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O Grande Conflito por Ellen G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

tempo não se compravam facilmente, a não ser em mercados distantes; e eram bem recebidos como<br />

negociantes onde teriam sido repelidos como missionários.” — Wylie. Em todo o tempo seu coração<br />

se levantava a Deus rogando sabedoria a fim de apresentar um tesouro mais precioso do que o ouro ou<br />

jóias. Levavam secretamente consigo exemplares da Escritura Sagrada, no todo ou em parte; quando<br />

quer que se apresentasse o<strong>por</strong>tunidade, chamavam a atenção dos fregueses para os manuscritos. Muitas<br />

vezes assim se despertava o interesse de ler a Palavra de Deus, e alguma <strong>por</strong>ção era de bom grado<br />

deixada com os que a desejavam receber.<br />

A obra destes missionários começava nas planícies e vales ao pé de suas próprias montanhas,<br />

mas estendia-se muito além destes limites. Descalços e com vestes singelas e poentas da jornada como<br />

eram as de seu Mestre, passavam <strong>por</strong> grande cidades e penetravam em longínquas terras. Por toda parte<br />

espalhavam a preciosa verdade. Surgiam igrejas em seu caminho e o sangue dos mártires testemunhava<br />

da verdade. O dia de Deus revelará rica colheita de almas enceleiradas pelos labores destes homens<br />

fiéis. Velada e silenciosa, a Palavra de Deus rompia caminho através da cristandade e tinha alegre<br />

acolhida nos lares e corações.<br />

Para os valdenses não eram as Escrituras simplesmente o registro do trato de Deus para com os<br />

homens no passado e a revelação das responsabilidades e deveres do presente, mas o desvendar dos<br />

perigos e glórias do futuro. Acreditavam que o fim de todas as coisas não estava muito distante; e,<br />

estudando a Bíblia com oração e lágrimas, mais profundamente se impressionavam com suas preciosas<br />

declarações e com o dever de tornar conhecidas a outros as suas verdades salvadoras. Viam o plano da<br />

salvação claramente revelado nas páginas sagradas e encontravam conforto, esperança e paz crendo<br />

em Jesus. Ao iluminar-lhes a luz o entendimento e ao alegrar-lhes ela o coração, anelavam derramar<br />

seus raios sobre os que se achavam nas trevas do erro papal.<br />

Viam que sob a direção do papa e sacerdotes, multidões em vão se esforçavam <strong>por</strong> obter perdão<br />

afligindo o corpo <strong>por</strong> causa do pecado da alma. Ensinados a confiar nas boas obras para se salvarem,<br />

estavam sempre a olhar para si mesmos, ocupando a mente com a sua condição pecaminosa, vendo-se<br />

expostos à ira de Deus, afligindo alma e corpo, não achando, contudo, alívio. Almas conscienciosas<br />

eram, assim, enredadas pelas doutrinas de Roma. Milhares abandonavam amigos e parentes, passando<br />

a vida nas celas dos conventos. Por meio de freqüentes jejuns e cruéis açoitamentos, <strong>por</strong> vigílias à<br />

meia-noite, prostrando-se durante horas cansativas sobre as lajes frias e úmidas de sua sombria<br />

habitação, <strong>por</strong> longas peregrinações, penitências humilhantes e terrível tortura, milhares procuravam<br />

inutilmente obter paz de consciência. Oprimidos <strong>por</strong> uma intuição de pecado e perseguidos pelo temor<br />

da ira vingadora de Deus, muitos continuavam a sofrer até que a natureza exausta se rendia e, sem um<br />

resquício de luz ou esperança, baixavam à sepultura.<br />

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