Jornal Cerrado

AGÊNCIA SENADO
EDUCAÇÃO
Senador Wilder relata projeto
que prevê uso do FGTS para
quitar dívidas com Fies
INGLATERRA
Marconi anuncia bolsas
de mestrado para grupos
sub-representados
ASSESSORIA/GOV. GO
CERRADO
Goiânia, QUARTA-FEIRA, 19 de abril de 2017
TOLENTINO
Universo político em telas
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DIVULGAÇÃO

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GOIÂNIA,
QUARTA-FEIRA
19 DE ABRIL DE 2017
CERRADO
TOLENTINO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A arte mira
a política
WELLITON CARLOS
Demorou um artista de
grandes atributos flexionar sua
vocação e usá-la para compreender
a realidade política mundial.
Ou mais especificamente,
a realidade política observada
do particular para o geral. É o
que tem tratado o artista plástico
e cenógrafo Tolentino, um
figurativista de mão cheia, em
suas obras recentes.
Ele usa o desenho e aquarela
para interpretar temas
contemporâneos e que se referem
ao universo político,
sempre com uma pitada de
humor e vivacidade. Colorida,
suas criações mais recentes
não chegam a ser ilustrações
gráficas ou charges de jornal.
Mas em nada devem ao espírito
daqueles que seguiram a
trajetória panfletária de Honoré
Daumier (1808-1879).
Quem visitar sua exposição
na Vila Cultural Cora Coralina,
em Goiânia, vai encontrar
estas obras da nova fase do
artista. “Entendeu, quer que
desenhe?” é uma provocação,
já que desperta o espectador
para compreender a realidade
por outro olhar – o estético e o
irônico.
Tolentino explica que leu
e se informou bastante sobre
os acontecimentos dos últimos
dois anos. Por isso, em 14
meses, se concentrou na arte
da representação e cumpriu o
desafio. O objeto de análise é
amplo, mas o artista também
produziu muito: 50 trabalhos.
Trata-se de uma mostra praticamente
recordista em material
inédito e específico.
Atentados terroristas, drama
dos refugiados, crise política,
impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff. Enfim,
praticamente um turbilhão de
acontecimentos foi levado para
o papel.
Movido pelas manchetes
e sua leitura crítica, o artista
adotou como ponto de partida
sua desenvoltura com a figura
humana. Em uma das peças
levadas ao público, a deusa
da Justiça, em plena “praça de
Brasília”, aparece flechada em
seu coração.
Na mesma composição, Tolentino
refaz o traço da escultura
de Bruno Giorgi. Chamada
de “Os Guerreiros”, a peça leva
também um nome mais regional,
“Os Dois candangos”. Pois
bem, um deles aparece decepado,
com a perna ao chão. Ao
fundo palácios que representam
os poderes da República
se encontram. Estão lá o Supremo
Tribunal Federal (STF),
o Palácio do Planalto e o Congresso
Nacional.
O desenho funciona mais
como uma ilustração, já que é
simples e de fácil leitura para
quem já traz algumas camadas
de conhecimento da política
brasileira filtradas pela mídia.
Tolentino apresenta um
grande domínio da técnica e
insere sua arte em uma linguagem
moderna, com vivacidade
e tom espirituoso. O uso do
preto e branco se contrasta
com o colorido do amarelo, verde
e laranja em algumas tramas
e texturas. O artista dosa o volume,
cria narrativas cuja figuração
já diz o contexto e o que
se pretende comunicar.
O desenhista também faz
uso de uma das imagens mais
emblemáticas de Goiás – o
Bandeirantes. Sob o sol do cerrado,
uma torneira derrama
uma substância viscosa e vermelha.
Sangue ou lama, o fato
é que a expressão do ícone da
colonização de Goiás – hoje
uma figura polêmica, já que é
considerado por muitos como
um assassino de índios – representa
décadas de nossa história
e os apuros que aos poucos
necessitamos enfrentar diante
da crise.
Quem conhece a obra de
Alberto Tolentino sabe
que ele é um grande
comunicador visual,
com uma linguagem
que permeia
o realismo, a pop
arte, o impressionismo
e tantas
outras correntes
que não desprezam
a figura.
Sua carreira
é de grande
movimentação,
com exposições
e passagens em
diversas galerias
e escola de arte
do mundo.
Até 20 de maio
é possível conhecer
sua leitura de mundo.
Não é bem uma
leitura dinâmica.
Mas uma leitura
detida e criteriosa.
Sua arte acrescenta
informação ao
fruidor.
Artista goiano se inspira nas contradições da política para
criar uma série de obras de arte em desenho e aquarela.
Alberto Tolentino é referência no figurativismo goiano
CERRADO
Informativo diário do gabinete do senador Wilder
Brasília
Senado Federal – Ala Sen. Afonso Arinos – Anexo II
Gabinete nº 13 – CEP 70165-900.
Telefone: (61) 3303-2092/Fax (61) 3303-2964
Goiânia
Rua 88, nº 613, Qd. F-36, Setor Sul —
CEP 74-085-115.
Telefone: (62) 3638-0080/(62) 3945-0041
Editor
Thiago Queiroz
Supervisão gráfica
Valdinon de Freitas
Reportagem
Sinésio Dioliveira, Welliton Carlos,
João Carvalho, Wandell Seixas e
Rafaela Feijó
Capa
Pula-pula-de-sobrancelha
e camboatá-vermelho

CERRADO
GOIÂNIA, QUARTA-FEIRA
19 DE ABRIL DE 2017
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ENSINO SUPERIOR
Senador Wilder é relator de projeto que autoriza uso do
FGTS para pagamento de dívidas com Fies e faculdades
SÍLVIO JÚNIOR
O Censo da Educação superior
divulgado recentemente pelo
Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira ( Inep) apontou que caiu
o número de novos alunos na
rede privada ( -6,9%), entre 2014
e 2015. A queda ocorre no mesmo
período em que o governo
federal mudou regras e reduziu
a oferta de novos contratos de
financiamento para quem quer
estudar na rede privada usando
o Fundo de Financiamento
Estudantil Fies. Entidades do
setor indicaram que o quadro
está somado à crise econômica.
A evolução nos ingressantes
na rede pública era constante
desde 2009, culminando com o
aumento, entre 2013 e 2014, de
16% no total de novos alunos,
passando de 2.211.104 ingressantes
para 2.562.306. Também
foi neste mesmo período que o
gasto do governo federal com o
Fies saltou de R$ 7,5 bilhões para
R$ 12,2 bilhões.
Já entre 2014 e 2015, o número
de novos alunos na rede privada
oscilou de 2.562.306 para
2.385.861, resultando na queda
de 6,9%. Esses dados consideram
as vagas totais, tanto as
oferecidas nos vestibulares daquele
ano quanto as que ficaram
remanescentes de outros vestibulares
ou por causa da desistência
de alunos.
Apenas nos dados de 2014-
2015 é possível comparar exclusivamente
a taxa de ocupação
de novas vagas, aquelas oferecidas
nos vestibulares do ano.
Neste cenário, a rede privada
teve um desempenho ainda pior
com queda de 8,7%, saindo de
2.307.988 calouros (2014) para
2.105.835 (2015). O mesmo dado
não está disponível para comparação
com 2013.
Apesar de os recursos do Fies
subirem para R$ 17,8 bilhões em
2015, este ano foi marcado por
mudanças nas regras de acesso
ao financiamento anunciadas
pelo MEC, período em que as
empresas privadas de educação
passaram a alertar que quase
metade dos contratos não foram
fechados.Atualmente, instituições
particulares de ensino
afirmam que o programa acumula
atraso no repasse de cerca
de R$ 5 bilhões.
Outro fato preocupante é que
o índice de inadimplência do Fies
(financiamento estudantil) atinge
53% dos 526,2 mil contratos em
fase de pagamento que estavam
atrasados em 2016. Os dados são
da Lei de Acesso à Informação
e apontam que a inadimplência
era de 47% em 2014 e de 49%
em 2015, conforme levantamento
feito pela Controladoria Geral
AGÊNCIA SENADO
Wilder diz que projeto dá oportunidade àqueles que querem fazer um curso superior, mas não
têm condições de bancar um financiamento estudantil
da União (CGU) e pelo Tribunal de
Contas da União (TCU).
Diante deste retrato do ensino
superior no Brasil e do alto
índice de inadimplentes no Fies
e nas faculdades , foi apresentado
no Senado o projeto que
acrescenta ao inciso XVIII ao
art. 20 da Lei nº 8.036/1990
para permitir a utilização de recursos
da conta vinculada do
Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS para pagamento
de matrícula e men-
salidades em instituições de
ensino superior e técnico profissionalizante,
inclusive saldo
devedor de programas de crédito
educativo do trabalhador e
seus dependentes, observadas
as seguintes condições: renda
inferior a 5 (cinco) salários mínimos,
contar com no mínimo
3 (três) anos de trabalho sob o
regime do FGTS.
A proposta determina como
condição do estudante usufruir
do benefício que ele esteja matriculado
numa instituição de ensino,
obrigatoriamente, credenciada
ao Ministério da Educação,
realizar um único saque a cada
12 (doze) meses, admitindo-se a
utilização do saque para o pagamento
de mensalidades vencidas
e vincendas; dispõe que o Conselho
Curador do FGTS estabelecerá
os limites globais dos saques
realizados pelos trabalhadores;
acrescenta o inciso XIX ao art. 20
da Lei nº 8.036/1990 para permitir
a utilização de recursos da conta
vinculada do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço - FGTS
para pagamento de dívidas do
trabalhador, como pessoa física,
de natureza civil, comercial, fiscal
ou previdenciária, inscritas em
cadastro de inadimplentes dos
poderes públicos ou serviços de
proteção ao crédito. A propositura
tem como relator o senador Wilder
Morais.
“O que esse projeto pretende
é dar uma oportunidade àqueles
que querem fazer um curso superior,
mas não têm condições de
bancar um financiamento estudantil
e também auxiliar os estudantes
que estão inadimplentes
com as instituições privadas ou
com o MEC, no pagamento de
parcelas vencidas ou que vão vencer”,
conclui o senador Wilder.
PESQUISA
Marconi viabiliza projeto que financia bolsa de mestrado na Inglaterra
ASSESSORIA/GOV. GO
O mestrado tem como objetivo fortalecer minorias étnicas e
pesquisadores de ciência e inovação no Brasil no meio científico
O governador Marconi Perillo
parabenizou os 10 pesquisadores
selecionados para a bolsa de Mestrado
no Reino Unido, direcionada
a grupos sub-representados na
ciência, em solenidade realizada
na manhã desta terça-feira, 18,
no 10º andar do Palácio Pedro
Ludovico Teixeira. Os contemplados
são de Goiás (6), Paraíba (2) e
Bahia (2). O Governo de Goiás, a
Fundação de Amparo à Pesquisa
(Fapeg), o Fundo Newton, o British
Council e as Fundações de
Amparo à Pesquisa da Bahia e Paraíba
vão investir cerca de R$ 1,6
milhão no projeto-piloto.
O mestrado tem como objetivo
fortalecer a participação
de grupos sub-representados
(minorias étnicas e pesquisadores
de ciência e inovação no
Brasil) no meio científico, além
de influenciar políticas inclusivas.
“Essa parceria é referência
para o Brasil e o mundo. O apoio
do governador Marconi Perillo
à pesquisa está gerando frutos
nas áreas da educação, ciência e
inclusão social”, salientou a presidente
da Fapeg, Maria Zaira
Turchi. Marconi agradeceu os representantes
das universidades
e instituições de pesquisa “pela
convergência de esforços, de
ações e de iniciativas”, que visam
contemplar a diversidade e a inclusão
através da ciência.
A iniciativa visa também
apoiar o ambiente científico e de
inovação no Brasil. “Nós estamos
celebrando nesse dia o florescimento,
o amadurecimento e a
existência das nossas Fundações
de Amparo à Pesquisa”, disse o
governador, ao lembrar que a
Fundação de Amparo à Pesquisa
de Goiás foi criada em 2005.
O valor da bolsa individual é
de até 40 mil Libras, totalizando
400 mil Libras, o equivalente R$
1,6 milhão, com financiamento
das Fundações de Amparo à Pesquisa
e o Fundo Newton. “Como
mulher negra eu quero ressaltar
que esse curso é muito importante
para adquirirmos conhecimento
e darmos mais visibilidade
às mulheres, em especial as negras.
Eu estou numa posição privilegiada,
mas não posso, jamais,
me esquecer de onde eu vim, e
onde quero chegar”, declarou a
bolsista Maria das Neves Jardim
de Deus, formada em Letras.
O programa será realizado em
quatro fases: curso de inglês e
preparação para o exame IELTS
no Brasil; curso de inglês no Reino
Unido; mestrado no Reino
Unido; e atividades de disseminação
de impacto.

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GOIÂNIA,
QUARTA-FEIRA
19 DE ABRIL DE 2017
CERRADO
SENADOR WILDER NA MÍDIA
AUDIÊNCIAS EM BRASÍLIA
O senador Wilder Morais participou, nesta terça-feira, 18, de reunião da base aliada
ao governo federal. O encontro, no Palácio do Planalto, contou com a presença do
presidente Michel Temer e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles
Wilder teve também audiência com o ministro de Estado da Integração Nacional, Helder
Barbalho, para acompanhar os prefeitos da cidade de Goiás, Selma Bastos; Goianira, Carlos
Alberto (Carlão); Ivolândia, Dr. Fábio Guimarães; Santa Rita do Araguaia, Tania Salgueiro
O senador Wilder recebeu também, no gabinete, em Brasília, o prefeito de
Adelândia, o progressista Joaquim do Reis
JÁ DISPONÍVEL O
VADE MECUM PENAL
Desde que entrou no
Senado, o senador Wilder
investe sua cota de
gráfica em fazer livros
para estudantes. No
Vade Mecum Cível, que
foi distribuído a estudantes de todo
o estado, estão as grandes novidades
em leis, uma delas o Novo Código de
Processo Civil, além da Constituição e do
Código Civil. Wilder tem outras obras,
inclusive o Manual das Eleições 2016.