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30 Cidade<br />
Foz do Iguaçu, quarta-feira, 28 de junho de 2017<br />
OESTE PARANAENSE<br />
Necessidade de ampliação malha<br />
férrea paranaense é debatida em Medianeira<br />
Apenas 10% da safra regional são escoadas pela ferrovia, sendo<br />
reféns de apenas um modal, situação que dificulta a competitividade<br />
Na última semana, a<br />
necessidade de ampliar<br />
a malha férrea paranaense<br />
foi o tema central<br />
de um debate entre o<br />
Programa Oeste em<br />
Desenvolvimento<br />
(POD) e a Estrada de<br />
Ferro do Oeste do Paraná<br />
(Ferroeste), durante<br />
a reunião de Coordenação<br />
do Programa,<br />
na sede da Frimesa,<br />
em Medianeira.<br />
Hoje, são 250 quilômetros,<br />
quando o ideal seriam<br />
contar com pelo<br />
menos mais mil quilômetros<br />
de ferrovia para<br />
escoar 40% da produção<br />
do estado. Atualmente,<br />
apenas 20% da<br />
produção vai de trem.<br />
Durante a reunião, o<br />
POD se comprometeu<br />
a mobilizar a população<br />
e apoiar as iniciativas da<br />
Ferroeste, pois a região<br />
é a principal prejudicada<br />
quando o assunto é<br />
logística. Apenas 10%<br />
da safra regional são<br />
escoadas pela ferrovia,<br />
sendo reféns de apenas<br />
um modal, situação que<br />
dificulta a competitividade.<br />
Além dos integrantes<br />
da coordenação do<br />
Programa, a reunião<br />
contou com a presença<br />
do diretor de Coordenação<br />
da Itaipu, Hélio<br />
Gilberto Amaral; do<br />
presidente da Ferroeste,<br />
João Vicente Bresolin<br />
Araújo; do chefe de<br />
Gabinete da Casa Civil<br />
do Paraná, Valdomiro<br />
Rocha; do prefeito de<br />
Matelândia Rineu Menoncin<br />
(Teixeirinha),<br />
do presidente da Agência<br />
de Defesa Agropecuária<br />
do Paraná (Adapar),<br />
Inácio Afonso<br />
Kroetz e do assistente<br />
do diretor-geral da Itai-<br />
Durante a reunião, o POD se comprometeu a mobilizar a população e apoiar as iniciativas da Ferroeste<br />
pu, Alexandre Teixeira.<br />
Ampliação<br />
da ferrovia<br />
Segundo Bresolin, a<br />
Ferroeste cresceu nos<br />
últimos anos, mas<br />
pode mais. Até 2011,<br />
por exemplo, transportava<br />
200 contêineres<br />
por mês. Atualmente,<br />
com os investimentos<br />
na empresa e parcerias,<br />
o volume cresceu<br />
para 900 unidades<br />
mensais. A saída para<br />
ampliar as linhas de<br />
trens seria criação de<br />
uma nova concessão<br />
estadual. Assim, atrair<br />
investidores para elaborar<br />
um estudo de<br />
implantação de novos<br />
ramais. A previsão é<br />
que esse levantamento<br />
custe R$ 30 milhões. E<br />
o valor estimado da<br />
obra gira em torno de<br />
R$ 10 bilhões. "Sabemos<br />
que o POD reúne<br />
mais de 60 entidades,<br />
por isso, contamos com<br />
o apoio para mobilizar<br />
e mostrar à população<br />
a importância desse investimento."<br />
O presidente do<br />
POD, Danilo Vendruscolo,<br />
afirmou que o programa<br />
tem total interesse<br />
no projeto, pois a<br />
região é mais prejudicada<br />
quando se trata de<br />
logística. "Nós estamos<br />
refém das rodovias.<br />
Apenas 10% da nossa<br />
produção são escoadas<br />
pela ferrovia, quando<br />
em outras regiões, chega<br />
a 40%. Essa mudança<br />
precisa ser feita nos<br />
próximos 15 anos para<br />
acompanhar a evolução<br />
agronegócio. Do jeito<br />
que está competir fica<br />
difícil". E completou:<br />
"no Oeste é como se<br />
estivéssemos invertendo<br />
as matrizes de transporte<br />
da safra".<br />
O diretor de Coordenação<br />
da Itaipu destacou<br />
que a empresa também<br />
apoiará as ações e incentivará<br />
o uso e investimento<br />
em outros modais,<br />
como o fluvial.<br />
O estudo<br />
O estudo contemplará<br />
o projeto de construção<br />
de linhas entre<br />
Guarapuava e o Porto<br />
de Paranaguá, a revitalização<br />
existente e a<br />
extensão de um ramal<br />
de Cascavel a Dourados,<br />
no Mato Grosso<br />
do Sul. "Acreditamos<br />
que esse projeto traga<br />
um grande salto para a<br />
economia do Paraná.<br />
Um novo ciclo de desenvolvimento,"<br />
defendeu<br />
Bresolin.<br />
Valdomiro Rocha<br />
afirmou que o Governo<br />
do Paraná já aprovou<br />
implantação de nova ferrovia.<br />
Até junho de<br />
2018, o Governo abrirá<br />
a licitação para que<br />
as empresas possam<br />
elaborar o estudo.<br />
Nele, deve constar, por<br />
exemplo, o tempo de<br />
retorno do investimento<br />
e avaliações ambientais.<br />
Sanidade Animal<br />
A criação dos Conselhos<br />
de Sanidade<br />
Animal também foi<br />
tema dos debates,<br />
pois hoje, 65% do<br />
mercado de exportação<br />
para carne suína,<br />
está fechado para o<br />
Paraná. A justificativa<br />
é a falta de credibilidade<br />
dos produtos<br />
brasileiros.<br />
Segundo Herlon de<br />
Almeida, gestor do<br />
POD, é preciso melhorar<br />
o controle sanitário,<br />
pois um problema<br />
de sanidade pode gerar<br />
uma decadência econômica<br />
na região e no<br />
estado. "Demoramos<br />
cerca de 17 anos para<br />
abrir o mercado, mas<br />
podemos perder em<br />
um dia. Precisamos<br />
unir esforços".<br />
Para o vice-presidente<br />
do POD, Elias<br />
Zydek, uma das soluções<br />
encontradas pelo<br />
programa para abrir<br />
esses mercados é justamente<br />
melhorar a<br />
sanidade da região.<br />
Para isso, a meta é até<br />
2018, auxiliar a implantação<br />
dos Conselhos<br />
nos 54 municípios<br />
do Oeste. "Esse assunto<br />
é uma das prioridades<br />
do Oeste e do<br />
Paraná como um todo.<br />
O Governo está até<br />
propondo a antecipação<br />
do cumprimento<br />
das normas do Plano<br />
Nacional de Sanidade<br />
Ambiental, de 2021<br />
para 2019."