arqueologia do concelho de esposende - Visite Esposende

Santa Marinha, a virgem e mártir de Antioquia, onde
foi martirizada no séc. IV, é a padroeira da vila de Forjães.
O seu culto, introduzido na Península Ibérica a partir
do séc. VIII, difundiu-se com especial incidência no Noroeste
da Península e acompanhou o nascimento de uma série de
villas-ecclesiasno decorrer da Reconquista Cristã.
Forjães é uma delas que no Norte de Portugal, entre
capelas e sedes de freguesias, ostentam o nome de Marinha
como sua padroeira.
Documentalmente Forjães remonta a meados do séc. XI
e na origem do seu nome estará um presor da Reconquista.
Deste período é o túmulo com tampa em estola resguardado
junto ao canto nordeste do adro da igreja e uma série de
sepulturas feitas com pedras avulsas que foram desmanteladas
na altura do arranjo do adro. Mas se estes vestígios são
documentos comprovativos de que no séc. X a ecclesia de
Sancta Marina já existia, a ocupação do sítio, essa é bem
anterior.
T égula (telha de tipo romano), cerâmicas, m6s manuais
que se podem conotar com o mundo tardo-romano e Alta
Idade Média aparecem disseminados pelos terrenos confinantes
e especial incidência para o adro e residência paroquial.
Tal facto convida a pensar que a primeira igreja de
Santa Marinha de Forjães foi erguida bem no centro da
actual freguesia e que a mesma resultou da junção de duas
villas-ecclesiasmais importantes da altura - Sancta Marina
e Forgiaes - às quais se juntaram Ramalde, Vegide, Pinheiro
e outros lugares de menor peso s6cio-econ6mico.