRAL, 2002, p. 122).Entretanto, os efeitos estocásticos relacionam-se com a exposição a baixas <strong>dos</strong>es <strong>de</strong>radiação produzindo conseqüências <strong>de</strong>rivadas do acúmulo <strong>dos</strong> efeitos da radiação noorganismo, isto é, são latentes, se manifestam após meses ou anos da exposição à radiação(efeitos nocivos que abalam a saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> profissionais envolvi<strong>dos</strong>). A prevalência do efeitoestocástico <strong>de</strong>corre do grau <strong>de</strong> exposição ao agente nocivo em questão, o que po<strong>de</strong>rá levar amutação e a carcinogênese. Diferentemente do efeito <strong>de</strong>terminístico, o estocástico <strong>de</strong>notamaior dificulda<strong>de</strong> em se estabelecer, concretamente, o agente causador das alteraçõesbiológicas, isto porque o agente eficaz envolvido, neste sentido, é inconstante <strong>de</strong>vido aotempo <strong>de</strong>corrido entre o estímulo (exposição radiológica) e a resposta correspon<strong>de</strong>nte(anormalida<strong>de</strong>s orgânicas) (IPPOLITO, 2005).Vale ressaltar que com os estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> casos foi possível enten<strong>de</strong>r os mecanismosbiológicos relativos a interação exposição radiológica e resposta orgânica, e, com isso, evitar14


por meio <strong>de</strong> aperfeiçoamento do uso e produção das radiações ionizantes, os possíveis males<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>dos</strong>. “A resposta do organismo <strong>de</strong> um indivíduo a radiação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatorescomo <strong>dos</strong>e recebida, características orgânicas individuais, área irradiada e taxa <strong>de</strong> <strong>dos</strong>e, entreoutros” (NAVARRO et al, 2008, p. 1042).Os limites <strong>de</strong> <strong>dos</strong>e para o trabalhador baseiam-se nas <strong>dos</strong>es mínimas para aobservação <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong>terminísticos associa<strong>dos</strong> à exposição a radiações ionizantes,tomando como uma <strong>dos</strong>e <strong>de</strong> 0,55v em um dado órgão ou tecido. Atualmente oslimites recomenda<strong>dos</strong> pelos órgãos internacionais para exposições ocupacionais são: Uma <strong>dos</strong>e efetiva <strong>de</strong> 20mSv ao ano, tomada como exposição média em umperíodo <strong>de</strong> 5 anos consecutivos (100mSv em 5 anos); Uma <strong>dos</strong>e efetiva não maior que 50mSv ao ano, em um único ano do período; Uma <strong>dos</strong>e equivalente para o cristalino <strong>dos</strong> olhos <strong>de</strong> 150mSv ao ano; Uma <strong>dos</strong>e equivalente para extremida<strong>de</strong>s, no nível da pele, ou em um dadoórgão ou tecido, não maior que 500mSv (0,55v) ao ano(BIRAL, 2002, pág.:190).Segundo Navarro et al (2008) os efeitos das interações e das radiações ionizantes comas células po<strong>de</strong>m acontecer <strong>de</strong> forma direta, danificando uma macromolécula (DNA, proteínase enzimas, entre outras), ou <strong>de</strong> forma indireta, interagindo com o meio e produzindo radicaislivres. Os danos sofri<strong>dos</strong> pela célula neste processo ativa uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> cascatas, levando aativação <strong>de</strong> enzimas reparadoras. A falha no processo <strong>de</strong> reparação leva a lesões bioquímicascausando danos como morte prematura, alteração no processo <strong>de</strong> divisão celular e alteraçõesgenéticas. Dentro <strong>de</strong>ste contexto Guyton (2006) <strong>de</strong>screve que a “probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mutaçõespo<strong>de</strong> ser aumentada muitas vezes quando o organismo é exposto a fatores químicos, físicos oubiológicos.” O autor ainda diz:É bem sabido que a radiação ionizante, como raios X, raios gama e radiação emitidapor substâncias radioativas, e mesmo a luz ultravioleta, po<strong>de</strong>m predispor umindivíduo ao câncer. Os íons forma<strong>dos</strong> nas células <strong>de</strong> teci<strong>dos</strong> sob a influência <strong>de</strong> talradiação são altamente reativos e po<strong>de</strong>m romper filamentos <strong>de</strong> DNA, causandodiversas mutações (GUYTON, 2006, p. 41).Biral (2002) reforça:Os efeitos estocásticos se encontram associa<strong>dos</strong> a mutações genéticas nas células.Caso estas mutações se dêem nas células germinativas, estamos tratando <strong>de</strong>mudanças hereditárias, que po<strong>de</strong>m levar gerações para aparecerem. No entanto, casoestejamos tratando <strong>de</strong> células somáticas do corpo, um <strong>dos</strong> efeitos estocásticos maisimportantes é a ocorrência <strong>de</strong> um câncer. De fato (numa abordagem pessimista),consi<strong>de</strong>ra-se que a interação <strong>de</strong> apenas um fóton possa provocar um dano grave auma fita <strong>de</strong> DNA, resultando no surgimento <strong>de</strong> um câncer vários anos <strong>de</strong>pois(BIRAL, 2002, p. 124).15


3.3 BENEFÍCIOS, PORTARIAS E O PROCESSO DE TRABALHO NA ÁREARADIOLÓGICAÉ sabido que o principal ambiente <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> técnicos e auxiliares <strong>de</strong> enfermagemcorrespon<strong>de</strong> ao hospital e que este é um ambiente passivo <strong>de</strong> contaminações das mais variadasespécies no qual uma exposição diária, po<strong>de</strong> acarretar em consequências graves. Nestesentido, aplicando-se a radiologia, é notável a participação <strong>de</strong>stes trabalhadores, visto quemuitos, ao ingressarem no mercado <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>sconhecem os cuida<strong>dos</strong> apropria<strong>dos</strong> paraconter problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> advin<strong>dos</strong> <strong>de</strong> suas práticas ocupacionais. Isto ocorre em virtu<strong>de</strong><strong>de</strong>stes profissionais assumirem atribuições não condizentes com o treinamento que receberãoenquanto técnicos/auxiliares <strong>de</strong> enfermagem (fato presente em centros <strong>de</strong> diagnóstico porimagem) (REZENDE, 2003).Nesse contexto, BIRAL, 2002 diz que:Tanto o supervisor <strong>de</strong> proteção radiológica como seus auxiliares (<strong>de</strong>vidamentequalifica<strong>dos</strong>) <strong>de</strong>vem se encontrar vincula<strong>dos</strong> ao Serviço <strong>de</strong> Radioproteção (ouServiço <strong>de</strong> Proteção Radiológica), cujos requisitos relativos à implantação e aofuncionamento encontram-se especifica<strong>dos</strong> na norma CNEN NE-3.02 (BIRAL,2002, p. 190).Em um CDI há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar. Por ser uma equipeespecializada <strong>de</strong> atuação. Des<strong>de</strong> um simples posicionamento até uma injeção <strong>de</strong> contraste paraum exame mais especializado. Para a realização <strong>de</strong> exames especializa<strong>dos</strong> com injeção <strong>de</strong>contraste iodado intravenoso, faz-se necessário uma avaliação sucinta <strong>de</strong> um acesso venoso <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> calibre, preferencialmente longe das articulações, pois, po<strong>de</strong> haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>movimentação do paciente durante o exame (JUCHEM, DALL’AGNOL, 2007).A equipe <strong>de</strong> enfermagem atuante nos serviços <strong>de</strong> tomografia computadorizada<strong>de</strong>senvolve importante papel na prevenção, <strong>de</strong>tecção e tratamento <strong>dos</strong> eventosadversos causa<strong>dos</strong> pelo uso <strong>de</strong> contraste iodado. No hospital, on<strong>de</strong> se realizou apresente pesquisa, a enfermagem investiga a presença <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> risco paraocorrência <strong>de</strong>ssas reações, provi<strong>de</strong>ncia o acesso venoso e realiza a injeção docontraste. Além disso, i<strong>de</strong>ntifica sinais <strong>de</strong> reações adversas sistêmicas ou locais,implementando o tratamento necessário para cada caso. Dessa forma, acredita-seque a monitoração <strong>dos</strong> eventos adversos <strong>de</strong>correntes do exame tomográfico é umaferramenta para a avaliação da assistência prestada nesse Serviço, constituindoimportante indicador da qualida<strong>de</strong> assistencial (JUCHEM, DALL’AGNOL; 2007; p.03).16


Para a injeção mecânica <strong>de</strong> contraste iodado, utiliza-se uma bomba injetora que éacionada pelo médico ou técnico em radiologia quando se quer injetar o contraste endovenosopara contrastar uma <strong>de</strong>terminada área a qual se quer estudar. Na ausência da bomba injetoraquem realiza todo o processo é o profissional <strong>de</strong> enfermagem, o qual é importante, porexemplo, para a avaliação prévia da re<strong>de</strong> venosa evitando-se, com isso, o extravasamento docontraste, o que po<strong>de</strong>rá levar a danos teciduais irreparáveis ao paciente (JUCHEM,DALL’AGNOL, 2007).A exposição à radiação ionizante nos aten<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> enfermagem bem orienta<strong>dos</strong>quanto aos procedimentos básicos <strong>de</strong> proteção radiológica é baixa (CALEGARO, TEIXEIRA;2007; p. 266).Sabe-se que o Ministério da Saú<strong>de</strong> (MS), a Comissão Nacional <strong>de</strong> Energia Nuclear(CNEN) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabeleceram portarias normativasem consenso com os princípios implementa<strong>dos</strong> pela International Commission onRadiological Protection (ICRP). Estas portarias compreen<strong>de</strong>: A 518/2003 do MTE publicadano Diário Oficial da União <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2003, a 453/98 do MS e a CLT (Consolidação dasLeis Trabalhistas)A norma regulamentadora 16 (NR 16) faz a caracterização das ativida<strong>de</strong>s ou operaçõesperigosas, enumeradas conforme as portarias respectivas aos agentes <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes.Com relação a portaria 518/2003, esta norma traz um anexo on<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ra autilização <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> raio-x, entre outros focos <strong>de</strong> radiação ionizante, comoarriscada. Já a portaria, consi<strong>de</strong>ra que qualquer exposição do trabalhador a radiaçõesionizantes ou substâncias radioativas é potencialmente prejudicial à sua saú<strong>de</strong>, e,consi<strong>de</strong>ra, ainda, que mesmo diante <strong>dos</strong> avanços da tecnologia nuclear (aparelhos <strong>de</strong>radiologia, EPIs) os riscos em potencial referentes à exposição a essa tecnologia aindaexistirão(Diário Oficial da União, seção 1).Segundo o parágrafo 1° do artigo 193 da CLT, indivíduos emprega<strong>dos</strong> terão direito aoadicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30% sobre o salário, caso, estes, <strong>de</strong>sempenhemativida<strong>de</strong>s ou operações perigosas, isto é, que estejam submeti<strong>dos</strong> a condições <strong>de</strong> riscoacentuado.17


A portaria 453/98 da Secretaria <strong>de</strong> Vigilância Sanitária do Ministério da Saú<strong>de</strong> refereseas “Diretrizes <strong>de</strong> Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico eOdontológico”, estabelecendo os requisitos básicos <strong>de</strong> proteção radiológica emradiodiagnóstico, ressaltando a disciplina como caráter imprescindível para a práticacom os raios-x, além <strong>de</strong> objetivar a <strong>de</strong>fesa da saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> pacientes, <strong>dos</strong> profissionaisenvolvi<strong>dos</strong> e do público em geral. Além disso, preconiza os limites <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> paraa restrição <strong>de</strong> <strong>dos</strong>e <strong>de</strong> acordo com a CNEN NE 3.01 <strong>de</strong> 12/88: 5 mSv/ano para áreascontroladas e 0,5 mSv/ano para as áreas livres.A lei 1234/50 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1950 assegura certos benefícios aos servidores daUnião, civis e militares, e os emprega<strong>dos</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s paraestatais <strong>de</strong> natureza autárquica,<strong>de</strong>vido ao manuseio <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> raios-X e exposição habitual a elementos radioativos,tais como: adicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 40%, jornada especial <strong>de</strong> 24 horas, férias <strong>de</strong> 20 diasconsecutivos por semestre, direito a remuneração das horas exce<strong>de</strong>ntes e das férias nãogozadas, <strong>de</strong>ntre outros. Isto se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que, estes profissionais, “operam diretamentecom Raios X e substâncias radioativas, próximo às fontes <strong>de</strong> irradiação”(art. 1°, Lei 1234/50 |Lei no 1.234, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1950).Em contrapartida, outros profissionais expostos aos mesmos riscos que os técnicos <strong>de</strong>radiologia não recebem o mesmo percentual que estes, pois os referi<strong>dos</strong> técnicos recebem oadicional <strong>de</strong> 40 por cento <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong> visto que essa profissão dispõe <strong>de</strong> Lei própria: a7394/85. Tanto é verda<strong>de</strong> que a própria CLT (a qual rege os trabalhadores <strong>de</strong> enfermagem),no artigo 192, preconiza outros índices (10, 20 ou 30 por cento) <strong>de</strong> acordo com o grau etempo <strong>de</strong> exposição à radiação e com o nível <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> associa<strong>dos</strong> ao agente, tendocomo referência o ambiente <strong>de</strong> trabalho <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong>. Contudo, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar queapenas profissionais especializa<strong>dos</strong> serão capazes <strong>de</strong> avaliar a aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong>ou periculosida<strong>de</strong> neste contexto (art. 192, CLT, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1977; Lei 7394/85 |Lei no 7.394, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1985).18


4 METODOLOGIA4.1 DESENHO DO ESTUDOEste estudo é <strong>de</strong> caráter exploratório, visto que o tema é pouco conhecido, e também<strong>de</strong>scritivo, pois se almeja conhecer as peculiarida<strong>de</strong>s do problema <strong>de</strong> pesquisa escolhido.Foram utilizadas abordagens quantitativas e qualitativas, pois se preten<strong>de</strong> mensurar oproblema bem como obter um conhecimento mais amplo e profundo do objeto <strong>de</strong> estudo(Siqueira, 2005).Segundo Siqueira (2005), a pesquisa exploratória visa sondar o problema, <strong>de</strong>ixando-omais explícito. Além disso, ainda segundo a mesma autora, um trabalho é <strong>de</strong> naturezaexploratória quando envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais da áreae análise <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los que proporcione a compreensão do assunto.Já as pesquisas <strong>de</strong>scritivas i<strong>de</strong>ntificam a existência <strong>de</strong> relações entre variáveis equando se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a natureza <strong>de</strong>ssa relação, a pesquisa <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser somente<strong>de</strong>scritiva, tornando-se exploratório-<strong>de</strong>scritiva (GIL, 1991 apud SIQUEIRA, 2005). Nestesentido, o estudo utiliza técnicas padronizadas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> e observação sistemática,para então relatar as características da amostra estudada e seu relacionamento com asvariáveis.De acordo com Pope e Mays (2005), é comum <strong>de</strong>finir pesquisa qualitativa comoreferência à pesquisa quantitativa. A pesquisa qualitativa é geralmente lida com falas oupalavras em vez <strong>de</strong> números. Porém, isso não significa que seja <strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> mensuração ouque não possa ser usada para explicar fenômenos sociais.Creswell (2007) <strong>de</strong>fine que “uma técnica quantitativa é aquela em que o investigadorusa primariamente alegações pós-positivistas para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> conhecimento”, além<strong>de</strong> empregar instrumentos pre<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> que geram da<strong>dos</strong> estatísticos.Por outro lado, segundo o autor supracitado, “uma técnica qualitativa é aquela em queo investigador sempre faz alegações <strong>de</strong> conhecimento com base principalmente ou em19


perspectivas construtivistas (...) ou em perspectivas reivindicatórias/participatórias (...) ou emambas”. Creswell (2007) acrescenta ainda que o pesquisador também possa empregar tantopráticas <strong>de</strong> pesquisa qualitativas como quantitativas simultaneamente.4.2 LOCAL DA PESQUISAO Hospital da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília (HUB) teve seu funcionamento autorizadopelo Decreto n.º 70.178 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1972. Nessa fase inicial, era mantido peloInstituto <strong>de</strong> Pensão e Aposentadoria <strong>dos</strong> Servidores do Estado (IPASE). Foi inaugurado,oficialmente, em agosto <strong>de</strong> 1972, pelo então Presi<strong>de</strong>nte da República, General EmílioGarrastazu Médici, recebendo o nome <strong>de</strong> Hospital <strong>dos</strong> Servidores da União (HSU).Em sua inauguração, já contava com 240 leitos e várias especialida<strong>de</strong>s médicas como:Pediatria, Clínicas Cirúrgicas, Ginecologia, Clínica Médica, Terapia Intensiva, Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Radiologia, Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina Física e <strong>de</strong> Reabilitação e Ambulatório com 34 salas. Aárea total construída, à época <strong>de</strong> sua inauguração, era <strong>de</strong> 16.000 m².Inicialmente conhecido como HSU, passou a se chamar, após sua inauguração,Hospital do Distrito Fe<strong>de</strong>ral Presi<strong>de</strong>nte Médici (HDFPM).Ainda na década <strong>de</strong> 70, com a extinção do IPASE, o hospital passou a fazer parte doINAMPS. No início <strong>dos</strong> anos 80, passou a ser o Hospital <strong>de</strong> Ensino da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Brasília e recebeu o nome <strong>de</strong> Hospital Docente-Assistencial (HDA). Em 1990, foi cedido àUnB em ato assinado pelo Presi<strong>de</strong>nte Fernando Collor e passou a se chamar HospitalUniversitário <strong>de</strong> Brasília (HUB).O HUB conta atualmente com 289 leitos, 121 salas <strong>de</strong> Ambulatório e 41.170 m² <strong>de</strong>área construída. Seu Corpo Clínico é formado por diversos profissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>:Professores da UnB, servidores do Ministério da Saú<strong>de</strong> e profissionais contrata<strong>dos</strong>.Atualmente, o quadro <strong>de</strong> funcionários do Centro <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem dohospital em estudo é composto por: 01 enfermeira, aproximadamente 15 técnicos emenfermagem e 26 técnicos em radiologia.20


4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRAO universo, ou também <strong>de</strong>nominado população, consiste, <strong>de</strong> acordo com Marconi eLakatos (2007), em um conjunto <strong>de</strong> seres anima<strong>dos</strong> ou inanima<strong>dos</strong> que apresentam pelomenos uma característica em comum. Diante disso, o universo da investigação <strong>de</strong>ste estudofoi constituído por toda a equipe <strong>de</strong> enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – e todaa equipe técnica <strong>de</strong> radiologia que atuam no Centro <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem do HUB.A amostra, isto é, o subconjunto do universo, foi <strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> forma intencionalnão sendo aplicada uma forma aleatória <strong>de</strong> seleção.O critério <strong>de</strong> inclusão é: a) To<strong>dos</strong> os enfermeiros, técnicos e auxiliares <strong>de</strong> enfermageme técnicos <strong>de</strong> radiologia, emprega<strong>dos</strong> pelos locais on<strong>de</strong> será realizado o estudo, que aceitaremparticipar <strong>de</strong>ste. b) Assinarem o termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido (TCLE). Oscritérios <strong>de</strong> exclusão são: a) Técnicos e auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e técnicos <strong>de</strong> radiologia quenão <strong>de</strong>sejarem participar da pesquisa. b) To<strong>dos</strong> que não assinarem o termo <strong>de</strong> consentimentolivre e esclarecido (TCLE).4.4 COLETA DE DADOSPara se alcançar o objetivo proposto neste estudo foi empregado méto<strong>dos</strong> qualitativose quantitativos para a coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, através da aplicação <strong>de</strong> instrumento semi-estruturadoaos integrantes da amostra. O instrumento (ver Anexo A) teve o objetivo <strong>de</strong> obter as seguintesinformações:Da<strong>dos</strong> <strong>de</strong>mográficos;Informações sobre o perfil <strong>de</strong> cada componente da equipe <strong>de</strong> enfermagem e <strong>dos</strong>técnicos em radiologia que constituem a amostra;Características do setor on<strong>de</strong> trabalham, bem como as condições <strong>de</strong> segurança(equipamentos <strong>de</strong> proteção individual – EPI’s);21


Informações sobre as principais conseqüências à saú<strong>de</strong> produzidas pela exposiçãoaos agentes radioativos.Segundo Sampieri et al (2006; p. 325) um questionário consiste em um conjunto <strong>de</strong>questões com relação a uma ou mais variáveis a serem medidas. Foi utilizado um questionáriocomposto por questões fechadas as quais contêm categorias ou alternativas <strong>de</strong> resposta queforam <strong>de</strong>limitadas, isto é, são apresentadas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta aos indivíduos e eles<strong>de</strong>vem limitar-se a estas e, abertas, cujas questões não <strong>de</strong>limitam a priori as alternativas <strong>de</strong>resposta, porque o número <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> resposta é muito elevado; em teoria é infinito(SAMPIERI et al, 2006; p. 329).O instrumento <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> foi constituído <strong>de</strong> 11 questões, sendo 09fechadas e 02 abertas e foi aplicado a to<strong>dos</strong> os técnicos/auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e técnicos<strong>de</strong> radiologia disponíveis nos locais <strong>de</strong> estudo referi<strong>dos</strong> neste artigo. As categorias abordadasvisam i<strong>de</strong>ntificar as tarefas realizadas no CDI; tarefas relacionadas à exposição direta aradiação ionizante e <strong>de</strong>ntre estas as que são comuns das que não são; tempo gasto durante arealização <strong>de</strong> procedimentos; distância entre o técnico/auxiliar <strong>de</strong> enfermagem e o pacientedurante a realização <strong>de</strong> intervenções; horas trabalhadas semanalmente; quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> folgassemanais; utilização <strong>de</strong> Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual (EPI); problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> quepo<strong>de</strong>m estar relaciona<strong>dos</strong> à exposição <strong>de</strong>sorientada. Os itens fecha<strong>dos</strong> englobam alternativasque variam <strong>de</strong> três a sete afirmativas po<strong>de</strong>ndo-se escolher mais <strong>de</strong> uma resposta em cadaquestão.Para a realização do questionário, obteve a concordância <strong>dos</strong> (as) enfermeiros (as) e<strong>dos</strong> (as) técnicos/auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e <strong>dos</strong> técnicos em radiologia que atuam no Centro<strong>de</strong> Diagnóstico por Imagem do HUB. Tal concordância foi manifestada por meio daassinatura do Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme resolução196/96 que norteia a pesquisa em seres humanos no Brasil.22


4.5 ANÁLISE DOS DADOSSegundo Berelson (1971 apud SAMPIERI, 2006, p. 343) – a análise <strong>de</strong> conteúdo éuma técnica para estudar e analisar a comunicação <strong>de</strong> uma maneira objetiva, sistemática equantitativa. Com relação à realização da análise <strong>de</strong> conteúdo o autor Collado et al (2006; p.344) <strong>de</strong>screve que esta “é feita por meio da codificação, isto é, o processo no qual ascaracterísticas relevantes do conteúdo <strong>de</strong> uma mensagem se transformam em unida<strong>de</strong>s quepermitam sua <strong>de</strong>scrição e análise precisas.”As categorias <strong>de</strong> um item ou questão requerem ser codificadas com símbolos ounúmeros. E <strong>de</strong>vem ser codificadas porque, do contrário, não seria efetuada nenhumaanálise ou apenas seria contado o número <strong>de</strong> respostas em cada categoria. Mas opesquisador se interessa em realizar análise mais além do que uma contagem <strong>de</strong>casos por categoria (SAMPIERI et al, 2006; p. 364).Para a realização da análise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> qualitativos foram utiliza<strong>dos</strong> os 06 passospropostos por Creswell (2007):1º passo: Organizar e preparar os da<strong>dos</strong> para análise. Isso envolve transcrever oquestionário, fazer leitura ótica do material, digitar notas <strong>de</strong> campo ou classificar e organizaros da<strong>dos</strong> em diferentes tipos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das fontes <strong>de</strong> informações.2º passo: Ler to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong>. Um primeiro passo é obter um sentido geral dasinformações e refletir sobre seu sentido global.3º passo: Começar a análise <strong>de</strong>talhada com um processo <strong>de</strong> codificação. Codificação éum processo <strong>de</strong> organizar materiais em “grupos”. Isso envolve tomar da<strong>dos</strong> em textos,segmentar frase (ou parágrafos) em categorias e rotular essas categorias com um termo,geralmente baseado na linguagem real do participante (conhecido como in vivo).4º passo: Usar o processo <strong>de</strong> codificação para gerar uma <strong>de</strong>scrição do cenário ou daspessoas além das categorias ou <strong>dos</strong> temas para análise. Descrição envolve fornecimento <strong>de</strong>informações <strong>de</strong>talhadas sobre pessoas, locais ou fatos em um cenário.23


qualitativa.5º passo: Prever como a <strong>de</strong>scrição e os temas serão representa<strong>dos</strong> na narrativa6º passo: O passo final na análise <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> envolve fazer uma interpretação ou extrairsignificado <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong>. Essa interpretação será feita <strong>de</strong> forma comparativa entre os resulta<strong>dos</strong>obti<strong>dos</strong> e as informações extraídas da literatura existente.Através da análise temática <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> foi possível listar e organizar (tabular) osresulta<strong>dos</strong> colhi<strong>dos</strong> (questionário) em categorias (níveis classificatórios) on<strong>de</strong>, com a leiturado conteúdo empírico, serão <strong>de</strong>stacadas as seguintes temáticas:Tarefas executadas pelos técnicos e auxiliares <strong>de</strong> enfermagem e técnicos <strong>de</strong> radiologia;Distância entre esses trabalhadores e o paciente;Uso <strong>de</strong> EPIs;Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>;Número <strong>de</strong> folgas e horas trabalhadas.Os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> através do questionário foram transcritos para uma base <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> doprograma MICROSOFT OFFICE EXCEL – 2007 on<strong>de</strong> foram realizadas correlaçõesentre a atuação das profissões envolvidas confirmando, ou não, a hipótese norteadora<strong>de</strong>ste Projeto. Além disso, foi verificada porcentagens das variáveis <strong>de</strong>mográficas,individuais, sociais e referentes ao setor <strong>de</strong> trabalho que foram categorizadas eanalisadas conforme méto<strong>dos</strong> e provas estatísticas apropriadas.24


4.6 CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISAA pesquisa será suspensa ou encerrada caso seja constatado qualquer risco ouconseqüência <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m física ou psíquica <strong>de</strong>corrente da realização da mesma a algum sujeitoparticipante, visto que não fora previsto no termo <strong>de</strong> consentimento.4.7 ANÁLISE DO RISCO E BENEFICIOA pesquisa não representa risco à saú<strong>de</strong> e ou bem estar do indivíduo participante.4.8 ASPECTOS ÉTICOSForam respeita<strong>dos</strong>, no transcorrer da pesquisa, to<strong>dos</strong> os aspectos éticos e legaisnecessários para a preservação do anonimato <strong>dos</strong> sujeitos participantes da mesma, tais como:sigilo <strong>dos</strong> nomes ou <strong>de</strong> qualquer informação que possa levar à i<strong>de</strong>ntificação do sujeitoparticipante da pesquisa e sigilo quanto a qualquer advento que não esteja no contexto dapesquisa e que porventura o pesquisador venha a tomar conhecimento ou presenciar,conforme a resolução 196/96. Foi utilizado o Termo <strong>de</strong> Consentimento Livre e Esclarecido(TCLE) (ver Anexo B) para to<strong>dos</strong> os sujeitos que participaram do levantamento <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>.Os resulta<strong>dos</strong> da pesquisa subsidiaram a elaboração do trabalho <strong>de</strong> conclusão do curso<strong>de</strong> Enfermagem e po<strong>de</strong>rão ser publica<strong>dos</strong> em jornais e revistas científicas, apresenta<strong>dos</strong> emeventos científicos e para a comunida<strong>de</strong> acadêmica da Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília epara equipes técnicas para que sirvam como subsídio para o planejamento, organização ea<strong>de</strong>quação da assistência <strong>de</strong> enfermagem. Uma cópia do relatório final da pesquisa seráencaminhada ao CEP-UCB e à unida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> a coleta <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> foi realizada.a) Ressalta-se que a pesquisa só será iniciada após a aprovação pelo Comitê <strong>de</strong> Ética emPesquisa da UCB e do Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa do Hospital da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Brasília (HUB) – Diretoria Adjunta <strong>de</strong> Apoio ao Ensino e à Pesquisa (DAEP).25


5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃOOs da<strong>dos</strong> serão apresenta<strong>dos</strong> por meio <strong>de</strong> gráficos e discussões, feitas a partir daanálise <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> conti<strong>dos</strong> nos questionários aplica<strong>dos</strong> no período <strong>de</strong> 28/09 á 05/10. Para talos da<strong>dos</strong> serão apresenta<strong>dos</strong> em 4 categorias:o Perfil sócio <strong>de</strong>mográfico da amostra;o Características administrativas do setor on<strong>de</strong> trabalham;o Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong>;o Uso <strong>de</strong> EPI’s;o Relação entre os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> lista<strong>dos</strong> com o perfil sócio <strong>de</strong>mográficose com as características administrativas do setor on<strong>de</strong> trabalham;5.1 PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DA AMOSTRAA coleta <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da pesquisa foi realizada com to<strong>dos</strong> os profissionais envolvi<strong>dos</strong>diretamente com o paciente e com a execução do trabalho. No setor há apenas uma enfermeirado sexo feminino. Dos 10 técnicos <strong>de</strong> enfermagem da pesquisa, 40% são do sexo masculino e60% do sexo feminino. A média geral <strong>dos</strong> entrevista<strong>dos</strong> se caracteriza por profissionais <strong>dos</strong>exo feminino.Dos 12 técnicos em radiologia entrevista<strong>dos</strong>, 75% são do sexo masculino e 25% sãodo sexo feminino. A média geral é do sexo masculino, conforme <strong>de</strong>monstrado nos Gráficos 1e 2. To<strong>dos</strong> foram seleciona<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ntre os critérios <strong>de</strong> inclusão e exclusão.26


Gráfico 1: Distribuição da amostra em relação ao cargo exercido.Gráfico 2: Porcentagem da amostra em relação ao sexo.De acordo com Rita Cássia Flor (2005) a presença <strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> enfermagemnos setores que empregam a radiação ionizante é indispensável, pois são indivíduos que apriori, trazem conhecimentos necessários para lidar com a radiação a qual serão expostos,possuem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manipular os equipamentos <strong>de</strong> maneira segura e aplicar o princípio<strong>de</strong> proteção radiológica. Além disso, o trabalho exercido pelos técnicos <strong>de</strong> enfermagem serealiza numa perspectiva <strong>de</strong> cuidado e auxílio para com os pacientes que necessitam realizar oradiodiagnóstico, no tratamento <strong>de</strong> algumas patologias.Diante <strong>de</strong>sse contexto, a exposição <strong>de</strong>sses profissionais às radiações ionizantes éinevitável, uma vez que faz parte <strong>de</strong> sua rotina <strong>de</strong> trabalho, mas que po<strong>de</strong>m ser minimizadas<strong>de</strong> acordo com a carga <strong>de</strong> trabalho imposta. De acordo com Facchini (1994), quanto maiortempo o profissional ficar exposto ao ambiente <strong>de</strong> trabalho maior a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> riscopara a saú<strong>de</strong>.27


A presença da maioria <strong>de</strong> profissionais do sexo feminino na área da saú<strong>de</strong> é vistocomo um fenômeno natural <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as primeiras formas <strong>de</strong> assistência, nos primórdios dacivilização, em que eram as mulheres que realizavam os atendimentos domiciliares <strong>de</strong>doentes, utilizando-se <strong>de</strong> plantas curativas 1 . Hoje, no século XXI ainda se vê uma tendênciafeminina na área <strong>de</strong> enfermagem, porém, nas áreas radiológicas em que há maior exposição àsondas eletromagnéticas que po<strong>de</strong>m trazer consequências lesivas à saú<strong>de</strong>, a presença <strong>dos</strong>homens é maior.Isso po<strong>de</strong> ser explicado pelo fato <strong>dos</strong> homens se predisporem mais as ativida<strong>de</strong>s que oscolocam em risco. Embora nas últimas décadas a participação feminina tenha se equiparadoem diversas profissões, tradicionalmente as mulheres mantem preferências por empregos quelhe <strong>de</strong>em mais segurança, inclusive na preservação <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>. 2Traçando o perfil <strong>de</strong>sses profissionais verificamos que 87% da amostra realizamexames pelo menos uma vez ao ano, 4% realiza 02 vezes ao ano e 9% nenhuma vez ao ano(Gráfico 03). De acordo com Pereira (2011), o fato <strong>de</strong>sse profissional trabalhar num setor <strong>de</strong>radiologia e está exposto a um elevado nível <strong>de</strong> riscos, que ocorre tanto no manuseio <strong>dos</strong>equipamentos como na recepção das radiações ionizantes, traz a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lhe propiciarum ambiente seguro <strong>de</strong> trabalho, bem como estratégias preventivas na manutenção <strong>de</strong> suasaú<strong>de</strong> e bem estar.Gráfico 3: Quantitativo <strong>de</strong> exames realiza<strong>dos</strong> anualmente em relação à amostra.1 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM. Disponível em:.Acesso em: 19 maio 2011.2 IGUALDADE NO EMPREGO. Disponível em:< http://www.unicef.org/brazil/smi/cap3.htm>. Acesso em: 2nov. 2011.28


5.2 PROBLEMAS DE SAÚDE RELATADOSDos 23 profissionais entrevista<strong>dos</strong>, 35% apresentam problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e 65% nãoapresentaram problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, conforme Gráfico 5. Para D’Ippolito e Me<strong>de</strong>iros (2005) aexposição à radiação ocasiona a morte celular, queimaduras <strong>de</strong> pele, esterilida<strong>de</strong>, ocorrência<strong>de</strong> cataratas, ou po<strong>de</strong> trazer danos não aparentes que só se manifestarão após meses ou atéanos <strong>de</strong> exposição, como o caso <strong>de</strong> alguns cânceres.Gráfico 4: Quantitativo da amostra que apresenta e não apresenta sintomas.Dentre os 35% da amostra, ou seja, 08 entrevista<strong>dos</strong>, que apresentam algum problema<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 100% possuem nódulo na Tireoi<strong>de</strong>, 75% referem Lombalgia, 50% estão comnódulos na pele e 37% sentem enxaqueca constantemente. Segundo Machado et al (2009) asconsequências da constante exposição <strong>dos</strong> trabalhadores, resulta em duas categorias <strong>de</strong> efeitosbiológicos, são eles: estocáticos e <strong>de</strong>terminísticos.Na primeira categoria trata-se <strong>de</strong> efeitos probabilísticos em que os danos po<strong>de</strong>m afetaras células germinativas ou somáticas. Como exemplo <strong>de</strong> efeito nas células somáticas cita-se aleucemia que é a principal doença ocupacional <strong>de</strong>sses trabalhadores. Quanto aos efeitos<strong>de</strong>terminísticos são produzi<strong>dos</strong> por <strong>dos</strong>es elevadas <strong>de</strong> radiação, como exemplo se tem asradio<strong>de</strong>rmites, que ocorre em menor frequência, com exceção <strong>de</strong> procedimentos que seutilizam <strong>de</strong> fluoroscopia (MACHADO et al, 2009).29


Gráfico 5: Principais problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ntre à amostra que afirmou ter algum.5.3 CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS DO SETOR ONDE TRABALHAMDos 23 profissionais entrevista<strong>dos</strong>, apenas 22% trabalham 36 horas semanais, 52%trabalham 24 horas semanais, 26% trabalham 30 horas semanais. Não foi entrevistadonenhum profissional que trabalhe 44 horas semanais. De acordo com a lei 1.234 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong>Novembro <strong>de</strong> 1950 que trata <strong>dos</strong> direitos e vantagens em servidores que operam comradiações, estabelece que carga horária <strong>dos</strong> profissionais que trabalham na área radiológicanão po<strong>de</strong> ultrapassar vinte e quatro horas semanais.Gráfico 6: Distribuição da carga horária em relação à amostra.30


Em relação às folgas 22% têm 01 folga por semana, 22% têm 02 folgas por semana,56% têm folgas <strong>de</strong> acordo com a escala e não foi entrevistado nenhum profissional que tenhamais <strong>de</strong> 03 folgas semanais (Gráfico 8). Quanto às escalas <strong>de</strong> serviço na realização dotrabalho, as folgas serão estabelecidas <strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> do setor, observando olimite <strong>de</strong> horas estabelecidas semanalmente pela legislação. Para Silva et al (2011), umaescala <strong>de</strong> serviço que sobrecarrega o profissional po<strong>de</strong> acarretar no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>doenças, <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> exposição e também aos aci<strong>de</strong>ntes no trabalho, <strong>de</strong>vido ao cansaçodo funcionário.Gráfico 7: Quantitativo <strong>de</strong> folgas semanais em relação à amostra.As férias anuais são divididas em uma por ano on<strong>de</strong> 40% às goza e 60% têm duas porano. Não foi entrevistado nenhum profissional que tenha mais <strong>de</strong> 02 férias anuais (Gráfico09). As férias <strong>dos</strong> profissionais da área radiológica <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> vinte dias consecutivos, acada seis meses, não acumuláveis (LEI Nº 1.234/1950, art. 1º).Gráfico 8: Quantitativo <strong>de</strong> férias anuais em relação a amostra.31


Dentre a amostra, 52% recebem adicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> e 48% não recebemadicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> (Gráfico 10). Quanto ao adicional dado aos profissionais <strong>de</strong>vido àexposição às substâncias radioativas, a gratificação, segundo a lei 1.234/1950 <strong>de</strong>termina agratificação <strong>de</strong> 40% (quarenta por cento) do vencimento.Segundo o entendimento do Serviço Social da Indústria (SESI) no estudo intitulado“Legislação Comentada – NR 16: ativida<strong>de</strong>s e operações perigosas” o pagamento <strong>de</strong> adicionalsobre as horas extras não po<strong>de</strong> incidir apenas sobre os acréscimos que resultam <strong>de</strong> prêmios,gratificações ou participação nos lucros da empresa. Na verda<strong>de</strong> o adicional da periculosida<strong>de</strong><strong>de</strong>ve fazer parte do cálculo <strong>de</strong> férias, horas extras, adicional noturno e outros valores queexistirem nos cálculos rescisórios do Contrato <strong>de</strong> Trabalho. Esses pontos são obrigatórios enão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da vonta<strong>de</strong> do empregador.Gráfico 9: Adicional <strong>de</strong> Periculosida<strong>de</strong> distribuído em relação à amostra.Dos 23 profissionais entrevista<strong>dos</strong>, 16% exercem a tarefa <strong>de</strong> circular, 9% administrammedicação, 2% exercem a tarefa <strong>de</strong> acomodar lençóis, 12% avaliam o paciente, 7% aferempressão arterial, 9% auxiliam o paciente na ida e volta ao sanitário, 18% posicionam opaciente, 5% realizam punção venosa, 9% aplicam injeção <strong>de</strong> contraste, 12% contêm opaciente, 1% soluciona problemas, conforme ilustrado no Gráfico 11.As ativida<strong>de</strong>s executadas pelo profissional no ambiente <strong>de</strong> Raio –X são realizadas emduas circunstâncias, na área <strong>de</strong> atendimento aos pacientes e na parte operacional da execuçãodo exame. Po<strong>de</strong>m-se sintetizar as ativida<strong>de</strong>s realizadas em: preparação <strong>dos</strong> pacientes e32


execução <strong>de</strong> exames; revelação <strong>de</strong> radiografias na câmara escura - que inclui a preparação <strong>de</strong>soluções com produtos químicos; e interpretação <strong>dos</strong> exames e guarda <strong>dos</strong> lau<strong>dos</strong> na câmaraclara (PEREIRA, 2011).Gráfico 10: Relação das tarefas exercidas em relação à amostra.5.4 USO DE EPI´SFoi analisada também a utilização <strong>dos</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual, on<strong>de</strong> sãoofereci<strong>dos</strong> a to<strong>dos</strong> os profissionais pela empresa, porém, muitas vezes ocorre um sub-uso oumau uso <strong>de</strong>sses equipamentos. Nas áreas radiológicas 100% da amostra utiliza o avental <strong>de</strong>chumbo padrão, 91% utiliza o protetor <strong>de</strong> Tireoi<strong>de</strong>, 61% colocam o óculos pumblífero, apenas39% usam o <strong>dos</strong>ímetro, 13% utilizam as luvas pumblíferas e somente 4% usa o protetor <strong>de</strong>órgãos genitais (Gráfico 4). Nenhum profissional utiliza o avental <strong>de</strong> chumbo (tipo casaco).A utilização <strong>dos</strong> EPI’s são <strong>de</strong> fundamental importância para a proteção da saú<strong>de</strong> eintegrida<strong>de</strong> física do trabalhador, sendo <strong>de</strong> uso individual para garantir a segurança e ahigiene. A utilização incorreta ou a ausência <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>sses equipamentos no dia a dia doprofissional po<strong>de</strong> ocasionar sérios danos principalmente porque ficam expostos aoscontaminantes. Esses agravantes ocorrem <strong>de</strong>vido às condições ina<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> manuseio,guarda e conservação (MASTROENI, 2006).33


Gráfico 11: Utilização <strong>dos</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual em relação à amostra.5.5 RELAÇÃO ENTRE OS PROBLEMAS DE SAÚDE LISTADOS COM O PERFILSÓCIO-DEMOGRÁFICOS E COM AS CARACTERÍSTICAS ADMINISTRATIVAS DOSETOR ONDE TRABALHAMCom os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>mos observar que <strong>de</strong>ntre o quadro <strong>de</strong> funcionários ogrupo que mais <strong>de</strong>senvolve problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são as mulheres com 60% <strong>dos</strong> casos,enquanto o grupo masculino inclui apenas 15% (Gráfico 12).Os da<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>m trazer a impressão <strong>de</strong> que as mulheres são mais propícias a<strong>de</strong>senvolver patologias, mas na verda<strong>de</strong> o que irá <strong>de</strong>terminar os danos é quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempoque esse profissional –homem ou mulher - se expõe às emissões da radiação.De acordo com o estudo <strong>de</strong>senvolvido por Calegaro e Teixeira (2007), que avalia aexposição <strong>dos</strong> auxiliares <strong>de</strong> enfermagem na iodoterapia realizado num período <strong>de</strong> 11 anos,mostra que o controle das patologias provocadas nesses profissionais pela radiação ionizantese dá quando se reduz o tempo <strong>de</strong> exposição.Po<strong>de</strong>-se inferir que o fato das mulheres apresentarem um percentual maior <strong>de</strong>incidência <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não implica somente pelo fato <strong>de</strong> que elas sejam maispropícias, mas também po<strong>de</strong> ter ocorrido por outros fatores tais como: as enfermeiras que34


trabalham com radiação ficam mais tempo expostas que os homens, ou porque os homens, poruma questão cultural, não tem o hábito <strong>de</strong> realizarem exames periódicos para averiguar seuestado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como o fazem as mulheres.Gráfico 12: Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong> em relação ao sexo.Observamos também que nesse setor o grupo mais vulnerável a patologias são ostécnicos <strong>de</strong> enfermagem com 62% <strong>dos</strong> casos, enquanto os técnicos em radiologia <strong>de</strong>têm 38%,conforme ilustrado no Gráfico 13.De acordo com Calegaro e Teixeira (2007) a ausência <strong>de</strong> alguns procedimentos <strong>de</strong>segurança rotineiros, bem como uma maior exposição às radiações é <strong>de</strong>terminante para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> algumas doenças. Assim, verifica-se que o fato <strong>dos</strong> técnicos <strong>de</strong>enfermagem apresentarem maior incidência <strong>de</strong> algum dano na saú<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> estar relacionado aalgum <strong>de</strong>sses fatores, que são: situação <strong>de</strong> muita exposição e realização das ativida<strong>de</strong>srotineiras sem as <strong>de</strong>vidas medidas <strong>de</strong> segurança. Como mostrado no gráfico 4, existe umaincidência <strong>de</strong> profissionais que não se utilizam <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> EPI e isso po<strong>de</strong> ser um <strong>dos</strong>motivos para propiciar a contaminação. Além disso, a manipulação ina<strong>de</strong>quada <strong>dos</strong>equipamentos, ou ausência <strong>de</strong> higienização a<strong>de</strong>quada traz maiores riscos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>sseprofissional (MASTROENI, 2006).35


Gráfico 13: Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong> em relação ao cargo.Foi verificado que <strong>de</strong>ntre o grupo <strong>de</strong> pessoas que utilizam o avental <strong>de</strong> chumbo padrão35% tem alguma patologia e 65% não tem nenhuma patologia; os que utilizam o protetor <strong>de</strong>tireoi<strong>de</strong> 38% têm alguma patologia e 62% não tem nenhuma patologia; os que utilizam osóculos pumblífero 43% tem alguma patologia e 57% não tem nenhuma patologia; os queusam o <strong>dos</strong>ímetro 27% tem alguma patologia e 73% não tem nenhuma patologia; os queutilizam as luvas pumblíferas 33% tem alguma patologia e 67% não tem nenhuma patologia eos que utilizam o protetor <strong>de</strong> órgãos genitais 100% tem alguma patologia (Gráfico 14).O ambiente laboratorial <strong>de</strong> Raio-X possui inúmeros contaminantes, além da exposiçãoàs radiações iônicas que colocam em risco a saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> profissionais envolvi<strong>dos</strong>. Por essemotivo, as medidas <strong>de</strong> proteção se tornam imprescindíveis na minimização ou eliminação asexposições a agentes perigosos. Para garantir sua proteção, o profissional <strong>de</strong>ve estarconsciente da utilização <strong>dos</strong> EPI’s, selecionando-os corretamente como forma <strong>de</strong> garantir suaproteção. Além disso, a proteção contra os agentes infecciosos e químicos só é possívelquando se associa o emprego correto <strong>dos</strong> EPI’s com uma boa técnica e execução das boaspráticas laborais (MASTROENI, 2006).Verifica-se que o uso correto <strong>dos</strong> EPI’s constitui o meio mais simples para aprevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes ocupacionais, além <strong>de</strong> evitar os riscos físicos e biológicos associa<strong>dos</strong>às radiações ionizantes (SILVA, 2011).36


Verifica-se que as patologias associadas à falta do uso <strong>de</strong> EPI’s na área <strong>de</strong>enfermagem, geralmente ocasionam a transmissão <strong>de</strong> hepatite B e C que são transmiti<strong>dos</strong>quando o controle <strong>de</strong> infecções não é eficaz, ou seja, quando o uso <strong>dos</strong> EPI’s não sãorealiza<strong>dos</strong> (Scheidt, 2006). De acordo com Mastroeni (2006), as normas <strong>de</strong> biossegurançaprecisam ser executadas por meio do uso <strong>dos</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual EPI’s, e sefor necessário o uso <strong>de</strong> Equipamento <strong>de</strong> Proteção Coletiva – EPC.Gráfico 14: Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong> em relação ao uso do Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual.A relação entre a carga horária e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alguma patologia nos mostrouo resultado <strong>de</strong> que 62% das pessoas que trabalham 36 horas têm alguma patologia e 38% daspessoas que trabalham 24 horas tem alguma patologia (Gráfico 15).37


No que se refere ao tempo <strong>de</strong> permanência que os profissionais se expõem a radiação,verifica-se que quanto maior o tempo <strong>de</strong> exposição do profissional maior a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>incidência <strong>de</strong> patologias, requerendo maior conscientização <strong>dos</strong> enfermeiros, técnicos <strong>de</strong>enfermagem e <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os envolvi<strong>dos</strong> no que tange aos procedimentos básicos <strong>de</strong> proteçãoradiológica (CALEGARO; TEIXEIRA, 2007).Gráfico 15: Problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relata<strong>dos</strong> em relação à carga horária.38


6 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAISUm <strong>dos</strong> maiores <strong>de</strong>safios apresenta<strong>dos</strong> com relação aos profissionais que trabalhamcom as radiações iônicas é o fato do organismo não possuir um mecanismo sensorial para<strong>de</strong>tectar as radiações ionizantes presentes, que nem sempre se manifestam no início,<strong>de</strong>morando meses e até anos para serem <strong>de</strong>scobertas. A saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser um fator importantetanto para o paciente quanto para o profissional que presta o serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Assim, o conhecimento acerca <strong>dos</strong> mecanismos que minimizam ou neutralizam osriscos advin<strong>dos</strong> da exposição diária as radiações se torna imprescindível. A exposição àsradiações iônicas po<strong>de</strong>m trazer danos irreversíveis, como é o caso da esterilida<strong>de</strong> e canceresnão aparentes que só se manifestarão após anos <strong>de</strong> exposição. Para minimizar ou neutralizaros danos é preciso estar atento ao tempo <strong>de</strong> exposição às radiações ionizantes, nãoultrapassando as horas <strong>de</strong>terminadas por lei.De acordo com os da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> e relacionando estes com a literatura conclui-se que amaioria <strong>dos</strong> técnicos que trabalham no setor radiológico é do sexo masculino e isso ocorreporque as mulheres não querem se expor aos riscos que a radiação ionizante traz para a saú<strong>de</strong>e por isso optam por outros setores na área <strong>de</strong> enfermagem.Quanto à utilização <strong>dos</strong> EPI’s a pesquisa constata que alguns profissionais não sepreocupam em utilizar todo o equipamento recomendado, além <strong>de</strong> reutilizarem alguns <strong>de</strong>ssesequipamentos. Tal quadro aumenta os riscos no que diz respeito à proteção efetiva <strong>de</strong>ssesprofissionais, requerendo <strong>dos</strong> empregadores maior fiscalização e treinamento contínuo <strong>dos</strong>trabalhadores quanto ao uso a<strong>de</strong>quado <strong>dos</strong> EPI’s, bem como ao procedimento a<strong>de</strong>quado àhigienização e <strong>de</strong>scarte <strong>dos</strong> mesmos.Recomenda-se o uso <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os EPI’s, tais como: luvas, máscaras, aventais <strong>de</strong> látexnitrílico, protetor <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>, óculos pumblíferos, <strong>dos</strong>ímetro, luvas pumblíferas e protetor <strong>de</strong>órgãos genitais. Durante a execução <strong>dos</strong> exames <strong>de</strong>vem-se observar as instalações elétricascertificando-se que estas não estão com fios <strong>de</strong>sencapa<strong>dos</strong> e se a manutenção/calibraçãoperiódica <strong>dos</strong> equipamentos está <strong>de</strong> acordo com as recomendações. É importante sempre se39


utilizar da sinalização a<strong>de</strong>quada para não expor inadvertidamente os colegas <strong>de</strong> trabalho àradiação.A utilização da máscara evita a retenção <strong>de</strong> impurezas ao se <strong>de</strong>sinfectar materiais, quepo<strong>de</strong> trazer infecções cruzadas. Quanto ao cuidado com os materiais utiliza<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ve-se mantêlosnas aplicações <strong>dos</strong> contrastes e fazer o <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> seringas em local apropriado.Observa-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma educação permanente, principalmente aos quetrabalham com radiação ionizante, capacitando-os quanto à conscientização <strong>dos</strong> riscos aosquais estão constantemente expostos, dando-lhe condições para que evitem, na medida dopossível, danos físicos e biológicos <strong>de</strong>vido às características peculiares <strong>de</strong> sua profissão. Aadoção <strong>de</strong> procedimentos a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> e o treinamento <strong>dos</strong> envolvi<strong>dos</strong> minimizam os riscos econtribuem para um ambiente <strong>de</strong> trabalho mais seguro.40


7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBIRAL, A. R. Radiações Ionizantes para Médicos, Físicos e Leigos. Florianópolis: Insular,2002.BRASIL, Ministério da Saú<strong>de</strong>. Portaria 453, 1 jun. 1998. Diretrizes <strong>de</strong> proteção radiológicaem radiodiagnóstico médico e odontológico. Brasília: Diário Oficial da RepúblicaFe<strong>de</strong>rativa do Brasil, Po<strong>de</strong>r Executivo, 02 jun. 1998, seção 1, p. 29.BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria 518, 7 abr. 2003. Ativida<strong>de</strong>s eoperações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas:ativida<strong>de</strong>s/áreas <strong>de</strong> risco. Diário Oficial da República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, Po<strong>de</strong>r Executivo,Brasília, DF, 07 abr. 2003, seção 1, p. 104.BRASIL. Decreto Lei nº 5452 <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1943. Aprova a consolidação das leis dotrabalho. Capitulo V secção XIII. Das Ativida<strong>de</strong>s Insalubres e perigosas. Getúlio Vargas.Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1º <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1943. 122º da In<strong>de</strong>pendência e 55º da República.BRASIL. Decreto lei nº 7.394, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1985. Regula o exercício da profissão <strong>de</strong>técnico em radiologia. José Sarney. Brasília, 29 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1985; 164 da In<strong>de</strong>pendência;e 97º da República.BRASIL. Lei 1234 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1950. Direitos e Vantagens em servidores queoperam com Rx e substâncias radioativas. Eurico G. Dutra. Rio <strong>de</strong> Janeiro. 14 <strong>de</strong>Novembro <strong>de</strong> 1950. 129º da In<strong>de</strong>pendência; e 62º da República.CALEGARO, José Ulisses Manzzini; TEIXEIRA, Sandra Mara Pessano. Exposiçãoocupacional <strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> enfermagem na iodoterapia durante 11 anos. Radiol Bras, SãoPaulo, v. 40, n. 4, Aug. 2007.SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. F.; LUCIO, P. B. Metodologia <strong>de</strong> Pesquisa. Ed. 03. SãoPaulo: McGraw Hill, 2006.CRESWELL, John W. Projeto <strong>de</strong> pesquisa: méto<strong>dos</strong> qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.D'IPPOLITO, Giuseppe; MEDEIROS, Regina Bitelli. Exames radiológicos na gestação.Radiol Bras, São Paulo, v. 38, n. 6, Dec. 2005.GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado <strong>de</strong> Fisiologia Médica. Ed. 11. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Elsevier, 2006.JUCHEM, B.C.; DALL’AGNOL,C.M.; Reações adversas imediatas ao contraste iodadointravenoso em Tomografia Computadorizada. Revista Latino Americana Enfermagem,2007. Janeiro – Fevereiro; 15 (1).LIMA, Rodrigo da Silva; AFONSO, Júlio Carlos; PIMENTEL, Luiz Cláudio Ferreira. Raiosx:fascinação, medo e ciência. Quím. Nova, São Paulo, v. 32, n. 1, 2009.41


MARCONI, Marina <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos <strong>de</strong> metodologiacientífica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 315 p.MICHELS, C.; SCHNEIDER, M. R.; COELHO, J. I. E.; CORSEUIL, H. X. Avaliação <strong>de</strong>risco à saú<strong>de</strong> humana em terminais <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> petróleo e <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong>: estu<strong>dos</strong><strong>de</strong> casos. XIII Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Águas Subterrâneas.(http://www.remas.ufsc.br/Publicacoes/apcn031.pdf)NAVARRO, Marcus Vinicius Teixeira et al . Controle <strong>de</strong> riscos à saú<strong>de</strong> em radiodiagnóstico:uma perspectiva histórica. Hist. cienc. sau<strong>de</strong>-Manguinhos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 15, n.4, Dec. 2008 .OKUNO, Emico. Radiação Efeitos, Riscos e Benefícios. Ed. 01. São Paulo: Harbra, 1998.POPE, Catherine; MAYS, Nicholas. Pesquisa qualitativa na atenção à saú<strong>de</strong>. 2. ed. PortoAlegre: Artmed, 2005.REZENDE, M. P. Agravos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliares <strong>de</strong> enfermagem resultantes <strong>de</strong> exposiçãoocupacional aos riscos físicos. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado, Ribeirão Preto: 2003.(http://www.cepis.ops-oms.org/foro_hispano/BVS/bvsacd/cd49/agravos.pdf)SIQUEIRA, Marli Aparecida da Silva. Monografias e teses: das normas técnicas aoprojeto <strong>de</strong> pesquisa. Brasília: Consulex, 2005. 247 p.SOUZA, E.; SOARES, J. P. M. Correlações técnicas e ocupacionais da radiologiaintervencionista. J. vasc. bras., Dez 2008, vol.7, no.4, p.341-350. ISSN 1677-5449(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492008000400009&lng=pt&nrm=iso)42


APÊNDICE A – INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS1. Sexo: ( )F ( )M2. Ocupação:( ) Técnico <strong>de</strong> enfermagem ( ) Auxiliar <strong>de</strong> enfermagem ( ) Técnico <strong>de</strong> radiologia( ) Enfermeiro3. Quantas horas você trabalha por semana?( ) 24 horas ( ) 36 horas ( ) 44 horas ( ) Outros: __________________4. Você tem direito a quantas folgas na semana?( ) 01 ( ) 02 ( ) <strong>de</strong> 03 a mais5. Número <strong>de</strong> férias anuais.( ) 01 ( ) 02 ( ) acima <strong>de</strong> 026. Quantos exames periódicos durante o ano você faz?________________________________________________________________________7. Quais meios, abaixo lista<strong>dos</strong>, você utiliza como medida <strong>de</strong> prevenção, para evitar aexposição à radiação ionizante durante os procedimentos?( ) Avental <strong>de</strong> chumbo padrão( ) Óculos <strong>de</strong> pumblífero( ) Luvas pumblíferas( ) Uso <strong>de</strong> <strong>dos</strong>ímetro( ) Protetor <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong>43


( ) Protetor <strong>de</strong> órgãos genitais( ) Avental <strong>de</strong> chumbo – proteção nas costas (tipo casaco)8. Quais as tarefas que você <strong>de</strong>sempenha?Obs.: É permitido a marcação <strong>de</strong> múltiplas alternativas!( ) Circular( ) Administrar medicação( ) Acomodar lençóis no recipiente blindado( ) Avaliar o paciente( ) Medir a pressão( ) Auxiliar para ir e voltar ao/do sanitário( ) Posicionamento do paciente( ) Punção venosa( ) injeção <strong>de</strong> contraste( ) Conter o paciente( ) Solucionar problemas. Caso este seja marcado, cite exemplos:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________9. Você tem apresentado problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>?( ) Sim ( ) Não10. Em caso afirmativo, quais?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________11. Você recebe o adicional <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30% sobre o seu salário base?( ) Sim ( ) Não44


APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO(TCLE)O (a) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto: “AVALIAÇÃO DERISCOS: PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EXPOSTOS À RADIAÇÃO”. O nosso objetivo é verificare i<strong>de</strong>ntificar os riscos e anormalida<strong>de</strong>s biológicas relativos à exposição ocupacional <strong>de</strong>profissionais <strong>de</strong> Enfermagem em um Centro <strong>de</strong> Diagnóstico por Imagen (CDI) <strong>de</strong> Brasília.A sua participação será por meio da concessão <strong>de</strong> questionário sobre o seu local <strong>de</strong>trabalho, bem como fatores predisponentes para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> patologias. Não existe,obrigatoriamente, um tempo pré-<strong>de</strong>terminado para respon<strong>de</strong>r o questionário. Será respeitado otempo <strong>de</strong> cada um para respondê-lo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê <strong>de</strong> Ética emPesquisa da Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do DF – SES/DF e lhe garantimos os direitos abaixorelaciona<strong>dos</strong>: Solicitar, a qualquer momento, maiores esclarecimentos sobre esta pesquisa, através<strong>dos</strong> telefones: - CEP/SES/DF: (61) 3325-4955; Maria Liz Cunha <strong>de</strong> Oliveira: (61)3226-7738 ou (61) 3356-9225; <strong>Elizabete</strong> <strong>dos</strong> <strong>Santos</strong> <strong>Rodrigues</strong>: (61) 35564379 ou(61) 84152477; <strong>Raissa</strong> <strong>de</strong> <strong>Sousa</strong> Mendonça Damasio Cunha, (61) 81224436; Segredo absoluto sobre nomes, local <strong>de</strong> trabalho, residência e quaisquer outrasinformações que possam levar à i<strong>de</strong>ntificação pessoal e da instituição a qual pertence; Ampla possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negar-se a respon<strong>de</strong>r a quaisquer questões ou a fornecerinformações que julgar prejudicial à sua integrida<strong>de</strong> física, moral e social; Solicitar que parte das falas e/ou <strong>de</strong>clarações não seja incluída em nenhum documentooficial, o que será prontamente atendido; Desistir, a qualquer tempo, <strong>de</strong> participar da pesquisa.Os resulta<strong>dos</strong> da pesquisa serão publica<strong>dos</strong> em jornais e revistas científicas,apresenta<strong>dos</strong> em eventos científicos e para equipes técnicas e <strong>de</strong> gestores da SES-DF para quepossam ser utiliza<strong>dos</strong> no planejamento, organização e a<strong>de</strong>quação da assistência <strong>de</strong>enfermagem. Uma cópia <strong>de</strong>ste termo permanecerá com o Sr. (a) e a outra ficará arquivada,juntamente com os <strong>de</strong>mais documentos da pesquisa, com a pesquisadora responsável na sala113, Bloco S, Direção do Curso <strong>de</strong> Enfermagem, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Brasília – CampusI, Q.S 07, Lote 01, EPCT, Águas Claras, Taguatinga Sul/DF.______________________________________________Nome/assinatura____________________________________________Pesquisador ResponsávelNome/assinaturaBrasília, ___ <strong>de</strong> __________<strong>de</strong> _________45


ANEXO 1 - PARECER CONSUBSTANCIADO DE PROJETO DE PESQUISATítulo do Projeto: Avaliação <strong>de</strong> Riscos: Profissionais <strong>de</strong> enfermagem expostos à radiação.Pesquisador Responsável Fernanda Monteiro <strong>de</strong> C. Fernan<strong>de</strong>sData da Versão 30/06/2011 Cadastro 116/2011 Data do Parecer 01/08/2011RecomendaçãoAprovarComentários Gerais sobre o ProjetoPrimeira análise: A proposta aten<strong>de</strong> em parte às exigências da Resolução CNS 196/96 e para suaaprovação necessita apresentar resposta aos itens indica<strong>dos</strong> no parecer.O pesquisador tem 60 dias para respon<strong>de</strong>r aos quesitos formula<strong>dos</strong> pelo CEP em seu parecer.Após esse prazo o projeto será consi<strong>de</strong>rado retirado e posteriormente havendo interesse, <strong>de</strong>veráser apresentado novo protocolo e reiniciado o processo <strong>de</strong> registro (Res. CNS 196/96).Segunda análise: A proposta aten<strong>de</strong> em parte às exigências da Resolução CNS 196/96 e para suaaprovação necessita apresentar resposta aos itens indica<strong>dos</strong> no parecer.O pesquisador tem 60 dias para respon<strong>de</strong>r aos quesitos formula<strong>dos</strong> pelo CEP em seu parecer.Após esse prazo o projeto será consi<strong>de</strong>rado retirado e posteriormente havendo interesse, <strong>de</strong>veráser apresentado novo protocolo e reiniciado o processo <strong>de</strong> registro (Res. CNS 196/96).Terceira análise: O documento apresentado em 16/09/11, respon<strong>de</strong> às exigências feitas. Oprojeto aten<strong>de</strong> aos requisitos fundamentais da Resolução CNS 196/96 e foi aprovado pelo Comitê<strong>de</strong> Ética em Pesquisa da UCB.Após a conclusão da pesquisa é compromisso <strong>dos</strong>/das proponentes a entrega <strong>de</strong> relatório final ouversão final do trabalho46

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