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A Cruz da Ordem de Cristo em Moeda Estrangeira ... - Numismatas

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RAÚL DA COSTA COUVREURCRUZ DA ORDEM DE CRISTOEM MOEDA ESTRANGEIRAE+ELtsBoA-1943


RAÚL DA ÕOSTA COUVREURCRUZ DA ORDEM DE CRISTOEM MOEDA ESTRANGEIRA


Separata dos Anais <strong>da</strong> U. A, M. O,C,,páginas 4 a 7Numa ,rNlta, que publicámos há t<strong>em</strong>po com o título uA <strong>Cruz</strong>na Moe<strong>da</strong> Portuguesa e <strong>em</strong> especial a <strong>da</strong> <strong>Or<strong>de</strong>m</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>> procurámosmostrar como esta <strong>Cruz</strong> foi durante largos anos característica<strong>da</strong> moe<strong>da</strong> portuguesa e, dizendo que apenas conhecíamos um câsodo seu aparecimento <strong>em</strong> moe<strong>da</strong> estrangeira, consi<strong>de</strong>rámos que êss<strong>em</strong>esmo revestia um âspecto <strong>de</strong> enigma.Com efeito, não conhec<strong>em</strong>os outro além do que vamos relatar.E se é extraordinário que a<strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, tão fun<strong>da</strong>mental e exclusivamentenacional pelas circunstâncias que ro<strong>de</strong>iam o estabelecimento<strong>da</strong> <strong>Or<strong>de</strong>m</strong> que a tomou conto signa e que justificam o seu<strong>em</strong>prêgo, esmalte uma moe<strong>da</strong> que não seja lusitana, são tambémrealmente eÌrigmáticas as circunstâncias <strong>em</strong> que tal facto se dá, comovamos expor.Consultando o catá{ogo do leilão <strong>da</strong> colecção <strong>de</strong> Juliüs Meilirealizado, <strong>em</strong> Amsterdão no ano <strong>de</strong> 1910, <strong>de</strong>parámos sob os números2138 e 2139 com duas moe<strong>da</strong>s <strong>de</strong>scritas como segue:- OAXAC A, -Estado do México,2138 1812. Pêso Obsidional,(Real <strong>de</strong> à ocho).-Insurreiçâo <strong>de</strong> Morelos.Escudo com um leão, contramafcado na parte superiorpela letra A.Reverso- PROV. D.(O S). OnXaCA. 1812. IRs. <strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong> cantona<strong>da</strong> por um leão, um castelo,FoeToContramarca IOI sob uma coroa. Variante <strong>de</strong> Quadrosy Ramon n.o 10035. Ar. Ilela.213c) Pêso Obsidional. Outra variante, Contramarca Z-sôbre o çscudo, Ar. [Ìela'


Como <strong>de</strong> tais peças não eram apresenta<strong>da</strong>s fotogravuras, naturalé que tenha passado <strong>de</strong>spercebi<strong>da</strong> a indicação <strong>da</strong> <strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>na <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong>s duas moe<strong>da</strong>s.Suce<strong>de</strong>, porém, que passados 30 anos, no catálogo do leilão <strong>da</strong>colecção do Arquiduque Segismundo <strong>de</strong> Áustria realizado <strong>em</strong> 1g33<strong>em</strong> Lucerna, figuravam com os números 1363 e 1364 dois ex<strong>em</strong>plares,<strong>de</strong> que eram apresenta<strong>da</strong>s fotogravuras com as <strong>de</strong>scrições seguintes.OAXACA-Juan Maríin Morelos. IBII-IBI5.1363- Pêso Obsidíonal 1812. Escudo-corn um leão,numa cercadura <strong>de</strong> granitos. Na parte superior R.Reverso- <strong>Cruz</strong> cantona<strong>da</strong> por um leão umatorre, Fo e 7o1364- Pêso Obsidional 1812. Como-o anterior. Sobreo escudo Z.Reverso. Contramarca <strong>de</strong> coroa sôbre IOIFaltava agora a indicação do tipo <strong>da</strong> <strong>Cruz</strong>, mas as fotogravurassupriam com vantag<strong>em</strong> essa t'alta.A <strong>Cruz</strong> era a <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, como se vê nas reproduções que segu<strong>em</strong>.(r)O exame <strong>da</strong>s gravuras mostra, se a <strong>de</strong>scrição do catálogo Meilié exacta, que as quatro peças apenas difer<strong>em</strong> nas iniciais <strong>da</strong>s contramarcas.Nos dois catálogos são estas moe<strong>da</strong>s atribuí<strong>da</strong>s à insurreiçãoseparatista do México <strong>de</strong> 18ll a 1815, inicia<strong>da</strong> por Hi<strong>da</strong>lgo e queencontrou no cura D. José Maria Morelos y Pavon um yalorosoauxiliar.Os cunhos confirmam efectivamente que êsses ex<strong>em</strong>plares sãotle tal período <strong>da</strong> história <strong>da</strong> Espanha e do fuléxico, e <strong>da</strong>dos a inclusão<strong>da</strong> inicial e ordinal do monarca espanhol D. Fernando VII ea lalta <strong>de</strong> inicial M <strong>de</strong> Morelos, que figura <strong>em</strong> outras obsidionais,rlêste, concluímos que as moe<strong>da</strong>s <strong>em</strong> questão são do Govêrno legal.,A propósito <strong>da</strong>s contramarcas que as quatro espécies apresen-(') lÌ)r cquivoco iìs gravul'as âpfescntanr-sc reduzitlas pol'qualìto, o rliiirrrctr.orlas;úeir*r*/ó rlt: ?B rrr/rrr.títam, dirigimo"Ílos ao muito ilustre Director do Museo ArqueológicoNacional <strong>de</strong> Madrid, D. Castti Maria <strong>de</strong>l Rivero, sendo amavelmenteesclarecidos <strong>de</strong> que a contramarca IC)l que as moe<strong>da</strong>s apresentampo<strong>de</strong>ria ser, eonro supúnhanros, uma reduçâo do reverso conhecidopor uÃ4undos y ALures> <strong>da</strong>s moerÍas hispano-americanas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> D. FilipeV a D. Carlos ill, mas que tendr> consultado as


-Ìr-ltrl|tespanhola, mas ain<strong>da</strong> 1Jorque a congregação.dêstes dois el<strong>em</strong>entosexclusivamente portugueses, a completam. ìE são êstes quatro ex<strong>em</strong>plares e o indicado no catálogo Ramony Quadros, que não conhec<strong>em</strong>os, as únicas moe<strong>da</strong>s estrangeiras <strong>em</strong>que é do nosso conhecimente o <strong>em</strong>prêgo <strong>da</strong> <strong>Cruz</strong> <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>." Na conclusão a que chegámos <strong>de</strong> que as moe<strong>da</strong>s <strong>em</strong> questão<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser do Oovêrno legal, está o que consi<strong>de</strong>ramos enigmático.Efectivameute a estranheza que íá po<strong>de</strong>ria causar, a imitaçãodo cunho português pelos insurrectos, sobe <strong>de</strong> ponto consi<strong>de</strong>randoas moe<strong>da</strong>s, como julgamos que não sofre dúvi<strong>da</strong>, do Govêrno espanholpois natural seria que, mesmo nas circunstâncias excepcio.nais <strong>em</strong> que tivess<strong>em</strong> sido bati<strong>da</strong>s, mantivess<strong>em</strong> analogia com oscunhos <strong>da</strong>s hispano-americanas.Não apresentamos hipóteses <strong>de</strong> explicação do facto, limitando:nos a não <strong>de</strong>ixar s<strong>em</strong> referência especial êstes ex<strong>em</strong>plares que consi<strong>de</strong>ramosinteressantes e a esclarecer pela forma exposta as afirmaçõesque"fiz<strong>em</strong>os na a que <strong>de</strong> comêço nos referimos.lmp,rnrn LUCAS & C,^l{gr do Ollrlo Jr Noilrlrr, ltttsBoA

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