Revista_FUndabom_5(completa)[1]
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comemorativa nº 00 trazia detalhes sobre a escolha<br />
do nome para a publicação: São Flo ria no. Citava<br />
também que o santo seria, no futuro, o santo<br />
padroeiro dos bombeiros.<br />
De fato, pouco tempo depois, o padre capelão<br />
da PM celebrou a entronização solene da imagem<br />
de São Flo ria no no saguão do gabinete do comando.<br />
Não se encontrou o registro formal desse ato,<br />
mas alguns companheiros lembram-se dele muito<br />
bem. Esses boletins perduraram até 2008 em formato<br />
impresso, quando passaram a ser editados<br />
no formato digital e pos te rior men te inseridos no<br />
site do Corpo de Bombeiros, perdurando até 2013.<br />
Portanto, podemos considerar que foi a partir de<br />
abril de 1988 que São Flo ria no passou ser considerado<br />
o padroeiro dos bombeiros de São Paulo.<br />
Folheto do museu em Viena<br />
SÃO JOÃO DE DEUS<br />
Dias atrás estava lendo o agradável livro Lembranças<br />
do Casarão Vermelho, escrito pelo coronel Bombeiro<br />
Militar Fernando Girão Loureiro, do Rio de<br />
Janeiro, quando me sur preen di com a informação<br />
de que por lá, desde 1941, o santo padroeiro é São<br />
João de Deus, reconhecido pela Arquidiocese Militar<br />
do Brasil como o Santo Padroeiro dos Bombeiros<br />
Militares. Buscando mais informações,<br />
constatei que São João de Deus nasceu em Portugal,<br />
no dia 8 de março de 1495, e peregrinou por<br />
vá rios paí ses da Europa, fixando- se em Granada,<br />
Espanha, onde faleceu também num 8 de março,<br />
de 1550. Foi nessa cidade que alugou uma velha<br />
O santo das águas<br />
Flo ria no viveu na Áustria no século IV d.C. e era<br />
ofi cial do Exército Im pe rial das Le giões Romanas.<br />
Por se negar a abandonar a fé cristã, foi condenado<br />
à morte, sendo jogado nas águas do rio Enns,<br />
amarrado a uma pedra de moinho, no dia 4 de maio<br />
de 304. No local onde foi enterrado, próximo à cidade<br />
de Linz, foi erguido um enorme monastério,<br />
que hoje abriga um belíssimo e bem equipado Museu<br />
de Bombeiros. Sua veneração foi ofi cial men te<br />
introduzida na igreja pelo Martirológico Romano<br />
no século VIII. Seu culto se popularizou rapidamente<br />
na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recor<br />
riam a ele pedindo proteção, em es pe cial contra<br />
as inundações. Por essa ligação com a água, ao<br />
longo do tempo São Flo ria no se tornou o protetor<br />
contra os in cên dios e padroeiro dos bombeiros.<br />
Diz se que devido aos constantes in cên dios que<br />
assolavam as modestas construções, Flo ria no teria<br />
cria do um pequeno destacamento de le gio ná rios<br />
para permanentemente lutar contra o fogo. Reza a<br />
lenda que uma noite um grande incêndio des truía<br />
parte da vila administrada por Flo ria no e que, ao<br />
rogar ajuda a Deus, com um único balde ele teria<br />
acabado com o fogo. Outra tradição popular que<br />
o liga aos in cên dios conta que um mineiro que caíra<br />
numa mina de carvão em chamas foi salvo após<br />
invocar o santo. É padroeiro da Polônia e dos Corpos<br />
de Bombeiros de inúmeros paí ses da Europa e<br />
dos Estados Unidos, sendo representado com uma<br />
espécie de cântaro nas mãos, jogando água sobre<br />
uma casa in cen dia da.<br />
junho 2016 REVISTA FUNDABOM 49