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Perspectiva cultural do envelhecimento - Secretaria de ...

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<strong>Perspectiva</strong> <strong>cultural</strong> <strong>do</strong> <strong>envelhecimento</strong>Velhice: i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e subjetivida<strong>de</strong>“i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pessoal”, que nos <strong>de</strong>fina como indivíduos, e uma “i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>social”, que nos explique como membros <strong>de</strong> grupos.A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, seja ela pessoal ou grupal, é pensada e construída combase em uma relação social que se estabelece entre o “eu” e o “outro”.A principal característica <strong>de</strong>ssa relação é o fato <strong>de</strong> ela apresentar-sesempre como “contrastiva”, isto é, o “eu” sempre se <strong>de</strong>fine na “alterida<strong>de</strong>”,no contraste com o “outro”. O “eu” é o contrário <strong>do</strong> “outro”.Portanto, não se po<strong>de</strong> falar <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sem apontar essa relação.Em outras palavras, em seu significa<strong>do</strong> mais próximo, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>,tanto individual como social, diz respeito à separação e ao or<strong>de</strong>namento<strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> uma população em uma série <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong>finidasem termos <strong>de</strong> “nós” e “eles”.De maneira geral, na noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>staque é da<strong>do</strong> àsdiferenças e às qualida<strong>de</strong>s positivas. Os cientistas sociais utilizamMerca<strong>do</strong> Municipal em São Paulo.Marcia Alvesessa noção na análise das diversas minorias étnicas, religiosas e <strong>de</strong>grupos sociais. Esses grupos (i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais) po<strong>de</strong>m ser<strong>de</strong> muitos tipos ou composições: homossexuais, prostitutas, camadassociais (média, por exemplo), grupos ocupacionais (carpinteiros,médicos, advoga<strong>do</strong>s, empregadas <strong>do</strong>mésticas etc.) e tantos outrosque possam ser classifica<strong>do</strong>s pela categoria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. A justificativa<strong>do</strong> uso da categoria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>marcar cada um <strong>de</strong>ssesgrupos se apoia no fato <strong>de</strong> eles terem um mínimo <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>temporal e articularem suas experiências comuns em torno <strong>de</strong> certastradições e valores.O que se quer, inicialmente, ressaltar nessa concepção é que a heterogeneida<strong>de</strong>social passa a ser o fundamento, o pressuposto que explicaas próprias socieda<strong>de</strong>s complexas <strong>de</strong> hoje. Desse mo<strong>do</strong>, os váriosgrupos sociais, com suas características singulares, isto é, as diferentesi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s sociais, são vistos como facetas diversas da plural e multifacetadasocieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong> como marca fundamental das socieda<strong>de</strong>scomplexas chama a atenção para a participação diferenciada <strong>do</strong>s indivíduose grupos na socieda<strong>de</strong>. Assim, esses indivíduos e gruposfariam leituras diferentes sobre temas comuns e gerais presentes emsuas socieda<strong>de</strong>s.I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e velhiceA velhice é, <strong>de</strong>certo, um fenômeno biológico, mas entendê-la apenas<strong>de</strong>ssa maneira significa reduzir a questão e não analisá-la em sua totalida<strong>de</strong>e complexida<strong>de</strong>, o que implica ignorar os aspectos psicológico,social e, principalmente, <strong>cultural</strong>.Na área geriátrica, os autores <strong>de</strong>finem a velhice como fenômenobiológico <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio físico e mental irreversível em <strong>de</strong>corrência dapassagem <strong>do</strong> tempo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o organismo ter alcança<strong>do</strong> a plena3435

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