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Biorremediação no Combate ao Derramamento <strong>de</strong> Petróleo Edna Andra<strong>de</strong> Fernan<strong>de</strong>s* Ottávio <strong>de</strong> Azevedo Oliveira Rodrigues** Viviane Gomes Murteira*** Resumo Áreas contaminadas com hidrocarbonetos têm sido um problema cada vez mais constante, uma vez que existe um gran<strong>de</strong> crescimento na produção, distribuição e consumo <strong>de</strong> petróleo, principalmente nos últimos anos. Desta forma, é cada vez mais importante o conhecimento <strong>de</strong> técnicas que sejam eficientes na limpeza <strong>de</strong>ssas áreas. Assim, técnicas <strong>de</strong> biorremediação têm sido <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>vidas a fim <strong>de</strong> acelerar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação com menor custo, menor tempo e menores danos ambientais. Este trabalho <strong>de</strong>screve algumas <strong>de</strong>ssas técnicas para o metabolismo <strong>de</strong> hidrocarbonetos por microrganismos e os fatores que influenciam na sua <strong>de</strong>scontaminação. Palavras-chave: Biorremediação. Petróleo. Microrganismos. Descontaminação. Introdução O petróleo é uma substância líquida encontrada na natureza e utilizada para inúmeras finalida<strong>de</strong>s, como para a obtenção <strong>de</strong> combustíveis, medicamentos, solventes, óleos lubrificantes e outros. Há três mil anos o petróleo já era utilizado na construção <strong>de</strong> castelos e embarcações, na preparação <strong>de</strong> múmias, na cura <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> pele, na iluminação e em outras ativida<strong>de</strong>s (CABRAL, 2009). O petróleo foi usado, por muitas décadas, para a iluminação e, em menor escala, como lubrificante. A invenção do motor <strong>de</strong> combustão interna e sua adoção rápida em todas as formas <strong>de</strong> transporte ampliaram o emprego <strong>de</strong>sse recurso natural, aumentando a <strong>de</strong>manda e com isso a produção, o transporte, a estocagem e a distribuição tanto do óleo cru quanto <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>rivados. Todas essas ativida<strong>de</strong>s en<strong>vol</strong>vem riscos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrames aci<strong>de</strong>ntais, que po<strong>de</strong>m ser minimizados, mas não totalmente eliminados (CRAPEZ et al., 2002). Aci<strong>de</strong>ntes com <strong>de</strong>rrames <strong>de</strong> petróleo constituem uma gran<strong>de</strong> preocupação em todos os países do mundo, pois, quando ocorrem, representam tanto uma gran<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> óleo quanto um gran<strong>de</strong> impacto negativo na flora, na fauna e na saú<strong>de</strong> humana (RIBEIRO et al., 2003). Após o <strong>de</strong>rrame, o petróleo fica sujeito a alguns processos como espalhamento, evaporação, dissolução, foto<strong>de</strong>gradação, bio<strong>de</strong>gradação entre outros. Todos esses processos influenciam na escolha da medida <strong>de</strong>fensiva para a recuperação <strong>de</strong>sses ambientes impactados (RIBEIRO et al., 2003). Revisão Bibliográfica Petróleo O petróleo é uma substância oleosa, menos <strong>de</strong>nsa do que a água, constituída essencialmente pela mistura <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> compostos orgânicos formados pela combinação <strong>de</strong> moléculas <strong>de</strong> carbono e hidrogênio, constituindo longas ca<strong>de</strong>ias parafínicas abertas e cicloparafínicas ou anéis aromáticos ligados por complexos orgânicos variados. Sua cor varia <strong>de</strong> acordo com a origem, oscilando do negro ao âmbar. Apresenta-se sob a forma fluida ou semissólida, <strong>de</strong> consistência semelhante à das graxas, e encontra-se no subsolo a profundida<strong>de</strong>s variáveis (POPP, 1999). O petróleo é constituído por uma mistura complexa <strong>de</strong> hidrocarbonetos (alifáticos ou aromáticos), e em menores quantida<strong>de</strong>s, por compostos não hidrocarbônicos e outros componentes orgânicos, alguns constituintes organometálicos, especialmente complexos <strong>de</strong> vanádio e níquel. Sua composição varia em função da localização geográfica e das condições físicas, químicas e biológicas que o originaram (TONINI et al., 2010). Bio<strong>de</strong>gradação Microbiana Em 1946, o microbiólogo marinho norte-americano Clau<strong>de</strong> E. ZoBell (1905-1989) i<strong>de</strong>ntificou, pela primeira vez, microrganismos capazes <strong>de</strong> consumir petróleo, isto é, <strong>de</strong> usá-lo como fonte <strong>de</strong> carbono para a geração <strong>de</strong> biomassa. Na época, porém, os <strong>de</strong>rrames <strong>de</strong> petróleo ainda não eram vistos como um problema ambiental sério. Apenas 21 anos <strong>de</strong>pois, em 1967, o aci<strong>de</strong>nte com o superpetroleiro Torrey Canyon, na Inglaterra, e o <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>vimento * Técnico em Eletromecânica pelo IF Fluminense, campus Macaé. ** Técnico em Eletromecânica pelo IF Fluminense, campus Macaé. *** Técnico em Automação Industrial pelo IF Fluminense, campus Macaé. 69
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