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Uso Conjunto do Autocad e do Epanet para Projeto, Simulação e ...

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IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004USO CONJUNTO DO AUTOCAD E DO EPANET PARA PROJETO, SIMULAÇÃOE DIMENSIONAMENTO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUAMarco Aurélio Holanda de Castro 1Resumo - Este trabalho apresenta um pacote computacional que cria uma forma automatizada deexportar arquivos <strong>do</strong> AutoCAD <strong>para</strong> o <strong>Epanet</strong>, utilizan<strong>do</strong>-se da programação AutoLISP. O pacotepossui aplicação dentro da engenharia em planejamento e operação de redes de abastecimento deágua. Desta forma, é possível minimizar os esforços gastos na fase de pré-processamento dasimulação computacional de uma rede hidráulica, uma das etapas que requer a maior parte <strong>do</strong>tempo gasto na realização <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s.Abstract - The hydraulic simulation is one of the most powerful ways to perform analysis withinpressurized pipe networks. However, it is quite common that the planner spends great part of thetime study in the preprocessing phase. A package of programs developed in the AutoCAD’sworkspace provides a dynamic and automatic solution for this problem. Customized operation toolscreated in AutoLISP code allow the users to model the network pipes and elements, usingAutoCAD’s advantages and graphic resources, and export a file containing all the hydraulic andgeometric data. This file could be opened in <strong>Epanet</strong>, and is just ready to run.Palavras-chave: EPANET, AUTOCAD, Hidráulica.INTRODUÇÃOA utilização de ferramentas computacionais nas diversas áreas de engenharia vem se tornan<strong>do</strong>cada vez mais freqüente e necessária. A economia de tempo obtida com a automatização de tarefasrotineiras possibilita realizar análises mais detalhadas <strong>do</strong> problema e, conseqüentemente, encontrarsoluções ótimas ou mais apropriadas ao estu<strong>do</strong>.O sucesso <strong>do</strong>s programas computacionais foi segui<strong>do</strong> de um grande aumento da quantidade desoftwares que hoje se encontram disponíveis no merca<strong>do</strong>. Entretanto, muito além de se limitarsomente às possibilidades oferecidas por esses softwares, o bom profissional deve procurar, àmedida que possível, desenvolver seus próprios programas <strong>para</strong> aplicações específicas.Dentro dessa visão, desenvolveu-se um pacote computacional que cria uma forma dinâmica deexportar arquivos <strong>do</strong> AutoCAD <strong>para</strong> o <strong>Epanet</strong>, utilizan<strong>do</strong>-se da programação AutoLISP. O pacotepossui aplicação dentro da engenharia em planejamento e operação de redes de abastecimento deágua.Desta forma, é possível minimizar os esforços gastos na fase de pré-processamento dasimulação computacional de uma rede hidráulica, uma das etapas que requer a maior parte <strong>do</strong>tempo gasto na realização <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s.A grande vantagem <strong>do</strong> desenvolvimento desta ferramenta é possibilitar ao usuário utilizar ainterface gráfica <strong>do</strong> AutoCAD, um <strong>do</strong>s programas mais conheci<strong>do</strong>s e difundi<strong>do</strong>s no meio daengenharia, e os recursos matemáticos <strong>do</strong> <strong>Epanet</strong>, simula<strong>do</strong>r <strong>do</strong> comportamento hidráulico e daqualidade da água em redes pressurizadas.O pacote computacional consta de <strong>do</strong>is módulos: o primeiro é responsável pela interação com ousuário <strong>para</strong> captura <strong>do</strong>s elementos gráficos e <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s básicos <strong>do</strong>s constituintes da rede deabastecimento de água; e no segun<strong>do</strong> é onde se procede na especificação <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s a serem1 Departamento de Enga. Hidráulica e Ambiental, Universidade Federal da Ceará, Centro de Tecnologia, Campus <strong>do</strong>Pici, Bloco 713, CEP 60450. Fone: 0xx85-2889623 Fax: 0xx85-2889627 e-mail: marco@ufc.br1


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004emprega<strong>do</strong>s na simulação matemática, como o cálculo das perdas de carga e das demandas, e ondese define em que condições o traça<strong>do</strong> da rede será exporta<strong>do</strong>.MÓDULOS UFC2 E UFC3É cada vez mais comum a apresentação de projetos de engenharia utilizan<strong>do</strong> sistemas CAD.Entretanto, não é comum a manutenção de um padrão específico <strong>para</strong> representação <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> e<strong>do</strong>s elementos hidráulicos nos projetos, muitas vezes até dentro de uma mesma empresa ouinstituição. O módulo UFC2 facilita o processo de entrada gráfica de da<strong>do</strong>s, e, além disso,estabelece um padrão a ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, facilitan<strong>do</strong> assim análises integradas ou a consolidação dediferentes projetos.Ao ser executa<strong>do</strong>, o módulo UFC2 carrega uma palheta com os ícones disponíveis <strong>para</strong>desenho <strong>do</strong>s elementos da rede a ser modelada, quais sejam: tubulação da rede, reservatórios (tiposcircular e retangular), booster, poço profun<strong>do</strong>, estação de bombeamento, manancial, registro,válvula controla<strong>do</strong>ra de pressão, conexões, demanda especial, aspersor e adutora. Na palheta épossível acessar ainda outras opções como: estaqueamento automático de adutoras, edição deelementos já inseri<strong>do</strong>s e definição das características “default” <strong>do</strong>s constituintes da rede. Umaaplicação <strong>do</strong> módulo UFC2 é ilustrada na Fig. 1.Figura 1 - Inserção gráfica e entrada de da<strong>do</strong>s de um <strong>do</strong>s elementos da rede de abastecimentod’águaMODELAGEM DE REDES E CAPTAÇÃO DOS ELEMENTOSNeste item são apresenta<strong>do</strong>s os elementos que podem ser incorpora<strong>do</strong>s à rede de abastecimentode água no <strong>Epanet</strong> e como é feita a entrada de da<strong>do</strong>s destes constituintes, etapa esta realizada nomódulo UFC2. Em seguida, demonstra-se como é realizada a exportação <strong>do</strong> arquivo <strong>para</strong> o <strong>Epanet</strong>,através <strong>do</strong> módulo UFC3.2


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004TubulaçõesOs tubos são representa<strong>do</strong>s no AutoCAD por uma linha. Os tubos deverão possuir ascaracterísticas de comprimento, material, diâmetro e coeficiente de rugosidade. Estas informaçõessão armazenadas no layer da entidade, que segue um padrão convencional de letras e números.O gerenciamento <strong>do</strong> sistema através de layers é fundamental <strong>para</strong> o desenvolvimento detrabalhos utilizan<strong>do</strong>-se processos de CAD. Este sistema é flexível e poderoso, deven<strong>do</strong> ser bemexplora<strong>do</strong> de forma a permitir que as informações sejam administradas de mo<strong>do</strong> eficiente.A característica “layer” é representada por um nome que pode ser aproveita<strong>do</strong> na definição deda<strong>do</strong>s concernentes ao objeto representa<strong>do</strong>. Deste mo<strong>do</strong>, gravamos no nome <strong>do</strong> “layer” de um da<strong>do</strong>tubo: o tipo de tubulação que ele representa (autora, rede existente ou rede projetada), o material, odiâmetro e os coeficientes de rugosidade. Assim, tubos com estas mesmas características estarãoagrupa<strong>do</strong>s numa mesma camada. Quanto ao comprimento, o mesmo estará presente no elementográfico desenha<strong>do</strong>.Os valores de coeficiente de rugosidade (“C”) <strong>para</strong> ser aplica<strong>do</strong> mais adiante na equação deHazen-Williams (PORTO 1998), ou de “ε” <strong>para</strong> a equação de Darcy-Weisbach, serão inseri<strong>do</strong>sautomaticamente, de acor<strong>do</strong> com o material seleciona<strong>do</strong> <strong>para</strong> a tubulação, a menos que se opte porinserir outro valor, que é possível ser modifica<strong>do</strong> na definição de valores “default”.A partir <strong>do</strong>s valores menciona<strong>do</strong>s, também é gera<strong>do</strong> automaticamente um texto, acima da linhaque representa o tubo, conten<strong>do</strong> uma breve descrição <strong>do</strong> mesmo.Caso o usuário queira indicar que um tubo está sen<strong>do</strong> manti<strong>do</strong> fecha<strong>do</strong>, por uma válvula comoexemplo, não será necessário retirá-lo <strong>do</strong> desenho, mas somente acrescentar um bloco padrão querepresenta uma válvula. Desta forma, o tubo será considera<strong>do</strong> inicialmente fecha<strong>do</strong> durante asimulação. Este bloco necessita apenas conter o tubo desativa<strong>do</strong>, como é mostra<strong>do</strong> na Fig. 2.Figura 2 - Exemplo de válvula <strong>para</strong> fechamento de um tuboJunções ou NósPara cada início, ou fim, de um tubo, é gera<strong>do</strong> um nó na rede. Este nó deverá possuir, além desuas coordenadas, valores de elevação (cota) e demanda. As cotas são obtidas a partir dainterpolação <strong>do</strong>s vértices <strong>do</strong>s tubos entre as curvas de níveis mais próximas. Assim, o usuário podeeconomizar uma grande quantidade de tempo, pois não é necessário entrar com os valores deelevação <strong>para</strong> cada nó ou junção da rede, mas somente fornecer a topografia <strong>do</strong> terreno.As demandas podem ser calculadas de três formas: através da população de projeto, através <strong>do</strong>número médio de ligações a cada 100 m ou através de um arquivo conten<strong>do</strong> a cota de demanda decada nó, caso o usuário queira entrar com valores específicos em cada junção. Este último casoocorre quan<strong>do</strong> há um cadastramento <strong>do</strong>s pontos de consumo, o que é comum nas atuais gestões deredes de abastecimento. No caso <strong>do</strong> arquivo de exportação ser <strong>para</strong> simulação, será acrescenta<strong>do</strong>3


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004um padrão de variação horária das demandas (Fig. 3); e caso o arquivo de exportação seja <strong>para</strong>projeto, será computa<strong>do</strong> somente um coeficiente horário de maximização da demanda, k2.Figura 3 - Valores de “padrão” de consumo <strong>para</strong> simulação, no EPANETReservatóriosUm reservatório, no <strong>Epanet</strong>, é um nó que representa uma infinita fonte de recurso externo ouum distribui<strong>do</strong>r de água. Eles são utiliza<strong>do</strong>s <strong>para</strong> modelar mananciais, tais como rios, lagos eaqüíferos. Seu atributo principal é a carga hidráulica da água nele contida. Eles aparecerão, além<strong>do</strong>s casos em que representarem reservatórios de nível fixo, na modelagem de poços profun<strong>do</strong>s,estações de bombeamento e conexões.BombasAs bombas são equipamentos que fornecem energia a um flui<strong>do</strong> aumentan<strong>do</strong> assim, sua cargahidráulica. Estes elementos não possuem um bloco próprio característico e aparecerão apenas namodelagem de um outro elemento que o utilize ou que, simplesmente, seja uma bomba com umobjetivo específico. No EPANET, ele deverá ter um nó inicial e um nó final, <strong>para</strong> indicar seusenti<strong>do</strong>. Seu principal parâmetro de entrada é a “curva de bomba”, que representa a relação entre acarga e a vazão que essa bomba pode ofertar em seu esta<strong>do</strong> nominal de velocidade. Uma curva debomba válida deve conter valores decrescentes de carga com o aumento da vazão, conforme ilustraa Fig. 4.4


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004Figura 4 - Exemplo de “curva de bomba” e de eficiência no EPANETPode-se ainda fornecer uma curva de eficiência <strong>para</strong> essa bomba. Esta curva determina aeficiência da bomba (em percentagem) em função da vazão. A eficiência representará não só asperdas de energia mecânica na bomba, mas também as perdas de energia elétrica no motor.Essas informações são agrupadas num arquivo de texto, de extensão “.txt”, que deverá possuira descrição da bomba e os pontos das curvas de bomba e de eficiência. O número de pontos destascurvas deve ser, preferencialmente, três ou cinco, sen<strong>do</strong> possível também entrar com mais pontos.BoosterOcorre em casos onde se encontra uma bomba inserida entre tubulações. É representa<strong>do</strong> por umbloco característico (Fig. 5) que contem como atributos, apenas, sua identificação, o arquivo dabomba, o reservatório de destino e se o mesmo está, ou não, em operação. Ao ser inseri<strong>do</strong> pede-se aindicação <strong>do</strong> nó a montante, <strong>para</strong> assim termos o senti<strong>do</strong> em que haverá o acréscimo da cargahidráulica.Quan<strong>do</strong> for aponta<strong>do</strong> o reservatório de destino, será cria<strong>do</strong> <strong>para</strong> o <strong>Epanet</strong> um coman<strong>do</strong> decontrole de acionamento e desligamento da bomba, <strong>para</strong> o caso de ela atingir o nível mínimo ou onível máximo.Figura 5 - Exemplo de bloco de booster e seu modelo no EPANET5


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004Poços profun<strong>do</strong>s Os poços são utiliza<strong>do</strong>s <strong>para</strong> a captação de água subterrânea, geralmente emgrandes profundidades. Eles podem ser modela<strong>do</strong>s como sen<strong>do</strong> uma bomba que capta água de umreservatório e cede à rede. Porém, nessa captação ocorrem perdas de carga localizada e distribuída,no tubo edutor. Essas perdas são modeladas acrescentan<strong>do</strong>-se, após a bomba, um tubo edutor comcomprimento no desenho igual a 1 metro, mas com valor de comprimento igual à profundidade dabomba e um coeficiente de perda de carga localizada forneci<strong>do</strong> pelo usuário, o que é feito atravésde uma caixa de diálogo com uma lista de elementos que causam perdas de carga localizada (crivo,válvula de pé, cotovelos, curvas, etc.). Os valores de diâmetro e material deste tubo edutor tambémdeverão ser especifica<strong>do</strong>s.Portanto, poços profun<strong>do</strong>s, como mostra a Fig. 6, serão representa<strong>do</strong>s por blocos que deverãoconter as seguintes informações: identificação <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> poço; nível d’água; profundidade deinstalação; diâmetro e material <strong>do</strong> tubo edutor; coeficiente de perda de carga localizada; arquivo dabomba submersa; reservatório de destino; e um atributo que indicará se o poço está, ou não, emoperação.Figura 6 - Exemplo de bloco de poço e seu modelo no EPANET conten<strong>do</strong> o tubo edutorEstações de BombeamentoAs Estações de bombeamento são comumente usadas na captação de rios e outros mananciaisde águas superficiais. Da mesma forma que em poços profun<strong>do</strong>s, eles podem ser modela<strong>do</strong>s comosen<strong>do</strong> uma bomba que capta água de um reservatório e cede à rede, lembran<strong>do</strong>-se de que agorateremos, ao invés de um tubo edutor, uma tubulação de sucção, que virá antes da bomba. Alémdessa diferença, é comum em estações de bombeamento a utilização de bombas em <strong>para</strong>lelo, assim,será cria<strong>do</strong> um tubo de sucção <strong>para</strong> cada bomba inserida.Assim, as estações de bombeamento serão representa<strong>do</strong>s no AutoCAD por blocos (Fig. 7) quedeverão conter os seguintes atributos: identificação; nível d’água <strong>do</strong> manancial; altura de sucção;diâmetro, material e comprimento da tubulação de sucção; coeficiente de perda de carga localizada;número de bombas em <strong>para</strong>lelo; arquivo da bomba submersa; reservatório de destino; e um atributoindican<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> de operação.6


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004Figura 7 - Bloco de Estação de Bombeamento com três bombas em <strong>para</strong>lelo e seu respectivomodelo no EPANETConexões entre redesQuan<strong>do</strong> uma rede de abastecimento é muito extensa, ela pode ser dividida, tratan<strong>do</strong>-se suaspartes se<strong>para</strong>damente. Para tal, deve-se considerar os pontos desta divisão como conexões, quepoderão ser de entrada ou de saída de uma rede <strong>para</strong> outra.Até o momento, modelamos apenas conexões de entrada, que são consideradas como um poçoe um reservatório (tipo manancial) de nível d’água (constante) igual à cota <strong>do</strong> terreno. A bombadesse poço terá uma curva de carga hidráulica por vazão, formada por três pontos. Estes pontos sãocapta<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> bloco de conexão que deverá conter os valores de vazão e pressão máxima,média e mínima, <strong>do</strong> ponto de conexão. A composição destes valores, saben<strong>do</strong>-se que a pressão como inverso da vazão formará a curva da bomba em questão.Além da opção acima descrita de modelagem da conexão, pode-se usar também simplesmenteum reservatório (manancial) de nível d’água constante. As duas situações estão apresentadas aseguir:TanquesFigura 8 - Bloco de tanque retangular e seu modelo equivalente no EPANETTanques se comportam como um nó que possui capacidade de armazenamento, onde estevolume armazena<strong>do</strong> poderá variar durante o tempo de simulação. Eles são representa<strong>do</strong>s no <strong>Epanet</strong>por entidades que possuem informações de cota, diâmetro, níveis d’água máximo, mínimo e inicial.7


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004Assim, seus valores serão obti<strong>do</strong>s no AutoCAD por um bloco que possua como atributos:identificação; diâmetro; e as diferenças entre a cota <strong>do</strong> terreno e o níveis d’água máximo, mínimo e<strong>do</strong> nó de entrada. Caso o nó de entrada esteja acima <strong>do</strong> nível máximo, será gera<strong>do</strong> um nó antes <strong>do</strong>tanque com cota igual à cota <strong>do</strong> no nível de entrada. O nível inicial será igual ao nível médio e acota <strong>do</strong> tanque será simplesmente igual ao valor da cota calculada <strong>para</strong> esse ponto. Podem sermodela<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is tipos de tanques: circulares e retangulares (Fig. 9).Resulta<strong>do</strong>sFigura 9 - Bloco de tanque retangular e seu modelo equivalente no EPANETAtravés da inserção desses elementos, com o auxílio <strong>do</strong> módulo UFC2, pode-se entãoaglomerar to<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s necessários <strong>para</strong> a construção de uma rede num só arquivo gráfico (Fig.10), de onde será exporta<strong>do</strong>, de forma simples e rápida, o arquivo de entrada <strong>para</strong> a simulação noEPANET, através <strong>do</strong> módulo UFC3. Ten<strong>do</strong> em mãos o arquivo de entrada de da<strong>do</strong>s, será suficientecarregá-lo no EPANET <strong>para</strong> serem feitos os cálculos hidráulicos necessários <strong>para</strong> a simulação darede (Fig. 11).8


16IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004PVC- Ø 50mm L=85.1m1112131415PVC- Ø 50mm L=112.3mPVC- Ø 50mm L=84.4m5678 9 10PVC- Ø 50mm L=130mPVC- Ø 50mm L=279.4mPVC- Ø 50mm L=74.9mPVC- Ø 50mm L=69.0mPVC- Ø 50mm L=141.8mPVC- Ø 50mm L=113.9mPVC- Ø 50mm L=256.5m1 2 34PVC- Ø 50mm L=80.6mPVC- Ø 50mm L=126.1mPVC- Ø 50mm L=69.5mPVC- Ø 50mm L=142.7mPVC- Ø 50mm L=78.8mFigura 10 - Arquivo completo <strong>para</strong> a transposição de da<strong>do</strong>sFigura 11 - Modelo cria<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> arquivo gráfico em simulação no EPANET9


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004CONCLUSÕESEsta ferramenta permite obter um instrumento importante que deve ser usa<strong>do</strong> <strong>para</strong> desenho,cadastro, consulta comercial e técnica de redes de abastecimento de água. Além disso, pode serutilizada como uma poderosa ferramenta de auxilio aos engenheiros e técnicos que operam essasredes, uma vez que facilita e viabiliza a simulação hidráulica das redes, o que é de importância vital<strong>para</strong> detecção de eventuais problemas nas redes (baixas pressões e vazões, etc.), assim como <strong>para</strong> oplanejamento de futuras expansões.A automatização da entrada de da<strong>do</strong>s possibilita não somente uma substancial economia emtempo de pré-processamento, mas também um ganho em termos de precisão da simulaçãohidráulica de redes reais, uma vez que se minimizam os erros cometi<strong>do</strong>s no processo de umaentrada de da<strong>do</strong>s manual.Além das vantagens da automatização <strong>do</strong> processo de simulação, o programa possibilita a<strong>do</strong>tarum padrão nos arquivos <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> da rede, que possuem grande flexibilidade, inclusive <strong>para</strong>edições finais de plotagem.10


IV SEREA - Seminário Hispano-Brasileiro sobre Sistemas de Abastecimento Urbano de ÁguaJoão Pessoa (Brasil), 8 a 10 de novembro de 2004REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBJÖRK, B-C., LÖWNERTZ, K., KIVINIEMI, A. -ISO DIS 13567 - The Proposed InternationalStandard for Structuring Layers in Computer Aided Design- 1997.DRCN-COPASA - Normas Técnicas <strong>para</strong> Apresentação de Desenhos em CAD - 2002.DynaSOFT Systems Ltda - Proposição de Normas Técnicas <strong>para</strong> CAD na COPASA - Draft 3 -2002.MATSUMOTO, ÉLIA YATHIE. “AutoLISP - Linguagem de programação <strong>do</strong> AutCAD”. SãoPaulo, Editora Érica Ltda, 1998.PORTO, RODRIGO DE MELO - Hidráulica Básica - São Paulo, EESC/USP, 1ª edição, 1998,540p.ROSSMAN, Lewis A. - EPANET Users Manual - Drinking Water Research Division, Office ofResearch Development, U. S. Environmental Protection Agency, 2000.11

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