CADERNO DE PROPOSTA
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PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO - 2017/2019<br />
RODNEY DA SILVA<br />
POR UM MP IN<strong>DE</strong>PEN<strong>DE</strong>NTE, ÉTICO,<br />
INTEGRADO E TRANSFORMADOR
O Ministério Público Brasileiro vem sofrendo inúmeras<br />
ameaças e investidas, com o inegável propósito de constranger<br />
a nossa atuação funcional. Apesar disso, a sociedade civil, reconhece<br />
o nosso papel de agente de transformação. Para que o Ministério<br />
Público de Goiás possa continuar a fiscalizar as políticas<br />
públicas, induzir mudanças de comportamento e exigir do poder<br />
público a melhoria na qualidade dos serviços prestados, os seus<br />
membros necessitam uma formação multidisciplinar, que lhes<br />
permita interagir de forma adequada com a sociedade, buscando<br />
soluções compartilhadas e eficazes. Cabe, então, à Administração<br />
Superior, estar atenta à defesa das prerrogativas funcionais,<br />
assim como garantir a estrutura e o apoio institucional adequados<br />
aos órgãos de execução.<br />
RODNEY DA SILVA<br />
PROMOTOR <strong>DE</strong> JUSTIÇA
Caros colegas,<br />
Apresento as principais diretrizes e eixos temáticos para a gestão no biênio 2017/2019, voltados prioritariamente<br />
à eficiência no exercício da atividade-fim. Tal intento será buscado com base em um modelo de governança<br />
profissional, democrática e, sobretudo, humana, cujo escopo será, além do interesse público, a realização<br />
pessoal de cada integrante do Ministério Público de Goiás.<br />
A despeito de inúmeros desafios a serem enfrentados, será priorizada a consolidação da estrutura de apoio<br />
à execução, o que se fará, dentre outras medidas, com a reestruturação dos órgãos auxiliares. Estes serão dotados<br />
de recursos humanos e técnicos de acordo com as necessidades de cada área de atuação, conforme a capacidade<br />
de investimento da Instituição.<br />
Todas as propostas apresentadas decorrem de um amplo e responsável estudo sobre a sua viabilidade orçamentária<br />
e financeira, bem como de criatividade e tenacidade no enfrentamento dos principais desafios institucionais,<br />
marcas estas, características do meu trabalho. Para a consolidação desse modelo, além de buscar paradigmas<br />
em outros órgãos, realizei um levantamento minucioso das carências e especificidades locais, ao mesmo tempo<br />
em que, em minhas visitas e viagens, registrei as sugestões de cada colega do interior e da capital.<br />
Neste caderno estão compendiadas as orientações prioritárias de uma gestão que estará voltada ao atendimento<br />
de membros e servidores em suas demandas profissionais, não descurando da atenção e do respeito à saúde<br />
física e mental de nossos integrantes por meio do acompanhamento, orientação e principalmente da adoção de<br />
medidas que visem melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade de vida de todos.<br />
Em tempos de crise, assumo, com as propostas apresentadas, o compromisso de atuar de forma absolutamente<br />
impessoal, jamais a serviço de interesses individuais ou de grupos, respeitando a independência de cada um dos<br />
membros e pautando as minhas decisões em critérios objetivos, sempre com o foco na melhoria do desempenho<br />
da atividade-fim.<br />
Destaco, por oportuno, o propósito de renovar ideias e ações, o que não se confunde com descontinuar<br />
bons projetos, até porque a gestão da coisa pública é impessoal. Reconheço que a inovação está nas pessoas e,<br />
sobretudo, no que elas pensam para o momento que vivem, razão pela qual pretendo criar espaços permanentes<br />
para que os talentos empreendedores possam desenvolver suas habilidades.<br />
Reitero a crença na dignidade dos nossos propósitos quando escolhemos nossa profissão, destacando a<br />
necessidade de nos mantermos unidos em face das ameaças e desafios externos a serem enfrentados no próximo<br />
biênio. O seu apoio é imprescindível nesta caminhada rumo a um Ministério Público mais forte e independente,<br />
razão pela qual solicito a cuidadosa análise acerca das proposições apresentadas, esperando que a sua participação<br />
e o seu direito de escolha sejam decisivos para edificarmos a Instituição que queremos.<br />
Abraço fraterno,<br />
Rodney da Silva<br />
Promotor de Justiça
Biografia<br />
Com mais de 19 anos de desempenho profissional no Ministério Público<br />
do Estado de Goiás, Rodney Silva acumulou experiência como Promotor de Justiça<br />
no interior do Estado e, na capital, em funções de coordenação e assessoria<br />
da Procuradoria-Geral de Justiça.<br />
De perfil empreendedor e técnico, sempre pautou sua conduta profissional<br />
com absoluta transparência e ética, o que tem marcado a sua carreira ao<br />
longo desse tempo. Aos 53 anos, Rodney é mestre em Direito Público pela Universidade<br />
de Franca – SP e atualmente exerce a função de Subprocurador-Geral<br />
para Assuntos Administrativos desde 2013, sendo pela primeira vez candidato<br />
ao cargo de Procurador-Geral de Justiça.<br />
Entre 1998 e 2007 foi Promotor de Justiça nas comarcas de Fazenda Nova<br />
e Catalão, onde, nesta última, além das atribuições da Promotoria, coordenou<br />
o então Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRC) de Catalão, onde foi<br />
desencadeada a primeira investigação, típica de crime organizado, envolvendo<br />
técnicas de inteligência de sinais no Ministério Público de Goiás, na chamada<br />
Operação Ouro Negro.<br />
No período de 2007 a 2010, coordenou o então Centro de Apoio do Controle<br />
Externo da Atividade Policial, o Centro de Apoio de Combate às Organizações<br />
Criminosas, embrião do Centro de Segurança Institucional e Inteligência<br />
(CSI), hoje CI e GSI, e o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRC), hoje<br />
GAECO. Destaque para a implantação no CSI dos Núcleos de Operações de<br />
Inteligência e Inteligência de Sinais, do Laboratório de Tecnologia de Combate<br />
à Lavagem de Dinheiro e do Núcleo de Segurança Institucional. Nessa mesma<br />
época integrou o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas<br />
(GNCOC), sendo coordenador do Grupo de Segurança Institucional e Inteligência<br />
(GSI/GNCOC).<br />
De 2011 a 2012, estruturou e coordenou o Gabinete de Planejamento e<br />
Gestão Integrada. Nesse mesmo período, até a presente data participou, como<br />
membro colaborador, das Comissões de Controle Administrativo e Financeiro<br />
e de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público<br />
(CNMP), onde ainda coordenou o Grupo de Representantes da Administração<br />
Superior de todos os Ministérios Públicos (RAS) no Fórum Nacional de Gestão.<br />
Na atual função de Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativos, é um<br />
dos ordenadores de despesas da Instituição, tendo acompanhado toda a execução<br />
orçamentária e financeira, fiscalizando o cumprimento de contratos, licitações<br />
e definindo diretrizes para o funcionamento das áreas de administração,<br />
projetos, logística, engenharia, tecnologia da informação e recursos humanos.
Compromissos<br />
APOIO INCONDICIONAL AO MAIS VOTADO<br />
Acatar a vontade majoritária da classe e só aceitar a nomeação para o<br />
cargo de Procurador-Geral de Justiça se for o mais votado, a despeito do<br />
permissivo constitucional de escolha, pelo Governador, de qualquer dos<br />
aclamados na lista tríplice.<br />
PRIORIDA<strong>DE</strong> ABSOLUTA À ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM<br />
Disponibilizar aos órgãos de execução as estruturas necessárias à atuação<br />
efetiva do Ministério Público para o desempenho de sua missão<br />
constitucional.<br />
ATUAÇÃO INTEGRADA<br />
Fomentar os modelos de atuação conjunta e solidariedade funcional,<br />
através da coordenação de esforços e do compartilhamento de recursos<br />
operacionais e administrativos, visando ao aprimoramento e aos resultados<br />
das ações finalísticas.<br />
<strong>DE</strong>FESA INSTITUCIONAL<br />
Exercer com firmeza e responsabilidade as atribuições da Chefia da Instituição,<br />
defendendo de forma intransigente qualquer ataque à autonomia<br />
e independência do Ministério Público e às garantias e prerrogativas de<br />
seus membros.<br />
GESTÃO EFICIENTE E PARTICIPATIVA<br />
Incentivar a mobilização do esforço coletivo, materializado pela implantação<br />
de coordenações regionais, grupos de trabalho e forças-tarefas<br />
comprometidos com a metodologia de trabalho em rede.<br />
DIÁLOGO E TRANSPARÊNCIA<br />
Estabelecer canais permanentes de diálogo com membros e servidores,<br />
primando pela transparência e democratização do acesso às informações<br />
e das atividades da Procuradoria-Geral de Justiça.<br />
“Se regarmos a coragem com a humildade, a criatividade<br />
com a disciplina e a independência com a sociabilidade,<br />
teremos como resultado o caráter de um empreendedor<br />
capaz de transformar seus sonhos em realidade. ”<br />
Fabiano Ferreira ,<br />
“Aprendendo com os Mestres”
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
PLANO INSTITUCIONAL
O PROJETO <strong>DE</strong> ATUAÇÃO<br />
INSTITUCIONAL INTEGRADA<br />
“Promotoria é sinônimo de conjugação de esforços, mas, sobretudo, de estabelecimento de uma<br />
responsabilidade coletiva pelos interesses sociais confiados à tutela do Ministério Público. Na<br />
Promotoria, o trabalho em equipe coexiste harmonicamente com as atribuições individuais de<br />
seus integrantes, pré-estabelecidas em perfeita observância ao princípio do promotor natural”<br />
(CAMARGO FERRAZ e GUIMARÃES JÚNIOR. Ministério Público: instituição e processo.)<br />
EIXO 1<br />
Uma gestão moderna e eficiente deve inspirar-se no trabalho de construção coletiva, em<br />
que todos os envolvidos tenham condições de expor suas ideias e de conceber, pelo diálogo e<br />
pelo convencimento, os passos a serem trilhados pela Instituição. Nesse sentido, a disposição do<br />
gestor em ouvir e acolher a direção proposta pelos demais colegas, em face da realidade que se<br />
coloca e se transforma a cada instante, potencializa os resultados e cria um ambiente favorável<br />
que nos permite vencer os desafios diários de uma atividade árdua, porém gratificante. Não basta,<br />
pois, a intrepidez e a dedicação individual dos nossos quadros, precisamos de organização e<br />
sistematização dos nossos trabalhos de forma a estimular modelos de atuação conjunta, visando<br />
ao aprimoramento e aos resultados das ações finalísticas.<br />
É com esse espírito que promoveremos a criação e a remodelação de órgãos de apoio à<br />
atividade-fim e disponibilizaremos as ferramentas de suporte à atuação integrada.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
PRIORIDA<strong>DE</strong> ABSOLUTA<br />
À ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM, UMA META<br />
1.REDIRECIONAMENTO E REA<strong>DE</strong>QUAÇÃO DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S DOS CENTROS <strong>DE</strong> APOIO<br />
OPERACIONAL<br />
Partimos da premissa de que a grande missão dos Centros de Apoio Operacional (CAOs)<br />
é a de estar presentes junto às atividades diárias das Promotorias e Procuradorias de Justiça. Atualmente,<br />
considerando a democratização da informação por meio da comunicação em rede e a<br />
facilidade de acesso a inúmeras bases de dados, a função de assessoramento técnico dos CAOs,<br />
consistente em pesquisas e elaboração de peças, restou mitigada. Precisamos superar o discurso<br />
de que o modelo existente mostra-se ultrapassado e, com criatividade, otimizar o trabalho dessas<br />
estruturas que, diante do conhecimento e trato específico da matéria, têm muito a colaborar com<br />
a atividade-fim.<br />
2.ESTRUTURAÇÃO DOS NÚCLEOS <strong>DE</strong> ATUAÇÃO INTEGRADA<br />
As limitações estruturais e de pessoal ocasionalmente existentes não podem impactar<br />
na atuação dos membros do Ministério Público, especialmente nas questões prioritárias que são<br />
trazidas diariamente aos gabinetes de Promotores/Procuradores. Para enfrentar essas demandas,<br />
criaremos os Núcleos de Atuação Integrada que terão por objetivo dotar as Promotorias com<br />
atribuições semelhantes de estrutura técnica e jurídica própria privilegiando a sinergia do trabalho<br />
coletivo e a racionalização na aplicação dos recursos públicos. Esses núcleos permitirão o<br />
desenvolvimento de ações conjuntas, bem como o compartilhamento de recursos técnicos/tecnológicos<br />
e de espaço de trabalho colaborativo, e terão como ponto de partida o atendimento às<br />
Promotorias com atividade extrajudicial. Como é de conhecimento geral, a ausência de políticas<br />
públicas tem gerado um aumento expressivo da demanda desses órgãos que, por sua vez, exigem<br />
suporte compatível para enfrentar os grandes desafios que crescem a cada dia.<br />
3.INVESTIMENTO EM SISTEMAS INFORMATIZADOS DA ATIVIDA<strong>DE</strong>-FIM<br />
Incrementaremos, pois, a atuação colaborativa desses órgãos de apoio, direcionando o<br />
trabalho dos Coordenadores de CAO e das Coordenações Regionais (a serem implementadas)<br />
para a identificação das medidas essenciais à realização de projetos e ações que possam fazer a<br />
diferença na comunidade local, além de outras atividades judiciais e extrajudiciais que solucionem<br />
problemas e não criem demandas desnecessárias aos órgãos de execução. Nesse sentido, a<br />
capacidade de articulação, a disponibilidade de acesso imediato e o contato direto com a atividade-fim<br />
serão requisitos para a definição do perfil dos coordenadores, os quais terão a supervisão<br />
da Subprocuradoria de Assuntos Institucionais para fins de apoio, coordenação e integração dos<br />
CAOs com as Procuradorias/Promotorias de Justiça.<br />
As Coordenações Regionais mencionadas no item 2 do Eixo 2, permitirão a atuação integrada<br />
por parte dos órgãos de execução de uma mesma região, que possuam problemas comuns<br />
a serem enfrentados, o que também será patrocinado pelo Centro de Apoio respectivo, que viabilizará<br />
todo o devido arcabouço técnico, bem como participará das articulações essenciais para<br />
que os projetos e as ações atinjam os seus objetivos.<br />
A simplificação na utilização dos sistemas informatizados do Ministério Público é medida<br />
urgente que se impõe como forma de racionalizar o trabalho das Procuradorias e Promotorias<br />
de Justiça. Nesse sentido priorizaremos a reformulação do Sistema Atena, que será objeto de<br />
uma redefinição do modelo conceitual, mediante a contribuição de membros e servidores, os<br />
quais serão chamados a sugerir e a acompanhar eventuais modificações. A implementação de<br />
filtros por área de atuação, com a redução de “assuntos” e de “movimentos”, trará simplificação<br />
para a classificação taxonômica unificada, elaborada pelo CNMP. Da mesma forma, já em<br />
estágio de implantação, a integração do novo Processo Judicial Digital permitirá a importação<br />
das informações dos autos em trâmite no Poder Judiciário diretamente no Sistema Atena, sem a<br />
necessidade de retrabalho com a alimentação dos dois sistemas.<br />
Em fase de construção e testes, em breve será disponibilizada aos membros uma Plataforma<br />
de Inteligência Institucional, que criará um novo ambiente de trabalho exclusivo para o<br />
Procurador e para o Promotor de Justiça, possibilitando uma visão geral de sua Procuradoria ou<br />
Promotoria e de todo o MPGO, no contexto institucional e administrativo, além de fornecer um<br />
panorama socioeconômico do Estado e dos Municípios. Essa ferramenta permitirá acessar múltiplas<br />
bases de dados que, por meio de indicadores institucionais e sociais nas diferentes áreas,<br />
gerarão relatórios e diagnósticos a fim de instruir procedimentos próprios dos órgãos de execução.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
Sob coordenação do Gabinete de Gestão Integrada e atualmente em elaboração, o Gabinete<br />
Virtual da Procuradoria e da Promotoria entregará, em breve, um conjunto de ferramentas de<br />
automação de rotinas da atividade-fim que serão incorporadas ao Sistema Atena. As funcionalidades<br />
permitirão que os membros possam gerenciar as atividades de seu órgão de execução, de<br />
forma remota e simplificada, baseadas em rotinas de trabalho já estabelecidas em suas unidades.<br />
Considerando que a possibilidade de aplicação do conceito de home office já é uma realidade,<br />
uma vez que implantado pelo TRT, TJMG, MPF e MPT, além de outros, referido sistema otimizará<br />
a demanda dos serviços auxiliares e permitirá a diminuição de custos, reacendendo o debate<br />
em torno dessa inovação conceitual que poderá, em alguns casos, ser implementada na Instituição,<br />
tendo como referência sempre o interesse público.<br />
4.FORTALECIMENTO DA ATIVIDA<strong>DE</strong> INVESTIGATIVA DO MPGO<br />
Há dez anos, quando nos propusemos a criar o Centro de Segurança Institucional e Inteligência<br />
do Ministério Público de Goiás, hoje CI, e a reestruturar o Grupo de Repressão ao Crime<br />
Organizado, hoje GAECO, vislumbrávamos a necessidade de capacitação dos nossos quadros<br />
na atividade investigativa criminal. Do mesmo modo, vislumbrávamos a imprescindibilidade do<br />
acesso a bases de dados e ferramentas de apoio ao trabalho investigativo dos membros da Instituição.<br />
Resultado dessas iniciativas, hoje o Ministério Público de Goiás desponta como referência<br />
nacional e tem protagonizado uma série de investigações e operações complexas no combate<br />
à criminalidade organizada, em sua maioria envolvendo agentes públicos.<br />
O nosso compromisso, ainda no ano de 2017, é o de fortalecer a estrutura de apoio às Promotorias<br />
da capital e do interior por meio do CENTRO <strong>DE</strong> INTELIGÊNCIA e dos GAECOs. No<br />
interior será priorizada a criação dos GAECOs regionais, cujo projeto piloto já está em curso em<br />
Luziânia. Na capital, a atuação do GAECO se dará em regime de colaboração e atuação conjunta<br />
com as respectivas promotorias, somando-se esforços no combate ao crime organizado.<br />
A descentralização dos órgãos de apoio à investigação e o incentivo à atuação em regime<br />
de força-tarefa permitirão, dentre outros resultados, o enfrentamento eficaz dos casos apresentados,<br />
a despersonalização da atuação do Promotor de Justiça e a mitigação dos riscos a que<br />
estes estão sujeitos em casos envolvendo organizações criminosas. Acrescente-se, por fim, a essa<br />
reestruturação, o prioritário investimento na qualificação de membros e servidores em técnicas<br />
operacionais e em outros conhecimentos essenciais ao bom desempenho de nossa atividade investigativa.<br />
5.SEGURANÇA INSTITUCIONAL<br />
A inserção do Ministério Público no combate efetivo ao crime organizado e na repressão<br />
qualificada aos casos de corrupção tem demandado a adoção de medidas de proteção aos membros<br />
e servidores, além de outras ações preventivas, tais como a melhoria no controle de acesso<br />
às sedes do MP e a guarda de materiais, informações e comunicações. Fruto dessa percepção e<br />
da nossa experiência profissional no assunto, uma das primeiras providências a serem implementadas<br />
no início de 2017 será o redimensionamento da atividade de Segurança Orgânica, hoje sob<br />
a tutela do Gabinete de Segurança Institucional, órgão responsável pelo acompanhamento dos<br />
planos de segurança, prevenção de ameaças e gerenciamento de crises/vulnerabilidades na Instituição.<br />
A segurança institucional será prioridade em nossa administração que, além do envolvimento<br />
de todos os integrantes, terá o acompanhamento pessoal do Procurador-Geral de Justiça.<br />
Dentre outras, ainda no primeiro semestre de 2017, priorizaremos as seguintes ações:<br />
a) Estruturação e fortalecimento do Gabinete de Segurança Institucional com aumento<br />
do efetivo de pessoal orgânico e cedido, por meio de convênio específico com a Secretaria de<br />
Segurança Pública para convocação de policiais, bombeiros e peritos da reserva remunerada,<br />
conforme minuta de projeto de lei recentemente entregue ao Governo do Estado;<br />
b) Reestruturação do Comitê de Segurança Institucional com a finalidade de propor a<br />
política de segurança, avaliar e normatizar os procedimentos de segurança institucional por meio<br />
do monitoramento sistemático dos fatores de risco ligados ao exercício das atividades ministeriais;<br />
c) Criação do Sistema Integrado de Segurança Institucional do MPGO composto pelo<br />
pessoal orgânico e terceirizado da Instituição, órgãos parceiros e conveniados, bem como pelos<br />
membros e servidores do MPGO responsáveis pelo planejamento e execução das atividades de<br />
segurança;<br />
d) Consolidação das Políticas e dos Planos de Segurança Institucional do MPGO, que<br />
orientarão a tomada de decisões e a elaboração de normas, processos, práticas, procedimentos e<br />
técnicas de segurança;<br />
e) Universalização da instalação de CFTV, colocação de barreiras físicas perimétricas e<br />
instalação de pórticos/detectores de metais nas Promotorias com sede própria, com recursos do<br />
FUNEMP, medida a ser adotada por meio da implementação do conceito de recepção-cidadã em<br />
todas as sedes próprias.<br />
Por fim, destaque-se que o projeto de lei acima mencionado, assim que sancionado, permitirá<br />
não só a recomposição imediata do serviço de vigilância patrimonial bem como a segurança<br />
pessoal de membros e servidores em todas as sedes de comarcas. Além disso, será prioridade<br />
o treinamento permanente de membros e servidores em técnicas e ações de segurança, sob responsabilidade<br />
do Gabinete de Segurança Institucional.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
como a formação de uma massa crítica de recursos humanos de excelência.<br />
6.REDIMENSIONAMENTO DO GABINETE <strong>DE</strong> PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADA<br />
(GGI) E O INCREMENTO DO APOIO À ATIVIDA<strong>DE</strong> EXTRAJUDICIAL<br />
O Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada (GGI), estruturado para apoiar permanentemente<br />
o aperfeiçoamento e a modernização da gestão institucional, será redimensionado<br />
para prover as Procuradorias e Promotorias com apoio técnico especializado, incorporando as<br />
atribuições das equipes tanto da Superintendência de Planejamento e Gestão (Suplan) quanto da<br />
Coordenadoria de Apoio à Atividade Extrajudicial (CAEJ), hoje já vinculada ao GGI. Por meio<br />
dessa iniciativa, além de exercer sua atual função de articulação e apoio aos órgãos de execução,<br />
o GGI atenderá diretamente os membros em seus projetos e ações, desde a sua concepção até a<br />
execução e monitoramento dos resultados.<br />
Pela envergadura e pela importância do papel da Escola Superior do MP, providenciaremos<br />
da mesma forma que fizemos com o CSI (hoje CI), a locação de imóvel próprio para o seu<br />
funcionamento, com toda a estrutura para realização de eventos múltiplos, conforto e facilidade<br />
de acesso a todos os integrantes da Instituição. A proposta é a de transformar a ESMP num ponto<br />
de convergência do conhecimento e da cultura institucional, o que permitirá o compartilhamento<br />
do espaço físico com o Centro de Preservação da Cultura e Memória do Ministério Público<br />
do Estado de Goiás, que será responsável pela preservação da memória institucional.<br />
Da mesma forma, pretendemos incrementar a estrutura da CAEJ a fim de descortinar<br />
novas possibilidades de apoio à atividade extrajudicial, objetivando a solução de conflitos por<br />
meio da utilização de recursos como a mobilização, articulação, integração e colaboração, em<br />
conjunto com o Promotor de Justiça. Esse modelo de atuação permitirá a criação de espaços de<br />
diálogo com as redes responsáveis pela implementação das políticas públicas, viabilizando a<br />
elaboração de uma Agenda Integrada de Ações e evitando a judicialização de questões sensíveis<br />
que envolvam garantias primordiais do cidadão.<br />
Duas abordagens distintas, porém complementares, permitirão a disponibilidade de informações<br />
estratégicas para subsidiar a tomada de decisão pelo membro do Ministério Público<br />
e a organização de suas rotinas, além do fortalecimento de uma metodologia de trabalho voltada<br />
para solução de conflitos pela via extrajudicial, caso o Promotor entenda necessário.<br />
7.REESTRUTURAÇÃO DA ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO<br />
A Escola Superior do Ministério Público, atualmente credenciada como Escola de Governo<br />
pelo Conselho Estadual de Educação, assumirá relevante função estratégica em nossa<br />
gestão, suporte que será de toda a atividade finalística. Para tanto será priorizado o investimento<br />
permanente na qualificação e treinamento de membros, servidores e estagiários, além da ampliação<br />
da oferta de cursos de pós-graduação, visando desenvolver o pensamento doutrinário e a<br />
formação de um quadro de especialistas na Instituição.<br />
A regionalização de cursos e eventos, aliada ao desenvolvimento de recursos tecnológicos<br />
capazes de ampliar a oferta de cursos no ambiente virtual, permitirão a descentralização<br />
das atividades da ESMP e o nivelamento do acesso aos cursos em relação aos integrantes de<br />
comarcas mais distantes. Na mesma linha de democratização do acesso aos cursos oferecidos,<br />
viabilizaremos a transmissão de eventos e palestras hoje realizados no auditório pelo sistema de<br />
videoconferência, tecnologia semelhante a utilizada na transmissão das sessões do Colégio de<br />
Procuradores e do Conselho Superior do MP.<br />
Como órgão estratégico e propagador do conhecimento institucional, a Escola primará<br />
pela diversidade do pensamento acadêmico, oportunizando de forma igualitária a contribuição<br />
docente, valorizando e incentivando nossos quadros à pesquisa e produção científica, assim
REGIONALIZAÇÃO E <strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO<br />
DA ATUAÇÃO FINALÍSTICA<br />
“Como seres humanos, somos definidos pelas causas a que servimos e pelos problemas que lutamos<br />
para superar. É a paixão em solucionar problemas extraordinários que cria o potencial<br />
de realizações extraordinárias.<br />
”Gary Hammel - autor do livro “O Futuro da Administração”.<br />
EIXO 2<br />
Com o objetivo de superar o modelo demandista, que tem como único escopo a atuação<br />
perante o Poder Judiciário, propomos discutir o redimensionamento do atual modelo de atuação<br />
do MP, substituindo a atividade isolada e segmentada, hoje ainda preponderante, pela mobilização<br />
do esforço coletivo materializado pela implantação de coordenações regionais temáticas,<br />
grupos de trabalho e forças-tarefas comprometidos com a metodologia de trabalho em rede.<br />
A proposta de atuação regionalizada, a partir do ano vindouro, permitirá a alocação de recursos<br />
humanos e materiais mais complexos do que de uma Promotoria, com a possibilidade da disposição<br />
de servidores, assessores jurídicos/administrativos, peritos, veículos e equipamentos de<br />
apoio, que serão utilizados pelos demais membros das comarcas circunvizinhas na assistência a<br />
suas atividades diárias.<br />
A regionalização e a interiorização de atividades especializadas, operacionais e administrativas<br />
permitirão o aperfeiçoamento da atuação finalística, uma vez que possibilitarão o desenvolvimento<br />
de soluções diretamente voltadas a demandas locais e, consequentemente, gerarão<br />
resultados mais efetivos, como é o caso da recente criação do GAECO Regional de Luziânia,<br />
destinado à atuação coordenada no combate ao crime organizado na região do entorno do DF.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
COOR<strong>DE</strong>NAÇÕES REGIONAIS<br />
E O APOIO TÉCNICO/JURÍDICO<br />
<strong>DE</strong>SCENTRALIZADO (AUTONOMIA LOCAL)<br />
1.COOR<strong>DE</strong>NAÇÃO REGIONAL DO ENTORNO DO DF<br />
A coordenação Regional do Entorno/DF, dentro da política de regionalização das ações,<br />
programas e projetos da nossa administração, estará voltada ao atendimento prioritário e emergencial<br />
dos municípios de Águas Lindas, Cidade Ocidental, Formosa, Luziânia, Novo Gama,<br />
Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cristalina e Padre Bernardo, que<br />
suportam diretamente as consequências do crescimento urbano desordenado da região e do abandono<br />
social, consubstanciado pela ausência ou insuficiência de estruturação dos órgãos incumbidos<br />
da prestação dos serviços públicos essenciais.<br />
Trata-se de descentralização da estrutura institucional, à semelhança do então “Projeto<br />
do Entorno do DF”, porém, mais complexo, que propiciará a articulação direta com parceiros<br />
regionais nas diversas áreas de atuação. Programas, projetos e ações para solução de problemas<br />
comuns como sistema prisional, mobilidade urbana, saneamento básico, segurança pública e<br />
outros serão tratados como prioridade local. A interlocução direta e permanente com outras Instituições<br />
será fortalecida com a criação da representação do MPGO em Brasília, local de apoio<br />
a todos os membros responsáveis por projetos que demandem articulação com órgãos federais,<br />
como tem ocorrido regularmente nesses últimos anos.<br />
Dentre as principais vantagens da “atuação regional coordenada” está a uniformidade<br />
da atuação institucional, que garantirá maior visibilidade do trabalho do MP junto à sociedade e<br />
afastará a possibilidade de posições conflitantes entre os membros com mesma atribuição. É de<br />
se destacar, por fim, que essa atuação coordenada/integrada permitirá a otimização de recursos<br />
e ações evitando a multiplicidade de esforços.<br />
3.REGIONALIZAÇÃO E <strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DA ATIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> APOIO ADMINISTRA-<br />
TIVO<br />
Com o objetivo de descentralizar as atividades administrativas que hoje se concentram<br />
na capital, serão implementadas as Centrais de Apoio Administrativo das Promotorias do Interior<br />
(CAPIs) bem como os respectivos Centros de Distribuição, na capital e no interior do Estado<br />
de Goiás. Referidos centros, que aproveitarão edificações de sedes de promotorias de justiça<br />
com espaço compatível, possibilitarão o aumento da eficiência no atendimento das demandas<br />
por materiais, bens permanentes, manutenção predial, além do suporte de informática.<br />
Da forma idêntica, a descentralização permitirá o desenvolvimento de fornecedores de<br />
serviços locais com a consequente ampliação da concorrência nas licitações por pregão eletrônico,<br />
o que implicará na redução de despesas com deslocamento de prestadores de serviço de<br />
Goiânia para o interior do Estado.<br />
Some-se a tudo isso a implementação de uma logística de distribuição de materiais por<br />
meio de “rotas de distribuição” em todo o Estado, que permitirá a redução das despesas com<br />
diárias e combustível para o deslocamento de integrantes até a capital para a retirada de bens e<br />
insumos, além da diminuição do número de sinistros, multas e manutenção de veículos oficiais.<br />
2.COOR<strong>DE</strong>NAÇÕES REGIONAIS <strong>DE</strong> PROJETOS TEMÁTICOS<br />
À semelhança da Regional do Entorno, implementaremos as Regionais de Projetos Temáticos<br />
que, valendo-se da delimitação territorial de um problema comum a ser enfrentado,<br />
permitirá que vários Promotores de Justiça de uma mesma região trabalhem de forma integrada<br />
e coordenada. Diferentemente do modelo de Promotoria Regional, a proposta de atuação regionalizada<br />
por meio de projeto específico, sob a coordenação de um Promotor de Justiça, é uma<br />
solução exequível diante do inegável déficit no quadro de membros da Instituição, uma vez que o<br />
encargo da coordenação ocorrerá, em princípio, sem prejuízo do exercício da função deste junto<br />
à Promotoria de Justiça da qual é titular.<br />
A delimitação material e espacial é de suma importância para assegurar maior efetividade<br />
na atuação do MP, obtendo maior resultado com o menor dispêndio de recursos materiais<br />
e humanos na consecução de seus fins institucionais. Cumpre notar que esta forma de atuação<br />
regionalizada priorizará a solução extrajudicial do problema comum, sendo a tutela jurisdicional<br />
o último recurso a ser utilizado, sempre mediante ações coordenadas, não negligenciando a inafastável<br />
anuência e participação do membro titular da Promotoria de Justiça integrante do projeto,<br />
inclusive nas decisões sobre as ações a serem tomadas, o que se fará, por óbvio, em estrito<br />
respeito ao princípio do Promotor Natural.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
4.<strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DO APOIO JURÍDICO À ATIVIDA<strong>DE</strong> FINALÍSTICA<br />
A criação da Assessoria Jurídica Especial – AJE teve como inspiração a sobrecarga de<br />
serviço verificado em diversas promotorias de justiça, além da defasagem, à época, do quadro<br />
auxiliar da Instituição. Passada uma década, o aumento da demanda extrajudicial e a sobrecarga<br />
de feitos judiciais em algumas promotorias têm reclamado, conforme demanda recorrente de<br />
alguns colegas, apoio estrutural e incremento de pessoal para o órgão de execução.<br />
Sabedores das limitações orçamentárias e financeiras do Ministério Público, dentro de<br />
um cenário que requer responsabilidade, propomos descentralizar a AJE, designando assessores<br />
que hoje trabalham exclusivamente na capital para as comarcas com maior volume de movimentação<br />
processual e atuação extrajudicial, com critérios objetivos de distribuição, a cargo da coordenação<br />
local, com acompanhamento da Subprocuradoria-Geral para Assuntos Institucionais.<br />
5.<strong>DE</strong>SCENTRALIZAÇÃO DO APOIO TÉCNICO À ATIVIDA<strong>DE</strong> FINALÍSTICA<br />
A enorme complexidade de temas tratados pela Instituição exige do membro do Ministério<br />
Público o domínio de diversas áreas do saber com as quais nem sempre tem afinidade,<br />
fazendo-o depender do adequado suporte técnico para bem desempenhar o seu papel. O crescimento<br />
exponencial da demanda por apoio técnico e pela realização de perícias, tudo isso somado<br />
à complexidade de alguns casos, tem gerado congestionamento insuperável na Coordenação de<br />
Apoio Técnico Pericial (CATEP). Contudo, sabemos que, no aspecto orçamentário, é inviável o<br />
crescimento do quadro de pessoal orgânico para o momento.<br />
A proposta é a de descentralizar o apoio técnico e pericial, para que, sob responsabilidade<br />
das coordenações regionais, mediante critério objetivo, delibere-se sobre a forma de emprego de<br />
assistentes técnicos contratados para atividades de Assistência Social, Psicologia, Engenharia<br />
entre outros, a fim de prestarem serviço próximo às Promotorias mediante contrato com a administração<br />
do MPGO.<br />
Outra solução viável, já experimentada por outros Estados, consiste na terceirização do<br />
trabalho pericial, com a contratação pró-labore, mediante tabela específica, de peritos credenciados<br />
pela Instituição para que possam elaborar laudos e pareceres técnicos de acordo com a<br />
sua especialidade. A ideia vai ao encontro da proposta de criação do Fundo de Reconstituição de<br />
Bens Lesados que poderá, nos termos da lei e mediante apresentação de solicitação específica,<br />
custear referidas perícias, desafogando a demanda da CATEP.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
PLANO FUNCIONAL
EIXO 3<br />
UNIDA<strong>DE</strong><br />
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />
Em uma sociedade em rede, a comunicação, no âmbito do Ministério Público, será orientada<br />
por critérios profissionais enquanto parte integrante das atividades de trabalho, tanto no<br />
campo finalístico quanto na gestão. Canais que estimulem o debate e a participação de cidadãos e<br />
de integrantes da Instituição serão desenvolvidos de forma prioritária, fortalecendo a identidade<br />
do Ministério Público enquanto instituição defensora da sociedade.<br />
Trata-se de atividade necessária à implementação da transparência institucional, por<br />
meio da qual serão difundidas informações de interesse público. Ainda, apresenta-se como ferramenta<br />
propulsora do fluxo de informações internas que permitirão a promoção da sinergia e da<br />
integração de membros, servidores, estagiários e prestadores de serviço, em prol do trabalho da<br />
Instituição. De igual forma, a divulgação de boas práticas organizacionais busca a humanização<br />
dos conteúdos e a aproximação com o público-alvo, viabilizando assim o compartilhamento de<br />
soluções criativas e de ações exitosas.<br />
“Se falares a um homem numa linguagem<br />
que ele compreenda, a tua mensagem<br />
entra na sua cabeça. Se lhe falares<br />
na sua própria linguagem, a tua mensagem<br />
entra-lhe diretamente no coração.”<br />
Nelson Mandela
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
1.FORTALECIMENTO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL<br />
Pela natureza de suas atribuições, o Ministério Público deve, nesses novos tempos, não<br />
só prestar contas do seu trabalho à sociedade que representa, mas principalmente ter a capacidade<br />
de falar com ela diretamente. Daí a necessidade de investirmos na área responsável pela construção<br />
da identidade, imagem e divulgação dos resultados das nossas atividades para os públicos<br />
interno e externo.<br />
No que tange ao público externo, a Assessoria de Comunicação Social será reestruturada<br />
e qualificada com o propósito de desenvolver estratégias e ações de divulgação do papel institucional<br />
do Ministério Público e do trabalho desenvolvido por seus membros e servidores. A ideia<br />
é ampliar o conhecimento da população acerca da Instituição e possibilitar o estabelecimento<br />
de novos canais de comunicação por meio dos quais as demandas sociais possam nos alcançar,<br />
como no caso das mídias sociais que representam importante via de interlocução e colaboração.<br />
3.IMPLEMENTAÇÃO DA RÁDIO E TV WEB<br />
Com a finalidade de atingir um grande número de usuários por meio de diferentes dispositivos<br />
como computadores, tablets e celulares (smartphones), até o primeiro semestre de 2018<br />
serão oferecidos dois recursos que representarão o futuro da comunicação em nossa Instituição,<br />
quais sejam, as tecnologias de vídeo (Web TV) e áudio digital (Web Rádio). Tais ferramentas<br />
realizarão transmissões via Internet utilizando um serviço de transmissão de áudio/som em tempo<br />
real (tecnologia streaming), através de um servidor que emite uma programação ao vivo ou<br />
gravada.<br />
Constituirá prioridade absoluta o desenvolvimento de canais de comunicação interna de<br />
sorte a estabelecer um diálogo permanente entre a Administração e os integrantes da Instituição,<br />
além do investimento em capacitação e conhecimentos afins à atividade de todos os membros,<br />
como no caso dos cursos de Media Training, comunicação de alto impacto, oratória e tantos outros.<br />
2.RELACIONAMENTO COM O CIDADÃO E A SOCIEDA<strong>DE</strong><br />
Inerente à função do administrador público como gestor de bens e interesses da coletividade,<br />
o dever de bem servir a comunidade deve ser a grande meta que devemos perseguir. Com<br />
essa percepção, buscaremos ampliar os canais de comunicação com a sociedade, seja diretamente<br />
com o cidadão, destinatário final de nossa atuação, seja com órgãos que representam interesses<br />
coletivos, tais como movimentos sociais, associações sem fins lucrativos, comunidade científica<br />
e entidades afins, tudo visando fortalecer a nossa imagem e o nosso papel no tecido social.<br />
A aproximação e a participação da sociedade na orientação de nossas ações permitem,<br />
como se sabe, a legitimação e o reconhecimento de nossa missão institucional, em especial na<br />
elaboração do nosso Plano Geral de Atuação, respeitadas as peculiaridades regionais e locais<br />
onde se deve preservar a autonomia para escolha de atuação prioritária.<br />
O objetivo, mais uma vez, é a aproximação com a sociedade que, além de assistir ao<br />
conteúdo transmitido, poderá interagir, opinar, participar de votações e enquetes, além de procurar<br />
informações de forma mais detalhada sobre um determinado assunto utilizando ferramentas<br />
de busca de forma rápida e prática. Além de ferramenta de comunicação interna, o propósito<br />
desse serviço é o de permitir ao cidadão maior aproximação com programas, projetos e ações<br />
do MPGO, em muitos casos ajudando a melhorar a qualidade do nosso trabalho.<br />
4.RELACIONAMENTO INTERNO<br />
Uma das maiores conquistas do MPGO tem sido a convivência harmônica e convergente<br />
ao interesse público, independente de dissensões ideológicas e posições antagônicas, o que é<br />
absolutamente natural em uma Instituição plural e democrática. O respeito ao posicionamento<br />
crítico e ao contraponto necessário, permitiram o amadurecimento e a complacência inerentes<br />
ao convívio em coletividade. Nesse sentido, cabe ao PGJ criar condições para que haja diálogo<br />
permanente entre todos os integrantes, buscando a pacificação interna e um ambiente equilibrado<br />
para que, além do bom desempenho de nossas funções, mantenhamos uma imagem adequada<br />
do Ministério Público perante a sociedade.<br />
Como sempre o fizemos, manteremos entendimento permanente com os órgãos institucionais,<br />
em especial com o Colégio de Procuradores, Conselho Superior, Corregedoria-Geral,<br />
Ouvidoria, Associação Goiana do MP e Sindicato dos Servidores, que devem caminhar juntos<br />
em direção ao interesse comum da Instituição e da sociedade à qual prestamos contas.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
Capítulo à parte deve ser dispensado à relação da PGJ com a AGMP, entendida esta<br />
última como trincheira de defesa dos direitos, garantias e prerrogativas não só dos associados,<br />
mas de todos os membros do Ministério Público. As relações serão pautadas pelo respeito ao<br />
importante papel desempenhado pela instituição de classe, além do tratamento prioritário conferido<br />
aos pleitos apresentados, como forma de enfrentarmos as situações de ameaça aos direitos,<br />
garantias e prerrogativas dos membros do Ministério Público com maior eficiência e resolutividade.<br />
5.RELACIONAMENTO COM OS PO<strong>DE</strong>RES E ÓRGÃOS AFINS<br />
O estabelecimento de um convívio harmônico, republicano e independente com outros<br />
poderes e órgãos que trabalham em função de um mesmo objetivo, que é o bem comum, constitui<br />
um dos principais desafios do PGJ. Nesse sentido e dentro de nossa missão constitucional, buscaremos<br />
ampliar os relacionamentos com os poderes públicos e órgãos responsáveis pela proteção<br />
dos direitos fundamentais do cidadão.<br />
Sempre respeitada a independência, fortaleceremos as ações conjuntas com o Poder<br />
Executivo, visando a consolidação de políticas públicas necessárias à efetivação dos direitos<br />
fundamentais e ao desenvolvimento da sociedade rumo à dignidade da pessoa humana. Igualmente,<br />
mantida a independência e o trato republicano, as relações com o Poder Legislativo serão<br />
pautadas pela cooperação, buscando-se assegurar a preservação dos direitos e garantias dos<br />
integrantes da Instituição, bem como a consolidação de medidas em prol do interesse público.<br />
Com o Poder Judiciário, Defensoria Pública e OAB, as relações terão por premissas o respeito<br />
mútuo, a troca permanente de ideias para o aprimoramento do sistema de justiça e a preservação<br />
das prerrogativas dos integrantes da Instituição, de sorte a propiciar a harmonia na prestação da<br />
atividade jurisdicional.<br />
6.CENTRO <strong>DE</strong> PRESERVAÇÃO DA CULTURA E MEMÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO <strong>DE</strong><br />
GOIÁS<br />
Ainda no primeiro semestre de 2017 será criado o Centro de Preservação da Cultura e<br />
Memória do MPGO, que terá por finalidade a recuperação, conservação e divulgação de testemunhos<br />
representativos da trajetória e da história do Ministério Público de Goiás. O objetivo de<br />
velar pelo nosso patrimônio cultural guarda consonância com a definição de diretrizes estabelecidas<br />
pelo CNMP para a preservação da memória institucional do Ministério Público, por meio<br />
das Resoluções n. 122 de 12 de maio de 2015 e n. 140 de 5 de abril de 2016.<br />
A meta é a de garantir a gestão do acervo documental e imagético, a fim de proporcionar<br />
a preservação da história do Ministério Público, tanto para futuros integrantes quanto para<br />
a sociedade em geral. Além da conservação e disseminação da memória ministerial, o Centro<br />
de Preservação da Cultura e Memória permitirá promover a arte e as manifestações culturais de<br />
Goiás, de forma a aproximá-las do público interno e das pessoas que se relacionam com a nossa<br />
Instituição. Pela natureza e vocação, o Memorial poderá compartilhar espaço físico com a Escola<br />
Superior, vez que ambos serão voltados à produção e preservação do conhecimento e da cultura<br />
institucional.
EIXO 4<br />
<strong>DE</strong>FESA INSTITUCIONAL<br />
“Muito do que lhe foi ensinado já foi, um dia, a visão radical de indivíduos que tiveram a coragem<br />
de acreditar que o que sua mente e coração diziam era verdadeiro, ao invés de aceitar as<br />
crenças comuns de sua época. ” Ching Ning Chu<br />
Em tempos de turbulência não nos curvaremos a nenhuma tentativa de degradação de<br />
nossas prerrogativas funcionais, ao contrário, fortaleceremos nossos mecanismos de atuação<br />
com o acompanhamento da tramitação das matérias em discussão no Congresso Nacional, nos<br />
Conselhos Nacionais e nos Tribunais Superiores, que possam impactar na atuação do Ministério<br />
Público. Da mesma forma, elaboraremos proposta orçamentária que assegure recursos suficientes<br />
à realização dos objetivos institucionais e à manutenção de uma política remuneratória justa,<br />
tudo em sintonia com o CNPG, a CONAMP e a AGMP, em especial no que tange às discussões<br />
nacionais para recomposição dos subsídios e preservação do atual nível remuneratório.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
POLÍTICA REMUNERATÓRIA<br />
1.EXERCÍCIO CUMULATIVO <strong>DE</strong> CARGOS – ALTERAÇÃO DAS REGRAS ATUAIS<br />
A criação da gratificação pelo exercício cumulativo de cargos representou grande avanço<br />
no que diz respeito ao reconhecimento pelo trabalho extraordinário realizado pelos membros do<br />
Ministério Público, o que tem permitido à Instituição fazer-se presente nas diversas comarcas<br />
do Estado, não obstante a enorme quantidade de cargos vagos. Embora obrigatórias, a substituição<br />
automática e a eventual não devem ser desempenhadas sem a correspondente contrapartida<br />
financeira, o que restou reconhecido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),<br />
em precedente que justificou a previsão da gratificação pela Lei Complementar n. 89, de 12 de<br />
dezembro de 2011.<br />
A experiência administrativa demonstrou que, pelas atuais regras, o pagamento da gratificação<br />
não corresponde à contrapartida remuneratória adequada, notadamente nas hipóteses<br />
nas quais a cumulação de cargos ocorra por longo período de tempo, considerando o limitador<br />
de quinze por cento do valor do subsídio, conforme consta do art. 100-A da Lei Complementar<br />
n. 25, de 6 de julho de 1998. No âmbito do Ministério Público da União a questão foi tratada de<br />
modo diverso pela Lei n. 13.024, de 26 de agosto de 2014, que limita o valor da gratificação a<br />
um terço do subsídio do membro designado à substituição para cada trinta dias de exercício de<br />
designação cumulativa, pago pro rata tempore.<br />
Considerando o caráter nacional do Ministério Público já reconhecido pelo CNMP, não<br />
há justificativa plausível para a existência de tratamento distinto daquele dado aos membros do<br />
Ministério Público da União. Assim, encaminharemos projeto de lei à Assembleia Legislativa<br />
objetivando adequar a Lei Orgânica Estadual de forma a dispensar aos membros do Ministério<br />
Público Estadual tratamento idêntico ao conferido aos ramos do Ministério Público da União.<br />
2.SERVIÇO <strong>DE</strong> NATUREZA ESPECIAL<br />
Além do desempenho normal das atribuições previstas na Constituição Federal e na legislação,<br />
os membros do Ministério Público são instados a realizar diversas atividades que transbordam<br />
a simples rotina, caracterizando verdadeira hipótese de serviços de natureza especial.<br />
Exemplo disso são as participações em projetos de justiça ativa, mutirões de júri e juizado do<br />
torcedor, bem como nos plantões realizados aos finais de semana e feriados.<br />
Atualmente, e apenas em alguns casos, o reconhecimento pela atuação extraordinária<br />
dá-se pela via da compensação do dia trabalhado o que, de certo modo, traz prejuízos à Administração<br />
ante a necessidade de providenciar a substituição do membro quando este se ausenta, bem<br />
como ao próprio Promotor que, alternativamente, poderia preferir a retribuição financeira pela<br />
realização de serviço de caráter excepcional.<br />
O equacionamento de referida situação não depende do encaminhamento de qualquer<br />
projeto de lei à Assembleia Legislativa, haja vista que já existe substrato normativo para tanto a<br />
partir da diretriz estabelecida por meio do Art. 10, da Lei Complementar n. 89, de 12 de dezembro<br />
de 2011, c/c o inciso XVIII, Art. 100, da Lei Complementar n. 25, de 6 de julho de 1998,<br />
sendo que sua implementação será feita por ato do Procurador-Geral de Justiça.<br />
PRERROGATIVAS INSTITUCIONAIS<br />
1.CRIAÇÃO DO COMITÊ <strong>DE</strong> ACOMPANHAMENTO <strong>DE</strong> PRERROGATIVAS INSTITUCIO-<br />
NAIS<br />
O membro do Ministério Público, pela relevante natureza de suas atividades e pela complexidade<br />
de suas funções, submete-se diariamente às mais variadas formas de agravos e riscos,<br />
tanto que, em relação a este último, recentemente o Conselho Nacional do Ministério Público<br />
(CNMP) reconheceu tratar-se de uma profissão de risco inerente. Importante reconhecer, portanto,<br />
que o indiscutível protagonismo ministerial na persecução penal, inclusive nos casos de<br />
organizações criminosas, nas ações de improbidade administrativa envolvendo agentes públicos,<br />
além de outras atribuições previstas em lei, torna imperativo que o membro do Ministério<br />
Público afrontado no exercício de suas funções encontre amparo e acolhimento na própria Instituição.<br />
Sem embargo das medidas judiciais cabíveis quando ocorrer eventual violação de direito<br />
individual, cabe-nos reconhecer que o membro, no exercício de suas funções, atua em nome<br />
da Instituição, logo, cumpre a esta desenvolver mecanismos para prevenir, acolher, avaliar os<br />
riscos e reparar danos em desfavor do membro do Ministério Público. Assim sendo, será criado<br />
um Comitê de Acompanhamento de Prerrogativas Institucionais, com a finalidade de orientar<br />
o Procurador e o Promotor nos casos em que suas prerrogativas constitucionais e legais forem<br />
desrespeitadas.<br />
Trata-se de um comitê de formação multidisciplinar, que adotará metodologias como<br />
a de Gestão de Riscos e de Mediação para orientação em situação de ameaça ou violação de<br />
prerrogativas, não descurando da necessária atuação do Gabinete de Segurança Institucional<br />
que se fará presente para adotar, sempre de modo profissional e proativo, as medidas atinentes<br />
à identificação, tratamento e monitoramento dos eventuais riscos aos quais o membro e seus<br />
familiares estiverem submetidos.<br />
2. PLANTÃO DA EQUIPE <strong>DE</strong> GERENCIAMENTO <strong>DE</strong> CRISE DO GABINETE <strong>DE</strong> SEGU-<br />
RANÇA INSTITUCIONAL<br />
O reconhecimento pelo CNMP do risco inerente à atividade ministerial evidencia a premência<br />
do fortalecimento dos mecanismos de prevenção de riscos e de reação às ameaças aos<br />
membros do Ministério Público. Nesse sentido é que disponibilizaremos o pessoal da seguran-
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
ça institucional para que, em casos de ameaça à integridade de membros, seja no exercício da<br />
profissão ou mesmo em casos de violação de prerrogativas legais e constitucionais, possa ser<br />
acionada para apoio imediato.<br />
Na capital ou no interior do Estado, a equipe do Gabinete de Segurança Institucional,<br />
que constitui a primeira força de apoio em casos emergenciais, com abrangência em todo o<br />
Estado, permanecerá em condições de pronto-emprego. Terá, considerando a permanência em<br />
regime de plantão, mobilidade e autonomia para o deslocamento imediato ao local de risco ou<br />
da ocorrência para orientação, acolhimento e preservação da integridade física do membro e<br />
seus familiares, o que se fará de forma articulada com o Centro de Inteligência do MPGO.<br />
MOBILIDA<strong>DE</strong> NA CARREIRA<br />
1.DISCUSSÃO E RE<strong>DE</strong>FINIÇÃO DO MO<strong>DE</strong>LO VIGENTE E MEDIDAS IMEDIATAS<br />
A movimentação na carreira certamente é um dos temas que mais afligem os membros<br />
do Ministério Público, notadamente agora com a possibilidade de revisão constitucional<br />
das regras para a aposentadoria e da recente elevação da idade para a inatividade compulsória<br />
(EC n. 88/2015). Fato é que medidas tímidas foram implementadas para atenuar essa falta de<br />
mobilidade, em especial daqueles Promotores de Justiça ainda classificados como de terceira<br />
entrância, situação criada pela Lei Complementar n. 32/2000, que alterou significativamente a<br />
classificação das entrâncias das comarcas. Como não existe solução mágica, a construção de<br />
uma alternativa para o problema deve passar por um amplo e urgente debate, tendo por norte a<br />
preservação de expectativas, com previsão de regras de transição e com a perspectiva de uma<br />
maior permanência em atividade, haja vista a possibilidade do aumento da idade mínima para a<br />
aposentadoria voluntária e regime remuneratório atual.<br />
Logo nos primeiros dias de nossa gestão definiremos os critérios para a escolha de Grupo<br />
de Trabalho para estudos e discussão do tema, que poderá contemplar, dentre outras possibilidades,<br />
a análise da proposta de unificação das entrâncias, que resultaria, em caso de adoção do<br />
modelo, numa maior mobilidade horizontal na carreira. A despeito do citado debate, complexo<br />
por natureza, propomos a alteração da classificação da entrância de algumas comarcas conforme<br />
as regras atuais, a partir da observância de parâmetros objetivos como a movimentação de autos<br />
e o número de habitantes atendidos, medida que poderá ser adotada ainda no primeiro semestre<br />
de 2017.<br />
De todo modo, qualquer que seja a opção dos membros do Ministério Público, precisam<br />
ser revistos os procedimentos atualmente adotados para a publicação de editais e julgamento<br />
dos requerimentos pelo Conselho Superior do Ministério Público, criando regras mais ágeis e<br />
menos burocráticas, sobretudo para as hipóteses nas quais o critério escolhido para a remoção/<br />
promoção seja a antiguidade.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
PLANO ADMINISTRATIVO
EIXO 5<br />
CAPTAÇÃO <strong>DE</strong> RECURSOS EXTERNOS,<br />
MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO E INVESTIMENTOS<br />
“A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e<br />
conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.<br />
”Martin Luther King”<br />
Mais que o reconhecimento legal, a busca pela efetiva autonomia financeira do Ministério<br />
Público ultrapassa a simples capacidade de elaboração da proposta orçamentária e de gerenciamento<br />
e aplicação dos recursos destinados a prover as atividades e serviços do órgão titular da<br />
dotação. Pressupõe a concreta existência de dotações que possam ser livremente administradas,<br />
aplicadas e remanejadas pela unidade orçamentária a que foram destinadas. Em tempos de crise e<br />
de contingenciamento de recursos públicos ordinários, espera-se do gestor mais do que o exercício<br />
das funções básicas de gerência, como planejar, organizar e controlar. Requer-se criatividade<br />
e ousadia principalmente para prospectar recursos extraorçamentários, como forma de suprir a<br />
necessidade de crescimento e manutenção da Instituição.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
AMPLIAÇÃO DAS ESTRUTURAS <strong>DE</strong><br />
APOIO LOGÍSTICO<br />
CAPTAÇÃO <strong>DE</strong> RECURSOS<br />
EXTRAORÇAMENTÁRIOS<br />
1.CRIAÇÃO DO FUNDO PARA A RECONSTITUIÇÃO <strong>DE</strong> BENS LESADOS (FRBL) e FOR-<br />
TALECIMENTO DO FUNDO <strong>DE</strong> MO<strong>DE</strong>RNIZAÇÃO E APRIMORAMENTO FUNCIONAL DO<br />
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO <strong>DE</strong> GOIÁS (FUNEMP-GO)<br />
À medida em que a sociedade evolui e passa a exigir seus direitos, a demanda da Instituição<br />
por recursos financeiros aumenta na mesma proporção. O crescimento do Ministério Público<br />
do Estado de Goiás e o início de sua estruturação física e humana, em meados da década de 90,<br />
fizeram com que o orçamento anual da Instituição apresentasse evolução constante, quase sempre<br />
superando o crescimento da receita estadual.<br />
1.AMPLIAÇÃO DO ESCOPO DA CENTRAL <strong>DE</strong> ATENDIMENTO DAS PROCURADORIAS E<br />
PROMOTORIAS;<br />
Criada pelo Ato PGJ n. 34/2014 para concentrar os requerimentos de bens patrimoniais e<br />
serviços de manutenção a partir do conceito de “comércio eletrônico”, a Central de Atendimento<br />
às Promotorias e Procuradorias de Justiça (CAP) será ampliada de forma a abranger todas as<br />
demandas administrativas do MPGO, o que diminuirá o tempo de resposta das solicitações e a<br />
transparência do processo. A partir do aprimoramento do sistema, os integrantes poderão acompanhar<br />
em tempo real o andamento de suas demandas, inclusive por meio de alertas enviados<br />
via e-mail e mensagens de texto, de modo que as informações relativas ao trâmite e à previsão<br />
de atendimento dos pedidos serão integralmente acessíveis e rastreáveis.<br />
Uma análise das Leis Orçamentárias dos últimos anos revela que o orçamento para o<br />
custeio e investimento da Instituição saltou em quase 200% (duzentos por cento), sendo que no<br />
mesmo período o crescimento da receita do Estado, conforme consta do portal Goiás Transparente,<br />
foi da ordem de aproximadamente 32% (trinta e dois por cento). O mesmo raciocínio pode<br />
ser aplicado às despesas com pessoal, que apresentaram variação extremamente positiva quando<br />
comparadas com o crescimento da receita estadual, em especial em razão do aumento do quadro<br />
de integrantes e do crescimento vegetativo da folha de pagamento.<br />
Além do incremento das receitas para o fortalecimento do Fundo de Modernização e Aprimoramento<br />
Funcional do Ministério Público que, a partir da aprovação da Lei n. 19.191/2015,<br />
experimentou crescimento considerável, faz-se necessária a busca de receitas alternativas para<br />
fazer frente às despesas de investimento e de custeio, notadamente para o financiamento de projetos<br />
especiais que guardem relação com a atividade ministerial. Ainda no primeiro semestre de<br />
2017 será feita a articulação necessária para a criação do FUNDO PARA A RECONSTITUIÇÃO<br />
<strong>DE</strong> BENS LESADOS, que terá por objeto o ressarcimento e a prevenção de danos causados à<br />
coletividade, relativos ao meio ambiente, ao consumidor, à economia popular, a bens e direitos<br />
de valores artísticos, estéticos, históricos, turísticos e paisagísticos, à ordem urbanística, à ordem<br />
econômica, ao patrimônio público ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo no âmbito do<br />
Estado. Referido fundo a ser dirigido por um Comitê Gestor com a coordenação do MPGO poderá<br />
atender às despesas com Projetos Institucionais, além de outras atividades que dizem respeito<br />
à atuação de outros órgãos de defesa de interesses coletivos.<br />
Em um continuo processo de melhoria, será ainda disponibilizada ferramenta para que<br />
os usuários possam avaliar e sugerir mudanças nos serviços prestados pela Instituição no formato<br />
de Help Desk. Dessa maneira, mesmo diante das novas situações do dia a dia, a CAP estará<br />
apta a fornecer suporte a todos usuários de produtos e serviços.
PROGRAMA <strong>DE</strong> GESTÃO<br />
2.REESTRUTURAÇÃO E RENOVAÇÃO DO PARQUE TECNOLÓGICO E DA FROTA <strong>DE</strong> VE-<br />
ÍCULOS;<br />
A irreversível automação das rotinas de atuação judicial e extrajudicial trouxe consigo<br />
a crescente dependência por equipamentos compatíveis com os modernos sistemas informatizados.<br />
Nos últimos anos a Instituição tem investido fortemente na modernização de seu parque<br />
de informática, culminando com a recente aquisição de um moderno centro móvel de processamento<br />
de dados, que permitirá aumentar a confiabilidade da rede de comunicação e a ampliação<br />
da capacidade de armazenamento das informações. A par das limitações tecnológicas das concessionárias<br />
de serviços públicos que, por exemplo, impedem que se aumente a velocidade da<br />
internet em diversas comarcas situadas no interior, investiremos maciçamente na aquisição de<br />
novos computadores, impressoras e demais equipamentos de informática, bem como na criação,<br />
onde não houver, de uma rede sem fio nos edifícios dos fóruns para a utilização durante as audiências<br />
ou alternativamente a retomada dos contratos de modens 4G para o acompanhamento<br />
de audiências.<br />
3.INCREMENTO DAS CONSTRUÇÕES, REFORMAS E MANUTENÇÕES <strong>DE</strong> SE<strong>DE</strong>S DO MP<br />
Nos últimos anos a demanda por construção de sedes para as Promotorias de Justiça tem<br />
se intensificado, principalmente em razão da falta de espaço destinado ao Ministério Público<br />
nos edifícios dos fóruns. Ciente dessa situação, a Instituição buscou estruturar-se para enfrentar<br />
os entraves postos, criando a Superintendência de Engenharia pelo Ato PGJ n. 9/2014, cuja<br />
previsão de cargos foi estabelecida pela Lei Complementar n. 103/2013, sendo estes providos<br />
por meio da realização de concurso público. Tecnicamente apta a enfrentar os desafios e oferecer<br />
melhores condições de trabalho aos Promotores de Justiça, nossa Instituição, mesmo não<br />
dispondo da capacidade de investimento do Poder Judiciário, agora tem condições de planejar<br />
a construção de novas sedes e de levar a cabo a tão almejada independência estrutural, considerando<br />
os novos recursos carreados ao FUNEMP a partir da Lei n. 19.191/2015.<br />
Objetivando compatibilizar a necessidade do atendimento célere das demandas das unidades<br />
do Ministério Público por espaços próprios, com a limitada disponibilidade de recursos<br />
orçamentários, em iniciativa inédita no âmbito da Instituição, iniciou o processo de locação<br />
sob medida da sede para as Promotorias de Justiça de Anápolis, consistente no oferecimento ao<br />
mercado investidor, por intermédio de um chamamento público, da possibilidade de construir<br />
ou adaptar um imóvel existente. Referido método, que poderá ser ampliado para outras comarcas,<br />
permitirá a resolução do problema de construção de novas sedes em curto espaço de tempo,<br />
além de não exigir enorme alocação de recursos próprios para a construção.<br />
Da mesma forma, com uma frota institucional que hoje conta com mais de 200 veículos<br />
e que demanda constante renovação e melhoria, substituiremos os veículos da capital e do<br />
interior, adequando-os às reais condições de trabalho das Promotorias de Justiça. Os veículos<br />
serão adquiridos e distribuídos, prioritariamente aos órgãos de Execução, a partir de critérios<br />
de segurança, capacidade de carga e potência, tendo em vista a extensão do território e a dificuldade<br />
de acesso, dentre outras, que definirão o modelo a ser adquirido. Cumpre lembrar que<br />
referida renovação estrutural será feita de forma planejada e mediante critérios objetivos tendo<br />
como suporte financeiro os recursos decorrentes da aprovação da Lei n. 19.191/2015, que criou<br />
uma nova taxa incidente sobre os emolumentos devidos pelos serviços notariais e de registro,<br />
destinando 3% destes para o FUNEMP-GO.<br />
É de se destacar, ainda, que o Ministério Público possui aproximadamente quarenta<br />
sedes próprias, que demandam reformas constantes e ampliações, cujo cronograma poderá ser<br />
retomado sobretudo nas localidades em que referidas medidas demandem urgente intervenção<br />
com os recursos agora disponíveis no FUNEMP. Além disso, para assegurar que as edificações<br />
utilizadas pela Instituição tenham condições adequadas de habitabilidade, higiene e segurança,<br />
será aperfeiçoado o programa de manutenção preventiva das sedes do Ministério Público, com<br />
o estabelecimento de cronogramas elaborados com a participação dos coordenadores das Promotorias<br />
de Justiça.<br />
Por derradeiro, todas as sedes próprias e unidades do Ministério Público situadas em<br />
fóruns serão revisitadas, para a elaboração de um minucioso estudo de prevenção de riscos,<br />
adotando-se, em conjunto com o Gabinete de Segurança Institucional, as medidas necessárias à<br />
mitigação de riscos, em especial a colocação de barreiras físicas e perimétricas, assim como a<br />
implantação de Circuito Fechado de Televisão, com monitoramento remoto.
RODNEY DA SILVA<br />
PROMOTOR <strong>DE</strong> JUSTIÇA<br />
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