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como apresentado na Tabela 2, a adição <strong>de</strong> etanol à gasolina eleva a pressão <strong>de</strong> vapor damistura. Esse incremento, tipicamente, apresenta um máximo em torno <strong>de</strong> 5% em volume <strong>de</strong>etanol na gasolina, reduzindo-se lentamente à medida que cresce o teor <strong>de</strong> etanol. A títuloilustrativo, po<strong>de</strong>-se citar o exemplo <strong>de</strong> uma dada composição <strong>de</strong> gasolina que, recebendo5% <strong>de</strong> etanol, tem sua pressão <strong>de</strong> vapor elevada para 7 kPa, enquanto, com 10% em volume,essa pressão vai a 6,5 kPa [Furey (1985)]. Esse efeito po<strong>de</strong> ser corrigido sem dificulda<strong>de</strong>s,ajustando a composição da gasolina-base, <strong>de</strong> modo a garantir que a mistura cumpra com asespecificações. No Brasil e em outros países que têm introduzido etanol na gasolina, a pressão<strong>de</strong> vapor tem sido especificada em níveis similares à gasolina pura. Em poucas palavras, oefeito do etanol sobre a pressão <strong>de</strong> vapor po<strong>de</strong> ser controlado sem maiores dificulda<strong>de</strong>s.DesempenhoComo as misturas gasolina/etanol po<strong>de</strong>m ser a<strong>de</strong>quadamente ajustadas para aten<strong>de</strong>r às especificaçõestípicas <strong>de</strong> uma gasolina pura, não existem, necessariamente, problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhoe dirigibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se cumpram os requisitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> especificados paraos combustíveis. No entanto, comparado à gasolina pura, uma gasolina com 10% <strong>de</strong> etanolnecessita <strong>de</strong> 16,5% mais calor para vaporizar-se totalmente, o que po<strong>de</strong> ser uma dificulda<strong>de</strong>real em temperaturas muito baixas [TSB (1998)]. Por outro lado, o maior calor <strong>de</strong> vaporizaçãoda gasolina aditivada com etanol é uma das razões principais para que a eficiência <strong>de</strong> ummotor que utiliza esse combustível aumente entre 1% e 2% em relação ao <strong>de</strong>sempenho comgasolina pura. Desse modo, mesmo que uma gasolina com 10% <strong>de</strong> etanol contenha 3,3%menos energia por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volume, o efeito final sobre o consumo <strong>de</strong> combustível é menore <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das condições particulares <strong>de</strong> uso [Orbital (<strong>20</strong>02)].Esse ponto é relevante: em teores <strong>de</strong> até 10%, o efeito da adição <strong>de</strong> etanol sobre o consumodos veículos é inferior à variação <strong>de</strong> consumo observada entre diferentes motoristas e, paraefeitos práticos, um litro <strong>de</strong> gasolina aditivada com etanol produz praticamente os mesmos efeitosque um litro <strong>de</strong> gasolina pura [Salih e Andrews (1992) e Brusstar e Bakenhus (<strong>20</strong>05)]. Já parateores mais elevados, como 25% <strong>de</strong> etanol, correspon<strong>de</strong>ndo a um conteúdo energético emvolume 10% inferior, observa-se um aumento médio no consumo da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3% a 5%sobre a gasolina pura. Esses resultados, confirmados em muitos ensaios <strong>de</strong> campo, indicamcomo o etanol, embora apresente menor po<strong>de</strong>r calorífico, permite melhorar a eficiência domotor, graças à menor temperatura na admissão e ao maior volume dos produtos <strong>de</strong> combustão.Com o etanol puro hidratado, esse efeito é ainda mais sensível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o motorseja corretamente adaptado para esse combustível, incrementando sua taxa <strong>de</strong> compressão:embora apresente um po<strong>de</strong>r calorífico cerca <strong>de</strong> 40% inferior ao da gasolina, o efeito final nosmotores atuais é um consumo <strong>de</strong> 25% a 30% mais elevado do que a gasolina.A médio prazo, a adoção <strong>de</strong> conceitos mais avançados <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> motores, como a injeçãodireta <strong>de</strong> combustível, taxas <strong>de</strong> compressão mais elevadas e sistemas <strong>de</strong> turboalimentaçãointeligentes, po<strong>de</strong>rá trazer ganhos expressivos <strong>de</strong> consumo específico nos motores a etanol hidratado,até mesmo superando os valores obtidos com gasolina pura [Szwarc (<strong><strong>20</strong>08</strong>)].46<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 46 <strong>11</strong>/<strong>11</strong>/<strong><strong>20</strong>08</strong> <strong>15</strong>:22:18

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