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Perspectiva cultural do envelhecimento - Secretaria de ...

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<strong>Perspectiva</strong> <strong>cultural</strong> <strong>do</strong> <strong>envelhecimento</strong>Velhice: i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e subjetivida<strong>de</strong>subjetiva; ela aponta também a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimentopelo exercício da sociabilida<strong>de</strong>. A sociabilida<strong>de</strong> é um elemento quepossibilita a constituição da subjetivida<strong>de</strong>; está presente nos váriostipos <strong>de</strong> associações, existin<strong>do</strong> como um fim em si mesma, geran<strong>do</strong>nos indivíduos a satisfação pelo próprio fato <strong>de</strong> a exercerem, <strong>de</strong> sesentirem associa<strong>do</strong>s e, assim, <strong>de</strong> resolverem a solidão individual pelaunião, pela proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uns com os outros.Consi<strong>de</strong>rações finaisA noção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> homogênea <strong>de</strong> velho, que leva em conta arelação com a alterida<strong>de</strong> jovem, implica a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> reprodução, <strong>de</strong>reviver o passa<strong>do</strong>, mesmo que altera<strong>do</strong>. Desse mo<strong>do</strong>, o presente estásempre repon<strong>do</strong>, repetin<strong>do</strong> algo já vivi<strong>do</strong>, impossibilitan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssaforma, a criação, a invenção.A heterogeneida<strong>de</strong>, observada na vida diária <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, não é suficientepara anular uma visão homogênea <strong>de</strong> pensar sobre o velho e avelhice. Portanto, uma nova maneira <strong>de</strong> representação simbólica, que<strong>de</strong>staque a noção <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>, impõe-se como <strong>de</strong> fundamentalimportância para avaliar a produção <strong>de</strong> um novo sujeito – nesse caso,um novo sujeito velho.A noção <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> apoia-se nas i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> invenção, <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> novas situações <strong>de</strong> vida pelo <strong>de</strong>sempenho tanto individualcomo grupal <strong>do</strong>s sujeitos em suas <strong>de</strong>cisões cotidianas. Na perspectivada subjetivida<strong>de</strong>, os indivíduos <strong>de</strong>stacam-se como inventores da vidasocial. Assim, essa noção, que tem como principal alia<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sejo,estabelece, para os sujeitos, o reconhecimento e a produção <strong>de</strong> novasmodalida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> formas alternativas <strong>de</strong> vida – individual e grupal –que certamente vão se contrapor aos códigos estabeleci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> orientaçõesmais tradicionais, às classificações i<strong>de</strong>ntitárias.Referências bibliográficasBeauvoir, S. A velhice. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Nova Fronteira, 1990.Birman, J. Futuro <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós: temporalida<strong>de</strong>, memória e terceira ida<strong>de</strong> napsicanálise. In: Terceira ida<strong>de</strong>, um <strong>envelhecimento</strong> digno para o cidadão <strong>do</strong> futuro.São Paulo: Universida<strong>de</strong> Aberta da Terceira Ida<strong>de</strong> (Unati)/RelumeDumará, 1995.Debert, G. G. 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