Revista Dia

Entrevista
B E T H G O U L A R T
Como foi começar a carreira de
atriz, ainda muito nova, numa
família de artistas?
Comecei muito cedo. Profissionalmente,
aos 13 anos, mas
já fazia teatro quando criança.
Antes de ser uma opção, posso
dizer que foi uma vocação que
apareceu muito naturalmente em
minhas brincadeiras. Eu brincava
de fazer teatro, ler e representar
personagens. Juntava as crianças
para fazer um espetáculo mesmo.
E, por ter os meus pais nessa
profissão, foi natural encarar essa
aptidão como uma profissão.
Talvez, se eu fosse filha de outros
pais, tivesse de trilhar outros
caminhos antes de chegar a isso
como profissão.
Hoje, aos 53 anos, podemos
perceber que você está em plena
forma. Como costuma cuidar de
sua alimentação?
Olha (risos), eu não como
carne vermelha há 20 anos! Isso que
faz com que eu tenha uma alimentação
um pouco mais natural. Como
sempre salada, grãos e soja e faço
caminhada. Tenho uma vida saudável
e acho que isso ajuda muito a
gente a manter o corpo com saúde.
A beleza é consequência de você
estar bem com você mesma e com
a sua idade. Não dá para querer
ter uma idade que você não
tem! (risos) A gente tem
de saber envelhecer
com sabedoria e
dignidade.
“Tenho uma vida
saudável e acho que
isso ajuda muito a gente a
manter o corpo com saúde.
A beleza é consequência de
você estar bem com você
mesma e com a sua
idade”
BETH GOULART
Fotos: © Thiago Prado Neris / TV Globo / Divulgação
Com o ator Aloísio de Abreu na novela Três Irmãs (Globo)
Mas, em relação às atividades
físicas, é adepta de exercícios
radicais para manter o corpo?
Não, não sou nada radical
(risos). Nem posso ser. Tenho
um ritmo de vida muito variável
porque, às vezes, estou em uma
cidade com teatro e, em outras,
gravando novela noutro lugar.
Mas tento manter o mínimo de
exercícios físicos. Principalmente,
fazendo corridas e caminhadas,
que são as que mais me mantêm.
Gosto de pilates também,
mas tudo na medida.
É praticamente impossível
encerrar esse bate-papo
sem falar de seu pai, Paulo
Goulart, que morreu em
março deste ano, depois de
uma luta contra um câncer.
Como você quer que ele seja
lembrado?
Meu pai, além de ser um
grande ator, era um grande
homem. Um ser humano
maravilhoso com um coração
de muita generosidade. Ele
sempre tinha uma palavra para
um amigo e um ensinamento
para um colega novo. Posso dizer
que meu pai deixou impressões
muito positivas em todas as
pessoas que o conheceram
pessoalmente. E as que não
conheceram sentiam, por
meio de seu trabalho e de sua
energia, o amor que ele sempre
teve pela minha mãe e pela
família. Quero que as pessoas
continuem tendo essa sensação
ao se lembrarem dele.
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