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31França e Quebec, por exemplo; e, finalmente, a histórica associação dos valonienses com aclasse trabalhadora da Bélgica, definindo grupos de interesses no que diz respeito a relaçõesde produção (LECOURS, 2002).2.2.2.3 Fatores de sucessoEstudos revelam que as regiões mais bem sucedidas como agentes internacionais(Quebec, Wallonia, Flanders, Catalonia, the Basque Country), vivenciam um fortemovimento nacionalista (LECOURS, 2002).Para Hobsbawm (1990), os movimentos nacionalistas desde o final do século XXsão essencialmente separatistas, devido às diferenças étnicas e lingüísticas, às vezes aindaacompanhadas da religião. São reações defensivas, contra ameaças reais ou imaginárias,causadas por grandes e rápidas transformações sócio-econômicas e movimentos populacionaisinternacionalistas, característicos do final do século.O Canadá francês apresentou um intenso nacionalismo lingüístico com o choquede massas. Apesar de a língua francesa parecer segura, ainda falada por um quarto dapopulação canadense, a posição de Quebec é de uma rápida retirada frente às forças históricasque se aproximam para subjugá-lo. Os canadenses franceses crêem que o atual“multiculturalismo” oficial no Canadá visa acabar com as necessidades dos que falam a línguafrancesa em virtude do peso político da multicultura, reforçado pela preferência dos 3,5milhões de imigrantes pós Segunda Guerra Mundial, de verem seus filhos educados eminglês. Os apenas 15% de imigrantes no Canadá que se instalaram em Quebec, entre 1946 e1971, evidenciam isto (HOBSBAWM, 1990).Segundo Lecours (2000 apud LECOURS, 2002) o nacionalismo envolve trêsprocessos logicamente relacionados com a paradiplomacia. O primeiro deles é a construção econsolidação de identidade, que ocorre através de vários mecanismos como mudançasculturais, desenvolvimento institucional, transformações sócio-econômicas, contexto políticoe, acima de tudo, a promoção da idéia de uma comunidade nacional.Por outro ângulo, o desenvolvimento da paradiplomacia é para os líderesnacionalistas uma grande oportunidade de construir e consolidar uma identidade nacional.Não somente pelas relações bilaterais que desenvolvem ou pelas organizações e conferências