“Levantando mãos santas, sem ira e sem animosida<strong>de</strong>” especificacomo os homens <strong>de</strong>vem orar. Os israelitas tinham o costume<strong>de</strong> erguer as mãos quando oravam (veja, por exemplo, Sl 134.2)como um gesto que indicava a oferta da oração e a prontidão emreceber a resposta. A ênfase do mandamento <strong>de</strong> Paulo está noem santida<strong>de</strong>. Assim, permanece como uma metáfora expressandoa vida pura. Aqui, vemos uma qualificação específica doshomens selecio<strong>na</strong>dos para li<strong>de</strong>rar a oração no culto público: <strong>de</strong>vemter uma vida santa. Sua atitu<strong>de</strong> interior é “sem ira e semanimosida<strong>de</strong>”. Os lí<strong>de</strong>res eclesiásticos não <strong>de</strong>vem ser caracterizadospela raiva e pelas disputas; <strong>de</strong>vem ter corações amáveis epacíficos._____________A li<strong>de</strong>rança da congregação <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é uma tarefa sacerdotal. No Antigo Testamento,todos os sacerdotes que li<strong>de</strong>ravam o povo <strong>na</strong> presença <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> eramdo sexo masculino (grifo nosso) (Ex 28.1; 32.26-29; Lv 8.2; Nm 8.16-26) –(Nota do Editor). Entrevista com Dr. George Knight III
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O DR. G. KNIGHT1) Os Puritanos: Devemos enten<strong>de</strong>r Evangelho e <strong>Lei</strong> como a mesmacoisa, ou são diferentes?George Knight: É verda<strong>de</strong> que são diferentes em certo ponto, masos dois expressam a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> para nós <strong>de</strong> maneira diferente.Por exemplo, a <strong>Lei</strong> expressa a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> com respeito à formacomo <strong>de</strong>veríamos viver. O Evangelho expressa como <strong>Deus</strong> nos salvaatravés <strong>de</strong> Jesus Cristo, sua morte e ressurreição. Então, o Evangelho,primordialmente expressa a graça e a <strong>Lei</strong>, como a própria <strong>de</strong>finiçãoindica, nos mostra a <strong>Lei</strong>. Mas nós precisamos da graça <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>para obe<strong>de</strong>cer a <strong>Lei</strong>. Assim, os dois à primeira vista são diferentes,mas os dois têm sua origem em <strong>Deus</strong> e expressam a Sua vonta<strong>de</strong>.2) Os Puritanos: Como os crentes do Velho Testamento eram justificados?G. K.: Eles eram justificados olhando para o Messias que haveria<strong>de</strong> vir. Eram justificados expressando sua fé nesta promessa. Oferecendosacrifícios, até que o perfeito sacrifício veio levando assima ira <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> que era a punição dos seus pecados; <strong>de</strong>ssa forma,<strong>Deus</strong> po<strong>de</strong> perdoar seus pecados. Resumidamente, po<strong>de</strong>ríamos dizerque eles foram justificados exatamente como somos justificadosno Novo Testamento. Eles punham sua fé em algo que estavasendo antecipado e nós, que vivemos <strong>de</strong>pois do cumprimento dapromessa, somos justificados olhando para o que foi cumprido. Oque encontramos <strong>na</strong> Palavra <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é que eles foram salvos tendofé <strong>na</strong> mesma esperança que temos, conforme está em Romanos3:21-26. Vemos no v. 25 e 26: “... por ter <strong>Deus</strong>, <strong>na</strong> sua tolerância,<strong>de</strong>ixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo emvista a manifestação da sua justiça no tempo presente...”. O queparece ter sido algo simplesmente <strong>de</strong>ixado “<strong>de</strong> lado”, <strong>na</strong> verda<strong>de</strong>não o foi, mas simplesmente tido como algo real no tempo, antesdo cumprimento efetivo. Po<strong>de</strong>mos ver com isso, que tanto oscrentes do VT como do NT são justificados com base no mesmoato: o sacrifício do Senhor Jesus.