29.07.2016 Views

COBA_HIDROELETRICIDADE_JULHO2016

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A P R O V E I T A M E N T O<br />

SALAMONDE II<br />

H I D R O E L É T R I C O<br />

SISTEMA CÁVADO –RABAGÃO<br />

PORTUGAL<br />

Integrado no sistema Cávado-Rabagão, o aproveitamento de Salamonde aproveita a<br />

queda de aproximadamente 120 m disponibilizada entre a albufeira de Salamonde<br />

e a albufeira da Caniçada, imediatamente a jusante.<br />

A central de Salamonde I encontra-se equipada com dois grupos Francis com<br />

potência nominal unitária de 21 MW (25MVA) e um caudal nominal unitário de<br />

aproximadamente 22 m³/s sob uma queda útil de 115 m. A produtividade média<br />

anual ronda actualmente os 220 GWh.<br />

Considerando uma queda útil média de 115 m e um rendimento global de 85%, a<br />

produtividade teórica do local será da ordem de 280 GWh/ano; nestas condições, a<br />

produtividade média actual ascende a cerca de 80% da produtividade teórica.<br />

O caudal equipado na central de Salamonde I é apenas ligeiramente superior ao<br />

caudal médio afluente (factor de equipamento 1,33), o que implica tempos anuais<br />

de operação muito elevados e uma reduzida capacidade de modulação da produção.<br />

Esta característica era compatível com as características da rede nacional nas<br />

décadas de 50 e de 60, quando a maior parte da produção eléctrica nacional tinha<br />

origem hidroeléctrica e onde se pedia aos aproveitamentos de albufeira essencialmente<br />

energia de base.<br />

Actualmente, os aproveitamentos hidroeléctricos são solicitados a fornecer essencialmente<br />

energia em horas cheias e de ponta, bem como a equilibrar as flutuações de<br />

produção resultantes da variabilidade das origens eólicas, cuja capacidade total se<br />

encontra em crescimento significativo. A EDP Produção tem vindo a implantar um<br />

programa de re-equipamento de muitos dos aproveitamentos mais antigos, quer a<br />

fio-de-água (aproveitamentos do Douro Internacional) quer de albufeira (aproveitamentos<br />

do sistema Cávado-Rabagão). É neste contexto que se integra o reforço de<br />

potência do aproveitamento de Salamonde (Salamonde II).<br />

ALBUFEIRA DE SALAMONDE<br />

Nível de pleno armazenamento<br />

Nível mínimo de exploração<br />

ALBUFEIRA DA CANIÇADA<br />

Nível de pleno armazenamento<br />

Nível mínimo de exploração<br />

TOMADA DE ÁGUA<br />

Grades fixas<br />

Comporta ensecadeira<br />

Comporta de segurança<br />

CIRCUITO HIDRÁULICO<br />

ADUÇÃO<br />

Desenvolvimento Total<br />

Diâmetro<br />

Desenvolvimento trecho em blindagem<br />

Diâmetro trecho em blindagem<br />

RESTITUIÇÃO<br />

Desenvolvimento<br />

Diâmetro<br />

(270,36)<br />

(259,00)<br />

(152,50)<br />

(144,00)<br />

3 de 7,00 m x 9,86 m<br />

1 de 6,50 m x 8,40 m<br />

1 de 6,50 m x 8,34 m<br />

280 m<br />

8,3 m<br />

46 m<br />

5,8 m<br />

2017 m<br />

11,5 m<br />

Os estudos em curso foram contratados à <strong>COBA</strong> pela EDP em Julho de<br />

2009. A obra teve início em Dezembro de 2010 e foi concluída em 2016.<br />

Conforme se referiu anteriormente, o aumento da capacidade instalada<br />

na nova central de Salamonde II não permite aumentar de forma<br />

significativa a produtividade do aproveitamento. Em contrapartida, o<br />

aumento de potência permitirá modular a produção em função do<br />

pedido, aumentando de forma significativa a flexibilidade do aproveitamento<br />

e a valia da energia produzida.<br />

O aumento da potência eólica integrada na rede nacional, conduzirá,<br />

em períodos particularmente ventosos, à potencial ocorrência de<br />

excedentes de energia, principalmente em período nocturno. Nestas<br />

condições, a disponibilidade de grupos reversíveis permitirá absorver a<br />

energia excedentária por bombagem, acumulando-o sob a forma de<br />

energia potencial a qual poderá ser posteriormente recuperada por<br />

turbinamento durante as horas de maior consumo.<br />

O Reforço de Potência de Salamonde, Salamonde II, compreende uma<br />

nova tomada de água na albufeira de Salamonde, um circuito hidráulico<br />

subterrâneo com um desenvolvimento total de 2 130 m, uma central em<br />

caverna e a restituição na albufeira da Caniçada. À superfície está<br />

instalada a nova subestação e um novo edifício de apoio.<br />

A central está equipada com um único grupo reversível com turbinabomba<br />

do Tipo Francis, vertical com potência nominal de 209 MW<br />

turbinando um caudal de 200 m /s sob 115 m de queda útil.<br />

3<br />

RESTITUIÇÃO<br />

Grades<br />

Comportas ensecadeiras<br />

CENTRAL<br />

Número de grupos<br />

Tipo de grupo<br />

TURBINA- BOMBA<br />

CARACTERÍSTICAS EM TURBINAMENTO<br />

Caudal nominal<br />

Queda útil nominal<br />

Potência nominal<br />

CARACTERÍSTICAS EM BOMBAGEM<br />

Caudal nominal<br />

Altura de elevação nominal<br />

Potência nominal<br />

ALTERNADOR-MOTOR<br />

Potência como alternador<br />

Potência como motor<br />

Tensão<br />

3 de 6,00 m x 12,00 m<br />

3 de 6,00 m x 12,00 m<br />

1<br />

Turbina-bomba Francis com<br />

alternador-motor vertical<br />

3<br />

200 m /s<br />

115,0 m<br />

209,1 MW<br />

3<br />

163,2 m /s<br />

120,1 m<br />

202,3 MW<br />

244 MVA<br />

217 MW<br />

15 kV

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!