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FLORICULTURA BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO XXI: o perfil ...

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19produtores correspondiam a 18% da área deflores abrangida pelo levantamento no estado. Oinverso ocorre no Rio Grande do Sul e no Paráonde 44% e 46% dos produtores ligados a algumaorganização de classe cultivam 74% e 69%das áreas, respectivamente, ou seja, os associadose/ou cooperados tendem a cultivar áreasmaiores (Tabelas 4 e 5).O Estado de São Paulo apresentou amaior diversidade de associações e cooperativassendo as mais freqüentes, segundo os produtores:SINCOMFLORES, PROFLOR e VEILINGHOLAMBRA. Em Santa Catarina foram as maiscitadas a APROESC e MERCAFLOR, no RioGrande do Sul, CAÍ FLORES e ASFLORES, e noParaná, AGRAFLORES e MERCOFLOR. Nosoutros Estados as organizações mais citadas foramAFLORAL em Alagoas, AFPAM no Amazonas,FLORASUL na Bahia, AFLORAR no Ceará,ASFLORE no Espírito Santo, ASFLORE em Goiás,ABARFLORES em Minas Gerais, AFLOR-BEN no Pará, FLORAPE em Pernambuco e,finalmente, PLANTA RIO no Rio de Janeiro.A assistência técnica é importante paraa floricultura moderna, principalmente a voltadapara o mercado externo, tendo em vista a necessidadedo conhecimento de vários aspectos daprodução, como irrigação, fertirrigação, controlesfitossanitários, controle de floração e qualidadedo produto pós-colheita. A significativa parcela de56% da área coberta do Levantamento Ibraflor éassistida por técnicos da assistência privada contraapenas 8% por técnicos da rede oficial. Observa-seque os Estados onde ocorre a maiorporcentagem de área plantada, sem que o proprietárioseja assistido tecnicamente são, novamente,Amazonas e Paraná na ordem de 79%e 66%, respectivamente. Por outro lado, quase100% da área do Rio de Janeiro, Goiás, Alagoase Pernambuco e cerca de 80% de Minas Geraise Santa Catarina estão assistidas por técnicos darede privada.O treinamento serve para preparar osprodutores para uma nova atividade e/ou paraaperfeiçoamento gerencial e tecnológico e tambémpara mantê-los em contato contínuo comnovos produtos e tecnologias de produção. OsEstados de São Paulo e Minas Gerais apresentaramos menores percentuais nesse item, tantoem número de produtores como em área de flores,provavelmente devido à existência de maiorporcentagem de produtores tradicionalmente estabelecidosna atividade com domínio técnico, aocontrário de estados onde a floricultura é maisrecente e tende a procurar treinamento commaior freqüência, imprimindo maior dinamismoao setor como ocorre em vários municípios produtoresdo Ceará.Quanto à utilização de crédito, geralmenteos percentuais de participação de produtoresque o utilizam são menores se comparadoscom os correspondentes percentuais de área deflores, isto é, os que têm acesso ao crédito tendema ter áreas com floricultura maiores. Em algunsEstados como o Paraná, os dados são bemdiscrepantes, pois apenas 25% dos que declaramutilizar o crédito rural são responsáveis por 68%da área total de flores, isto é, ocorre concentraçãode crédito entre grandes produtores.Quanto à residência do produtor napropriedade ocorrem extremos, pois, por um ladoos Estados que apresentam os menores índices,Alagoas (8%) e Ceará (17%), também apresentambaixos percentuais de área com flores napropriedade (8% e 18%, respectivamente). E poroutro lado, Estados como Amazonas, Pará e Paranácom grande índice de residência, de 50%,46% e 62%, também apresentam baixas participaçõesem área com floricultura, de 21%, 12% e30%, respectivamente. Em ambos os casos,provavelmente, os produtores estão entrandonessa atividade recentemente e/ou explorando afloricultura como atividade secundária ou complementarna propriedade.Na análise dos indicadores de gerenciamentopor estrato de área com flores, observou-seque entre os produtores enumerados no LevantamentoIbraflor com área superior a 10ha (principalmenteentre 20 e 50ha) encontram-se os maiorespercentuais de organização deles tanto emcooperativas como em associações, de recebimentode assistência técnica (com maior peso paraa privada) e o uso de escrituração agrícola, treinamentoe crédito. Para a exportação, os maiorespercentuais estão na classe de produtores de 2 a10 hectares, correspondendo a 53,4% da área totallevantada pelo IBRAFLOR, em vista provavelmenteda predominância nesses estratos de grandesprodutores brasileiros especializados na exportaçãode mudas de plantas ornamentais (principalmentecrisântemo e orquídeas) para Europa,Estados Unidos e Japão, assim como de bulbos,tubérculos e rizomas, que são o carro-chefe dapauta de exportação de produtos da floriculturaFloricultura Brasileira no Iní cio do Sé culo <strong>XXI</strong>Informaç õ es Econô micas, SP, v.34, n.4, abr. 2004.

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