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estrutura do mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais1

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Estrutura <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Flores e Plantas Ornamentais45no melhor dimensionamento da proporção <strong>de</strong>ssesprodutos no merca<strong>do</strong> nacional. Observa-se que, <strong>de</strong>ntreas <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte, os crisântemos (em pacote) obtiveramos maiores valores <strong>de</strong> produção no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>São Paulo no perío<strong>do</strong> 1995-1998, em relação aos <strong>de</strong>maisprodutos <strong>do</strong> setor analisa<strong>do</strong>s, apesar <strong>de</strong> terem<strong>de</strong>caí<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> 1997 (Figura 4). Juntamente com arosa, teve seu pico <strong>de</strong> participação em 1996. Os <strong>de</strong>maisprodutos mantiveram a sua participação no final<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, apesar <strong>de</strong> seu valor <strong>de</strong> produção estarabaixo <strong>de</strong> R$50 milhões. Esses valores foram calcula<strong>do</strong>sa partir <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s básicos da CEAGESP, 1994(preços <strong>de</strong>flaciona<strong>do</strong>s pelo IGP-DI, ago. 1994).Arruda; Olivette; Castro (1996), com base emlevantamento realiza<strong>do</strong> pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong>Floricultura (IBRAFLOR), em 1995, em que foram entrevista<strong>do</strong>scerca <strong>de</strong> um terço <strong>do</strong>s produtores <strong>de</strong> <strong>flores</strong><strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, concluíram que <strong>de</strong>ntreas principais espécies <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>de</strong> corte em estufa oscrisântemos, as rosas, as gypsofilas e as orquí<strong>de</strong>asocuparam a maior área cultivada. Dentre as espéciescultivadas em tela<strong>do</strong>, tiveram maior expressão emárea as orquí<strong>de</strong>as, os antúrios, os crisântemos e os lírios.Entre as espécies cultivadas a céu aberto, <strong>de</strong>stacaram-seos crisântemos, as rosas e os gladíolos.2.2 - Merca<strong>do</strong> ExternoUm <strong>do</strong>s principais atrativos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> externo<strong>de</strong> <strong>flores</strong> diz respeito ao seu eleva<strong>do</strong> consumonos principais países importa<strong>do</strong>res, uma vez que,frente ao baixo consumo interno (média <strong>de</strong> cada <strong>brasileiro</strong>é <strong>de</strong> R$7,00 por ano, apesar <strong>de</strong> os gaúchos ecariocas consumirem em média R$25,00 7 ), há paísescomo Argentina (US$25,00), Noruega (US$137,00),Alemanha (US$98,00), Japão (US$45,00) e Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s (U$50,00) que <strong>de</strong>monstram que há boasperspectivas para a inserção <strong>do</strong> produto <strong>brasileiro</strong>no exterior, e para expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>flores</strong> <strong>do</strong>Brasil. De 1995 a 2001 o Brasil exportou anualmente,em média, US$12,4 milhões <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais(Tabela 1).Tabela 1 - Exportações Brasileiras <strong>de</strong> Plantas Vivas eProdutos <strong>de</strong> Floricultura, 1995 a 2001AnoValor (US$ milhão)1995 13,91996 11,91997 11,01998 12,01999 13,12000 11,92001 13,3Média (1995-2001) 12,4Fonte: Flores e Plantas (2001).Apesar disso, não houve, até recentemente,incentivos à exportação <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, mesmo nas principaisregiões produtoras brasileiras 8 . O que se notasão iniciativas pontuais <strong>de</strong> alguns produtores, que tiveramacesso a um canal <strong>de</strong> exportação e estão amplian<strong>do</strong>os negócios no exterior. De acor<strong>do</strong> comOkuda (2000) apesar <strong>de</strong> ter potencial <strong>de</strong> crescimento,o setor precisa estar mais organiza<strong>do</strong> para que hajamaior integração entre to<strong>do</strong>s os elos da ca<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o produtor até o consumi<strong>do</strong>r final. Especificamenteem relação às exportações <strong>de</strong>ve-se atentar para a falta<strong>de</strong> tradição e know-how para que se coloque o produto<strong>brasileiro</strong> no exterior. Smorigo (2000) <strong>de</strong>stacaque os problemas tributários, a falta <strong>de</strong> padronização<strong>do</strong>s produtos e os problemas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m fitossani-7Dentre os efeitos oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Plano Real para a economiabrasileira, a abertura das importações <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> valoresmenores (<strong>de</strong>ntre eles, <strong>flores</strong> artificiais) e a elevação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>raquisitivo da população, mesmo das classes mais baixas, fizeramcom que os consumi<strong>do</strong>res criassem novos hábitos <strong>de</strong> consumo,amplian<strong>do</strong> a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir produtos diferentes.Por outro la<strong>do</strong>, com o aumento das viagens internacionais,principalmente por pessoas <strong>de</strong> classe média, houve disseminaçãobem mais rápida <strong>de</strong> costumes estrangeiros, inclusive quantoà compra <strong>de</strong> <strong>flores</strong> e <strong>plantas</strong> ornamentais (IBRAFLOR, 2000).8O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pernambuco, por exemplo, tem procura<strong>do</strong> incentivaro consumo local <strong>de</strong> <strong>flores</strong>, com auxílio <strong>do</strong> SEBRAE e daSecretaria Estadual <strong>de</strong> Agricultura, a fim <strong>de</strong> que o produto localseja mais conheci<strong>do</strong> pela população, principalmente pelos turistas.Além <strong>de</strong> divulgá-lo nos cartões telefônicos da empresa local<strong>de</strong> telecomunicações, também foram instala<strong>do</strong>s quiosques <strong>de</strong><strong>flores</strong> nas principais cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (SILVEIRA, 1993).Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63, 2003.

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