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Opinião Página 12
ESCOLA SEM PARTIDO
OS RUMOS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Por Priscila Leite / estudante
As palavras na bandeira nacional brasileira são objetivas:
Ordem e Progresso.
Com os olhos voltados para corrupção nacional, Saúde pública
vergonhosa, violência exibida todos os dias, o país se esquece que
existem planos em pauta para afundar de vez a Educação, que já
não é louvável.
Educação que tinha objetivo de formar caráter, senso crítico,
poder de opinar; que ensina a criança, o
adolescente ou o adulto que não há idade
que os impeça de aprender.
O Projeto Escola Sem Partido tira
do professor o direito que a ele sempre
pertenceu: educar; tira a liberdade, os
diálogos, os debates sadios, a capacidade
de formar verdadeiros cidadãos. Retirar
do educador o direito de educar é tornálo
um simples objeto em ambiente de
trabalho.
A base educacional de um país com
tamanha diversidade étnica e cultural
se contradiz. Se, por um lado, querem
proteger os alunos do proselitismo político, religioso e ideológico,
por outro, querem amordaçar vozes, deixar que o país siga os rumos
da imbecilidade por baixo dos panos.
O alvo não é o proselitismo partidário, mas o pensamento
crítico e a experiência da pluralidade, os alicerces da escola. Se é
um país de todos, por que amordaçar a outros? Se o país é de todos,
porque o todo não pode ser ouvido?
Numa pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico – OCDE que avaliou mais de 76
países, ou seja, um terço das nações do mundo, o Brasil ocupa a
60° posição no ranking mundial da Educação. As cinco melhores
potências foram Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e
Taiwan.
Os métodos educacionais? No
Japão, nos dias de semana, as aulas
normalmente começam às 08h30 e
terminam às 15h00. No primário,
duram 45 minutos, com pausa de 10
minutos entre cada aula; a partir do
ginásio, duram 50 minutos. Os alunos
vão à escola aos sábados duas vezes
por mês, das 08h30 ao meio-dia e
meia. Oficialmente, há 35 semanas de
aula por ano. Simples, não?
E por que montarem um bicho
de sete cabeças quando existe
um governo manipulador e sem
escrúpulos? Desde quando Alexandre Frota pode decidir a respeito
da Educação Nacional? Justamente ele que, há menos de dois meses,
afirmou em rede nacional que teve relações com uma mãe de santo
sem o consentimento desta.
Se mediram forças para formar analfabetos ambulantes,
deveriam medir para formar pensadores também.
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