A resiliência social aos incêndios florestais em Portugal

ALTO MINHO FIRECAMP 2015 

“A resiliência social aos incêndios 

florestais em Portugal” 

15 a 16 de outubro de 2015 

Cine Teatro João Verde // Monção // Alto Minho

ALTO MINHO FIRECAMP 2015 // “Jornadas internacionais sobre fogos florestais” 

Conceição Colaço & Francisco Rego 

ccolaco@isa.ulisboa.pt 

“A resiliência social aos incêndios florestais em Portugal”: 

Alguns resultados do projecto ENHANCE 

Cine Teatro João Verde // Monção 

15 a 16 de outubro de 2015


ENHANCE - Potenciar parcerias de gestão de risco para catástrofes 

naturais na Europa 

• Analisar parcerias multissectoriais - MSP (entre o sector público e 

privado), com enfase no sector financeiro. 

Parcerias : “compromissos voluntários e exequíveis entre parceiros de 

diferentes setores (autoridades públicas, serviços privados / empresarial e 

da sociedade civil) que podem ser temporários ou de longo prazo. As 

parcerias têm por base o compartilhar o mesmo objetivo, com benefício 

mútuo, reduzir riscos e aumentar a resiliência.“ 




• Visa desenvolver e analisar novas formas de melhorar a 

resiliência da sociedade face ao impacto das catástrofes naturais. 

• Para tal trabalha directamente com os Stakeholders fornecendo 

cenários extremos e informação relevante sobre o risco natural. 

• Contribuir para o desenvolvimento ou melhoria das parcerias 

multisectoriais para reduzir ou redistribuir o risco. 







10 estudos de caso 

Cheias 

Tráfego aéreo e 

cinzas vulcânicas 

Secas 

Saúde 

Incêndios 

Florestais 



As parcerias 


Público-Privado Público-Público Cooperação Internacional 

Assembleia Regionais 










• O caso português incide sobre os incêndios florestais 

sendo o território em análise o distrito de Santarém. 

• As parcerias multissectoriais analisadas são as comissões 

municipais de defesa da floresta contra os incêndios 

(CMDFCI). 




• Custo em Milhões de € para as 3 componentes da época 

de incêndios (escala nacional) 

1200 

1000 

800 

600 

400 

200 

0 

Losses and 

recovery 

Fire-fighting 

Prevention 

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 

Distrito de Santarém : 

Perdas estimadas para 

2003 na ordem dos 

2.230 M€ 




• Após os grandes incêndios de 2003 e 2005 é criado o PNDFCI no 

ano de 2006. 

• No PNDFCI é definida a estratégia nacional com um conjunto de 

acções visando a promoção de uma gestão florestal activa para a 

redução dos incendios florestais. 

• Os municipios ganham mais competências para a nível local 

planearem a sua defesa contra os IF. 




• Criadas por DL em 2004 têm como objetivo de articular todos os 

meios de ação que intervêm na prevenção de incêndios 

florestais no que diz respeito a ações de educação, prevenção de 

incêndios, vigilância, detecção, fiscalização, primeira 

intervenção, combate a incêndios, rescaldo e vigilância de 

incêndios florestais. 

• CMDFCI Mação - 2004 (1998) ; 

• CIMDFCI Chamusca/Alpiarça/Almeirim - 2008. 




• Presidente da Câmara Municipal; 

• Gabinete Técnico Florestal; 

• Gabinete de Protecção Civil; 

• Junta de Freguesia – presidente; 

• ICNF; 

• GNR; 

• PSP; 

• Organização de Produtores Florestais; 

• Associação dos Bombeiros Voluntários; 

• AFOCELCA 







OS 5 CAPITAIS 

• Com o intuito de saber como estas parcerias estão a decorrer, 

bem como se estão preparadas para os desafios futuros, 

analisa-se a governança e gestão de risco através da abordagem 

dos 5 capitais. 

• Esta abordagem permite analisar a capacidade da parceria para 

reagir aos incêndios florestais, avaliando as suas “forças” e 

“fraquezas” do processo da governança. 




OS 5 CAPITAIS 

Governança 

“O controle do processo de acção coletiva , onde os 

actores / organizações estão ligados, coordenados na acção de tal 

forma que as metas e objectivos comuns são desenvolvidos de 

forma eficaz. " 

- Focus group e entrevistas aos membros das comissões 

municipais 



Social 


- tratamento equitativo entre todos os 

parceiros; 

- existência de comunicação e 

informação; 

- participação 

- confiança 

Ambiental 

-recuperação pós-fogo, 

- processos de planeamento e 

estratégias de gestão. 

Financeiro 

- risco de empobrecimento do território, 

existência de fundos para a implementação do 

plano e fundos para catástrofe 

Humano 

- capacidades e conhecimentos 

individuais 

Politico 

- transparência e confiança das 

acções políticas, 

- existência de normas e regras 

formais 

- existência de planeamento e 

cartas de risco 




OS 5 CAPITAIS 

• social: Alguma falta de informação sobre a real contabilização das despesas e 

prejuízos provocados pelos incêndios. 

• humano: Boa formação e habilidades dos seus membros 

• político: apesar de todo o planeamento e cartas de risco, pode haver 

proibição de construir em zonas de elevado risco de incêndio? 

• financeiro: dificuldade financeira para manutenção das infraestruturas de 

prevenção. Se ocorrer uma catástrofe terá o município fundos para socorrer 

as populações? 

• Ambiental: pouca eficácia na recuperação pós-fogo; dificuldade na gestão 

florestal. 







Avaliação de risco 












Cenários 










Instrumentos financeiros 

• PDR2020 – Melhoria da resiliência e valores ambientais da 

floresta 

• EEA Grants – Alterações climáticas e energias renováveis. 

Reduzir a vulnerabilidade humana e dos ecossistemas às AC. 

• Fundo Português Carbono – Contribui para os objectivos 

definidos pelo Estado para atingir os compromissos políticos das 

AC. 




Instrumentos financeiros 

• FFP – Investimento na gestão florestal e planeamento / apoio às 

acções de prevenção de IF. 

• Fundo Europeu de Solidariedade – fazer frente às catástrofes 

naturais na Europa. 

Foco – eventos baixa probabilidade / impacto elevado – análise 

tendo em consideração os potenciais instrumentos económicos 

(esquemas de seguros) para o cenário de risco extremo, que seja 

viável para o proprietário/estado. 




Muito obrigada pela atenção!

A resiliência social aos incêndios florestais em Portugal

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