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arqueologia do concelho de esposende - Visite Esposende

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Localiza<strong>do</strong> na província <strong>do</strong> Minho, Esposen<strong>de</strong> é o <strong>concelho</strong> mais oci<strong>de</strong>ntal <strong>do</strong><br />

distrito <strong>de</strong> Braga. Compõem-no 15 freguesias que ocupam uma área que ronda os<br />

, 93 Km2.A Norte, na fronteira com o Alto Minho, é o rio Neivaque o separa<strong>do</strong><br />

distrito e <strong>concelho</strong> <strong>de</strong> Viana <strong>do</strong> Castelo; a Este e Sul são seus vizinhos os <strong>concelho</strong>s<br />

<strong>de</strong>, Barcelos e Póvoa <strong>de</strong> Varzim; a Oci<strong>de</strong>nte espraia-se o Océano Atl~tico.<br />

O clima é tempera<strong>do</strong>. Morfologicamente é uma terra <strong>de</strong> contrastes. O litoral,<br />

plano e arenoso, é bruscamente interrompi<strong>do</strong> por uma arriba fóssil retocada pelo<br />

mar que marca o aparecimento <strong>do</strong> planalto <strong>de</strong> Vila Chã e os vales abertos ou <strong>de</strong> tipo<br />

alveolar que caracterizam o interior <strong>do</strong> <strong>concelho</strong>.<br />

Uma re<strong>de</strong> maciça <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> água cobre a região, mas verda<strong>de</strong>iramente<br />

. significativos são o Neiva, que baliza a Norte, e o Cáva<strong>do</strong> que, no seu curso final, se<br />

apresenta com toda a imponência da sua ancestralida<strong>de</strong> ,hídrica.<br />

Esposen<strong>de</strong> é terra <strong>de</strong> História, esteja ela soterrada por camadas <strong>de</strong> terra ou<br />

reflectida nas fachadas <strong>do</strong>s seus monumentos.' É terra <strong>de</strong> gente simples e afável, que<br />

trabalha para arrancar o pão ao solo com o mesmo afinco e alegria com qu~ inicia a<br />

caminhada para a romaria ou se embrenha nos folgue<strong>do</strong>s em' honra <strong>do</strong>s santos da<br />

sua predilecção.<br />

Esposen<strong>de</strong> é terra <strong>de</strong> reminiscências.<br />

As marcas da passagem ou permanência <strong>do</strong>s homens; os sítios on<strong>de</strong> viveram,<br />

amaram e morreram. Os locais on<strong>de</strong> ergueram símbolos aos <strong>de</strong>uses ou em memória<br />

<strong>de</strong> outros homens, cativaram investiga<strong>do</strong>res e estimularam o interesse <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais.<br />

É neste cenário que temos <strong>de</strong> buscar os vestígios <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> marca<strong>do</strong>s pelo<br />

Tempo e pelo Homem. E, percorren<strong>do</strong> a planície, trepan<strong>do</strong> aos montes ou ravinan<strong>do</strong><br />

as encostas, que teremos <strong>de</strong> sentir o pulsar <strong>do</strong>s mitos e das realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras eras.<br />

Instrumentos líticos que remontam à fase inicial da ocupação, apareceram ao<br />

longo da orla litoral, nas imediações <strong>de</strong> antigas praias e ao longo das margens <strong>do</strong><br />

Cáva<strong>do</strong>.<br />

Mas é a Cultura Megalítica aquela qu'ê mais vincadamente espalhou as suas<br />

marcas. Pelo III milénio aC., povos cujos interesses sócio-económicos privilegiaram<br />

a pastorícia como activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cúpula, ergueram os menhires <strong>de</strong> S. Bartolomeu <strong>do</strong><br />

Mar, <strong>de</strong> Forjães e <strong>de</strong> S. Paio <strong>de</strong> Antas e povoaram esta freguesia, mais o planalto <strong>de</strong><br />

Vila Chã, <strong>de</strong> antas ou "mamoas" provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vasos <strong>de</strong>cora<strong>do</strong>s com protuber~ciãs<br />

mamilares, pontas <strong>de</strong> seta <strong>de</strong> base triangular e a<strong>do</strong>rnos, como a espiral <strong>de</strong> prata da<br />

"mamoínha" <strong>do</strong> Monte da Cerca.<br />

Contemporâneas ou séculos anda<strong>do</strong>s (III/II milénio a C.), são as cerâmicas<br />

"tipo Penha" que se esten<strong>de</strong>m da planáltica Vila Chã às planuras <strong>de</strong> Gandra. Ao II<br />

milénio a C. pertencem os macha<strong>do</strong>s <strong>do</strong> tipo, plano e a espada argárica outrora<br />

recolhi<strong>do</strong>s na pedregosa vertente <strong>do</strong>' Monte <strong>do</strong> Crasto <strong>de</strong> S. BartololÍleu <strong>do</strong> Mar.<br />

A fase terminal da Ida<strong>de</strong><strong>do</strong> .Bronze (lI/. milénio a C.) são <strong>de</strong> atribuir. um interessante<br />

conjunto <strong>de</strong> vasos <strong>do</strong> tipo "largo bor<strong>do</strong> horizontal" provenientes <strong>de</strong> necrópoles<br />

localizadas em S. Paio <strong>de</strong> Anras, Curvos e Marinhas e que se vulgarizaram na altura<br />

em consonância com certos povoa<strong>do</strong>s abertos <strong>de</strong> vocação agrícola.<br />

Séculos volvi<strong>do</strong>s, em plena Ida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Ferro {I milénio a C.) os povos acantonaram-se<br />

no cimo <strong>do</strong>s montes ou em esporões que se <strong>de</strong>bruçam sobre as linhas <strong>de</strong><br />

água ou <strong>do</strong>minam locais <strong>de</strong>'interesse estratégico. Protegem-se com muralhas, cavam<br />

fossos e talu<strong>de</strong>s, erguem habitàções <strong>de</strong> tendência circular, pastoreiam e agricultam

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