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EDIÇÃO 14 - Dezembro/09 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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As erosões ocorrem em todo opercurso do córrego, sendo que naconfluência do córrego Mingau com ocórrego Serrinha presencia-se uma grandecratera, onde o perfil de base do córrego jáapresenta aprofundamento máximo tendose assentado sobre a rocha matriz. Nestelocal, de acordo com as interferênciasantrópicas que o córrego se expõe e por estarjá com o aprofundamento máximo, o solodo entorno do córrego está totalmenteerodido e transformado numa enormecratera.Observa-se, como resultado dapesquisa que a média apresentada pararisco à erosão é considerada alta e, emrelação às inundações é baixa. Isto se deveao fato de a erosão ser muito forte e mostrarsemitigadora da inundação, pois as águascaptadas são escoadas em direção a estacratera. Sendo assim as enchentes somentesão vivenciadas na região da nascente principal,nos locais onde a pesquisa deAssunção (2005, p. 6 e 7) denomina como 1ºponto e também no 2º ponto, pois as erosõesocorrem nesses locais de maneira não tãograve.Outros temas avaliados foram osfatores que causam as erosões e asinundações, no entender dos entrevistados.Os fatores apresentados nos questionários,tanto para erosões como para inundações,foram evidenciados como indicadores derisco na pesquisa realizada por Assunção(2005, p. 13).Tabela 2 - Fatores que provocam o risco à erosão e inundação no entorno do córrego Mingau.Fatores que provocam riscoNúmero demoradoresErosãoInundação% Número demoradoresInclinação do terreno 8 44,44 3 60inexistência de vegetação nativa 11 61,11 3 60acúmulo de lixo 11 61,11 2 40impermeabilização (construção de casas, asfaltamento 11 61,11 3 60de ruas)sistema de drenagem urbana <strong>14</strong> 77,77 2 40sistema de captação de esgoto 6 33,33 1 20lançamento de esgoto no córrego 11 61,11 2 40Fonte: Pesquisa de campo realizada pelos autoresObserva-se, pelos resultadosobtidos (Tabela 2) que as pessoas nãoconseguem relacionar a impermeabilizaçãodo solo por meio da construção de casas aolongo do córrego, bem como o asfaltamentodas vias que o circundam como fatores quecausam a inundação, mas relacionam essesindicadores como causas das erosões. Issose deve ao fato de considerarem as erosõescomo maiores fatores de risco e ainda, oasfaltamento das vias, no entender dosentrevistados, não é considerado um fatorde impermeabilização e sim um benefício.Para quem já vivenciou morar num lugaronde não se tem as ruas asfaltadaspresencia-se, na época da seca, muita poeirae, em decorrência disto, muitas doençasrespiratórias; na época das chuvas,evidencia-se lama e barro. Desta forma, elespreferem submeter ao risco da inundação eerosão a ter que morar em locais nãoasfaltados.O mesmo acontece para os fatoresde drenagem urbana: para o risco de erosãoos moradores consideram altos e para osde inundação consideram baixos. Já para ainclinação do terreno eles consideram riscomédio para erosão e, alto para inundação.Analisando o acúmulo de lixo, percebe-seum risco médio-alto para erosão e, alto parainundação.Comparando as respostas obtidaspara inundação e erosão, percebe-se umadiscrepância entre respostas, ou seja, o queprovoca erosão nem sempre provoca ainundação. Para os sistemas peritos osfatores que provocam o risco de inundaçãoe de erosão estão articulados, porém paraos moradores isto não acontece. A tendênciadas respostas, de maneira geral reforça oTabela 3 - Fatores que atenuariam o risco no entorno do córrego Mingau.Fatores que atenuariam o riscoErosão%risco da erosão. Observa-se, utilizando-sedos resultados, uma percepção bastanteimediatista dos fatos, como exemplo citaseque a falta da drenagem urbana para elesprovoca a erosão, mas não conseguemperceber como essa ausência pode provocara inundação.Outro ponto abordado refere-se aosfatores que no entender dos moradoresatenuariam o risco relacionado às erosõese às inundações, apresentados na Tabela 3.O acúmulo de lixo foi apontado como fatorimportante, tanto no risco de inundaçãocomo no risco de erosão. Porém, na perguntarelacionada aos fatores que atenuariam orisco a erosões, a sistematização da coletado lixo não foi apontada como fatorimportante na solução deste problema.InundaçãoNúmero de % Número de%moradoresmoradoresdimensionamento correto galerias captação água pluvial <strong>14</strong> 73,68 5 100reflorestamento da área <strong>14</strong> 73,68 2 40recuperação das erosões 15 78,94 2 40i sistematização da coleta de lixo pela Prefeitura 6 31,57 1 20canalização do córrego 16 84,21 2 40Fonte: Pesquisa de campo realizada pelos autoresRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>14</strong> - <strong>Dezembro</strong>/20<strong>09</strong> 20 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478

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