8.3 Agropecuária8.3.1 IntroduçãoA avaliação da demanda hídrica do setor agropecuário na bacia foi elaborado em três etapasdistintas.A primeira consistiu na busca das informações disponíveis sobre o tema nos estudos préviosanteriores e nos organismos governamentais relacionados com o tema, como a EMBRAPA,EMATER e IBGE.A segunda etapa consistiu na pesquisa das metodologias de estimativa de demanda de água naagricultura e, em função das informações colhidas na primeira etapa, na escolha e aplicação dametodologia mais adequada. A metodologia selecionada baseou-se nas áreas irrigadas fornecidaspelo Censo Agropecuário do IBGE de 1996 e nos consumos específicos de água calculados porEstado, no Brasil, no estudo “Água e irrigação no Brasil”, de CHRISTOFIDIS (1997). Para ocálculo da demanda na pecuária, a metodologia escolhida foi a sugerida pela ENGECORPS(1998) no manual de outorga da Secretária de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente.A terceira e última etapa constou da transformação dos dados para o formato do sistema deinformações da bacia. Esse formato é o de banco de dados relacional a fim de poder seracessado pelo Sistema de Informações Geográficas (SIG) e calculadas as demandas em funçãodo recortes de sub-bacias definidos para o cálculo de balanço hídrico.8.3.2 Caracterização do setor agropecuário na baciaO setor agropecuário apresenta pouca expressão econômica em relação aos demais setores. Issopode ser explicado por uma mudança no foco dos investimentos públicos nas décadas de 1960 e1970 em direção ao desenvolvimento industrial, e mais recentemente, pelo declínio da atividadesucro-alcooleira. Ainda assim, o setor agropecuário pode ser considerado um consumidorrelevante de água na bacia.No trecho paulista, as principais áreas irrigadas localizam-se nas regiões de várzea do rio Paraíbado Sul, tendo como principais culturas o arroz, o milho e os hortigranjeiros. A área ocupada poressas culturas tem diminuído nos últimos anos e vem sendo substituída por pastagens e portos deextração de areia. Cabe destacar o crescimento das áreas de plantação de eucalipto paraprodução de celulose.No trecho mineiro, as principais áreas encontram-se às margens dos rios Pomba e Muriaé, e aprincipal cultura é o milho, seguido do café, das forrageiras, do feijão, da cana-de-açúcar e doarroz. No trecho fluminense, as principais áreas irrigadas estão no Noroeste, Norte e na RegiãoSerrana do Estado. Nas duas primeiras, onde se localiza a Baixada Campista, as culturas maisexpressivas são cana-de-açúcar, arroz, café e tomate. Na Região Serrana do Estado, destaca-sea olericultura.Trecho FluminenseA agropecuária é o setor de menor expressão na economia do Estado do Rio de Janeiro,representando menos de 2% do seu PIB. A distribuição dos principais produtos agrícolas no valorda produção da agropecuária no Estado do Rio de Janeiro pode ser observada na tabela 8.3.2.1.97
Tabela 8.3.2.1Participação Percentual dos Principais Produtos no Valor da Produção da Agropecuária no Estadodo Rio de Janeiro - 1980, 1985 e 1993ArrozAves para corteBovinos para corteBananaCaféCana-de-açúcarLaranjaLeiteOvos de galinhaTomateOutrosProduto 1980 1985 1993 Variação95471136281012,949,0013,.283,341,2716,554,3518,402,962,6125,309537826411101982,796,8214,304,873,5815,726,4613,912,492,7226,3311247958310611,7219,6011,874,163.269,143,7212,881,895,4426,33Total 100,00 100,00 100,00Fontes: IBGE - Censos Agropecuários (1980 e 1985), PAM (1993), PPM (1993) e CIDE.Excluindo as pastagens, a agricultura fluminense ocupou em 1995 cerca de 220 mil ha na bacia,correspondendo a aproximadamente dois terços da área agrícola total do Estado (tabela 8.3.2.2).Grupo deProdutosTabela 8.3.2.2Área Plantada por Grupos de Produtos (1995) noEstado do Rio de Janeiro e na Bacia do Rio Paraíba do SulEstado do Riode Janeiro(ha)Participação(%)Bacia doParaíbado Sul(ha)Participaçãona Bacia(%)-+==+----+=Participação emRelação aoEstado(%)Grãos 50.266,70 15,4 37.747,20 17,1 75,10Olerícolas 31.097,30 9,6 16.446,90 7,5 52,90Fruticultura 53.783,70 16,5 8.781,20 4,0 16,30Outros 190.219,50 58,5 157.504,50 71,4 82,80Total 325.536,70 100 220.479,80 100 67,70Fonte: Emater-Rio.Trecho MineiroO produto mais expressivo da lavoura temporária no trecho mineiro da bacia é o milho,representando 33% da área ocupada. Em segundo lugar estão as forrageiras (24%), em terceiro ofeijão (20%), em quarto a cana-de-açúcar (10%), em quinto o arroz (8%) e, por último, a mandioca eo tomate (1% cada um). Os municípios que apresentaram as maiores extensões em área colhida demilho em 1995/6 foram Divino, Muriaé, Lima Duarte e Miraí. Lima Duarte aparece com a maior áreacolhida em lavouras temporárias, das quais as forrageiras ocupam cerca de 80% dos 13.757 ha daárea colhida no município. Divino é o segundo maior produtor (em área colhida) de lavourastemporárias, ocupando os primeiros lugares em produção de milho e feijão, apesar de ter sofridouma redução de 62%, no período 1985-1995/96, na área total ocupada com lavouras temporárias.Divino também foi o município que apresentou a maior extensão em área colhida de lavouraspermanentes. O café é a principal cultura da lavoura permanente nos municípios mineiros da baciado Paraíba do Sul, respondendo por 79% da área colhida em 1995/96. Em seguida, aparecem abanana (9%) e a laranja (4%). Em 1985, a área colhida de café foi pouco maior do que em 1995/96,notando-se que os 10 maiores produtores de café (acima de 1.000 ha de área colhida) se mantémos mesmos em 1985 e 1995/96, com o município de Divino já na liderança da produção.
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