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Informativo Simers Dez2016 - Ipe-Saúde

5 ANOS DE HONORÁRIOS CONGELADOS. CHEGA! São mais de 7 mil médicos credenciados ao IPE-Saúde, e a paciência acabou. Duas frentes de pressão foram deflagradas pelo SIMERS.

5 ANOS DE HONORÁRIOS CONGELADOS. CHEGA!
São mais de 7 mil médicos credenciados ao IPE-Saúde, e a paciência acabou. Duas frentes de pressão foram deflagradas pelo SIMERS.

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MAIS MÉDICOS - NÚMEROS DO FRACASSO - DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO<br />

INFORMATIVO<br />

SINDICATO MÉDICO DO RIO GRANDE DO SUL | DEZEMBRO 2016<br />

5 ANOS DE<br />

HONORÁRIOS<br />

CONGELADOS<br />

CHEGA!<br />

Defensoria Pública RS<br />

São mais de 7 mil médicos credenciados ao IPE-<strong>Saúde</strong>, e a paciência acabou. Duas frentes de pressão foram deflagradas<br />

pelo SIMERS. Depois de quase dois anos tentando obter alguma atitude da atual direção do IPERGS, nomeada<br />

pelo Governador José Ivo Sartori, o SIMERS decidiu ir à Justiça para cobrar o reajuste dos valores de honorários e<br />

procedimentos. Outro passo importante foi a decisão do SIMERS, CREMERS e AMRIGS de se retirarem de forma coletiva<br />

do Grupo Paritário do IPE-<strong>Saúde</strong>, do qual faziam parte desde 2004 e que ajudaram inclusive a construir. O Grupo foi<br />

criado para buscar melhores condições dos honorários (no caso dos médicos). Como também não há perspectiva de<br />

solução e os valores estão congelados desde 2011, só restou às três entidades se afastarem.<br />

LEIA MAIS<br />

IPERGS: Promessas<br />

e ônus aos médicos.<br />

Por que se afastar<br />

do Grupo Paritário?<br />

O que é a ação<br />

na Justiça?


2 • INFORMATIVO SIMERS - IPE-SAÚDE<br />

Divulgação/SIMERS<br />

Jorge Eltz, diretor do SIMERS, em reunião do Grupo Paritário: “IPERGS desrespeita os médicos”<br />

Retirada do GRUPO PARITÁRIO<br />

Diante de tantos agravantes e sem perspectiva de avanços,<br />

SIMERS, CREMERS e AMRIGS decidiram se retirar do Grupo<br />

Paritário, criado pela Lei 12.134/2004 e formado pelas<br />

entidades médicas, hospitalares e a direção do IPERGS.<br />

O grupo foi constituído para discutir e resolver conflitos, mas,<br />

na prática, isso há muito tempo deixou de ser uma realidade.<br />

A decisão já foi comunicada ao Governador José Ivo Sartori,<br />

de quem o Sindicato Médico aguarda providências imediatas.<br />

A luta é por uma saúde de qualidade para todos e uma<br />

remuneração adequada.<br />

Divulgação/SIMERS


INFORMATIVO SIMERS - IPE-SAÚDE • 3<br />

Acerto agora<br />

é na Justiça!<br />

O SIMERS foi à Justiça! Chega do descaso da<br />

direção do IPERGS. A entidade ingressou com uma<br />

Ação Coletiva, que já tramita na 3º Vara da Fazenda<br />

Pública, em Porto Alegre. O alvo é o presidente do<br />

IPERGS, José Parode. A medida cobra que a direção<br />

demonstre equilíbrio contratual e financeiro das suas<br />

decisões.<br />

Um dos pontos de revolta é o fato de que, mesmo<br />

após aumentar os valores das contribuições dos<br />

beneficiários do IPE-<strong>Saúde</strong> em 2012 e 2016, os<br />

médicos conveniados como pessoa física não tiveram<br />

nenhuma recomposição.<br />

“Depois de cinco anos de conversas e muitas<br />

notificações, não tivemos nem ao menos a inflação<br />

reposta. Esgotaram todas as possibilidades, por<br />

isso não tivemos outra saída a não ser recorrer à<br />

Justiça”, ressalta o diretor do SIMERS Jorge Eltz, que<br />

acompanhava todas as reuniões do Grupo Paritário.<br />

Não é apenas a defasagem dos honorários que<br />

preocupa o Sindicato Médico. Está em curso um<br />

progressivo desmonte de um serviço essencial aos<br />

beneficiários. Além de amargas perdas por atender<br />

um convênio sem atualização mínima dos honorários,<br />

os profissionais credenciados são penalizados, o que<br />

gera mais dificuldades à sustentação de consultórios,<br />

com a mora de pagamento, cobrança de manutenção<br />

da máquina leitora do cartão magnético e glosas<br />

permanentes.<br />

“Ao ignorar as demandas dos mais de 7 mil médicos<br />

credenciados, a atual administração do Instituto<br />

demonstra também descaso com o atendimento em<br />

saúde de todos os gaúchos que utilizam o IPE-<strong>Saúde</strong><br />

diariamente”, reforça Eltz.<br />

IPE-SAÚDE<br />

ESCASSEZ E ABUNDÂNCIA<br />

> Inflação oficial de 2011 a 2016: 43,81% (INPC/IBGE)<br />

> Defasagem dos honorários: consultas deveriam subir de<br />

R$ 47 para, pelo menos, R$ 91,65 (CBHPM)<br />

> Mais dinheiro entre 2011 e 2016 para assistência<br />

RECEITA DO IPE-SAÚDE<br />

R$ 1.098.833.188,73<br />

EM 5 ANOS<br />

*Acumulado entre janeiro e novembro.<br />

Fonte: Estado<br />

AUMENTO<br />

57% 0%<br />

DA RECEITA<br />

DO IPE SAÚDE<br />

REAJUSTE<br />

AOS<br />

MÉDICOS<br />

PARA ONDE FOI ESTE DINHEIRO?<br />

www.simers.org.br<br />

SindicatoMedicoDoRS<br />

AUMENTO DE 57,1% EM 5 ANOS<br />

2011 2016<br />

@<strong>Simers</strong>_RS<br />

R$ 1.726.505.780,87*<br />

A verdade faz bem à saúde.


4 • INFORMATIVO SIMERS - IPE-SAÚDE<br />

DEZEMBRO/2016<br />

Divulgação/SIMERS<br />

AS RAZÕES<br />

>> A última conquista: há décadas, o<br />

SIMERS luta por melhorias na remuneração<br />

dos médicos. Em 2011, houve a última<br />

vitória significativa, com o aumento de<br />

40% no valor das consultas e de 20% no<br />

valor dos procedimentos. Desde então, os<br />

valores estão congelados!<br />

Argollo em audiência com Sartori em julho deste ano.<br />

O SIMERS foi ao<br />

Governador e<br />

nada adiantou<br />

Se a direção do IPERGS não toma uma atitude, é preciso ir<br />

ao Governador. Foi o que o presidente do SIMERS, Paulo de<br />

Argollo Mendes, fez em 7 de julho. Em audiência com José<br />

Ivo Sartori, Argollo tocou nos rumos que a atual direção do<br />

Instituto está tomando. “A administração está em visível rota<br />

de colisão com a categoria médica”, alertou o presidente do<br />

Sindicato, que relatou as dificuldades com a gestão. O tema<br />

principal foi o reajuste aos médicos credenciados. Argollo<br />

solicitou ao Governador que busque soluções para evitar<br />

conflitos entre a categoria e o governo. Sartori não agiu, o<br />

SIMERS sim, com a saída coletiva do Grupo Paritário e a ação<br />

na Justiça.<br />

>> Promessas descumpridas: o IPERGS<br />

assumiu o compromisso de adotar a<br />

Classificação Brasileira Hierarquizada<br />

de Procedimentos Médicos (CBHPM), a<br />

partir de 31 de dezembro de 2011, na sua<br />

totalidade, com codificação e valoração.<br />

Até hoje isso não passou de engodo. A<br />

CBHPM, por exemplo, prevê R$ 91,65 para a consulta. Os médicos<br />

recebem R$ 47,00 (praticamente a metade).<br />

>> Mais gastos para os médicos: para tornar o quadro mais<br />

insustentável, a autarquia passou a obrigar os credenciados a<br />

pagarem pelo uso da máquina leitora de cartão magnético do<br />

usuário (o PinPad). Além de ter mais esta conta, os profissionais<br />

precisam lidar com um aparelho que só dá problemas. O SIMERS<br />

reagiu e foi contra essa cobrança. A assessoria do Sindicato que<br />

faz a interface com os credenciados chegou a somar mais de<br />

440 ocorrências de problemas em apenas dois meses!<br />

>> Nova manobra: em agosto deste ano, a direção do<br />

IPERGS veio com outra invenção. Criou uma ‘nova’ forma de<br />

credenciamento, como Pessoa Jurídica (PJ). O Instituto fez<br />

chantagem: exigiu o enquadramento em troca de um valor<br />

de consulta de R$ 68,00. O SIMERS alertou imediatamente<br />

os médicos: como PJ assumem todas as despesas e<br />

responsabilidades desse tipo de vínculo, além da inversão<br />

do ônus da prova. Ou seja, quando um profissional é Pessoa<br />

Jurídica e sofre acusação de erro médico, cabe a ele provar que<br />

não cometeu – e não ao paciente.<br />

RAIO-X IPERGS:<br />

OUTROS PRESTADORES:<br />

7.343 médicos<br />

credenciados<br />

618.377<br />

contribuintes<br />

315<br />

hospitais<br />

676<br />

laboratórios<br />

1.026.430<br />

beneficiários<br />

408.053<br />

dependentes<br />

605<br />

clínicas<br />

573<br />

(outros serviços)

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