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FLORICULTURA BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO XXI: o perfil ...

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29sileira ocorre exportação exclusivamente de mudasde ornamentais e plantas vivas como no RioGrande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso doSul, Distrito Federal, Goiás e Amazonas. Emoutros Estados, esta prática ocorre em menorporcentagem como na Bahia (82%), Santa Catarina(71%), São Paulo (53%) e Minas Gerais(14%). Os especializados na exportação de folhas,folhagens e musgos para floricultura sãoPará (100%) e Minas Gerais (82%), seguidos deSanta Catarina (29%), Ceará (12%) e São Paulo(2%). A especialização na exportação de floresde corte ocorre em Alagoas (100%), Pernambuco(100%), seguidos por: Ceará (76%), Bahia (18%)e São Paulo (10%). No agrupamento de MercadoriaNacionalizada da SECEX (2003), 99% sãoreferentes a flores de corte. A exportação debulbos ocorre apenas nos Estados de São Paulo(35%) e do Ceará (12%) (Figura 6).5 - CONCLUSÕESA floricultura brasileira está localizada,em termos de área cultivada, em todas as Unidadesda Federação embora ocorra grande concentração,em termos de valor da produção, emalguns municípios e estados produtores. Estimaseque cerca de 7.600 produtores em 1.500 municípiosbrasileiros dediquem-se à floricultura emtempo integral ou parcial.A área cultivada com floricultura noBrasil, estimada nesta pesquisa em 9.000 hectares,está bem acima do que indicam o setor eoutros estudos. Esse fato ocorre, provavelmente,em vista de as estimativas anteriores basearemsenos levantamentos subjetivos considerandoregiões e municípios reconhecidamente já dedicadosà floricultura, subestimando as áreas devários municípios com menor evidência, emboraimportantes, como Itapetininga e Dracena emSão Paulo, e de outros que estão se inserindo nomercado interno como Belo Horizonte em MinasGerais, e no mercado externo como Caraguatatubaem São Paulo. Do total, cerca de 5.000hectares pertencem à floricultura paulista, carrochefedo setor responsável por, respectivamente,75% e 70% do valor da exportação e da produçãoda floricultura brasileira, de um total de US$15milhões (exportação) e de cerca de R$500 milhões(produção) em 2002. Os produtores do Estado deSão Paulo apresentaram também maior númerode destino de comercialização tanto interna (outrosestados brasileiros) como externa (países de destino),além de vários centros organizados de atacadocomo Veiling Holambra, CEAGESP, CEA-SA/CAMPINAS e FLORANET.Entre os países de destino das exportaçõesbrasileiras, além dos tradicionais como osda União Européia, MERCOSUL, Estados Unidos,Suíça e Japão, citam-se Austrália e NovaGuiné. Em exportação, depois de São Paulo,desponta o Estado do Ceará, com US$443 milhões,segundo SEAGRI (2003), dos quaisUS$260 mil em flores tropicais e US$77 mil emrosas de corte. No momento, é o Estado brasileirocom maior capacidade para acelerar o ritmodas exportações, com expectativa de triplicar ovalor em 2003. Caso se confirmem essa previsãoe o ritmo de crescimento, a FloraBrasilis terá umgrande aliado para a realização da sua meta.Existe também uma especialização naexportação entre os Estados brasileiros em produtosda floricultura: em mudas de ornamentais,Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, DistritoFederal, Goiás, Bahia e Amazonas; em folhagens,Pará e Minas Gerais; em flores de corte,Ceará, Alagoas e Pernambuco; e em bulbos, SãoPaulo, exportador também de mudas de ornamentais,principalmente, e em menor escala floresde corte e folhagens.A floricultura brasileira emprega cercade 33,3 mil trabalhadores rurais diretos, dos quais19 mil só no Estado de São Paulo, utilizando emmédia 3,7 homens/ha de área cultivada. A mãode-obraaumenta sensivelmente nos estratos deárea abaixo de um hectare, com concentração deestufas e equipamentos modernos de produção,onde a renda gerada por metro quadrado é maiselevada. Além da mão-de-obra familiar e assalariada,detectou-se entre os floricultores entrevistadosuma nova relação de contrato de trabalhadorestemporários, a terceirizada, em Minas Gerais,Pará, Paraná e Rio de Janeiro. Os picos na demandade mão-de-obra temporária ocorreram deoutubro a dezembro, relativos às demandas deFinados e Natal, e, em maio, ao Dia das Mães.Os produtores entrevistados no LevantamentoIbraflor, em 2001-02, embora representemsomente 18% do total levantado no CensoAgropecuário de 1995-96 do IBGE, representama importante parcela de 58% dos municípios queproduziram 95% do valor de produção de flores,plantas ornamentais e gramas produzido no País.Floricultura Brasileira no Iní cio do Sé culo <strong>XXI</strong>Informaç õ es Econô micas, SP, v.34, n.4, abr. 2004.

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