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PICNIK JULIA<br />
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HORMANN<br />
Pyxel: Qual é a sua formação<br />
e perfil profissional?<br />
Júlia: Eu me formei em publicidade<br />
em 2009 e durante<br />
a faculdade fiz estágios em<br />
comunicação e comecei a<br />
entender o mercado de trabalho.<br />
Então chegou no meio<br />
do caminho e eu pensei que<br />
publicidade não era o que eu<br />
queria. Trabalhei na livraria<br />
cultura durante uns três anos,<br />
depois voltei a trabalhar com<br />
publicidade em uma agência<br />
na área de mídia e me apaixonei<br />
por misturar exatas<br />
com humanas. Sempre gostei<br />
de ser mais independente,<br />
por conta disso comecei a<br />
trabalhar mais cedo e mesmo<br />
trabalhando em agências<br />
eu fazia outras coisas fora<br />
isso para completar a minha<br />
renda. Uma das coisas que<br />
eu fazia eram bicos como<br />
assistente de produção de<br />
eventos. Nessa época que<br />
ainda trabalhava em agência,<br />
foi quando o Picnik começou<br />
e era pra ser um evento onde<br />
ninguém saberia como ele<br />
iria se “desenrolar”.<br />
Pyxel: O que é o Picnik e<br />
como surgiu?<br />
Júlia: A primeiro instante na<br />
primeira edição, eu nem era parte<br />
da sociedade, apenas estava<br />
ali. O grupo se uniu primeiro<br />
como sociedade e incluiu o<br />
Miguel, que hoje é o meu sócio<br />
e queriam trazer essa proposta<br />
de evento um pouco fora dos<br />
padrões que haviam na cidade.<br />
A primeira coisa importante<br />
é que seria um evento diurno<br />
porque até então, não tinham<br />
essas opções e que trouxesse<br />
a diversidade. Então criou-se<br />
um formato onde a gente não<br />
cobrasse a entrada, algo que não<br />
acontecia em nenhum evento<br />
aqui na cidade, porque até as<br />
feiras tinham ingresso, mas<br />
queríamos fazer algo que fosse<br />
acessível para qualquer pessoa.<br />
O evento foi crescendo de fato<br />
com a proposta de que a pessoa<br />
não tinha que pagar, mas se ela<br />
comprasse alguma coisa do expositor<br />
ela ajudava o evento a se<br />
remunerar, porque o expositor<br />
pagava pelo espaço. Por isso o<br />
evento passou a ser um negócio<br />
inovador. Até no início ele teve<br />
essa caracteristica de inovação,<br />
tanto em termos de horário,<br />
quanto de música e economia.<br />
Então foi isso, a economia criativa<br />
não é só artesanato, não é<br />
só a moda, ela tem a música, a<br />
gastronomia, é algo empreendedor,<br />
criativo.<br />
Pyxel: Pra você o que é ser<br />
um empreendedor?<br />
Júlia: Bom, acho que são vários<br />
caminhos. A pessoa tem que escolher<br />
e optar na vida dela todos<br />
os dias algum desses caminhos,<br />
mas basicamente tem que ser<br />
uma pessoa de fato inovadora,<br />
não existe espaço hoje no mercado<br />
para tudo que já foi criado,<br />
então se você ficar só repetindo<br />
uma fórmula que já viu, dificilmente<br />
você se mantém no<br />
mercado. Não é que você não<br />
seja empreendedor, mas é difícil<br />
sobreviver como um. Tem que<br />
ter criatividade e trazer solução<br />
aos problemas pela conjuntura<br />
atual que nós estamos. Pelo o<br />
que eu percebo uma pessoa<br />
de potencial empreendedor é<br />
inquieta com as coisas e tem a<br />
necessidade de responder os<br />
“por quês”. Ela está sempre se<br />
questionando, mas se você só se<br />
26 | <strong>REVISTA</strong> <strong>PYXEL</strong><br />
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