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Foz do Iguaçu, terça-feira, 27 de junho de 2017<br />
ENTRESSAFRA<br />
Geral<br />
09<br />
Agricultores de Foz começam<br />
a colheita de milho safrinha<br />
Quem plantou antes já está colhendo o grão; superprodução fez cair os preços, dizem produtores<br />
PMFI / AMN<br />
Reportagem<br />
Roger Meireles<br />
Fotografia<br />
Os produtores rurais de Foz<br />
do Iguaçu já estão movimentando<br />
as lavouras com a colheita do<br />
milho da entressafra. Quem plantou<br />
antes já iniciou a colheita, mas<br />
é a partir desta semana que os agricultores<br />
devem intensificar os trabalhos.<br />
A previsão de colheita do<br />
milho é até o final do mês de julho,<br />
com uma produtividade melhor<br />
do que a safra anterior.<br />
Os dias de sol das últimas semanas<br />
permitiram que alguns agricultores<br />
deixassem as máquinas<br />
no campo para avançar com a colheita.<br />
A expectativa em Foz do<br />
Iguaçu é de colher em torno de<br />
cem sacas por hectare.<br />
Em razão do clima mais favorável<br />
no plantio e maturação, a<br />
qualidade do milho será melhor<br />
na segunda safra, é o que disse o<br />
produtor e presidente do Sindicato<br />
Rural Patronal de Foz do Iguaçu,<br />
Orlando Bortolini. "Tivemos<br />
muita chuva no final de 2015, provocando<br />
a falta de luminosidade à<br />
planta. Essas condições alteram a<br />
A Prefeitura de Foz do Iguaçu,<br />
por meio da Secretaria Municipal<br />
de Meio Ambiente, está<br />
acompanhando o trabalho da empresa<br />
responsável pela manutenção<br />
do aterro sanitário na cidade<br />
para a estação de tratamento por<br />
osmose reversa.<br />
O processo está em fase de<br />
implantação da terceira célula,<br />
que é uma nova área preparada<br />
com terraplanagem, drenagem,<br />
proteção mecânica da manta e<br />
coletores de gás e de chorume<br />
onde será depositado o resíduo<br />
sólido do município nos próxi-<br />
produtividade, por isso a safra de<br />
2016 não foi considerada muito<br />
boa. Já este ano para a segunda<br />
safra de milho a expectativa da<br />
produtividade é melhor porque o<br />
clima ajudou, choveu na hora certa,<br />
tivemos um tempo bom antes e<br />
agora que deve permanecer bom<br />
durante todo período da colheita.<br />
Esperamos colher uma média de<br />
cem sacas por hectare; só o preço<br />
caiu em razão da alta produção",<br />
enfatizou o produtor.<br />
Seu Orlando é produtor rural<br />
há 45 anos e destacou que a região<br />
de Foz do Iguaçu sempre<br />
apresentou bons resultados nas<br />
safras, tanto da soja quanto do<br />
milho, em comparação com a colheita<br />
de outros estados líderes na<br />
produção da soja e do milho,<br />
como Goiás, Mato Grosso e Mato<br />
Grosso do Sul. "Temos um clima<br />
bom para o milho segunda safra,<br />
mas as expectativas do agricultor<br />
sempre vão depender do comportamento<br />
do tempo, é assim em todas<br />
as safras", frisou.<br />
A Secretaria Municipal de<br />
Agricultura está dando apoio durante<br />
esse período e acompanhan-<br />
A expectativa é que a produção fique em torno de 100 sacas por hectare<br />
do a colheita do milho segunda safra<br />
em Foz. "Está tudo dentro de<br />
nossas expectativas, com o tempo<br />
bom que favorece boa qualidade<br />
ao grão e permite boa colheita aos<br />
produtores rurais", disse o diretor<br />
da secretaria Jan Albert Nieuwenhoff.<br />
Segundo o Departamento de<br />
Economia Rural (Deral), da Secretaria<br />
de Estado da Agricultura,<br />
a colheita do milho safrinha<br />
2016/2017 do Paraná, segundo<br />
maior produtor do cereal do país,<br />
Meio Ambiente acompanha a instalação da terceira célula no aterro sanitário<br />
mos vinte anos.<br />
O sistema de tratamento por<br />
osmose reversa consiste na separação<br />
correta dos materiais por<br />
meio da utilização de membranas.<br />
É um processo físico que promove<br />
a separação do chorume em efluente<br />
tratado. O sistema atende a<br />
todas as exigências da legislação<br />
ambiental e é um marco contratual,<br />
como disse o chefe de divisão<br />
do aterro sanitário, Eduardo Roberto<br />
Duarte. Para ele, esse trabalho<br />
representa um avanço no que<br />
se refere a tratamento de resíduos<br />
sólidos, tornando Foz do Iguaçu<br />
referência para todo o estado.<br />
Para a secretária de Meio<br />
Ambiente, Ana Biesek, a empresa<br />
está na fase de execução do novo<br />
sistema de tratamento, mas já representa<br />
um marco inédito. "Vem<br />
de encontro com o que estamos<br />
realizando e nos propondo a fazer<br />
no município no que se refere<br />
à sustentabilidade e em tornar Foz<br />
uma cidade melhor e mais preocupada<br />
em preservar o meio ambiente.<br />
São várias ações como de<br />
compostagem, de reaproveitamento<br />
de materiais pesados para<br />
construções sustentáveis, coleta<br />
seletiva e a osmose reserva no aterro,<br />
ou seja, vários projetos que caminham<br />
para o mesmo objetivo:<br />
o da preservação ambiental", destacou<br />
Ana.<br />
O aterro sanitário de Foz do<br />
Iguaçu vem sendo utilizado desde<br />
2001, passando por implantação<br />
de novos sistemas de tratamento<br />
ao longo dos últimos anos. "De<br />
2001, com o primeiro prazo vencendo<br />
em 2010, outro de 2010 a<br />
2017 e agora a implantação da terceira<br />
célula que terá capacidade<br />
para atender de 2017 a mais de 20<br />
anos, feita com a melhor técnica,<br />
avançou para 2% da área plantada,<br />
ante 1% na semana passada,<br />
com 93% das lavouras em boas<br />
condições, estável ante a semana<br />
anterior. A proporção de lavouras<br />
em maturação é de 34% no<br />
estado.<br />
impermeabilizada, seguindo as<br />
normas ambientais de aterros sanitários,<br />
se diferenciando das outras<br />
classificações como lixão e aterro<br />
controlado. Foz já é considerada<br />
uma cidade referência na utilização<br />
do aterro sanitário como tratamento<br />
para o resíduo sólido e<br />
agora será a primeira cidade do Paraná<br />
a adotar o uso de um aparelho<br />
especial que faz a separação do<br />
chorume de forma correta", pontua<br />
o engenheiro civil responsável<br />
pelo Departamento de Serviços Urbanos<br />
da Secretaria de Meio Ambiente,<br />
José Augusto Carlessi.<br />
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