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Jornal Cerrado, Terça-feira, dia 18/04/2017

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AGÊNCIA SENADO<br />

SEGURANÇA PÚBLICA<br />

Senador Wilder tem projeto<br />

que permite toda autoridade<br />

policial a lavrar TCOs<br />

ECONOMIA<br />

Marconi anuncia recordes<br />

no FCO, que já gerou mais<br />

1,5 milhão de empregos<br />

MARCO MONTEIRO/GOV. GO<br />

CERRADO<br />

Goiânia, TERÇA-FEIRA, 18 de abril de 2017<br />

REVISTA BULA<br />

A história de que a<br />

primeira impressão é<br />

a que fica é bobagem.<br />

É preciso esmiuçar<br />

DIVULGAÇÃO<br />

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2<br />

GOIÂNIA,<br />

TERÇA-FEIRA<br />

18 DE ABRIL DE 2017<br />

CERRADO<br />

Revista Bula .com<br />

POR LARISSA BITTAR<br />

Mergulhadores sabem mais sobre o mar<br />

do que aqueles que só molham os pés<br />

Eu acredito. Acredito em uma<br />

força que rege o mundo e preenche<br />

com esperança vazios<br />

incômodos. Alguns chamam de<br />

Pai, outros de Alá, Mentor, Criador.<br />

Há quem o veja como energia<br />

e os que o enxergam com<br />

barba e manto celestial. Os que<br />

rezam curvados diante de altares<br />

e os que transformam gestos<br />

cotidianos em oração. Não<br />

considero tolice nenhuma das<br />

opções. Aprecio os que buscam<br />

coragem na fé se desvencilhando<br />

do racionalismo sufocante<br />

por meio de crenças que tornam<br />

a vida suportável. O título foi só<br />

para chamar atenção. Eu gostaria<br />

de falar sobre outra coisa: o<br />

insuportável mimimi feminista<br />

que tem me tirado do sério.<br />

Na verdade não vejo como<br />

mimimi. Acho a luta justa. Reconheço<br />

o esforço de todas que<br />

batalham para equilibrar direitos<br />

e abrir espaços blindados pelo<br />

preconceito. Finalizei o parágrafo<br />

anterior chamando de mimimi<br />

só pela polêmica mesmo. Uma<br />

tentativa de manter vocês um<br />

pouco mais comigo antes de desistirem<br />

do texto. Geralmente<br />

não dá certo. É provável que a<br />

maioria tenha dado adeus ao tomar<br />

conhecimento do meu suposto<br />

ateísmo exposto no título.<br />

Alguns podem ter me xingado<br />

pela blasfêmia. Mal sabem, ao<br />

contrário dos que se dispuseram<br />

a ir além do enunciado, que sou<br />

adepta de velas, novenas e sinal<br />

da cruz ao acordar.<br />

Para os que foram um pouco<br />

adiante do título mas deram<br />

no pé antes da vigésima linha<br />

eu sou uma carola machista. A<br />

vocês, guerreiros, que permanecem<br />

aqui e já me conhecem melhor<br />

que os leitores desistentes,<br />

falo um pouco mais sobre mim:<br />

adoro uva passa no arroz, sou<br />

canhota, tenho medo de palhaço<br />

e procuro não julgar o livro pela<br />

capa, a paisagem pela foto e os<br />

textos pelas três primeiras linhas.<br />

Depois de um certo tempo<br />

a gente aprende que essa história<br />

de que a primeira impressão é<br />

a que fica é bobagem das grandes.<br />

É preciso esmiuçar (pessoas,<br />

ideias, lugares) para então dizer<br />

algo a respeito. Mergulhadores<br />

sabem mais sobre o mar do que<br />

aqueles que só molham os pés.<br />

Mas sejamos francos: esse<br />

negócio de se aprofundar não<br />

combina com o tom imediatista<br />

que rege os tempos vigentes.<br />

A gente tem pressa. Sobretudo<br />

para opinar. Deixa eu falar logo,<br />

reclamar logo, expor logo minha<br />

perplexidade. No mundo das impressões<br />

apressadas, a crônica<br />

que falava sobre amor, escolhas<br />

e vontades ganha contornos de<br />

apologia ao aborto. O relato sobre<br />

a importância de valorizarmos<br />

a juventude e o tempo que<br />

escorre pelas mãos, é visto como<br />

desprezo à terceira idade. A ideia<br />

central estava ali, a dois minutinhos<br />

do título, ansiosa por ser<br />

notada. Com um pouco de disposição<br />

e paciência o indignado<br />

poderia perceber-se equivocado.<br />

Mas há prazer na indignação<br />

precipitada. É ela que faz o peito<br />

palpitar, entusiasmado pela<br />

oportunidade de ser combativo.<br />

Lembro-me bem quando<br />

criança, sentada sob a janela da<br />

vizinha rabugenta, sentir pedrinhas<br />

caindo sobre minha cabeça.<br />

“Louca, bruxa, ridícula”, gritei antes<br />

de enxergar as balas embrulhadas<br />

em celofane espalhadas<br />

pelo chão. Ela queria bandeira<br />

branca. Meu ímpeto raivoso não<br />

me deixou perceber isso a tempo<br />

de frear a ofensa. Faz parte. É<br />

assim no dia-a-dia, é assim nas<br />

redes sociais. Julgamentos impulsivos<br />

aliados a interpretações<br />

preguiçosas. E com que moral<br />

eu, que vejo filmes pela metade<br />

e falo mal de comidas que não<br />

provei, posso reivindicar que<br />

acompanhem as crônicas até os<br />

últimos caracteres para que então<br />

seja feito um juízo de valor?<br />

Fidelidade, parceria e apreço não<br />

se cobra — nem no amor nem em<br />

sites populares. Aos que chegaram<br />

até o fim (beijo mãe) meu<br />

profundo agradecimento.<br />

CERRADO<br />

Informativo diário do gabinete do senador Wilder<br />

Brasília<br />

Senado Federal – Ala Sen. Afonso Arinos – Anexo II<br />

Gabinete nº 13 – CEP 70165-900.<br />

Telefone: (61) 3303-2092/Fax (61) 3303-2964<br />

Goiânia<br />

Rua 88, nº 613, Qd. F-36, Setor Sul —<br />

CEP 74-085-115.<br />

Telefone: (62) 3638-0080/(62) 3945-0041<br />

Editor<br />

Thiago Queiroz<br />

Supervisão gráfica<br />

Valdinon de Freitas<br />

Reportagem<br />

Sinésio Dioliveira, Welliton Carlos,<br />

João Carvalho, Wandell Seixas e<br />

Rafaela Feijó<br />

Capa<br />

Andorinha-domésticagrande<br />

e cipó-pau


CERRADO<br />

GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA<br />

18 DE ABRIL DE 2017<br />

3<br />

MENOS BUROCRACIA<br />

Projeto do senador Wilder autoriza<br />

toda autoridade policial a lavrar TCOs<br />

JOÃO CARVALHO<br />

AGÊNCIA SENADO<br />

Com um número insuficiente<br />

de delegados para atender<br />

toda a demanda de inquéritos<br />

ou de Termos Circunstanciados<br />

de Ocorrências (TCOs) em<br />

todo País, o resultado imediato<br />

disso é a impunidade. Sem<br />

a conclusão das investigações<br />

e o posterior encaminhamento<br />

dessas peças acusatórias<br />

ao Judiciário, o cidadão que<br />

cometeu algum tipo de delito<br />

acaba se beneficiando e não<br />

sendo devidamente punido<br />

por sua ação delitiva.<br />

Para mudar esse cenário de<br />

impunidade, o senador Wilder<br />

Morais apresentou projeto de<br />

lei que permite a qualquer autoridade<br />

policial produzir os<br />

Termos Circunstanciados de<br />

Ocorrências (TCOs) em crimes<br />

de menor potencial ofensivo, o<br />

que já seria um alívio no número<br />

de ocorrências para os delegados<br />

produzirem.<br />

O projeto do senador Wilder<br />

prevê alteração no artigo<br />

69, da Lei Número 9.099, de 26<br />

de setembro de 1995, permitindo<br />

que qualquer policial (e<br />

não mais e tão somente a autoridade<br />

policial – muitas vezes<br />

entendido como delegado de<br />

polícia) possa lavrar o TCO.<br />

Ainda de acordo com a proposta<br />

do senador Wilder, o policial<br />

que tomar conhecimento<br />

da ocorrência deve lavrar o TCO<br />

e encaminhá-lo imediatamente<br />

ao Juizado, com a indicação do<br />

autor do fato e a vítima.<br />

Wilder lembra, na defesa do<br />

seu projeto, que muitas vezes<br />

os policiais se deparam com<br />

situações de crimes de menor<br />

Wilder: “Projeto não esvazia atribuições dos delegados, que teriam mais tempo e exclusividade para cuidar de processos mais complexos”<br />

potencial ofensivo, geralmente<br />

de constatação imediata e<br />

de fácil esclarecimento, razão<br />

pela qual se dispensa o inquérito<br />

policial para oferecimento<br />

da denúncia.<br />

Estudos indicam que predomina<br />

na doutrina e na jurisprudência<br />

o entendimento<br />

de que qualquer policial seria<br />

competente para lavrar o TCO<br />

de que trata o art. 69 da Lei nº<br />

9.099, de 1995. O projeto do<br />

senador Wilder encerra essa<br />

polêmica, já que em muitas situações<br />

a autoridade policial é<br />

entendida apenas como delegado<br />

de polícia.<br />

“É preciso dar agilidade na<br />

elaboração dessas peças acusatórias.<br />

Esse projeto não visa<br />

esvaziar as atribuições dos delegados,<br />

que teriam mais tempo<br />

e exclusividade para cuidar<br />

de processos mais complexos,<br />

que exigem, por exemplo, oitivas<br />

de testemunhas e diligências.<br />

E temos policiais com<br />

condições de lavrar os TCOs”,<br />

avisou o senador Wilder.<br />

Wilder lembra que muitas<br />

vezes os policiais rodoviários<br />

ou militares, por exemplo, são<br />

obrigados a viajar longas distâncias<br />

para conduzir às delegacias<br />

os envolvidos em algum<br />

tipo de problema. “Isso<br />

representa perda de tempo e<br />

de dinheiro. Nosso projeto visa<br />

acabar com esse tipo de situação<br />

e dar mais celeridade no<br />

andamento de processos e de<br />

investigações”, defende o senador<br />

Wilder.<br />

FUNDO GEROU 1,5 MILHÃO DE EMPREGOS<br />

Marconi anuncia FCO recorde de R$ 3 bilhões para 2017<br />

MARCO MONTEIRO/GOV. GO<br />

“Todo trabalho que nós desenvolvemos tem como objetivo exportar<br />

mais, produzir mais, agregar valor às cadeias”, disse Marconi<br />

Ao dar posse, nesta segunda-<br />

-feira, 17, aos novos integrantes<br />

do Conselho de Desenvolvimento<br />

do Estado (CDE), o governador<br />

Marconi Perillo anunciou previsão<br />

recorde do Fundo Constitucional<br />

do Centro-Oeste (FCO)<br />

para este ano: R$ 3 bilhões de investimentos<br />

na economia goiana.<br />

Destacou a atuação do Banco do<br />

Brasil, instituição que, segundo<br />

ele, tem sido decisiva no fomento<br />

da economia goiana.<br />

Em relação ao FCO, o governador<br />

afirmou que um ponto<br />

importante a ser destacado é a<br />

geração de emprego. De 2004<br />

a 2016, planilha divulgada pelo<br />

Banco do Brasil, CDE e Secretaria<br />

do Desenvolvimento Econômico<br />

(SED) aponta a geração ou a manutenção<br />

de 1.975.652 empregos<br />

com os investimentos do FCO, na<br />

região Centro-Oeste. E de 1989,<br />

quando foi criado, até hoje, foram<br />

gerados ou mantidos, em Goiás,<br />

1.541.711 empregos.<br />

“Todo trabalho que nós desenvolvemos<br />

tem como objetivo<br />

exportar mais, produzir mais,<br />

agregar valor às cadeias produtivas.<br />

Tem como objetivo dinamizar<br />

a economia, trazer qualidade de<br />

vida, desenvolvimento. Mas o resultado<br />

que todos nós esperamos<br />

é que esse trabalho, esse esforço<br />

coletivo nosso resulte em empregos”,<br />

afirmou o governador.<br />

Segundo ele, é impressionante<br />

o que aconteceu com o FCO<br />

nestas últimas duas décadas:<br />

“Um milhão e meio de empregados<br />

em Goiás”. Para ele, o que<br />

mais importa é que o FCO, gerando<br />

empregos, contribuiu para<br />

melhorar a vida das pessoas.<br />

O superintendente da Sudeco<br />

(Superintendência de Desenvolvimento<br />

do Centro-Oeste), Antônio<br />

Carlos Nantes de Oliveira,<br />

defendeu na reunião que o FCO<br />

tenha como característica principal<br />

o fomento, “com exigências<br />

menores que não comprometam<br />

o objetivo maior do fundo”.<br />

Para este ano a previsão é a<br />

de que o FCO injete R$ 3 bilhões<br />

na economia goiana este ano,<br />

R$ 1,2 bilhão a mais em relação a<br />

2016. De 1989 a 2017, o montante<br />

destinado do FCO para Goiás<br />

somou R$ 22,21 bilhões, em<br />

396.800 operações contratadas,<br />

representando 33% das aplicações<br />

no Centro-Oeste.<br />

Em relação ao quantitativo<br />

de empregos gerados este foi<br />

o desempenho ano a ano: 2004<br />

foram 57.238 empregos, contra<br />

200.723 registrados em 2016. O<br />

ano em que o FCO mais gerou<br />

empregos foi 2012: 208.355. Os<br />

números atuais revelam tendência<br />

de retomada do crescimento<br />

econômico.


4<br />

GOIÂNIA,<br />

TERÇA-FEIRA<br />

18 DE ABRIL DE 2017<br />

CERRADO<br />

Obriga a implantação de sistemas<br />

de coleta, armazenagem e uso<br />

de águas pluviais e de reúso de<br />

águas residuais em edificações<br />

executadas com recursos da União<br />

Conheça o Projeto de Lei 24/2015, do senador Wilder<br />

Apresentou proposta para obrigar a implantação de sistemas de coleta, armazenagem e uso de<br />

águas pluviais e de reúso de águas residuais em edificações executadas com recursos da União.

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