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estrutura do mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais1

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Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais43InsumosProdução <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong>Centros atacadistas públicos e priva<strong>do</strong>sMerca<strong>do</strong>internacionalSupermerca<strong>do</strong>s, floriculturas, <strong>de</strong>cora<strong>do</strong>res, funerárias eflorasConsumi<strong>do</strong>r finalFigura 1 - Sistema Agroindustrial <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais.Fonte: Smorigo (2000, p.10).Armazéns Gerais <strong>de</strong> São Paulo (CEAGESP), CEASA-Campinas e Veiling Holambra, to<strong>do</strong>s localiza<strong>do</strong>s noEsta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo.De acor<strong>do</strong> com o Ministério da Agricultura,há 50 mil pessoas prestan<strong>do</strong> serviços para 2.500produtores <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, sen<strong>do</strong> que a maioriase encontra na categoria <strong>de</strong> pequenos e médiosempresários (FLORES, 2001). Ao se consi<strong>de</strong>rar quehá cerca <strong>de</strong> 15 pessoas, em média, por hectare,trabalhan<strong>do</strong> na produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais(ALMEIDA e AKI, 1995), são gera<strong>do</strong>saproximadamente 72.750 empregos no Brasil, nosetor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, <strong>do</strong>s quais São Paulo agrega 71,3%da mão-<strong>de</strong>-obra (Aki, 1999, cita<strong>do</strong> em BRASIL,2001).2.1 - Merca<strong>do</strong> InternoA produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentaisconcentra-se principalmente na Região Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong>Brasil, mais especificamente no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo,que representa 74,5% <strong>do</strong> valor da produção nacional(da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1999, cita<strong>do</strong> em BRASIL, 2001) (Figura 2).De acor<strong>do</strong> com Kiyuna et al. (2002), suas principaisregiões produtoras, tanto em termos <strong>de</strong> área cultivadacomo <strong>de</strong> valor da produção, são: Mogi-Mirim,Bragança Paulista, Mogi das Cruzes, Campinas,Sorocaba, Itapetininga e Registro. A região <strong>de</strong> Atibaia,por exemplo, concentra 65% <strong>do</strong>s produtores <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> e cerca <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> sua produção é comercializadano Entreposto Terminal <strong>de</strong> São Paulo (ETSP), daCEAGESP, e no Merca<strong>do</strong> Permanente da CEASA-Campinas (INFORMATIVO, 2001).Em relação ao Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, além daCEAGESP e CEASA-Campinas, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>stacar tambéma atuação <strong>do</strong> Veiling-Holambra, on<strong>de</strong> se concentramgran<strong>de</strong>s produtores, diferencian<strong>do</strong>-se <strong>do</strong>s<strong>de</strong>mais pela sua comercialização e pelo uso <strong>de</strong> tecnologiana produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong>. A figura 3 apresentavalores da comercialização <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, nesses canais,<strong>de</strong> 1998 a 2001, com valores estima<strong>do</strong>s por Kiyuna etal. (2002) para a CEAGESP, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 5% ao anopara 2000 e 2001, e para CEASA-Campinas, com a-créscimo <strong>de</strong> 30%, para os meses <strong>de</strong> setembro a <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> 2001 em relação a 2000.De acor<strong>do</strong> com Castro et al. (1992), cita<strong>do</strong> emSmorigo (2000), as <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais possuema seguinte classificação comercial: <strong>flores</strong> <strong>de</strong>corte (rosa, crisântemo, lírio, cravo, gladíolo, entreAgric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


44Anefalos; GuilhotoSu<strong>de</strong>ste (80,6%)Norte (0,5%)Nor<strong>de</strong>ste (1,6%)Centro-Oeste(0,6%)Sul (16,8%)Figura 2 - Participação das Regiões nas Vendas Internas <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais, Brasil, 1999.Fonte: Brasil (2001).100.000.00090.000.00080.000.00070.000.00060.000.00050.000.00040.000.00030.000.00020.000.00010.000.00001998 1999 2000 2001CEAGESP CEASA-Campinas Veiling Holambra Outros canaisFigura 3 - Comercialização <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais, por Canal <strong>de</strong> Comercialização <strong>do</strong>s Produtores, Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1998-2001.Fonte: Elaborada a partir <strong>de</strong> Kiyuna et al. (2002).outras), <strong>flores</strong> <strong>de</strong> vaso (violeta, crisântemo, antúrio,azaléia, begônia, etc.), <strong>plantas</strong> <strong>de</strong> interior e paisagismo(samambaia, palmeira, etc.), <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> tropicais(helicônia, estrelítzia, entre outras) e folhagens(gypsofila, cipreste, etc). Arruda; Olivette; Castro(1996) dividiram as <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais emquatro grupos: <strong>flores</strong> e folhagens <strong>de</strong> corte, <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong> envasadas, mudas <strong>de</strong> <strong>plantas</strong> ornamentais eoutros produtos <strong>de</strong> floricultura.Apesar <strong>de</strong> a CEAGESP possuir em torno <strong>de</strong> 30%<strong>de</strong> participação nas vendas em relação ao CEASA-Campinas e Veiling Holambra, ela dispõe <strong>de</strong> umasérie histórica <strong>do</strong> valor da produção <strong>de</strong> várias <strong>flores</strong> e<strong>plantas</strong>, nela comercializadas, e que po<strong>de</strong>m auxiliarAgric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais45no melhor dimensionamento da proporção <strong>de</strong>ssesprodutos no merca<strong>do</strong> nacional. Observa-se que, <strong>de</strong>ntreas <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte, os crisântemos (em pacote) obtiveramos maiores valores <strong>de</strong> produção no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>São Paulo no perío<strong>do</strong> 1995-1998, em relação aos <strong>de</strong>maisprodutos <strong>do</strong> setor analisa<strong>do</strong>s, apesar <strong>de</strong> terem<strong>de</strong>caí<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> 1997 (Figura 4). Juntamente com arosa, teve seu pico <strong>de</strong> participação em 1996. Os <strong>de</strong>maisprodutos mantiveram a sua participação no final<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, apesar <strong>de</strong> seu valor <strong>de</strong> produção estarabaixo <strong>de</strong> R$50 milhões. Esses valores foram calcula<strong>do</strong>sa partir <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s básicos da CEAGESP, 1994(preços <strong>de</strong>flaciona<strong>do</strong>s pelo IGP-DI, ago. 1994).Arruda; Olivette; Castro (1996), com base emlevantamento realiza<strong>do</strong> pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong>Floricultura (IBRAFLOR), em 1995, em que foram entrevista<strong>do</strong>scerca <strong>de</strong> um terço <strong>do</strong>s produtores <strong>de</strong> <strong>flores</strong><strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, concluíram que <strong>de</strong>ntreas principais espécies <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte em estufa oscrisântemos, as rosas, as gypsofilas e as orquí<strong>de</strong>asocuparam a maior área cultivada. Dentre as espéciescultivadas em tela<strong>do</strong>, tiveram maior expressão emárea as orquí<strong>de</strong>as, os antúrios, os crisântemos e os lírios.Entre as espécies cultivadas a céu aberto, <strong>de</strong>stacaram-seos crisântemos, as rosas e os gladíolos.2.2 - Merca<strong>do</strong> ExternoUm <strong>do</strong>s principais atrativos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> externo<strong>de</strong> <strong>flores</strong> diz respeito ao seu eleva<strong>do</strong> consumonos principais países importa<strong>do</strong>res, uma vez que,frente ao baixo consumo interno (média <strong>de</strong> cada <strong>brasileiro</strong>é <strong>de</strong> R$7,00 por ano, apesar <strong>de</strong> os gaúchos ecariocas consumirem em média R$25,00 7 ), há paísescomo Argentina (US$25,00), Noruega (US$137,00),Alemanha (US$98,00), Japão (US$45,00) e Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s (U$50,00) que <strong>de</strong>monstram que há boasperspectivas para a inserção <strong>do</strong> produto <strong>brasileiro</strong>no exterior, e para expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>do</strong>Brasil. De 1995 a 2001 o Brasil exportou anualmente,em média, US$12,4 milhões <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais(Tabela 1).Tabela 1 - Exportações Brasileiras <strong>de</strong> Plantas Vivas eProdutos <strong>de</strong> Floricultura, 1995 a 2001AnoValor (US$ milhão)1995 13,91996 11,91997 11,01998 12,01999 13,12000 11,92001 13,3Média (1995-2001) 12,4Fonte: Flores e Plantas (2001).Apesar disso, não houve, até recentemente,incentivos à exportação <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, mesmo nas principaisregiões produtoras brasileiras 8 . O que se notasão iniciativas pontuais <strong>de</strong> alguns produtores, que tiveramacesso a um canal <strong>de</strong> exportação e estão amplian<strong>do</strong>os negócios no exterior. De acor<strong>do</strong> comOkuda (2000) apesar <strong>de</strong> ter potencial <strong>de</strong> crescimento,o setor precisa estar mais organiza<strong>do</strong> para que hajamaior integração entre to<strong>do</strong>s os elos da ca<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o produtor até o consumi<strong>do</strong>r final. Especificamenteem relação às exportações <strong>de</strong>ve-se atentar para a falta<strong>de</strong> tradição e know-how para que se coloque o produto<strong>brasileiro</strong> no exterior. Smorigo (2000) <strong>de</strong>stacaque os problemas tributários, a falta <strong>de</strong> padronização<strong>do</strong>s produtos e os problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m fitossani-7Dentre os efeitos oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Plano Real para a economiabrasileira, a abertura das importações <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> valoresmenores (<strong>de</strong>ntre eles, <strong>flores</strong> artificiais) e a elevação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>raquisitivo da população, mesmo das classes mais baixas, fizeramcom que os consumi<strong>do</strong>res criassem novos hábitos <strong>de</strong> consumo,amplian<strong>do</strong> a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir produtos diferentes.Por outro la<strong>do</strong>, com o aumento das viagens internacionais,principalmente por pessoas <strong>de</strong> classe média, houve disseminaçãobem mais rápida <strong>de</strong> costumes estrangeiros, inclusive quantoà compra <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais (IBRAFLOR, 2000).8O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, por exemplo, tem procura<strong>do</strong> incentivaro consumo local <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, com auxílio <strong>do</strong> SEBRAE e daSecretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura, a fim <strong>de</strong> que o produto localseja mais conheci<strong>do</strong> pela população, principalmente pelos turistas.Além <strong>de</strong> divulgá-lo nos cartões telefônicos da empresa local<strong>de</strong> telecomunicações, também foram instala<strong>do</strong>s quiosques <strong>de</strong><strong>flores</strong> nas principais cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (SILVEIRA, 1993).Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


46Anefalos; Guilhoto14.000,0012.000,00Valor da produção (mil R$)10.000,008.000,006.000,004.000,002.000,000,001994 1995 1996 1997 1998 1999Figura 4 - Valores da Produção das Principais Flores <strong>de</strong> Corte, Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1995 - 1999.Fonte: Elaborada a partir <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da CEAGESP (1994).AnoAntúrio Crisântemo Gypsophila Gladíolo Lírio Rosatária constituem-se nos principais entraves às exportaçõesbrasileiras.Aki (1997) <strong>de</strong>staca que há muitas divergênciasentre cada um <strong>do</strong>s agentes da ca<strong>de</strong>ia (distribuiçãointerna), produtores, atacadistas, varejistas, e quetem havi<strong>do</strong> um estímulo crescente à produção <strong>de</strong><strong>flores</strong> nas mais diversas regiões sem que tenhamocorri<strong>do</strong> ações coor<strong>de</strong>nadas quanto às melhores varieda<strong>de</strong>sa serem utilizadas ou mesmo quanto à capacida<strong>de</strong><strong>do</strong> merca<strong>do</strong> em absorver a maior quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>flores</strong>, nem sempre <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>.Com o intuito <strong>de</strong> aumentar a produtivida<strong>de</strong>da produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> para atingir o merca<strong>do</strong> externo,tem havi<strong>do</strong> um <strong>de</strong>slocamento das regiões produtorasda tradicional Holambra (que conta com a cooperativaHolambra, on<strong>de</strong> estão inseri<strong>do</strong>s 150 produtores)em busca <strong>de</strong> outros locais com climas maisa<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ao seu plantio, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se os Esta<strong>do</strong>s<strong>do</strong> Ceará e Minas Gerais.Por outro la<strong>do</strong>, com as boas perspectivas <strong>do</strong>programa <strong>brasileiro</strong> <strong>de</strong> incentivo às exportações <strong>do</strong>agronegócio (que inclui agora também o setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>,por meio <strong>do</strong> programa FloraBrasilis 9 ), empresas9O Programa Brasileiro <strong>de</strong> Exportação <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais(FloraBrasilis) foi cria<strong>do</strong> pelo governo <strong>brasileiro</strong> pormeio <strong>de</strong> convênio entre o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Floricultura(IBRAFLOR) e a Agência <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Exportações (APEX),internacionais têm si<strong>do</strong> atraídas para investirem noBrasil. Esse é o caso da Brasil Cargo Infra-EstruturaLtda., com investimentos iniciais <strong>de</strong> US$345 milhõespara a construção <strong>de</strong> um parque industrial no Município<strong>de</strong> Mogi-Mirim, contan<strong>do</strong> inclusive com complexomultimodal <strong>de</strong> transportes e uma EstaçãoAduaneira <strong>do</strong> Interior (EADI), para armazenamento,embalagem e <strong>de</strong>sembaraço das merca<strong>do</strong>rias enviadasao exterior, principalmente para Europa e EUA(STUANI, 2000).Além disso, mais recentemente foi criada ajoint venture BallVanZanten, pela união comercialentre a Van Zanten Schoenmaker (maior produtora<strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> crisântemos <strong>do</strong> Brasil, <strong>de</strong> origem holan<strong>de</strong>sa)e a Ball Horticultural (maior produtora <strong>de</strong>sementes <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, se<strong>de</strong> em Chicago).Essa nova empresa tem por principal objetivo comercializarplugs (estágio intermediário entre a sementee a muda), que apesar <strong>de</strong> serem mais eficienteseconomicamente, ainda são pouco utiliza<strong>do</strong>s noBrasil (LÍDERES, 2001). Deve-se <strong>de</strong>stacar que a inserção<strong>de</strong>ssas novas empresas no Brasil, certamente estárelacionada à implantação da Lei <strong>de</strong> Patentes e Culfirma<strong>do</strong>em outubro <strong>de</strong> 2000, para que fosse conduzi<strong>do</strong> emquatro anos nas regiões com produção organizada, com vistas aexpandir o merca<strong>do</strong> <strong>brasileiro</strong> para Alemanha, Holanda, Japãoe Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais47tivares, fazen<strong>do</strong> com que empresas fornece<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>sementes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Holanda tenhaminteresse em se expandir em vários países (SANTA-NA, 1997).É interessante observar que essa empresa veiocompetir com outras já instaladas no Brasil, como aAgroflora-Sakata, que tem disponibiliza<strong>do</strong> aos produtores<strong>brasileiro</strong>s entre 20 e 30 sementes novas (<strong>de</strong>origem japonesa), to<strong>do</strong>s os anos. Dentre as novas<strong>flores</strong> que têm ocupa<strong>do</strong> boa fatia no merca<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se<strong>de</strong>stacar lisianthus (com gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> coresexclusivas, durabilida<strong>de</strong> após a colheita – <strong>de</strong> 15 a 20dias, com cultivares <strong>de</strong> 5 a 12 pétalas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> servendi<strong>do</strong> em corte ou em vaso), girassol ornamental(que não solta pólen, sen<strong>do</strong> muito usa<strong>do</strong> em arranjos,pois não suja o ambiente, com durabilida<strong>de</strong> entre 7 e10 dias). A Incotec (com se<strong>de</strong> na Holanda), lí<strong>de</strong>rmundial em tecnologia <strong>de</strong> sementes, também instaladano Município <strong>de</strong> Holambra, é pioneira na pesquisa<strong>de</strong> revestimento das sementes 10 , com o intuito <strong>de</strong>melhorar a precisão <strong>do</strong>s plantios, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a germinaçãoaté o comportamento das sementes no campo.3 - ANÁLISE DE INSUMO-PRODUTONa década <strong>de</strong> 1930, Wassily Leontief apresentouuma teoria geral <strong>de</strong> produção baseada na noção<strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência econômica e publicou a primeiramatriz <strong>de</strong> insumo-produto para a economia norteamericana.Deve-se ressaltar que houve evidências<strong>de</strong>ssa teoria em 1758 com o pensamento <strong>de</strong> FrançoisQuesnay em seu Tableau Economique, e em 1874 coma publicação Éléments d'économie politique pure, <strong>de</strong>Léon Walras, na qual procurou <strong>de</strong>terminar simulta-10De acor<strong>do</strong> com Okuda (2000, p.26), essa pesquisa inclui técnicascomo upgrading (para melhorar a qualida<strong>de</strong> física e genéticadas sementes, com aumento <strong>do</strong> seu vigor), priming (parahomogeneizar e acelerar a germinação ou mesmo quebrar a<strong>do</strong>rmência <strong>de</strong> algumas espécies), peletização (que reveste as sementescom material inerte, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> associá-lo a nutrientes ou<strong>de</strong>fensivos químicos, reduzin<strong>do</strong> os gastos com esses produtos),<strong>de</strong>sinfecção (para eliminar patógenos), film coating (para melhorara a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> produtos químicos, que protegem as sementes,por meio da aplicação <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> que recobre as sementes) e biocontrole(que torna as sementes resistentes a <strong>do</strong>enças ou melhorama produtivida<strong>de</strong> no campo em condições adversas).neamente to<strong>do</strong>s os preços na economia a partir <strong>de</strong>noções <strong>de</strong> equilíbrio geral.De acor<strong>do</strong> com Miller e Blair (1985) os n setoresda economia possuem relações fundamentaiscom a teoria <strong>de</strong> insumo-produto expressas pelaequação (1).n∑j=1z + C + G + I + E = Xijion<strong>de</strong>:zij= produção <strong>do</strong> setor i utilizada como insumointermediário pelo setor j;Ci= produção <strong>do</strong> setor i que é comprada pelas famílias;Gi= produção <strong>do</strong> setor i que é comprada pelo governo;Ii= produção <strong>do</strong> setor i que é <strong>de</strong>stinada ao investimento;Ei= produção <strong>do</strong> setor i que é <strong>de</strong>stinada à exportação;Xi= produção <strong>do</strong>méstica total <strong>do</strong> setor i (<strong>de</strong>mandafinal e insumos intermediários);Ci+ Gi+ Ii= <strong>de</strong>manda final <strong>do</strong>méstica;Yi= Ci+ Gi+ Ii+ Ei= <strong>de</strong>manda final da produção<strong>do</strong> setor i.Os principais pressupostos da teoria <strong>de</strong> insumo-produtosão os seguintes: a) equilíbrio geral naeconomia a um da<strong>do</strong> nível <strong>de</strong> preços; b) inexistência<strong>de</strong> ilusão monetária por parte <strong>do</strong>s agentes econômicos;c) retornos constantes a escala; e d) preços constantes.No sistema <strong>de</strong> Leontief consi<strong>de</strong>ram-se retornosconstantes à escala, ou seja, as funções <strong>de</strong> produçãosão lineares e homogêneas e o conjunto <strong>do</strong>scoeficientes técnicos diretos aij( aij= zijXj), queformam a matriz A (<strong>de</strong> dimensão n x n), é fixo. Essecoeficiente aijexpressa a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insumo <strong>do</strong>setor i necessária para a produção <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong><strong>de</strong> produto total <strong>do</strong> setor j, em que Xjé a produçãototal <strong>do</strong> setor j.A representação matricial <strong>do</strong> sistema aberto<strong>de</strong> Leontief está expressa na equação (2). Seus ele-iiii(1)Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


48Anefalos; Guilhotomentos representam a proporção <strong>do</strong>s insumos porunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto final fixa.AX + Y = X(2)on<strong>de</strong>: X e Y = vetores coluna <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ( ×1)n .Ao consi<strong>de</strong>rar que as variações na <strong>de</strong>mandafinal são obtidas exogenamente, po<strong>de</strong>-se expressar aprodução total necessária para satisfazer a <strong>de</strong>mandafinal (Y ) da seguinte forma:on<strong>de</strong>: ( ) 1( ) 1−X = I − A Y(3)I − = matriz <strong>de</strong> coeficientes técnicos <strong>de</strong>insumos diretos e indiretos ou matriz inversa <strong>de</strong>Leontief.A abordagem da tecnologia baseada na indústriatem como hipótese a existência <strong>de</strong> participaçãoconstante <strong>de</strong> cada setor no merca<strong>do</strong>.Como cada setor terá elevação proporcionalna sua <strong>de</strong>manda final, se houver aumento no merca<strong>do</strong>,é a mais utilizada empiricamente, uma vez quese po<strong>de</strong> analisar melhor a interação entre os setoresda economia 11 .A −3.1 - Ligações Interindustriais e os Setores-chave naEconomia BrasileiraCom o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a existência <strong>de</strong>setores-chave na economia foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s váriosméto<strong>do</strong>s para mensurar as ligações intersetoriais,servin<strong>do</strong> <strong>de</strong> base para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>ssetores produtivos.De acor<strong>do</strong> com o critério <strong>de</strong> McGilvray (1977),se os setores apresentarem índices <strong>de</strong> ligação parafrente (que expressa o quanto um setor é <strong>de</strong>manda<strong>do</strong>pelos outros) e para trás (que mostra o quantoum setor <strong>de</strong>manda <strong>do</strong>s outros) maiores <strong>do</strong> que 1po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s no conceito restrito comosetores-chave. Conforme Guilhoto e Picerno (1995)11Informações mais <strong>de</strong>talhadas po<strong>de</strong>rão ser encontradas emMiller; Blair (1985).po<strong>de</strong>-se também consi<strong>de</strong>rar como setores-chaveaqueles que apresentarem índices <strong>de</strong> ligação parafrente ou para trás, maiores que 1 em situações comnível <strong>de</strong> agregação mais alto <strong>do</strong>s setores.3.1.1 - Abordagem <strong>de</strong> Rasmussen-HirschmanDe acor<strong>do</strong> com Guilhoto et al. (1994), a partirdas idéias <strong>de</strong> Rasmussen (1956) e sua aplicação porHirschmann (1958), po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar quais setorespossuem maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> enca<strong>de</strong>amento na economiapor meio <strong>do</strong> cálculo <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> ligaçõespara frente ( Ui) e para trás ( Uj), expressos, respectivamente,nas equações (4) e (5). Esses índicessão obti<strong>do</strong>s a partir da matriz inversa <strong>de</strong> Leontief(matriz B, dimensão n x n).⎡Bi∗⎤⎢⎣ n ⎥⎦Ui=∗BOn<strong>de</strong>:∗B = a média <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os elementos <strong>de</strong> B ;Bi∗= soma <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os elementos <strong>de</strong> uma linhatípica <strong>de</strong> B.⎡B∗j ⎤⎢⎣ n ⎥U =⎦j∗BOn<strong>de</strong>: B∗j= soma <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os elementos <strong>de</strong> umacoluna <strong>de</strong> B.3.1.2 - Índices puros <strong>de</strong> ligaçãoAo contrário <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman, os índices puros <strong>de</strong> ligações <strong>de</strong>terminamo comportamento da <strong>estrutura</strong> produtiva levan<strong>do</strong>em consi<strong>de</strong>ração o nível <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> cada setor epermitem dimensionar as interações entre setores eregiões em termos <strong>de</strong> valor da produção. Assim, po<strong>de</strong>m-seobter diferentes setores-chave quan<strong>do</strong> secomparam essas duas abordagens. Como os índicespuros <strong>de</strong> ligação são compostos por valores <strong>de</strong> pro-(4)(5)Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais49dução, seu uso é mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para valores maisaltos (SILVEIRA, 2000).Uma outra forma <strong>de</strong> se analisar esses índices énormalizá-los, ou seja, dividir o valor da produçãomédia, em cada setor, pelo valor médio na economia,conforme foi utiliza<strong>do</strong> por Marjotta-Maistro eGuilhoto (2000). Além <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong>, outros foramrealiza<strong>do</strong>s abordan<strong>do</strong> aspectos distintos da realida<strong>de</strong>brasileira, como os <strong>de</strong> Montoya Rodrigues (1998),Crocomo (1998), Furtuoso (1998), Moretto (2000),Rodrigues (2000) e Silveira (2000).A partir <strong>do</strong>s índices puros <strong>de</strong> ligações po<strong>de</strong>-serepresentar um sistema <strong>de</strong> insumo-produto para da<strong>do</strong>setor i e o resto da economia, com base na matrizA (equação 6), matriz <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> insumosdiretos <strong>de</strong> dimensão n x n.A⎛ Aii ir= ⎜AriA ⎟(6)⎝ rr ⎠On<strong>de</strong>:Aii= matriz que representa os insumos diretos <strong>do</strong>setor i;Arr= matriz que representa o resto da economia;Ari= matriz <strong>do</strong>s insumos diretos compra<strong>do</strong>s pelosetor i <strong>do</strong> resto da economia;Air= matriz <strong>do</strong>s insumos diretos compra<strong>do</strong>s peloresto da economia <strong>do</strong> setor i.A partir da matriz A po<strong>de</strong>-se obter a sua inversa(L) e substituí-la na equação (3):⎡ X⎢⎣XirOn<strong>de</strong>:∆r⎤ ⎡∆ii⎥ = ⎢⎦ ⎣ 0=0∆rr⎤⎡∆i⎥⎢⎦⎣0A⎞0 ⎤⎡I∆⎥⎢r ⎦⎣Ari∆−( I − A ) 1, ∆ ( I − ∆ A ∆ A ) −1rrrr=r ri i ir∆ ( I − A ) −1, ∆ ( I − ∆ A ∆ A ) −1i=iiii=i ir r riiAir∆r ⎤⎡Yi⎤I⎥⎢⎥⎦⎣Yr⎦Essa equação permite calcular o conjunto <strong>de</strong> índicespuros para or<strong>de</strong>nar os setores e avaliar a sua importânciarelativa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> processo produtivo (GUI-LHOTO; SONIS; HEWINGS, 1996), <strong>de</strong>scritos a seguir.a) Índice puro <strong>de</strong> ligação para trás <strong>do</strong> setor i :IPTi= ∆rAri∆iYiEsse índice fornece o impacto puro <strong>do</strong> valorda produção total <strong>do</strong> setor i sobre o resto da economia.b) Índice puro <strong>de</strong> ligação para frente <strong>do</strong> setor i :IPFi= ∆iAir∆rYrEsse índice fornece o impacto puro <strong>do</strong> valor daprodução total <strong>do</strong> resto da economia sobre o setor i.c) Índice puro <strong>de</strong> ligação total <strong>do</strong> setor:IPtotal = IPT + IPFi3.1.3 - Campos <strong>de</strong> influênciaiEsse conceito foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Sonis eHewings (1989, 1994). Complementa a análise <strong>do</strong>síndices <strong>de</strong> ligações <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman, poisfacilita a visualização <strong>do</strong>s setores que mais influenciamo processo produtivo a partir <strong>de</strong> suas relaçõescom os <strong>de</strong>mais setores da economia.Para calcular o campo <strong>de</strong> influência utiliza-seas matrizes A (matriz <strong>de</strong> coeficientes técnicos <strong>de</strong>produção) e E (matriz <strong>de</strong> variações incrementais noscoeficientes diretos <strong>de</strong> insumo). As inversas <strong>de</strong>ssasmatrizes são representadas, respectivamente, por L,que é a matriz inversa <strong>de</strong> coeficientes técnicos <strong>de</strong>−L= I − A = a , e porprodução, ou seja, [ ] 1 ijL (ε) , que é a matriz inversa <strong>de</strong> variações incrementaisnos coeficientes diretos <strong>de</strong> insumo, ou seja,−L( ε) = [ I − A− ε] 1= l ij( ε). A equação (7) apresentaa matriz <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> influência.[ L(ε ) − L]ijF( εij) =(7)εijOn<strong>de</strong>: F( ε ij) = matriz n x n <strong>do</strong> campo <strong>de</strong>influência <strong>do</strong> coeficiente aij(da matriz A).Os coeficientes diretos que possuem o maiorcampo <strong>de</strong> influência estão relaciona<strong>do</strong>s aos maioresvalores <strong>de</strong> S (equação 8).ijn n∑∑[ ] 2(ij)ijf klk = 1 l=1iS = ε (8)Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


50Anefalos; Guilhoto3.2 - Multiplica<strong>do</strong>resb) EmpregoDe acor<strong>do</strong> com Miller e Blair (1985), os multiplica<strong>do</strong>ressão importantes indicativos <strong>do</strong>s impactosque ocorrem na economia e permitem verificarquais os setores afetam mais o sistema econômicoa partir <strong>de</strong> alterações exógenas ao mo<strong>de</strong>loem relação a variáveis <strong>de</strong> interesse, como produção,renda, emprego e exportação. Se for consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>o consumo das famílias como variável <strong>de</strong>terminadafora <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo, tem-se o multiplica<strong>do</strong>rtipo I, ou seja, obtém-se o quanto um setor <strong>de</strong>veráproduzir para que se obtenha uma unida<strong>de</strong> a maisna <strong>de</strong>manda final. Ao incluir o consumo das famíliasno mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>-se obter seus efeitos diretos(sobre o próprio setor), indiretos (sobre os <strong>de</strong>maissetores) e induzi<strong>do</strong>s (por meio <strong>do</strong> consumo en<strong>do</strong>geneiza<strong>do</strong>,ou seja, utiliza-se uma matriz <strong>de</strong> dimensão( n + 1) x(n + 1)relativa às transações intersetoriais),multiplica<strong>do</strong>r <strong>do</strong> tipo II.a) ProduçãoO multiplica<strong>do</strong>r setorial <strong>de</strong> produção ( MPi) é<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como o valor total da produção para o setori em relação a to<strong>do</strong>s os setores da economia paraaten<strong>de</strong>r a variação <strong>de</strong>sse setor na <strong>de</strong>manda final.Quan<strong>do</strong> se calcula o multiplica<strong>do</strong>r tipo I utilizam-seos elementos da matriz inversa <strong>de</strong> Leontief ( b ij),conforme mostra a equação (9).n∑MP i= b iji=1Para a obtenção <strong>do</strong> multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> produçãotipo II ( M Sj), obtém-se a matriz inversa <strong>de</strong> LeontiefB ( b ijé um elemento qualquer da matriz inversa <strong>de</strong>Leontief com o consumo das famílias en<strong>do</strong>geneiza<strong>do</strong>),consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a en<strong>do</strong>geneização no consumodas famílias, conforme mostra a equação (10):MSj=n∑i=1ij(9)b , j = 1, …,n (10)Tanto o multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> emprego tipo I comotipo II (equações 11 e 12, respectivamente) indicam onúmero <strong>de</strong> pessoas empregadas por unida<strong>de</strong> monetáriaadicional <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda final para cada um <strong>do</strong>ssetores j , pois ele é da<strong>do</strong> em unida<strong>de</strong>s físicas.On<strong>de</strong>:c) Rendawn 1,iMEj=n∑ ( wn+ , i⋅bij)i=11(11)+= número <strong>de</strong> empregos por unida<strong>de</strong>monetária produzida.MEj=n∑ ( wn+ , i⋅ bij)i=11(12)Os multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> renda tipo I (eq.13) etipo II (eq.14) permitem mensurar quanto se gera <strong>de</strong>renda por unida<strong>de</strong> monetária adicional <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandafinal para cada um <strong>do</strong>s setores j.r,MRnj= ∑ rn+ 1,ii=1⋅ bij(13)On<strong>de</strong>:n+ 1 i= efeito inicial na renda <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>rpara o acréscimo <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>manda<strong>do</strong> produto no setor j.jnMR = ∑ ri=11b(14)n+, i3.3 - Índices ComplementaresAlém <strong>do</strong>s índices calcula<strong>do</strong>s anteriormente,po<strong>de</strong>-se obter outras relações importantes, <strong>de</strong>scritasa seguir, a fim <strong>de</strong> se captar o efeito das exportaçõessobre a geração <strong>de</strong> emprego e sobre o valor adiciona<strong>do</strong>para cada um <strong>do</strong>s setores da economia.ijAgric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais51a) Geração <strong>de</strong> empregosEsse indica<strong>do</strong>r me<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> pessoasocupadas a cada um milhão <strong>de</strong> real produzi<strong>do</strong> emcada setor por meio: direto (<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pelo própriocoeficiente <strong>de</strong> emprego), indireto (obti<strong>do</strong> a partir damultiplicação <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> emprego pela matrizinversa <strong>de</strong> Leontief não en<strong>do</strong>geneizada, subtrain<strong>do</strong><strong>de</strong>ssa relação o indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> emprego direto), induzi<strong>do</strong>(resultante da multiplicação <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong>empregos pela diferença entre as matrizes <strong>de</strong> Leontiefen<strong>do</strong>geneizada e não en<strong>do</strong>geneizada) e total(obti<strong>do</strong> pela soma <strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> emprego direto,indireto e induzi<strong>do</strong>).b) Contribuição das exportações na <strong>estrutura</strong> <strong>de</strong>produçãoEssa contribuição po<strong>de</strong> ser obtida através da relaçãoentre a exportação e a produção total para cadaum <strong>do</strong>s setores j, conforme mostra a equação (15).CXjX expj= (15)XOn<strong>de</strong>: X expj= B ⋅ E = relação entre a matrizinversa <strong>de</strong> Leontief (B) e a coluna <strong>de</strong> exportaçãoda matriz insumo <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> bens e serviços (E).4 - FONTES DE DADOS E MÉTODO DE DESA-GREGAÇÃO DO SETOR FLORESComo fonte básica <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s utilizou-se a matrizinsumo-produto para o ano 2000, obtida atravésdas contas nacionais estimada por Guilhoto et al.,(2002). Nesse caso foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s 43 setores,uma vez que <strong>do</strong> setor agropecuária extraiu-se o <strong>de</strong><strong>flores</strong>, <strong>de</strong>scritos na tabela A.1.1 <strong>do</strong> Anexo 1.Para efetuar essa <strong>de</strong>sagregação <strong>do</strong> setor agropecuário,tomou-se por base custos <strong>de</strong> produção dasseguintes <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais produzidas nojBrasil: crisântemos (<strong>de</strong> maço e <strong>de</strong> vaso), rosa, gypsophila,impatiens, prímula e samambaia, conti<strong>do</strong>s nasseguintes publicações: Arruda; Matsunaga; ValeroNeto (1996); Miranda; Matsunaga; Okuyama (1994);Matsunaga et al. (1995); Matsunaga; Okuyama; BessaJunior (1995); Graça e Silva (2002); Anuário (2001 e2002).Informações adicionais sobre exportações evalor da produção <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentaisforam obtidas em informativos e sites <strong>do</strong> Ibraflor,Banco <strong>do</strong> Brasil e Secex. Esses custos subsidiaram ocálculo das quantida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s insumos <strong>de</strong> consumointermediário, <strong>do</strong> exce<strong>de</strong>nte operacional bruto e dasremunerações <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, assumin<strong>do</strong>-se queos coeficientes técnicos obti<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s custos<strong>de</strong>ssas <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> são váli<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong> o Brasilpara o ano 2000.Os custos <strong>de</strong> produção foram coloca<strong>do</strong>s emtermos percentuais para as remunerações, para o exce<strong>de</strong>nteoperacional bruto e para os insumos <strong>de</strong> produção(previamente classifica<strong>do</strong>s pela Comissão Nacional<strong>de</strong> Classificação - CONCLA). Esses valores percentuaisforam, em seguida, pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s pelos valoresda produção da respectiva varieda<strong>de</strong> em relaçãoao valor total da produção das mesmas, geran<strong>do</strong> ospercentuais para estimação <strong>do</strong>s valores <strong>de</strong>spendi<strong>do</strong>scom os insumos intermediários, com as remuneraçõese com o exce<strong>de</strong>nte operacional bruto <strong>do</strong> setor.As medidas <strong>do</strong> percentual <strong>do</strong> valor da produção,que são <strong>de</strong>stinadas aos insumos intermediários,serviram para <strong>de</strong>terminar os coeficientes <strong>do</strong>s itens<strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s para o consumo intermediário a preçosbásicos, através <strong>do</strong>s seguintes procedimentos:a) Subtraiu-se <strong>do</strong> coeficiente <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> insumosintermediários <strong>do</strong> setor <strong>flores</strong> as mesmasporcentagens <strong>do</strong> valor da produção <strong>do</strong> setor agropecuárioque se <strong>de</strong>stinam para os seguintes itens:importações, imposto sobre importação, Impostosobre Circulação <strong>de</strong> Merca<strong>do</strong>rias (ICM) <strong>de</strong> produtosnacionais e importa<strong>do</strong>s, Imposto sobre ProdutosIndustrializa<strong>do</strong>s (IPI) <strong>de</strong> produtos nacionais eimporta<strong>do</strong>s, outros impostos indiretos líqui<strong>do</strong>s <strong>de</strong>produtos nacionais e importa<strong>do</strong>s, margem <strong>de</strong> comércioe margem <strong>de</strong> transporte.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


52Anefalos; Guilhotob) Para estimar o consumo intermediário a preço básico,o valor da diferença obtida no primeiro passofoi então redistribuí<strong>do</strong> entre os <strong>de</strong>mais produtosemprega<strong>do</strong>s no consumo intermediário, através<strong>de</strong>sse valor pela porcentagem <strong>do</strong> coeficiente<strong>do</strong> consumo intermediário, que antes era dirigidaaos respectivos produtos a preços <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>.c) O coeficiente para o valor adiciona<strong>do</strong> a custo <strong>de</strong>fatores foi obti<strong>do</strong> pela diferença entre um e o coeficiente<strong>do</strong> consumo intermediário, pois os subsídiose os outros impostos sobre a produção foramconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s iguais a zero.d) Os coeficientes para o exce<strong>de</strong>nte operacional brutoe para as remunerações foram redistribuí<strong>do</strong>sem parcelas para os seus subitens, segun<strong>do</strong> ospercentuais que esses representavam no exce<strong>de</strong>nteoperacional bruto e nas remunerações <strong>do</strong> setoragropecuário.Os valores resultantes <strong>de</strong>sses procedimentosforam multiplica<strong>do</strong>s pelo valor da produção <strong>do</strong> setor<strong>flores</strong> para o ano 2000 (R$322 milhões), geran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>sos da<strong>do</strong>s da coluna <strong>do</strong> setor <strong>flores</strong> na matriz <strong>de</strong>Usos e Recursos. Em cada linha foi subtraí<strong>do</strong> o valorencontra<strong>do</strong> para o setor <strong>flores</strong> para compor o daagropecuária. A construção da matriz <strong>de</strong> Usos e Recursosprosseguiu com a inclusão <strong>de</strong> uma linha referenteao <strong>de</strong>stino da produção <strong>do</strong> setor <strong>flores</strong>. Verificou-seque o produto <strong>flores</strong> se <strong>de</strong>stina ao própriosetor, para serviços presta<strong>do</strong>s à família (suposto iguala 5% <strong>do</strong> valor da produção), para a exportação e parao consumo das famílias. Esses valores foram subtraí<strong>do</strong>sda linha <strong>de</strong> outros produtos agropecuários.5 - RESULTADOS E DISCUSSÕESO mo<strong>de</strong>lo insumo-produto utiliza<strong>do</strong> fundamentou-sena tecnologia baseada na indústria. Apartir <strong>do</strong> valor da produção <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong>ornamentais <strong>de</strong> R$322 milhões concluiu-se que oconsumo intermediário correspon<strong>de</strong>u, em 2000, a35,8% e a <strong>de</strong>manda final a 64,2% (Tabela 2). Nessemo<strong>de</strong>lo as reexportações foram consi<strong>de</strong>radas nulas.A partir <strong>de</strong>sses da<strong>do</strong>s foram obti<strong>do</strong>s os índices<strong>de</strong> ligação <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman e purosnormaliza<strong>do</strong>s para i<strong>de</strong>ntificar os setores-chave, oscampos <strong>de</strong> influência para conhecer quais os setoresque mais impactam os <strong>de</strong>mais setores, os multiplica<strong>do</strong>res<strong>de</strong> produção, renda e emprego e alguns índicescomplementares para auxiliar na análise dasexportações.Observa-se que ao analisar o índice <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman(RH) pelo conceito restrito ossetores 6 (si<strong>de</strong>rurgia), 8 (outros metalúrgicos), 15(celulose, papel e gráfica), 19 (químicos diversos), 22(indústria têxtil) e 36 (transportes) <strong>de</strong>stacam-se comosetores-chave (Figura 5). Se for <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada essarestrição, verifica-se que o setor <strong>de</strong> agropecuáriapo<strong>de</strong> também ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> setor-chave, uma vezque os outros setores <strong>de</strong>mandam muitos insumos <strong>de</strong>le,ou seja, possui índice <strong>de</strong> ligação para frente maiorque 1. O setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, por outro la<strong>do</strong>, apresentaíndice para trás maior que 1, indican<strong>do</strong> que é umforte <strong>de</strong>mandante <strong>de</strong> insumos <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais setores.Como a abordagem <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschmannão leva em conta o nível <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> cada setoré interessante analisar os índices puros <strong>de</strong> ligação, afim <strong>de</strong> melhor dimensionar as interações entre ossetores em termos <strong>do</strong> valor da produção.As figura 6 a 8 apresentam os índices purosnormaliza<strong>do</strong>s para frente, para trás e total, respectivamente.Na tabela A.1.1 <strong>do</strong> Anexo 1 estão relaciona<strong>do</strong>sesses índices e seus respectivos números <strong>de</strong>or<strong>de</strong>m. Se for utiliza<strong>do</strong> o conceito não-restrito paraanalisar os setores-chave observa-se que os setoresagropecuária, refino <strong>de</strong> petróleo, comércio e serviçospresta<strong>do</strong>s à empresa <strong>de</strong>stacam-se em relação aos<strong>de</strong>mais, ten<strong>do</strong> como referência o índice puro normaliza<strong>do</strong>para frente. Os setores construção civil, comércio,serviços presta<strong>do</strong>s à família e administraçãopública possuem forte ligação para trás.Deve-se ressaltar que apesar <strong>do</strong> índice <strong>de</strong>Rasmussen-Hirschman indicar o setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> comosetor-chave, ao se utilizar esse outro enfoque, apon<strong>de</strong>ração pelo nível <strong>de</strong> produção da floricultura,que é muito pequeno quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> aos <strong>de</strong>maissetores, força uma redução drástica nos índices<strong>de</strong> ligações para frente e para trás.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais53Tabela 2 - Fluxo Circular da Matriz Insumo-Produto para o Setor <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais, 2000ItemValor(R$ mil)Valor total da produção(%)A - Produto flor 99.171 30,8B - Serviços presta<strong>do</strong>s à família 16.100 5,0C - Consumo intermediário = A+B 115.271 35,8D - Exportações 21.777 6,8E - Consumo das famílias 184.952 57,4F - Demanda final = D+E 206.729 64,2G - Valor total da produção = C+F 322.000 100,0Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.3.53.01822.5Índice para frente2.01.51.00.5414344037 384233391134935175322036 1915872113 16313 14 26 2924 1012 282523622130270.00.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4Índice para trásFigura 5 - Síntese <strong>do</strong>s Padrões <strong>de</strong> Comportamento <strong>do</strong>s Índices RH para os 43 Setores Brasileiros, 2000.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.6,05,65,24,84,44,03,63,22,82,42,01,61,20,80,40,0FloresAgropec. exceto flore sExtrat. mineralPetróleo e gásMineral não met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. não ferrososOutros metal.Máq. e equip.Mat. elétricoEq. eletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. borrachaElem. QuímicosRefino petróleoQuím. diversosFarmac. e veterináriaArt. plásticosInd. têxtilArt. vestuárioFab.calçad osInd. caféBenef. prod. vegetaisAbate animaisInd. laticíniosFab. açúcarFab. óleos veg.Outros prod. alim.Ind. diversasS.I.U.P.Constr. civilComércioTransportesComunicaçõesInst. financeirasServ. prest. famíliaServ. prest. emp resaAluguel imóveisAdm. públicaServ. priv. não mercantisFigura 6 - Índices Puros Normaliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Ligações para trás.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.SetoresAgric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


54Anefalos; Guilhoto5,45,04,64,23,83,43,02,62,21,81,41,00,60,2-0,2FloresAgropec. exceto <strong>flores</strong>Extrat. mineralPetróleo e gásMineral não met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. não ferrososOutros metal.Máq. e equip.Mat. elétricoEq. eletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. borrachaElem. químicosRefino petróleoQuím. diversosFarmac. e veterináriaArt. plásticosInd. têxtilArt. vestuárioFab.calça<strong>do</strong>sSetoresInd. caféBenef. prod. vegetaisAbate animaisInd. latic íniosFab. açúcarFab. óleos veg.Outros prod. alim.Ind. diversasS.I.U.P.Constr. civilComércioTransportesComunicaçõesInst. financeirasServ. prest. famíliaServ. prest. empresaAluguel imóveisAdm. públicaServ. priv. não mercantisFigura 7 - Índices Puros Normaliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Ligações para Frente.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.4,03,63,22,82,42,01,61,20,80,40,0FloresAgropec. exceto <strong>flores</strong>Extrat. mineralPetróleo e gásMineral não met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. não ferrososOutros metal.Máq. e equip.Mat. elétricoEq. eletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose , papel e gráf.Ind. borrachaElem. químicosRefino petróleoQuím. diversosFarmac. e veterináriaArt. plásticosInd. têxtilArt. vestuárioFab.calça<strong>do</strong>sInd. caféBenef. prod. vegetaisAbate animaisInd. laticíniosFab. açúcarFab. óleos veg .Outros prod. alim.Ind. diversasS.I.U.P.Constr. civilComércioTransportesComunicaçõesInst. financeirasServ. prest. famíliaServ. prest. empresaAluguel imóveisAdm. públicaServ. priv. não mercantisFigura 8 - Índices Puros Normaliza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Total <strong>de</strong> Ligações.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.SetoresA fim <strong>de</strong> complementar a análise da <strong>estrutura</strong>produtiva <strong>do</strong>s setores e melhor visualizar as relaçõesentre os setores, a figura 9 mostra os coeficientescom campos <strong>de</strong> influência, a partir <strong>do</strong>s 20% maioresvalores. Vale acrescentar que esse indica<strong>do</strong>r permitei<strong>de</strong>ntificar com mais <strong>de</strong>talhes quais os setores se relacionamentre si, em termos <strong>de</strong> compra e venda <strong>de</strong>insumos, ou seja, como setores compra<strong>do</strong>res e ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res,respectivamente, permitin<strong>do</strong> relativizar aimportância <strong>do</strong>s setores não-chave.Como setores compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong>stacam-se: si<strong>de</strong>rurgia,indústria têxtil e a floricultura, sen<strong>do</strong> estaúltima com menor intensida<strong>de</strong> que as anteriores.Esse resulta<strong>do</strong> está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o obti<strong>do</strong> noAgric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais55Setores compra<strong>do</strong>resSetores ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res1 3 5 7 9 1113151719212325272931333537394143135791113151719212325272931333537394143Figura 9 - Coeficientes Setoriais com Maior Campo <strong>de</strong> Influência.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.índice <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman.Em relação aos setores ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong>ve-seressaltar os setores agropecuários (exceto <strong>flores</strong>), si<strong>de</strong>rurgia,indústria da borracha e indústria têxtil.É interessante observar que as interações <strong>do</strong>setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> ocorrem com setores compra<strong>do</strong>res even<strong>de</strong><strong>do</strong>res, muitos <strong>de</strong>les não consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s chaveno senti<strong>do</strong> restrito, como é o caso <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> comércioque fornece insumos para os <strong>de</strong>mais setores. Poroutro la<strong>do</strong>, há setores como administração pública econstrução civil, que são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s não-chave <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com o índice <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman, eque possuem importância relativa na economia seanalisa<strong>do</strong>s sob o enfoque <strong>de</strong> outros indica<strong>do</strong>res.Com o intuito <strong>de</strong> analisar o impacto <strong>de</strong> cadaum <strong>do</strong>s setores na economia foram obti<strong>do</strong>s os multiplica<strong>do</strong>res.O multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> produção tipo I indicaque para uma variação <strong>de</strong> 1 unida<strong>de</strong> monetária na<strong>de</strong>manda final <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, acarreta um aumentona produção da economia como um to<strong>do</strong> <strong>de</strong>2,53 unida<strong>de</strong>s monetárias (Figura 10). Esse valorficou abaixo apenas <strong>do</strong>s setores <strong>de</strong> abate <strong>de</strong> animaise <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> óleos vegetais. Ao se analisar omultiplica<strong>do</strong>r tipo II, observa-se que a floricultura<strong>de</strong>sponta em relação aos <strong>de</strong>mais.Em relação aos multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> emprego(tipos I e II) nota-se que tanto a agropecuária como osetor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> possui número pequeno <strong>de</strong> pessoasempregadas por unida<strong>de</strong> monetária adicional <strong>de</strong><strong>de</strong>manda final para cada um <strong>de</strong>sses setores. Poroutro la<strong>do</strong>, os setores químicos diversos e fabricação<strong>de</strong> óleos vegetais <strong>de</strong>stacam-se <strong>de</strong> maneira significativa,quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s aos <strong>de</strong>mais (Figura 11).Apesar <strong>de</strong> ser um indica<strong>do</strong>r importante <strong>de</strong> ser analisa<strong>do</strong>,<strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s outros índices para seavaliar a relevância <strong>de</strong> cada um <strong>do</strong>s setores na economiabrasileira em relação ao seu potencial <strong>de</strong> geraremprego. Na tabela A.1.2 <strong>do</strong> Anexo 1 encontram-seos valores <strong>do</strong>s multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> produção, empregoe renda.Verifica-se que a administração pública <strong>de</strong>staca-secomo setor multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> renda (Figura 12).Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


56Anefalos; Guilhoto4,504,00Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> produção3,503,002,502,001,501,000,500,00FloresAgropec. Exceto <strong>flores</strong>Extrat. MineralPetróleo e GásMineral não Met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. Não ferrososOutros metal.Máq. E equip.Mat. ElétricoEq. EletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. BorrachaElem. QuímicosRefino petróleoQuím. DiversosFarmac. e veterináriaArt. PlásticosInd. TêxtilArt. VestuárioFab. Calça<strong>do</strong>sInd. CaféBenef. Prod. VegetaisAbate animaisInd. LaticíniosFab. AçúcarFab. Óleos veg.Outros prod. Alim.Ind. DiversasS.I.U.P.Constr. CivilComércioTransportesComunicaçõesInst. FinanceirasServ. Prest. FamíliaServ. Prest. EmpresaAluguel imóveisAdm. PúblicaServ. priv. Não mercantisSetoresTipo 1 Tipo 2Figura 10 - Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Produção, Tipos I e II.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.10510095Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> emprego908580757065605550454035302520151050FloresAgropec. ExcetExtrat. fl MinerPetróleo e GMineral não MeSi<strong>de</strong>rurgiMet. Não ferrosOutros metMáq. E equiMat. ElétricEq. EletrônicAutom./caminhõPeças e outros veicM a<strong>de</strong>ira e mobiliáriCelulose, papel e grInd. BorrachElem. QuímicosRefino petrólQuím. DiversosFarmac. e veterináriArt. PlásticInd. TêxtArt. VestuárFab. CalçadInd. CafBenef. Prod. Ve getaisAbate animaInd. LaticíniFab. AçúcFab. Óleos veOutros prod. AlInd. DiversS.I.U.PConstr. CivComérciTransportesComunicaçõInst. FinanceirServ. Prest. FamílServ. Prest. EmpreAluguel imóveisAdm. PúblicaServ. priv. Não mercaSetoresTipo 1 Tipo 2Figura 11 - Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Emprego, Tipos I e II.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais57Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> renda1900000001800000001700000001600000001500000001400000001300000001200000001100000001000000009000000080000000700000006000000050000000400000003000000020000000100000000Figura 12 - Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Renda, Tipos I e II.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.FloresAgropec. Exceto <strong>flores</strong>Extrat. MineralPetróleo e GásMineral não Met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. Não ferrososOutros metal.Máq. E equip.Mat. ElétricoEq. EletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. BorrachaElem. QuímicosRefino petróleoQuím. DiversosFarmac. e veterináriaArt. PlásticosInd. TêxtilArt. VestuárioFab. Calça<strong>do</strong>sInd. CaféBenef. Prod. VegetaisAbate animaisInd. LaticíniosFab. AçúcarFab. Óleos veg.Outros prod. Alim.Ind. DiversasS.I.U.P.Constr. CivilComércioTransportesComunicaçõesInst. FinanceirasServ. Prest. FamíliaServ. Prest. EmpresaAluguel imóveisAdm. PúblicaServ. priv. Não mercantisSetoresTipo 1 Tipo 2Além <strong>de</strong>sses indica<strong>do</strong>res, foi analisada a geração<strong>de</strong> empregos direta, indireta, induzida e total emcada setor para cada R$1 milhão produzi<strong>do</strong> (Figura13). Na tabela A.1.3 <strong>do</strong> Anexo 1 encontram-se osvalores <strong>de</strong>sses indica<strong>do</strong>res. Ao comparar o setor <strong>de</strong><strong>flores</strong> com os <strong>de</strong>mais setores, observa-se que elepossui uma capacida<strong>de</strong> muito maior <strong>de</strong> gerar empregosdiretos e indiretos, respectivamente, 225,93 e121,38, <strong>do</strong> que o setor agropecuário que possui107,17 <strong>de</strong> empregos diretos e 31,15 <strong>de</strong> empregosindiretos por R$1 milhão produzi<strong>do</strong>. A partir <strong>de</strong>ssainformação constata-se que o setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> precisa<strong>de</strong> multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> emprego relativamente pequenopara gerar muitos empregos. Assim, se houvermaior crescimento <strong>de</strong>sse setor po<strong>de</strong> haver maioresperspectivas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, superiores,inclusive ao setor agropecuário.Como complemento a esse indica<strong>do</strong>r, ao secomparar os setores agropecuário e <strong>de</strong> <strong>flores</strong> verifica-seque o primeiro possui participação superior <strong>do</strong>valor adiciona<strong>do</strong> em relação aos insumos, enquantoo segun<strong>do</strong> possui uma relação inversa, apesar <strong>de</strong>menos expressiva que o agropecuário (Tabela 3).Sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> externo, aose analisar o valor das exportações <strong>de</strong> <strong>flores</strong> porunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção constata-se que possui valorpouco expressivo, provavelmente por ser um setorainda incipiente nesse tipo <strong>de</strong> transação e muitodireciona<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong> interno (Figura 14).6 - CONSIDERAÇÕES FINAISApesar <strong>de</strong> o setor estar se mobilizan<strong>do</strong> paramelhorar seus indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, há aindapoucos indícios <strong>de</strong> que os processos <strong>de</strong> mudanças<strong>estrutura</strong>is da floricultura tenham si<strong>do</strong> implementa<strong>do</strong>sem sua plenitu<strong>de</strong>. Com relação às exportações, osetor ainda apresenta-se pouco <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>melhorar significativamente seu <strong>de</strong>sempe-Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


58Anefalos; Guilhoto600500400Geração <strong>de</strong> empregos3002001000FloresAgropec. exceto <strong>flores</strong>Extrat. mineralPetróleo e gásMineral não met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. não ferrososOutros metal.Máq. e equi p.Mat. elétricoEq. eletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. borrachaElem. químicosRefino petróleoQuím. diversosFarmac. e veterináriaArt. plásticosInd. têxtilArt. vestuárioFab.calça<strong>do</strong>sInd. caféBenef. prod. vegetaisAbate animaisInd. laticíniosFab. açúcarFab. óleos veg.Outros prod. alim.Ind. diversasS.I.U.P.Constr. civilComércioTransportesComunicaçõesInst. financeirasServ. prest. famíliaServ. pr est. empresaAluguel imóveisAdm. públicaServ. priv. não mercantisSetoresEmp. diretos Emp. indiretos Emp. induzi<strong>do</strong>s Emp. totalFigura 13 - Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong> Empregos.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Tabela 3 – Participação <strong>do</strong> Valor Adiciona<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s Insumos nos Setores Agropecuário e <strong>de</strong> Flores e PlantasOrnamentais em Relação ao Total <strong>de</strong> Setores(em %)SetorParticipação <strong>do</strong> valor adiciona<strong>do</strong>A preço básicoA custo <strong>de</strong> fatoresParticipação <strong>do</strong>s insumosAgropecuário 7,39 7,98 6,60Flores e <strong>plantas</strong> ornamentais 0,11 0,11 0,37Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.0,60,5Valor das exportações por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção0,40,30,20,10,0FloresAgropec. excet o <strong>flores</strong>Extrat. mineralPetróleo e gásMineral não met.Si<strong>de</strong>rurgiaMet. não ferrososOutros metal.Máq. e equip.Mat. elétricoEq. eletrônicosAutom./caminhõesPeças e outros veic.Ma<strong>de</strong>ira e mobiliárioCelulose, papel e gráf.Ind. borrachaElem. químicosRefino petróleoQuím. diversosFarmac. e veterináriaArt. plásticosInd. têxtilArt. vestuárioFab.calça<strong>do</strong>sInd. caféBenef. prod. vegetaisAbate animaisInd. laticíniosFab. açúcarFab. óleos veg.Outros prod. alim.Ind. dive rsasS.I.U.P.Constr. civilComércioTransportesComunicaçõesInst. financeirasServ. prest. famíliaServ. prest. empresaAluguel imóveisAdm. públicaServ. priv. não mercantisSetoresFigura 14 - Valor das Exportações por Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Produção para Cada um <strong>do</strong>s Setores.Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais59nho, da<strong>do</strong> que o Programa FloraBrasilis está incentivan<strong>do</strong>os agentes <strong>do</strong> setor a torná-lo mais competitivointernacionalmente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, inclusive, conduzira melhores níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> interna <strong>do</strong> produto.As informações <strong>do</strong> multiplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> produçãotipo II indicam que a en<strong>do</strong>geneização <strong>do</strong> consumodas famílias na <strong>de</strong>manda final tem impacto maiornesse setor <strong>do</strong> que nos <strong>de</strong>mais. Como a maior parteda produção está direcionada ao consumi<strong>do</strong>r final,alterações nas políticas econômicas que afetem diretamenteos componentes da <strong>de</strong>manda final da economiaterão influência direta na expansão ou retração<strong>de</strong>sse setor.Outro ponto importante a ser ressalta<strong>do</strong> dizrespeito aos setores-chave da economia, obti<strong>do</strong>s pormeio <strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> Rasmussen-Hirschman e purosnormaliza<strong>do</strong>s, cujos conceitos são distintos. Enquantoo primeiro indica a floricultura como chave para aeconomia, o segun<strong>do</strong> índice apresenta ligações parafrente e para trás pouco significativos, pois esse setorpossui nível <strong>de</strong> produção pequeno quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>aos <strong>de</strong>mais setores.Merece <strong>de</strong>staque também o indica<strong>do</strong>r <strong>de</strong>geração <strong>de</strong> empregos, cujos resulta<strong>do</strong>s mostram queo setor <strong>de</strong> <strong>flores</strong> apresenta um potencial <strong>de</strong> expansão.Assim, se houver a implementação <strong>de</strong> políticasdirecionadas para o setor agropecuário, especialmentepara o <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> incentivar o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> setor, direcionan<strong>do</strong>-o para omerca<strong>do</strong> externo, po<strong>de</strong>rá repercutir em incremento<strong>de</strong> sua produção aliada ao aumento da mão-<strong>de</strong>-obrarural.LITERATURA CITADAANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA - Agrianual 2001.São Paulo: FNP Consultoria & Comércio, 2001.______. - Agrianual 2002. 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Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais61ESTRUTURA DO MERCADO BRASILEIRO DEFLORES E PLANTAS ORNAMENTAISAnexo 1Tabela A.1.1 - Índices Puros Normaliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> LigaçõesCódigoSetorÍndice puronorm. trásOr<strong>de</strong>mÍndice puronorm. frenteOr<strong>de</strong>mÍndice puronorm. totalOr<strong>de</strong>m01 Flores 0,0130 43 0,0014 42 0,0072 4302 Agropecuária-<strong>flores</strong> 1,7970 7 4,3184 2 3,0540 303 Extrat. mineral 0,2739 33 0,2563 32 0,2651 3904 Petróleo e gás 0,0227 42 1,4606 10 0,7396 2205 Mineral não metálico 0,1090 38 1,2813 12 0,6935 2306 Si<strong>de</strong>rurgia 0,3045 31 1,7066 7 1,0035 1407 Metalurg. não ferrosos 0,2497 35 0,6734 22 0,4609 3008 Outros metalúrgicos 0,3755 26 1,4578 11 0,9151 1709 Máquinas e equip. 0,9318 12 0,9487 17 0,9402 1510 Material elétrico 0,8032 15 0,3777 28 0,5911 2611 Equip. eletrônicos 0,4654 22 0,0815 37 0,2740 3812 Autom./cam./ônibus 1,7776 8 0,0564 38 0,9195 1613 Peças e out. veículos 0,8374 13 0,8257 18 0,8316 2014 Ma<strong>de</strong>ira e mobiliário 0,5921 19 0,3285 31 0,4607 3115 Celulose, papel e gráf. 0,4101 23 1,6109 8 1,0088 1316 Ind. da borracha 0,1003 39 0,5122 25 0,3057 3717 Elementos químicos 0,2257 36 0,9842 16 0,6038 2418 Refino <strong>do</strong> petróleo 0,3429 29 5,3038 1 2,8162 519 Químicos diversos 0,1976 37 1,5259 9 0,8598 1920 Farmac. e veterinária 0,8301 14 0,1810 35 0,5065 2921 Artigos plásticos 0,0685 41 0,6901 21 0,3784 3322 Ind. têxtil 0,3914 24 0,8130 19 0,6016 2523 Artigos <strong>do</strong> vestuário 0,7848 16 0,0142 41 0,4006 3224 Fabricação calça<strong>do</strong>s 0,3532 28 0,0290 40 0,1916 4125 Indústria <strong>do</strong> café 0,6495 17 0,0431 39 0,3472 3426 Benef. prod. vegetais 1,4122 10 0,3617 29 0,8885 1827 Abate <strong>de</strong> animais 2,0355 5 0,2107 34 1,1258 1228 Indústria <strong>de</strong> laticínios 0,5374 20 0,0904 36 0,3146 3629 Fabricação <strong>de</strong> açúcar 0,2850 32 0,2168 33 0,2510 4030 Fab. óleos vegetais 0,6473 18 0,4213 27 0,5347 2831 Outros prod. aliment. 1,9623 6 0,6922 20 1,3291 932 Indústrias diversas 0,3282 30 0,3315 30 0,3298 3533 S.I.U.P. 0,3766 25 2,1307 5 1,2511 1034 Construção civil 5,7417 1 0,5414 24 3,1491 235 Comércio 3,6888 4 3,4878 3 3,5886 136 Transportes 1,6333 9 1,8410 6 1,7368 737 Comunicações 0,3604 27 1,2116 13 0,7848 2138 Instituições financeiras 1,2659 11 1,0344 14 1,1504 1139 Serv. prest. à família 3,7636 3 1,0224 15 2,3970 640 Serv. prest. à empresa 0,2626 34 2,8098 4 1,5325 841 Aluguel <strong>de</strong> imóveis 0,5345 21 0,6043 23 0,5693 2742 Administração pública 5,1639 2 0,5099 26 2,8437 443 Serv. priv. não mercantis 0,0941 40 0,0000 43 0,0472 42Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


62Anefalos; GuilhotoTabela A.1.2 - Multiplica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Produção, Emprego e RendaCódigo SetorMultip. produção Multip. emprego Multip. rendaTipo I Tipo II Tipo I Tipo II Tipo I Tipo II01 Flores 2,53 4,21 1,54 1,79 10.298.326 31.823.29102 Agropecuária s/<strong>flores</strong> 1,80 3,14 1,29 1,72 20.138.166 37.338.87503 Extrat. mineral 2,03 3,36 1,95 4,21 13.211.496 30.326.34004 Petróleo e gás 1,32 2,61 5,63 36,16 7.027.125 23.624.48605 Mineral não metálico 1,99 3,27 2,00 4,45 12.549.557 29.037.00106 Si<strong>de</strong>rurgia 2,51 3,60 13,59 35,98 10.802.593 24.835.04707 Metalurg. não ferrosos 2,36 3,40 7,71 20,28 11.157.827 24.599.09508 Outros metalúrgicos 2,39 3,71 1,87 4,03 14.849.741 31.890.02109 Máquinas e equip. 1,72 3,06 2,20 6,71 12.600.642 29.736.37910 Material elétrico 2,28 3,43 4,11 10,16 13.147.423 27.899.12311 Equip. eletrônicos 1,75 2,83 3,35 9,15 9.506.538 23.362.53712 Autom./cam./ônibus 2,12 3,18 8,32 21,78 12.668.918 26.297.76213 Peças e out. veículos 2,16 3,39 3,53 9,14 14.035.245 29.810.62714 Ma<strong>de</strong>ira e mobiliário 2,05 3,52 1,82 2,89 14.389.172 33.380.10715 Celulose, papel e gráf. 2,06 3,40 3,06 7,34 20.781.327 37.976.42416 Ind. da borracha 2,22 3,27 5,75 13,81 9.883.143 23.421.01817 Elementos químicos 1,90 3,11 13,29 28,47 10.093.669 25.654.32418 Refino <strong>do</strong> petróleo 1,96 3,02 21,10 101,76 9.133.982 22.727.52719 Químicos diversos 2,22 3,35 4,41 11,75 12.721.484 27.246.91320 Farmac. e veterinária 1,95 3,22 4,34 11,20 13.436.706 29.753.24221 Artigos plásticos 2,11 3,34 1,76 4,41 10.535.623 26.344.35622 Ind. têxtil 2,48 3,61 4,56 8,29 14.300.545 28.804.35223 Artigos <strong>do</strong> vestuário 2,21 3,73 1,19 1,58 11.813.174 31.388.60324 Fabricação calça<strong>do</strong>s 2,16 3,53 1,62 2,54 12.478.172 30.088.94525 Indústria <strong>do</strong> café 2,40 3,69 14,86 22,34 14.954.715 31.489.92626 Benef. prod. vegetais 2,25 3,52 6,80 10,35 18.016.735 34.393.19227 Abate <strong>de</strong> animais 2,58 3,91 13,15 18,77 20.065.028 37.157.48028 Indústria <strong>de</strong> laticínios 2,36 3,53 14,83 22,69 14.684.548 29.810.83429 Fabricação <strong>de</strong> açúcar 2,25 3,55 7,21 12,47 13.831.427 30.497.13730 Fab. óleos vegetais 2,58 3,78 39,48 60,90 16.798.550 32.245.99731 Outros prod. aliment. 2,33 3,64 3,85 6,49 18.407.546 35.195.12432 Indústrias diversas 1,94 3,25 1,86 3,74 14.282.603 31.083.85033 S.I.U.P. 1,66 3,06 3,63 18,31 18.864.496 36.913.74634 Construção civil 1,74 3,03 1,57 3,27 17.896.461 34.525.52535 Comércio 1,83 3,53 1,20 2,06 43.921.091 65.643.85036 Transportes 2,01 3,53 1,46 2,89 24.433.298 43.958.48537 Comunicações 1,28 2,78 2,43 13,16 15.214.781 34.515.76438 Instituições financeiras 1,46 3,32 2,60 9,81 43.575.701 67.507.69439 Serv. prest. à família 1,79 3,60 1,23 1,88 42.628.612 65.845.45940 Serv. prest. à empresa 1,51 3,30 1,26 2,65 29.518.494 52.407.89241 Aluguel <strong>de</strong> imóveis 1,08 2,34 1,75 20,52 3.394.299 19.625.67842 Administração pública 1,43 3,68 1,62 4,66 166.649.952 195.499.63543 Serv. priv. não mercantis 1,13 3,62 1,01 1,20 13.008.159 45.057.306Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.


Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais63Tabela A.1.3 - Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong> Emprego(n. <strong>de</strong> pessoas/R$ milhão)Código Setor Direto Indireto Induzi<strong>do</strong> Total01 Flores 225,93 121,38 56,93 404,2402 Agropecuária-<strong>flores</strong> 107,17 31,15 45,49 183,8103 Extrat. mineral 20,08 19,14 45,26 84,4804 Petróleo e gás 1,44 6,65 43,89 51,9805 Mineral não metálico 17,82 17,90 43,60 79,3206 Si<strong>de</strong>rurgia 1,66 20,87 37,11 59,6407 Metalurg. não ferrosos 2,83 18,97 35,55 57,3408 Outros metalúrgicos 20,85 18,14 45,07 84,0609 Máquinas e equip. 10,03 11,99 45,32 67,3410 Material elétrico 6,45 20,08 39,01 65,5511 Equip. eletrônicos 6,32 14,87 36,64 57,8312 Autom./cam./ônibus 2,68 19,60 36,04 58,3213 Peças e out. veículos 7,44 18,83 41,72 67,9914 Ma<strong>de</strong>ira e mobiliário 46,96 38,59 50,22 135,7815 Celulose, papel e gráf. 10,63 21,89 45,47 77,9916 Ind. da borracha 4,44 21,07 35,80 61,3217 Elementos químicos 2,71 33,30 41,15 77,1718 Refino <strong>do</strong> petróleo 0,45 8,96 35,95 45,3519 Químicos diversos 5,23 17,87 38,41 61,5220 Farmac. e veterinária 6,29 21,05 43,15 70,4921 Artigos plásticos 15,78 11,98 41,81 69,5722 Ind. têxtil 10,29 36,61 38,36 85,2623 Artigos <strong>do</strong> vestuário 132,30 25,30 51,77 209,3624 Fabricação calça<strong>do</strong>s 50,44 31,13 46,57 128,1525 Indústria <strong>do</strong> café 5,85 81,14 43,73 130,7226 Benef. prod. vegetais 12,19 70,72 43,31 126,2227 Abate <strong>de</strong> animais 8,05 97,77 45,20 151,0228 Indústria <strong>de</strong> laticínios 5,09 70,44 40,00 115,5429 Fabricação <strong>de</strong> açúcar 8,38 52,00 44,07 104,4630 Fab. óleos vegetais 1,91 73,40 40,85 116,1631 Outros prod. aliment. 16,79 47,79 44,40 108,9832 Indústrias diversas 23,64 20,30 44,43 88,3733 S.I.U.P. 3,25 8,56 47,73 59,5534 Construção civil 25,94 14,88 43,98 84,7935 Comércio 66,82 13,40 57,45 137,6736 Transportes 36,12 16,79 51,64 104,5537 Comunicações 4,76 6,78 51,04 62,5938 Instituições dinanceiras 8,79 14,11 63,29 86,1939 Serv. prest. à família 95,40 22,12 61,40 178,9240 Serv. prest. à empresa 43,73 11,53 60,53 115,7941 Aluguel <strong>de</strong> imóveis 2,29 1,71 42,93 46,9242 Administração pública 25,13 15,56 76,30 116,9843 Serv. priv. não mercantis 448,79 3,64 84,76 537,19Fonte: Da<strong>do</strong>s da pesquisa.Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.

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