27.06.2017 Views

GAZETA DIARIO 316

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Foz do Iguaçu, terça-feira, 27 de junho de 2017<br />

CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA<br />

Cidade<br />

05<br />

Sindicatos de Foz se mobilizam para<br />

a greve geral da próxima sexta-feira<br />

Concentração para os protestos contra a reforma da Previdência começa às 8h no Bosque Guarani<br />

Da redação<br />

Reportagem<br />

Em Foz do Iguaçu diversos<br />

sindicatos estão mobilizados<br />

e convidando os trabalhadores<br />

para a greve geral de<br />

sexta-feira (30) contra a reforma<br />

da Previdência. Haverá<br />

atos públicos pelo centro<br />

da cidade. A concentração<br />

está marcada para iniciar às<br />

8h na frente do Bosque Guarani,<br />

ao lado do Terminal de<br />

Transporte Urbano. Nesta semana,<br />

carros de som percorrem<br />

os bairros e centro, enquanto<br />

panfletos são distribuídos<br />

nas vias comerciais e<br />

semáforos convocando a população.<br />

"Querem acabar com a<br />

aposentadoria e os direitos<br />

trabalhistas!" é o alerta que<br />

estampa o material. "Todos<br />

contra o fim da aposentadoria<br />

e dos direitos trabalhistas.<br />

Ou a gente se mobiliza agora<br />

ou perdemos todos os direitos",<br />

lembra a comissão de<br />

mobilização. São mais de 40<br />

sindicatos envolvidos na manifestação.<br />

A comissão rebate o governo<br />

em relação aos argumentos<br />

de que a Previdência<br />

está deficitária. "É mentira. O<br />

governo manipula os cálculos,<br />

tanto que só em 2015<br />

houve um superávit de R$<br />

11,2 bilhões. Com a reforma<br />

da Previdência, homens e<br />

mulheres só poderão se aposentar<br />

depois dos 65 anos.<br />

Atualmente há casos de mulheres<br />

que podem se aposentar<br />

com 55 e homens aos 60<br />

anos", informa.<br />

Direitos ameaçados<br />

Outra crítica é em relação<br />

ao aumento do tempo de<br />

contribuição. Pela proposta<br />

de reforma, para se aposentar<br />

o trabalhador terá de<br />

comprovar no mínimo 25<br />

anos de contribuição. Atualmente<br />

a exigência mínima<br />

é de 15 anos. "O pior é que<br />

para se aposentar com benefício<br />

integral, além de ter<br />

65 anos, o trabalhador terá<br />

que comprovar também que<br />

contribuiu com a Previdência<br />

por 49 anos. Essa reforma<br />

acaba também com direitos<br />

históricos como férias<br />

e jornada de trabalho de<br />

oito horas diárias ou 44 semanais",<br />

observa a comissão<br />

em nota.<br />

Greve geral do próximo dia 30 é uma sequência da mobilização ocorrida no último dia 28 de abril<br />

"Governo golpista"<br />

Um dos sindicalistas da<br />

comissão de mobilização da<br />

greve geral é o presidente do<br />

Sindicato dos Servidores Públicos<br />

Municipais, Aldevir<br />

Hanke. "Esta greve vem contra<br />

um governo golpista que<br />

está aniquilando direitos<br />

conquistados ao longo de décadas.<br />

Não podemos compactuar<br />

com ações de um governo<br />

ilegítimo e sem pudor aos<br />

direitos", afirma.<br />

Para Aldevir, os trabalhadores<br />

não consideram a proposta<br />

como reforma, mas sim<br />

um ataque. "Ataque ao futuro<br />

das aposentadorias, ataque<br />

à saúde e à educação, saneamento<br />

e tantos outros<br />

itens indispensáveis às condições<br />

de vida da população.<br />

Cadê a cobrança aos grandes<br />

grupos? Por que a resistência<br />

a uma auditoria na Previdência?",<br />

questiona.<br />

O sindicalista lembra ainda<br />

as desvantagens na relação<br />

entre patrão e empregado.<br />

"Na trabalhista a livre<br />

negociação entre patrão e<br />

empregado, por exemplo, o<br />

que vai dar? O que vai acarretar?<br />

Achatamento salarial<br />

e desqualificação de muitos<br />

trabalhadores. Por isso dia<br />

30 conclamamos, independentemente<br />

de partidos ou<br />

segmentos, vamos às ruas<br />

cobrar uma postura de respeito<br />

ao povo brasileiro", completa.<br />

Professores na luta<br />

Ainda estão envolvidos na<br />

mobilização os membros do<br />

Sindicato dos Professores e<br />

Profissionais da Educação de Foz<br />

do Iguaçu (Sinprefi), entidade que<br />

também participou da última<br />

mobilização ocorrida no dia 28 de<br />

abril. "Aderimos porque as<br />

propostas e reformas do governo<br />

atingem todos os trabalhadores e,<br />

em alguns aspectos, diretamente<br />

os profissionais da educação",<br />

lembrou na oportunidade a<br />

presidente do sindicato, Maria<br />

Aparecida Rice.<br />

R

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!