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carbono e núcleos metálicos. A associação <strong>de</strong>sses<br />
três componentes gera um material magnético com<br />
afinida<strong>de</strong> tanto por água quanto por óleo (anfifílico)<br />
(UOL, 2010).<br />
Quando esse material é adicionado a misturas<br />
<strong>de</strong> óleo e água, como o petróleo recém-extraído<br />
<strong>de</strong> plataformas ou à simples aplicação <strong>de</strong> um<br />
campo magnético (ímã), o material consegue<br />
unir as bolhas <strong>de</strong> óleo (ou água) em bolhas cada<br />
vez maiores, até que o óleo e a água estejam<br />
completamente separados.<br />
Benefícios<br />
Os produtos beneficiados do uso da<br />
nanotecnologia aproveitam os <strong>de</strong>jetos e<br />
subprodutos <strong>de</strong> outros processos industriais. Para<br />
a construção dos nanotubos, a glicerina, hoje um<br />
subproduto da fabricação do biodiesel, po<strong>de</strong> ser<br />
utilizada como fonte <strong>de</strong> carbono. Além disso, para<br />
tornar as partículas nanoamphil magnéticas, po<strong>de</strong>se<br />
fazer o uso <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> bauxita resultantes<br />
do processamento industrial do alumínio, um<br />
material tóxico conhecido como lama vermelha.<br />
reagentes para retirá-los <strong>de</strong>pois. Com isso, o<br />
uso dos materiais que utilizam a nanotecnologia<br />
eliminaria etapas do processamento em refinarias,<br />
visto que a separação magnética evita qualquer<br />
contaminação do petróleo ou água, diminuindo<br />
ainda mais o custo da produção <strong>de</strong> petróleo para<br />
as empresas. Outro ponto interessante é que eles<br />
não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da temperatura, como nos métodos<br />
tradicionais e também levam menos tempo para<br />
atuar (SEPARAÇÃO, 2010).<br />
Além disso, por serem bio<strong>de</strong>gradáveis possuem<br />
a vantagem <strong>de</strong> possibilitar a recuperação do óleo<br />
absorvido após o uso, diminuindo em até 20 vezes<br />
o <strong>vol</strong>ume <strong>de</strong> resíduo contaminado a ser incinerado<br />
ou disposto em aterros apropriados - segundo o<br />
grupo <strong>de</strong> pesquisadores (CIENTISTAS, 2010).<br />
O uso <strong>de</strong>ssa nova tecnologia para a separação<br />
da mistura entre o óleo e a água não seria restrita<br />
apenas ao uso como substâncias <strong>de</strong>semulsificantes<br />
na produção do petróleo, po<strong>de</strong>m ser também<br />
empregadas em qualquer processo que necessite<br />
<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> separação. Esses produtos também<br />
po<strong>de</strong>m ser utilizados no caso <strong>de</strong> um <strong>de</strong>rramamento<br />
<strong>de</strong> petróleo no mar, evitando maiores impactos<br />
ambientais, em função do rápido tempo <strong>de</strong><br />
atuação e da fácil remoção sem contaminação por<br />
magnetismo.<br />
Figura 7 - Lagoa contaminada pela Lama Vermelha<br />
Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/blog/wpcontent/gallery/lama-vermelha/thumbs/thumbs_lamavermelha-8.jpg<br />
A lama vermelha é um rejeito que causa gran<strong>de</strong>s<br />
impactos ambientais, por conta <strong>de</strong> seu pH básico e<br />
da presença <strong>de</strong> óxidos metálicos que contaminam<br />
rios, peixes e águas subterrâneas. Com o uso<br />
<strong>de</strong>sses materiais e consi<strong>de</strong>rando que a principal<br />
matéria-prima utilizada para a criação <strong>de</strong>sses<br />
novos produtos é a vermiculita, e que o Brasil é<br />
um gran<strong>de</strong> produtor <strong>de</strong>sse mineral, o custo <strong>de</strong>sses<br />
<strong>de</strong>semulsificantes acaba sendo muito inferior<br />
aos usados atualmente. Esses produtos usados<br />
atualmente pelas empresas são polímeros, por isso<br />
a maioria <strong>de</strong>les não é bio<strong>de</strong>gradável e contamina a<br />
fase oleosa da mistura.<br />
Sendo assim as empresas têm gastos não só<br />
com os <strong>de</strong>semulsificantes, mas também com<br />
Figura 8 - Vazamento <strong>de</strong> óleo no aci<strong>de</strong>nte ocorrido no<br />
Golfo do México em 2010<br />
Fonte: http://leocrash.files.wordpress.com/2010/12/<br />
golfo-do-mexico.jpg<br />
Conclusão<br />
Com os resultados apresentados neste trabalho<br />
po<strong>de</strong>mos concluir que:<br />
• O uso da nanotecnologia como ferramenta<br />
permite uma maior manipulação dos compostos dos<br />
quais os produtos são constituídos, aprimorando<br />
nesses casos os <strong>de</strong>semulsificantes;<br />
• Os <strong>de</strong>semulsificantes estão se tornando mais<br />
eficientes e menos danosos ao meio ambiente;<br />
• Diminui o custo e o número <strong>de</strong> etapas da<br />
produção <strong>de</strong> petróleo;<br />
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