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“OS CORUMBAS” E A ROTINA DO TRABALHO INDUSTRIAL EM ...

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Anais Eletrônicos do IV Seminário Nacional Literatura e CulturaSão Cristóvão/SE: GELIC/UFS, V. 4, 3 e 4 de maio de 2012. ISSN: 2175-41284teares, operados por 5.682 operários”. As personagens Albertina, Rozenda, Bela,Caçulinha e Pedro Corumba, filhos de Geraldo e Sá Josefa vivenciam no discursoliterário o cotidiano operário da indústria têxtil. Geraldo e Sá Josefa ao idealizaremuma vida estável nas cidades deixam o ambiente rural para buscar em Aracaju novasoportunidades de crescimento financeiro e familiar. A vida urbana determinou umanova rotina trabalhista para a família dos Corumbas como para diversas outrasvindas de varias localidades diferentes, conforme Fontes:Todos os dias, os seus grandes portões, escancarados, tragavam para maisde três milhares de operários. Mais de três milhares... gente de tôdas ascôres,de vários tipos, lembrando as raças mais diversas. Poucos homensfortes, Mulheres feias, quase todas. Eram praieiros de S. Cristovão eItaporanga; camponeses do Vaza-Barris, da Cotinguiba; sertanejos deItabaiana e das Caatingas - que, num dia ou noutro, tangidos pela maisáspera miséria, haviam desertado de seus lares, na esperança de uma vidamelhor pelas cidades... (FONTES, 1937, p.19).Os operários das diversas fábricas de Aracaju estavam submetidos a condiçõesde trabalho desumanas e exploratórias caracterizadas por doenças relacionadas aoambiente de trabalho e excessiva carga horária de trabalho, como podemos notar notexto a seguir:Se as condições de trabalho, propriamente ditas, eram terríveis, as condiçõessanitárias também não ficavam atrás. As fábricas não possuíam banheiros,sanitários, bebedouros, nem mesmo locais providos de agua e sabão para selavarem as mãos de forma higiênica. Os operários eram obrigados atrabalhar em ambientes quentes, mal ventilados, e não tinham acesso,sequer, a bebedouros para matarem a sede... (ROMÃO, 2000, p. 95).

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