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viajar363

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AVIAÇÃO AIR CHINA e Summerwind querem captar mercado Corporate<br />

AHP COIMBRA recebe 29º Congresso<br />

Saïdia: muito mais<br />

que o Mediterrâneo<br />

AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO<br />

juL/ago 2017<br />

MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS<br />

Nº 363 - 2ª série - Preço 2,00 €<br />

Destaque<br />

West Cliffs,<br />

Ocean and Golf<br />

Resort de cinco estrelas<br />

inaugurado em Óbidos<br />

Regiões<br />

Santarém quer<br />

dinamizar<br />

Turismo Religioso<br />

reportagem<br />

MSC inaugura Meraviglia<br />

e anuncia investimento de 9 mil milhões até 2026<br />

Entrevista<br />

Alexandra henriques<br />

diretora de Marketing do Grupo tq<br />

“A chave do nosso<br />

sucesso tem sido<br />

a aposta numa equipa<br />

especializada”<br />

Um mundo de soluções de mobilidade<br />

para o ajudar a servir melhor<br />

os seus clientes<br />

europcar.pt<br />

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v i a j a r<br />

2017 / juL/ago<br />

3<br />

Em foco<br />

Observação<br />

Mãe Natureza<br />

Embora o calor tenha vindo ainda a<br />

Primavera estava no auge, agora com<br />

a chegada do Verão, e o calor a continuar,<br />

os portugueses já só conseguem pensar<br />

em férias, banhos de sol e mar e muito<br />

lazer.<br />

As cidades e as praias do país estão<br />

cheias de gente. Ouve-se por todo o lado<br />

o som de diferentes idiomas, pessoas<br />

oriundas dos cinco continentes que elegem<br />

Portugal como seu destino de férias<br />

preferido para este Verão.<br />

RevPar cresce 30% em Abril<br />

A hotelaria está com uma boa taxa de<br />

ocupação, o alojamento local também,<br />

mas as entidades competentes estão<br />

preocupadas com o turismo rural e não é<br />

para menos. Após a tragédia de Pedrógão<br />

Grande, a que ninguém consegue<br />

ficar indiferente, parece que as pessoas<br />

ficaram com medo de estarem rodeadas<br />

pela Natureza. Verdade é que Portugal<br />

nunca viveu nada assim e difícil será que<br />

as pessoas venham a conseguir esquecer<br />

tão cedo o que se passou. .. aliás, tal não<br />

será possível! No entanto, não há nada<br />

mais relaxante do que passar umas férias<br />

rodeado pelas árvores, à beira de um<br />

rio ou com uma piscina e o chilrear dos<br />

pássaros como companhia.<br />

Por isso, a VIAJAR deseja as condolências<br />

à família das vítimas e que o turismo<br />

rural e de Natureza consiga recuperar tão<br />

depressa quanto possível, dado o nível de<br />

qualidade que apresenta no nosso país.<br />

Boas férias sempre a VIAJAR!<br />

Em abril deste ano a taxa de<br />

ocupação quarto subiu 8 p.p.,<br />

em comparação com abril<br />

de 2016, atingindo os 76%, um crescimento<br />

idêntico ao registado em março de 2016 evidenciando<br />

a importância do período de férias<br />

da Páscoa na maioria dos destinos turísticos<br />

nacionais.<br />

No que concerne às categorias hoteleiras<br />

nacionais, as unidades de 4 estrelas mantêm o<br />

pódio com um acréscimo de 9,6 p.p., refletindo<br />

uma taxa de ocupação de 79%.<br />

A liderança em termos de taxa de ocupação<br />

por destinos turísticos voltou a espelhar o<br />

ranking dos últimos meses, com a Madeira e<br />

Lisboa a ultrapassarem os 85% e o Grande<br />

Porto a fixar-se nos 83%. Porém, os crescimentos<br />

mais robustos couberam ao Minho<br />

(15,1 p.p.), Coimbra (14,6 p.p.) e Alentejo (12,1<br />

p.p.), puxados pelas miniférias da Páscoa<br />

e os feriados do 25 de abril e 1 de maio e a<br />

consequente importância do mercado interno<br />

e espanhol nestes destinos.<br />

Os aumentos na taxa de ocupação resultaram<br />

também em incrementos a dois dígitos nos<br />

restantes indicadores, em particular no RevPAR<br />

(preço médio por quarto disponível) com<br />

mais 30%, face ao período homólogo, fixando-se<br />

nos 64 euros, com os destinos turísticos<br />

do Minho, Coimbra e Viseu a destacarem-se<br />

com crescimentos de mais 49%, 46% e 40%,<br />

respetivamente, face a abril de 2016.<br />

O ARR (preço médio por quarto ocupado)<br />

fixou-se nos 84 euros, representando mais<br />

Diretor Francisco Duarte<br />

Chefe de Redação Sílvia Guimarães<br />

REDAÇÃO Sandra Martins Pereira<br />

Editor SR Editores, Lda<br />

Assinaturas assinaturas@sreditores.pt<br />

DIREÇÃO, redação e publicidade<br />

Largo da Lagoa, 8D, 2795-116 Linda-a-Velha<br />

Telfs.: 21 7543190 • e-mail: viajar@sreditores.pt<br />

Fotografia<br />

Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem, Rogério Sarzedo<br />

PAGINAÇÃO<br />

Catarina Lacueva<br />

Publicidade<br />

Teresa Gabriela<br />

Tels.: 21 754 31 90<br />

e-mail: teresa.gabriela@sreditores.pt<br />

17% do que no período homólogo, sendo de<br />

destacar um crescimento de 20% das unidades<br />

hoteleiras de 4 estrelas e de 15% nas<br />

unidades hoteleiras de 5 estrelas, cabendo<br />

aos destinos turísticos do Oeste, Algarve e<br />

Açores os maiores acréscimos com 25%,<br />

20% e 19%, respetivamente.<br />

A receita média por turista no hotel foi outro<br />

dos indicadores a registar uma significativa<br />

subida, nomeadamente de 6% face a abril de<br />

2016. Os destinos insulares destacaram-se<br />

tanto em valores absolutos, com a Madeira<br />

a obter uma receita média de 290 euros,<br />

como em valores relativos, com os Açores a<br />

crescerem mais 12% do que em igual período<br />

do ano passado.<br />

Cristina Siza Vieira, presidente executiva da<br />

Associação da Hotelaria de Portugal, afirma<br />

que “o mês de abril foi realmente muito forte<br />

para os hotéis portugueses. Já era, tradicionalmente,<br />

um bom mês, mas este ano superou<br />

todas as expectativas. Este crescimento<br />

espantoso em todos os indicadores não é<br />

alheio ao efeito Páscoa. Há destinos, como o<br />

Minho e o Alentejo, em que se percebe que<br />

esse fator foi decisivo. No acumulado de janeiro<br />

a abril, verificamos um bom arranque de<br />

ano, com destaque para o RevPAR que tem<br />

crescido sempre a dois dígitos. Numa análise<br />

aos primeiros quatro meses de 2017, em comparação<br />

com o período homólogo e antevendo<br />

crescimento análogo para o resto do ano,<br />

podemos perspetivar que este será o melhor<br />

ano de sempre para a hotelaria nacional”.<br />

Impressão<br />

CliobyRip<br />

www.clio.pt<br />

Tiragem: 7 000 exemplares<br />

Depósito Legal: 10 534/85<br />

Registo no ICS: 108098 de 08/07/81<br />

ProprietáriA: Ana de Sousa<br />

Nº Contribuinte: 214655148


Destaque<br />

4<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/ago<br />

West Cliffs, Ocean and Golf Resort<br />

inaugurado em Óbidos<br />

O<br />

novo resort de cinco estrelas,<br />

West Cliffs, Ocean and<br />

Golf, em Óbidos, foi inaugurado<br />

no final de junho, com a presença do ministro<br />

da Economia, Manuel Caldeira Cabral e da<br />

secretária do Turismo, Ana Mendes Godinho.<br />

Um resort que nos próximos 3 a 5 anos verá<br />

ainda nascer dois hotéis de cinco estrelas, de<br />

130 e 60 quartos, respetivamente, segundo<br />

avançaram os responsáveis da Oxy Capital.<br />

Projetado por Cynthia Dye, do reconhecido<br />

gabinete de arquitetura de golfe Dye Designs<br />

Group, e o primeiro campo de golfe Dye<br />

Design em Portugal, o West Cliffs Golf Links<br />

encontra-se já em plena operação.<br />

Trata-se do primeiro campo de Golfe aberto<br />

em Portugal desde 2012, o primeiro na Europa<br />

e o 3º no mundo a receber a certificação<br />

GEO On course.<br />

Esta certificação analisa todos os procedimentos<br />

e impactos ambientais, desde o<br />

início da conceção do projeto, passando pela<br />

construção, que inclui a escolha de materiais<br />

utilizados.<br />

INVEStimento DE 21,5 milhõeS<br />

Estendendo-se por mais de 80 hectares, o<br />

West Cliffs oferece uma vista sobre o Oceano<br />

Atlântico em cada um dos seus 18 buracos.<br />

Um golfe de paisagem natural caracterizada<br />

por dunas de areia, vegetação costeira e<br />

áreas de pinhal. O seu design moderno e a<br />

escolha de vários conjuntos de tees garantem<br />

a acessibilidade aos golfistas profissionais e<br />

amadores.<br />

Este projeto envolveu até à data um inves-<br />

timento total de 21,5 M€, de entre os quais<br />

7M€ são relativos à área de golfe e 14,5M€<br />

são referentes às infraestruturas gerais do<br />

empreendimento. Dos 7M€ da área de golfe,<br />

3,5M€ correspondem ao financiamento no<br />

âmbito do PT2020 - Sistema de Incentivos à<br />

Inovação Empresarial.<br />

O campo de golfe conta ainda com a<br />

Receção e o Club House que oferecem a<br />

residentes, visitantes e golfistas uma vista<br />

exclusiva sobre o Oceano Atlântico. Este<br />

mesmo edifício dispõe de um restaurante à la<br />

carte - Restaurante West Cliffs, baseado no<br />

conceito steakhouse e coordenado pelo Chef<br />

Carlos Gonçalves - e de um amplo bar com<br />

vista panorâmica.<br />

Francisco Cadete, presidente dos campos<br />

de golfe da Praia d'El Rey e do West Cliffs,<br />

mostrou-se muito satisfeito com a abertura<br />

deste campo, relembrando que há três anos,<br />

‘‘poucos acreditavam que este projeto fosse<br />

para a frente’’, felicitando a Oxy Capital por<br />

ter tido ‘‘a coragem de tomar a decisão de<br />

avançar com o projeto, que neste momento é<br />

já considerado um dos melhores de Portugal<br />

e talvez da Europa Continental. Quem joga<br />

neste campo quer voltar a jogar nele, não só<br />

pela sua beleza, mas também pelo desafio<br />

constante que apresenta’’.<br />

Também Joaquim Góis, administrador da


v i a j a r<br />

5<br />

Destaque<br />

2017 / JUL/ago<br />

Os hotéis e villas<br />

Ocupando uma área de 230 hectares, integrado<br />

com a paisagem natural, entre dunas e vegetação<br />

costeira, intercalada por áreas de pinhal e<br />

vistas exclusivas sobre o Atlântico e a Lagoa de<br />

Óbidos, este complexo turístico de luxo possui<br />

268 lotes que se traduzirão em 659 unidades<br />

de alojamento e 2.906 camas, apoiados por um<br />

conjunto alargado de equipamentos e serviços.<br />

Estando concluídas todas as infraestruturas do<br />

conjunto turístico, o desenvolvimento da 1ª fase<br />

das unidades de alojamento - 21 Villas e 56<br />

Twin Villas – terá início ainda este ano de 2017.<br />

No decorrer do seu desenvolvimento, o West<br />

Cliffs incluirá os 2 hotéis de 5 estrelas - Hotel da<br />

Falésia e Hotel do Pinhal, com 130 e 60 quartos,<br />

respetivamente - , SPA, piscinas, campos<br />

desportivos, loja de conveniência, lavandaria,<br />

papelaria e cabeleireiro, entre outros equipamentos<br />

e serviços.<br />

Blue and Green e representante da Aquarius,<br />

Fundo da Oxy Capital, que recebeu<br />

das mãos de Jonathan Smith, Ceo da Golf<br />

Environment Organization, a certificação GEO<br />

On course, frisou que o facto do West Cliffs<br />

ser no momento o quarto campo de golfe na<br />

região, vem reforçar ‘‘o seu posicionamento<br />

como cluster de golfe e uma das zonas mais<br />

atrativas para o turismo em Portugal’’.<br />

“Acreditamos que este tipo de resorts combinando<br />

valências do golfe com unidades de<br />

alojamento, destacando-se pela proximidade<br />

da natureza, pode ser um vetor estratégico<br />

de desenvolvimento da economia regional’’,<br />

sublinhou ainda o mesmo responsável.<br />

GOLFE tem um papel DIFerenCiaDor<br />

Uma ideia apoiada pelo Ministro da Economia,<br />

Manuel Caldeira Cabral, ao referir o facto<br />

deste projeto estar ‘‘alinhado com algo que<br />

definimos como estratégico, que é estender<br />

o turismo pelo território, para que continue a<br />

crescer de uma forma equilibrada. Queremos<br />

que os turistas descubram que Portugal tem<br />

muito mais para conhecer sem ser Lisboa e<br />

Algarve e isso tem vindo a verificar-se com o<br />

crescimento em regiões como os Açores, o<br />

Norte e o Centro do país’’.<br />

‘‘Penso que o golfe tem um papel muito<br />

importante na diferenciação de um destino<br />

turístico português, um papel que já está bem<br />

afirmado, mas que ainda tem muito espaço<br />

para crescer. O golfe traz turistas ao longo de<br />

todo o ano, principalmente na época baixa e<br />

isso significa que se pode dar maior estabilidade<br />

aos negócios na área do turismo o que<br />

é muito importante para que o crescimento<br />

deste sector seja mais equilibrado todo o<br />

ano’’, disse ainda o governante, relembrando<br />

que o turismo em Portugal está a viver um<br />

bom momento: ‘‘Já o ano passado as receitas<br />

turísticas estavam a crescer 11%, o que é um<br />

ótimo crescimento. Este ano estão a crescer<br />

20%. Este crescimento é ainda mais interessante<br />

e favorável porque está a acontecer<br />

com grande força fora da época alta".


Entrevista<br />

6<br />

v i a j a r<br />

2017 / juL/AGO<br />

Alexandra Henriques, diretora de Marketing do Grupo tq<br />

“A chave do nosso sucesso tem sido<br />

J<br />

á com oito anos de existência, o Grupo<br />

tq Travel Quality surgiu com diversas<br />

novidades no último ano. Abriu duas novas<br />

lojas em Lisboa, criou um microsite de<br />

reservas da Solférias no seu próprio site, lançou a<br />

TQ Pharma e tem estado presente nas principais<br />

feiras mundiais. A VIAJAR esteve à conversa com<br />

a sua diretora de Marketing.<br />

Viajar – O Grupo tq Travel Quality é formado<br />

por três áreas distintas – tq Viagens, tq<br />

dmc e tq Eventos. Como funcionam estas<br />

vertentes?<br />

Alexandra Henriques – O Grupo TQ é constituído<br />

por três empresas: Travel Quality Viagens – Agência<br />

de Viagens e Turismo, cujo core business são<br />

as viagens empresariais, com oferta das melhores<br />

soluções e com um serviço altamente especializado;<br />

a Travel Quality DMC; e a Travel Quality<br />

– Eventos e Congressos dedica-se aos mercados<br />

corporativos e privados. São empresas que têm o<br />

seu próprio público-alvo e os seus serviços mas<br />

existe uma interligação entre ambas e um trabalho<br />

integrado porque há determinados pontos que<br />

se cruzam. A chave do nosso sucesso tem sido<br />

a aposta numa equipa especializada e com um<br />

know how de vários anos no setor das viagens<br />

e Turismo. O nosso foco são as empresas, que<br />

representam entre 80 a 90% do nosso negócio.<br />

A tq acaba de fazer oito anos de existência.<br />

Qual o balanço que faz destes anos?<br />

O Grupo TQ foi fundado em 2008 e tem feito um<br />

percurso de se adaptar às exigências do mercado<br />

e aos novos desafios. A nossa carteira de clientes<br />

é maioritariamente constituída por pequenas<br />

e médias empresas, de várias áreas como as<br />

tecnologias, por exemplo. Este é o nosso quadro<br />

atual, mas a TQ é muito mais que números. A<br />

TQ é um conjunto diverso de profissionais altamente<br />

especializados com dezenas de anos<br />

de experiência acumulados. E este facto é<br />

reconhecido pelos nossos clientes como um<br />

fator diferenciador no mercado. Nesse sentido,<br />

o balanço que fazemos é altamente positivo.<br />

Vários foram os projetos que desenvolveram<br />

e iniciaram durante o último ano. Abriram uma<br />

nova loja em Lisboa. Tencionam continuar<br />

com a expansão a mais lojas e outras zonas<br />

do país?<br />

Estamos sempre atentos ao mercado e às novas<br />

oportunidades mas neste momento não temos<br />

previsão de novas aberturas.<br />

Criaram ainda um microsite de reservas da Solférias<br />

no vosso próprio site. Ao que se deveu<br />

esta aposta e como está a correr?<br />

O lançamento de um novo site deve-se à aposta


v i a j a r<br />

7<br />

Entrevista<br />

2017 / juL/AGO<br />

a aposta numa equipa especializada”<br />

“No final de<br />

2016 decidimos lançar um<br />

novo departamento, a tq Pharma<br />

com o objetivo de captar a indústria<br />

farmacêutica para a nossa carteira<br />

de clientes, uma vez que tem um enorme<br />

potencial no segmento de eventos,<br />

com a realização de vários<br />

congressos e reuniões<br />

de ciclo”.<br />

contínua na melhoria da nossa oferta e na prestação<br />

de um serviço de qualidade aos nossos<br />

clientes. Temos também como objetivo<br />

alavancar as reservas diretas. O feedback<br />

dos nossos clientes tem sido muito positivo<br />

e temos conseguido alcançar bons<br />

resultados em vendas diretas. O lazer é<br />

um mercado importante e queremos dar<br />

resposta às necessidades do mercado<br />

cada vez mais voltado para o “digital”.<br />

As reservas online são um complemento<br />

às agências físicas, permitindo a visualização<br />

de promoções e reserva de pacotes<br />

em qualquer local a qualquer hora. Uma das<br />

nossas preocupações tem sido os desenvolvimentos<br />

tecnológicos num conjunto de soluções que<br />

permitem o melhor funcionamento como agência<br />

de viagens na realidade atual, mas sempre a olhar<br />

para o futuro.<br />

Outra das apostas foi a criação da tq Phama.<br />

Explique exatamente a quem se destina este<br />

departamento e o que trás de novo?<br />

No final de 2016 decidimos lançar um novo departamento,<br />

a TQ Pharma com o objetivo de captar<br />

a indústria farmacêutica para a nossa carteira de<br />

clientes, uma vez que tem um enorme potencial<br />

no segmento de eventos, com a realização de vários<br />

congressos e reuniões de ciclo. Os primeiros<br />

seis meses correram muito bem e o balanço é<br />

extremamente positivo. A TQ Pharma é constituída<br />

por uma equipa de profissionais altamente qualificada<br />

com mais de 10 anos de experiência neste<br />

setor e especializada nesta indústria.<br />

Quais são neste momento as grandes apostas<br />

da tq dmc? Que destinos estão a privilegiar<br />

mais neste momento?<br />

O Brasil tem sido um dos principais mercados da<br />

TQ DMC e com quem desenvolvemos parcerias<br />

com operadores e agências de viagens contratando<br />

hotéis e todos os outros serviços turísticos e de<br />

recetivo em Portugal. Trabalhamos com empresas<br />

que vêm a Portugal em viagens de incentivo e<br />

também com turistas individuais.<br />

Além do Brasil, temos apostado também em outros<br />

mercados como a China, que tem um enorme<br />

potencial e agora com os voos diretos será ainda<br />

mais importante. A TQ tem vindo a preparar este<br />

“terreno” há vários anos e além da presença em<br />

feiras apostámos também numa brochura em<br />

mandarim. Acreditamos que este trabalho irá<br />

agora dar frutos.<br />

A parceria com a International Travel Partnership<br />

(ITP) também tem sido de extrema importância<br />

e através desta rede temos captado clientes de<br />

vários mercados. A TQ Travel é representante exclusiva<br />

da ITP, o que significa que temos contacto<br />

privilegiado com empresas internacionais e com<br />

as quais trabalhamos em exclusivo e em contacto<br />

permanente. Fazemos parte de um mercado<br />

global e conseguimos mostrar as mais-valias de<br />

Portugal junto das várias empresas que integram<br />

a rede.<br />

Para além disso, a força de várias agências de<br />

outros países (temos representação de partner<br />

em quase todo o globo), permite uma melhor<br />

contratação mundial assim como uma grande<br />

mais-valia como força única na prestação de serviços<br />

de viagens. A ITP tem desenvolvido políticas<br />

neste sentido conjuntamente com todos os seus<br />

partners, de forma a captar contas maiores e com<br />

presença internacional.<br />

Uma das vossas grandes apostas tem sido<br />

marcar presença em algumas das principais<br />

feiras de turismo a nível mundial, tendo estado,<br />

mais recentemente, na imEX, em Frankfurt, e<br />

na bntm, em São Salvador da Bahia. Quais as<br />

maiores contrapartidas que têm conseguido<br />

retirar destes certames?<br />

A presença neste tipo de certames tem sido importante<br />

para realizarmos negócio e são também<br />

oportunidades únicas de networking. São eventos<br />

de grande dimensão e nos quais as nossas<br />

equipas conseguem contactar diretamente com<br />

empresas do nosso interesse. Temos conseguido<br />

concretizar várias parcerias e negócios com<br />

relevância para a TQ. Portugal está na moda há<br />

algum tempo e com muita razão. O nosso objetivo<br />

neste sentido é trazer cada vez mais eventos e<br />

congressos para Portugal.<br />

Qual o volume de negócios que a tq Travel<br />

registou nos primeiros meses de 2017 e qual<br />

tem sido a evolução nos últimos anos? Qual o<br />

objetivo para o total deste ano?<br />

No primeiro ano de atividade, 2008, atingimos<br />

uma faturação de 4,7 milhões de euros, em contraciclo<br />

às fortes quebras que se começavam a<br />

sentir nas viagens de lazer nessa altura. O volume<br />

de negócios da agência de viagens corporate<br />

tem vindo desde então a crescer dois dígitos por<br />

ano, atingindo os 19,2 milhões de euros no final<br />

de 2014. Em 2015, sofremos uma quebra devido<br />

à forte dependência de empresas que estavam<br />

em Angola e com quem trabalhávamos. Em 2016,<br />

a faturação fixou-se nos 16,5 milhões de euros.<br />

Para fazer face a este decréscimo, começámos a<br />

diversificar a nossa oferta e apostar em novos ramos<br />

e foi nesta linha que lançámos a TQ Pharma.<br />

A TQ fez ainda um investimento no segmento lazer<br />

de forma a alcançar um mercado cada vez mais<br />

diversificado.<br />

Por Sílvia Guimarães


Agências & Operadores<br />

8<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

GEA Portugal deverá crescer<br />

entre 5 e 9% no final do verão<br />

“A<br />

GEA Portugal apresenta<br />

um crescimento<br />

muito forte até maio<br />

deste ano, que não chega a dois dígitos,<br />

mas que estará entre os 9 e os 10%,<br />

muito devido às vendas antecipadas”, a<br />

afirmação é do diretor geral da GEA Portugal,<br />

Pedro Gordon, durante um almoço<br />

com a Comunicação Social, que decorreu<br />

no final de junho.<br />

O mesmo responsável acredita que até ao<br />

final do verão, em meados de setembro, a<br />

GEA Portugal possa “terminar a temporada<br />

importante com um crescimento entre<br />

os 5 e 9%”.<br />

República Dominicana, México, Cuba,<br />

Jamaica, Algarve, ilhas espanholas,<br />

são os destinos mais procurados pelos<br />

portugueses, seguindo-se Cabo Verde,<br />

Cruzeiros, Madeira e Porto Santo e Saïdia<br />

(Marrocos), estes dois últimos a registarem<br />

uma grande procura nos últimos<br />

tempos.<br />

Segundo Pedro Gordon todos os operadores<br />

turísticos – Soultours, Soltrópico,<br />

Solférias, Joliday, Nortravel, Travelplan,<br />

Viajar, Sonhando, Lusanova - têm registado<br />

crescimento, o que revela, segundo<br />

o mesmo que “há mais confiança na evolução<br />

da economia do país e as pessoas<br />

começam a acreditar nisso”, relembrando<br />

que os próximos anos poderão continuar<br />

a ser favoráveis ao crescimento:<br />

“Entre 2011 e 2030, o turismo no mundo<br />

duplicará. Há ainda muito espaço para<br />

crescermos.”<br />

O diretor geral da GEA Portugal explicou<br />

ainda que o segmento Sol e Praia<br />

com tudo incluído continua a ser o mais<br />

procurado pelos clientes: “A verdade é<br />

que as pessoas quando estão de férias<br />

continuam a preferir estar num local com<br />

praia, em que possam estar a comer e a<br />

beber sem grandes preocupações. Já a<br />

escolha dos destinos depende muito das<br />

motivações, ou seja, se é para viajar em<br />

família, a dois ou sozinho.”<br />

Pedro Gordon sublinhou ainda que a GEA<br />

tem neste momento 403 balcões, correspondentes<br />

a 302 agências. Também<br />

aqui se registou um crescimento de 5%<br />

quando comparado com o ano anterior,<br />

ou seja, têm mais 15 agências.<br />

NOVO guia/BroChura<br />

O encontro serviu ainda para revelar a<br />

nova revista MundiGea, uma espécie de<br />

brochura que vai já na terceira edição e<br />

que surge com uma lógica de produção<br />

de conteúdos com dicas dos próprios<br />

operadores, “até porque ninguém melhor<br />

do que os mesmos para o fazer, uma<br />

vez que estão no terreno e conhecem os<br />

destinos”, sublinha o mesmo responsável.<br />

São 22 mil os exemplares impressos,<br />

sendo que 50 revistas serão oferecidas<br />

a cada balcão gratuitamente, para que<br />

os mesmos possam distribuir aos seus<br />

clientes.<br />

“No fundo é um misto de revista de<br />

viagens e brochura, direcionada para a<br />

venda”, remata.<br />

GRUPO GEA ACABA DE ABRIR NO PERU<br />

Novidade ainda é o facto do Grupo GEA<br />

ter aberto há duas semanas a GEA Peru,<br />

que pertence 100% ao Grupo GEA Argentina,<br />

e esta última por sua vez pertence<br />

75% à GEA Portugal.<br />

Segundo Pedro Gordon o mercado peruano<br />

é em muito idêntico ao português e<br />

a retirada do visto para entrar na União<br />

Europeia tem feito com que a procura das<br />

viagens para o exterior aumente.<br />

“O Peru tem cerca de 36 milhões de<br />

habitantes, e talvez uns 10 operadores<br />

turísticos, à semelhança do mercado<br />

português, sendo que entre 1 e 2 milhões<br />

de pessoas viajam. O que eu sinto é que<br />

há muito para fazer no Peru, principalmente<br />

numa altura em que a Europa está<br />

estagnada”.<br />

Questionado sobre uma possível abertura<br />

de outra GEA em território sul americano,<br />

Pedro Gordon deixou no ar a Colômbia,<br />

por ter, segundo o mesmo “um potencial<br />

brutal”, mas por agora não é uma possibilidade,<br />

uma vez que a Grupo GEA só abre<br />

em novos destinos, quando o destino atual<br />

está consolidado.


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO Agências<br />

9<br />

& Operadores<br />

Roadshow – Gran Canária da Solférias<br />

termina no Porto<br />

O<br />

Roadshow – Gran Canária<br />

do operador turístico Solférias<br />

terminou dia 29 de junho,<br />

no Hotel Impanema Park, no Porto, depois<br />

de ter já passado pelo Funchal e Lisboa.<br />

Um encontro que serviu para mostrar o<br />

destino e dar conta de o novo voo diário da<br />

TAP direto de Lisboa para Gran Canária.<br />

Segundo Nuno Mateus, diretor geral da<br />

Solférias, “na Madeira sempre houve um<br />

voo Funchal/Las Palmas com a Binter, que<br />

voa durante todo o ano, e agora estamos a<br />

reforçar a oferta com a entrada deste novo<br />

voo da TAP, porque a companhia aérea<br />

portuguesa quando coloca uma rota em<br />

Portugal, naturalmente acaba por ter uma<br />

grande notoriedade, e no nosso caso, o<br />

que fazemos neste momento é aproveitando<br />

o know-how que já temos da Madeira,<br />

lançar com um grande impacto à partida de<br />

Lisboa”.<br />

O mesmo responsável sublinhou ainda<br />

“existir muita pressão em termos de camas<br />

nas Canárias, que rareiam nesta altura<br />

de verão”, um problema que segundo o<br />

mesmo pode ser evitado se os “portugueses<br />

interiorizarem que devem fazer as<br />

suas reservas com alguma antecedência.<br />

Apesar de algumas pessoas já começarem<br />

a reservar mais cedo há ainda quem o faça<br />

em cima da hora e aí encontram alguns<br />

constrangimentos”.<br />

Quando questionado sobre expetativas<br />

para este primeiro ano de operações Nuno<br />

Mateus refere que “arrancando agora e<br />

com a falta de quartos, nunca podem ser<br />

números muito grandes, o que nós queremos<br />

é marcar a nossa posição, ir evoluindo<br />

e sinceramente com o que nós já fazemos<br />

na Madeira temos muito mais capacidade<br />

para atingir bons números, mas não no<br />

primeiro ano. No primeiro ano, no fundo é<br />

mais um ano de afirmação, não mais do<br />

que isso.”<br />

Segundo o diretor geral da Solférias, este<br />

é um “bom destino, muito simpático em<br />

todos os aspetos, com um bom clima<br />

durante todo o ano e uma diversidade no<br />

facto de ter muitas ilhas, e se por exemplo<br />

os madeirenses, que tradicionalmente já<br />

voam para este destino há muitos anos e<br />

acabam por ficar sempre na Gran Canária,<br />

para as pessoas do Continente a tendência<br />

se calhar é para variarem de ilhas”.<br />

Também presente no Roadshow esteve<br />

Jorge Kahr Stenger, delegado comercial<br />

para o mercado ibérico da Gran Canária,<br />

que reforçou o facto de nos últimos anos<br />

se ter registado um grande aumento de<br />

passageiros portugueses para o destino,<br />

sem avançar, no entanto, com um número<br />

exato.<br />

Segundo o mesmo, aquele destino conta<br />

com 120 praias de areia branca, uma oferta<br />

cultural e desportiva muito grande, onde<br />

se incluem diversos desportos radicais,<br />

mas também o golfe, já que contam com<br />

oito campos de golfe, que distam a pouca<br />

distância entre si, o que permite que os<br />

golfistas possam experimentar diferentes<br />

terrenos. Também as compras e sobretudo<br />

a temperatura amena quer de verão quer<br />

de inverno, assim como a diversidade das<br />

ilhas, são razões mais do que suficientes<br />

para uma visita à Gran Canária.<br />

Um destino, que tem beneficiado muito<br />

com a “queda” de destinos como a Turquia,<br />

atraindo cada vez mais turistas alemães,<br />

britânicos, entre outros. Aqui sejam famílias,<br />

casais ou mesmo individuais há oferta<br />

para todos.<br />

Quanto ao Roadshow, no Funchal e em<br />

Lisboa registou a participação de cerca de<br />

190 agentes de viagens, enquanto que no<br />

Porto estavam inscritos 180 agentes de<br />

viagens.


Agências & Operadores<br />

10<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

eDreams ODigeo<br />

apresenta resultados positivos<br />

A<br />

eDreams odiGEO anunciou os<br />

seus resultados relativos ao ano<br />

que terminou a 31 de março de 2017,<br />

superando as orientações originais e melhoradas<br />

para o mercado em junho de 2016 e<br />

fevereiro de 2017, respetivamente.<br />

A estratégia continua a comandar as melhorias<br />

do negócio e apresentou taxas sólidas<br />

de crescimento nas reservas e na margem de<br />

lucro de 9% e 5% respetivamente. O crescimento<br />

do EBITDA ajustado continua a ser<br />

forte, até 12% no ano fiscal de 2017, devido<br />

ao crescimento consistente nas reservas e<br />

margem de lucro combinados com uma redução<br />

de 8% nos custos variáveis por reserva.<br />

A estratégia de diversificação de receitas continua<br />

a ter um impacto positivo no negócio,<br />

com um crescimento nos produtos auxiliares<br />

relacionados e não relacionados com voos,<br />

apesar de serem compensados pelas vendas<br />

dos negócios de pacotes de viagens corporativas<br />

e pacotes de passeios. As reservas<br />

nos negócios de produto não relacionado<br />

com voos foram até 3% e 6%, excluindo<br />

o impacto na venda do nosso negócio de<br />

viagens corporativas. A margem de lucro no<br />

negócio de não-voos foi de 7% resultado do<br />

aumento na margem de lucro por reserva nos<br />

hotéis, carros e pacotes dinâmicos e compensado<br />

por uma diminuição no negócio de<br />

pacotes de passeios e da venda em França,<br />

bem como a venda do negócio de pacotes de<br />

viagens corporativas.<br />

No negócio de voos, um progresso da<br />

apresentação das iniciativas estratégicas aumentou<br />

o desempenho e está a posicioná-los<br />

bem para um crescimento a longo prazo.<br />

Os mercados mais importantes tiveram um<br />

forte desempenho com reservas até 11% e<br />

uma margem de lucro até 6%, comandado<br />

por iniciativas estratégicas, pela estratégia de<br />

diversificação e pelo investimento contínuo.<br />

A eDreams ODIGEO obteve também um<br />

forte crescimento dos lucros no ano fiscal<br />

de 2017. Os rendimentos líquidos ajustados<br />

aumentaram para 31,6 milhões de euros, representando<br />

um aumento de 57% em termos<br />

homólogos.<br />

A empresa continua a reduzir com sucesso o<br />

nível de endividamento; o rácio de alavancagem<br />

líquida foi compensado para 3,43x em<br />

março de 2016 para 2,66x em março de 2017.<br />

Em outubro de 2016, o grupo refinanciou<br />

com sucesso a sua dívida, com um reembolso<br />

total de Notas 2018 e Notas 2019, e<br />

com a emissão de Notas 2021. Aumentou a<br />

possibilidade de crédito rotativo super sénior<br />

de €130 milhões para €147 milhões, e mudou<br />

a nova dívida para uma cobertura única de<br />

manutenção de 6,0x do rácio de recurso de<br />

crédito bruto, com os termos melhorando<br />

também para permitir reaquisições eficientes<br />

de até 10% do principal por ano. Reduziram<br />

com sucesso o rácio de cobertura de 5,0x em<br />

março de 2016 para 4,0x em março de 2017,<br />

que criou um espaço suficiente vs. o rácio de<br />

cobertura de alavancagem bruta.<br />

No ano fiscal de 2017 o grupo anunciou um<br />

excelente desempenho de fluxo de caixa com<br />

um saldo de tesouraria de 143,5 milhões de<br />

euros (até 9% em termos homólogos), apesar<br />

de saídas de caixa de 52,7 milhões de euros<br />

relativas à reaquisição de notas 2018 e os<br />

fluxos premium de obrigações e outros fluxos<br />

de refinanciamento relativos ao refinanciamento<br />

de obrigações de 2018 e 2019. O<br />

fluxo de caixa das operações passou de 82<br />

milhões de euros para 134,1 milhões de euros,<br />

e o fluxo de caixa antes do financiamento<br />

de 51,5 milhões de euros para 104,6 milhões<br />

de euros, como resultado de melhorias no<br />

EBITDA e fundo de maneio.<br />

Segundo Dana Dunne, CEO da eDreams<br />

ODIGEO, “estes excelentes resultados<br />

marcam as excelentes melhorias que temos<br />

vindo a fazer no nosso negócio. A nossa<br />

diversificação de novos produtos em ambas<br />

as categorias – voos e não-voos -, incluindo<br />

lugares preferidos, bagagem, pacotes<br />

dinâmicos, aluguer de automóveis e hotéis,<br />

contribuiu significativamente para um forte<br />

crescimento das reservas e da margem de<br />

receita deste ano”, relembrando que “a aquisição<br />

da budgetplaces.com irá ainda permitir<br />

acelerar o crescimento do nosso negócio de<br />

pacotes dinâmicos. As iniciativas estratégicas<br />

que implementámos e os investimentos que<br />

realizámos nos últimos dois anos permitiramnos<br />

liderar a indústria mobile, lançar produtos<br />

com maior rapidez, ter custos mais reduzidos<br />

por reserva e, mais importante, deixar os<br />

clientes mais satisfeitos. Como resultado, tal<br />

permitiu-nos ser a principal empresa de viagens<br />

online na Europa, ajudando milhões de<br />

consumidores a encontrar e reservar a viagem<br />

que mais lhe convinha, ao melhor valor. Ao<br />

olhar para o futuro, continuaremos a aumentar<br />

a quota de mercado, diversificando os fluxos<br />

de receita, avaliando as estruturas de preços<br />

e a aumentar as reservas repetidas com o<br />

objetivo de ser uma loja única de viagens”.


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

11<br />

Opinião<br />

A Tríplice Aliança<br />

e o jogo do poder<br />

Em 1882, o rEino de<br />

Itália, o Império<br />

Alemão e o Império<br />

Austro-Húngaro decidiram<br />

formar uma aliança – A Tríplice<br />

Aliança – em que o objetivo<br />

principal era protegerem-se de<br />

ataques externos dos demais<br />

países ou impérios, em função<br />

das permanentes convulsões<br />

político-económicas existentes<br />

na Europa.<br />

A Tríplice Aliança acabou por<br />

se desmoronar, quando um dos<br />

seus integrantes decidiu abandonar<br />

a mesma, a fim de se beneficiar<br />

de melhores condições<br />

conjunturais num contexto de<br />

evolução política. O resultado<br />

desta deserção foi a queda e<br />

subjugação dos restantes membros<br />

da aliança falida.<br />

Em pleno século XXI, a “Tríplice<br />

Aliança” entre Companhias<br />

de Aviação, GDS’s e Agências<br />

de Viagens está muito próxima<br />

de experimentar o mesmo<br />

destino que o da original<br />

de 1882. A Iberia e a British<br />

Airways acabam de seguir os<br />

passos da congénere alemã da<br />

Lufthansa, obrigando a pagar<br />

mais 9,5 euros por voo a quem<br />

não reservar através do seu<br />

sistema próprio de distribuição<br />

(NDC). A clivagem de valores<br />

cobrados aos seus “sócios de<br />

sempre” (Agências de Viagens<br />

e Global Distribution Systems) e<br />

o resto do mercado traduz-se,<br />

atualmente, num abandono da<br />

aliança que serviu os interesses<br />

das companhias aéreas durante<br />

décadas. Perante um cenário<br />

cada vez mais monopolista e<br />

dominante de quem tem agora<br />

o poder de discriminar preços,<br />

as companhias aéreas estão a<br />

fazer desaparecer a transparência<br />

de preço, beneficiando-se<br />

financeiramente. Sofre o cliente<br />

final, que na minha opinião, deverá<br />

sempre ser protegido. Sofrem<br />

as agências de viagens. E<br />

sofrem os GDS’s. Veremos qual<br />

o papel destes dois últimos<br />

nos próximos anos e que tipo<br />

de nova relação comercial se<br />

terá que estabelecer. A meu ver<br />

e prolongando-se este status<br />

quo, o ataque às Agências de<br />

Viagens é demasiado violento,<br />

antecipando o desaparecimento<br />

de algumas delas e a concentração<br />

no setor. Como consequência,<br />

o EBIDTA dos GDS<br />

tem fatalmente que cair, ato<br />

seguido.<br />

Numa perspetiva de futuro de<br />

curto prazo, usaria dizer que<br />

o passo mais inteligente para<br />

GDS’s e Agências de Viagens<br />

seria unirem-se em torno de<br />

eles próprios, protegendo-se<br />

contra esta ofensiva comercial<br />

hostil e encontrar novos aliados.<br />

Temo que tal seja muito<br />

difícil, senão mesmo impossível,<br />

mas na adversidade tudo é<br />

exequível.<br />

Entretanto o mercado vai ter<br />

que esperar e agonizar para<br />

encontrar uma solução, eventualmente<br />

de carácter legal, como<br />

já anunciou a associação europeia<br />

das Agências de Viagens<br />

(ECTAA).<br />

É sabido que o mundo evolui. E<br />

todos temos o dever e o direito<br />

de adaptarmo-nos. Mas acima<br />

de tudo, temos também o dever<br />

e direito de nos defendermos<br />

contra ataques unilaterais no<br />

que toca a atividades comerciais<br />

opacas e discriminatórias.<br />

Quem tem coragem?<br />

Miguel Quintas<br />

n Diretor Geral Parcela Já<br />

A Iberia e a British Airways<br />

acabam de seguir os passos da<br />

congénere alemã da Lufthansa,<br />

obrigando a pagar mais 9,5 euros<br />

por voo a quem não reservar<br />

através do seu sistema próprio de<br />

distribuição (NDC). (…). Perante<br />

um cenário cada vez mais<br />

monopolista e dominante de<br />

quem tem agora o poder de<br />

discriminar preços, as<br />

companhias aéreas estão a fazer<br />

desaparecer a transparência de<br />

preço, beneficiando-se<br />

financeiramente. Sofre o cliente<br />

final, que na minha opinião,<br />

deverá sempre ser protegido.<br />

Sofrem as agências de viagens. E<br />

sofrem os GDS’s.


Reportagem<br />

12<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

MSC inaugura Meraviglia<br />

e anuncia investimento de 9 mil milhões até 2026<br />

A<br />

MSC Cruzeiros anuncia plano<br />

de investimento em torno<br />

dos 9 mil milhões de euros para<br />

os próximos anos. O anúncio foi feito por<br />

Pier Francesco Vago, executive chairman<br />

da MSC Cruzeiros, em Le Havre, no norte<br />

de França, no dia da inauguração do mais<br />

recente e tecnológico navio da companhia,<br />

o MSC Meraviglia.<br />

De acordo com o responsável os novos 11<br />

navios vão chegar de forma gradual, até<br />

2026, permitindo triplicar a oferta da companhia<br />

até ao momento. O primeiro é MSC<br />

Meraviglia e atualmente estão em construção<br />

quatro outros navios, sendo que um<br />

dos quais deverá ser entregue até ao final<br />

do ano. Já em 2022 será o ano de chegada<br />

da Class World, com barcos movidos a gás<br />

natural liquefeito, 100% ecológicos e com<br />

capacidade para transportar até<br />

7 mil passageiros.<br />

Segundo Gianni Onorato, CEO<br />

da MSC, também presente no<br />

evento de inauguração, está-se<br />

aqui a “falar de uma democratização do<br />

luxo, tornando-o acessível”. Por outro<br />

lado, o responsável frisou que esta é<br />

uma “ótima indústria, que cria emprego<br />

e crescimento”.<br />

MSC Meraviglia<br />

Inaugurado no dia 3 de junho,<br />

o MSC Meraviglia é o mais<br />

recente navio de cruzeiros a<br />

navegar pelas águas salgadas<br />

do planeta, vem dar origem a<br />

uma nova classe da MSC Cruzeiros<br />

e torna-se no maior navio de cruzeiros alguma<br />

vez construído por um armador europeu,<br />

neste caso a francesa STX. Com 315 metros<br />

de comprimento, 65 metros de altura e mais<br />

de 171,5 toneladas, o barco tem capacidade<br />

para 5700 passageiros, contando com 2244<br />

camarotes, dos quais 75% com varanda,<br />

um Spa com 1100 metros quadrados,<br />

quatro piscinas, nove banheiras de hidromassagem,<br />

ginásio, 12 espaços de refeição,<br />

um teatro com 985 lugares, casino e espaço<br />

de jogos computorizados a pensar nos mais<br />

jovens.<br />

Aclamado por muitos como a 8ª maravilha<br />

do mundo, é nos espetáculos exclusivos<br />

do Cirque do Soleil que apresenta o<br />

seu grande trunfo. Representado no<br />

barco com dois espetáculos exclusivos<br />

Cirque du Soleil at Sea, criados apenas para o<br />

MSC Meraviglia, consistirá em duas performances<br />

durante seis noites da semana, onde<br />

os passageiros poderão desfrutar de uma<br />

experiência única de show & dinner ou show<br />

& cocktail.<br />

Para além do Cirque du Soleil at Sea,<br />

o MSC Meraviglia disponibiliza um<br />

segundo luxuoso teatro de 1.000 m2,<br />

oferecendo seis espetáculos diferen-


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

13<br />

Reportagem<br />

tes por cruzeiro. Com três atuações por dia,<br />

os viajantes terão a oportunidade de desfrutar<br />

de opções adicionais numa variedade de<br />

premiadas produções de classe mundial.<br />

Para quem gosta de inovação e tecnologia<br />

de ponta, pode contar aqui com o mais longo<br />

ecrã LED Sky em mar, com 80 metros de<br />

comprimento, acompanhando uma fantástica<br />

Promenade ao estilo Mediterrânico, com 96<br />

metros de comprimento, criada para se tornar<br />

o centro social do navio.<br />

A MSC Cruzeiros criou ainda um conceito<br />

único de um “navio dentro de um navio” para<br />

os viajantes que procuram exclusividade e<br />

privacidade num mundo de escolhas. Os<br />

hóspedes do MSC Yacht Club desfrutam do<br />

luxo incomparável de um iate privado, ao<br />

mesmo tempo que têm acesso à vasta gama<br />

A MSC<br />

apresentou plano de<br />

investimentos da ordem dos<br />

9 mil milhões de euros, a efetuar<br />

até 2026. O anúncio foi feito<br />

durante a inauguração do mais<br />

recente e tecnológico navio da<br />

companhia<br />

MSC Meraviglia paSSou<br />

por LiSBoa na sua viagem<br />

inaugural<br />

Lisboa recebeu, no dia 7 de junho, o MSC<br />

Meraviglia, após o seu batismo em Le Havre.<br />

O 13º navio da frota foi recebido na capital<br />

portuguesa com toda a apoteose, tendo estado<br />

presentes na cerimónia a bordo cerca de 170<br />

pessoas, entre autoridades, imprensa, parceiros<br />

e convidados, que assistiram à habitual<br />

troca de placas com o Comandante do navio,<br />

Comandante Pontecorvo e as autoridades<br />

portuárias de Lisboa. O evento contou também<br />

com a presença dos Embaixadores de Itália, Sr.<br />

Giuseppe e Sra. Sheba Morabitto.<br />

Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros<br />

Portugal afirmou que “a MSC Cruzeiros é a<br />

companhia de cruzeiros número um na Europa<br />

e líder de mercado em Portugal pelo quarto<br />

ano consecutivo, e é com grande orgulho e<br />

satisfação que recebemos em Lisboa o 13º<br />

navio da nossa frota, na sua viagem inaugural.<br />

O MSC Meraviglia é o primeiro navio de próxima<br />

geração e marca o começo da segunda<br />

fase de crescimento da MSC Cruzeiros com<br />

um investimento de mais de 9 mil milhões até<br />

2026. Acredito que os próximos 10 navios que<br />

se seguem – e este é o primeiro dos 11 novos<br />

navios de três novos protótipos diferentes –<br />

vão ajudar, com certeza, os portugueses a<br />

optar cada vez cada vez mais pelas férias a<br />

bordo de um cruzeiro MSC.”


Reportagem<br />

14<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

de instalações, entretenimento e serviços oferecidos<br />

por um navio MSC Cruzeiros. O MSC<br />

Meraviglia apresenta um Yacht Club melhorado<br />

e agora localizado em três decks.<br />

As acomodações confortáveis e inovadoras<br />

para ir ao encontro de todas as necessidades,<br />

demonstra a forma como a MSC Cruzeiros<br />

privilegia o viajante ao projetar o navio,<br />

com 10 diferentes tipos de camarotes para<br />

escolher, existe, de facto, algo para todos.<br />

Isto inclui camarote modulares inteligentes,<br />

camarotes individuais ou luxuosas suites no<br />

MSC Yacht Club.<br />

Sendo uma companhia familiar, as atividades<br />

e serviços para crianças e jovens estão no<br />

centro do que a MSC oferece aos viajantes e<br />

a family deck area dedicada inclui uma novíssima<br />

oferta de entretenimento e instalações<br />

de última geração para toda a família.<br />

Oferece uma maior variedade de opções gastronómicas<br />

e bares do que em qualquer navio<br />

MSC até à data, com 12 locais diferentes para<br />

jantar e 20 bares. Foram introduzidos novos e<br />

altamente inovadores conceitos gastronómicos<br />

que incluem uma Steakhouse Americana,<br />

restaurantes de Teppanyaki e Sushi, e ainda<br />

os melhores sabores italianos, paralelamente<br />

a modelos de jantar flexíveis criados para ir<br />

de encontro a todas as necessidades dos<br />

viajantes de hoje em dia.<br />

Itinerário<br />

O MSC Meraviglia nesta temporada de verão<br />

tem para oferecer seis portos de embarque no<br />

Mediterrâneo Ocidental incluindo os populares<br />

portos de Génova, Marselha e Barcelona,<br />

bem como magníficos destinos do Mediterrâneo<br />

incluindo Nápoles, Messina (Sicília) e<br />

Valetta (Malta).<br />

Para aumentar ainda mais a descoberta de<br />

destinos para o viajantes, a MSC Cruzeiros<br />

acrescentou 19 excursões em terra, cinco das<br />

quais exclusivas do MSC Meraviglia. Essas<br />

excursões foram especialmente desenvolvidas<br />

para famílias e amantes da gastronomia,<br />

com algo para agradar a todas as idades e<br />

permitir que os hóspedes possam experimentar<br />

os seus destinos de novas e excitantes<br />

maneiras.<br />

O MSC Meraviglia foi o 11º navio da companhia<br />

a ser apadrinhado pela conceituada atriz<br />

italiana Sophia Loren (apenas não apadrinhou<br />

um dos navios).<br />

Mercado português<br />

Sendo já a maior empresa de cruzeiros da europa,<br />

é também a preferida entre os portugueses,<br />

tendo transportado em 2016 um total de<br />

20.542 passageiros nacionais, mais 1,2% do<br />

que no ano anterior. Mesmo assim, segundo<br />

Eduardo Cabrita, diretor-geral da empresa<br />

em Portugal, “a capacidade de crescimento é<br />

muito maior”.<br />

Por Sílvia Guimarães<br />

em Le Havre, França, a convite da MSC Cruzeiros<br />

MSC Cruzeiros lança<br />

campanha tudo-incluído<br />

para o próximo inverno<br />

A MSC Cruzeiros lançou a nova promoção<br />

‘Mar de Inverno’, disponível para novas<br />

reservas em mais de 70 partidas selecionadas<br />

para o próximo Inverno, com oferta de bebidas<br />

ilimitadas 24 horas por dia nos camarotes com<br />

varanda, para destinos no Mediterrâneo, Caraíbas<br />

e ainda no Dubai, Abu Dhabi e Sir Bani Yas,<br />

para que os viajantes continuem a usufruir do<br />

sol e do calor e a viajar com tudo-incluído numa<br />

época mais tranquila a bordo dos melhores<br />

navios.<br />

O pacote tudo incluído, ‘Pacote Bebidas<br />

Tudo-Incluído – Restaurante & Bar’, da MSC<br />

Cruzeiros, ou equivalente consoante o destino,<br />

inclui consumo ilimitado de bebidas alcoólicas<br />

e não-alcoólicas incluindo vinho a copo, cerveja<br />

à pressão, refrigerantes, água mineral, café e<br />

outras bebidas quentes e uma vasta seleção de<br />

bebidas e cocktails da lista do bar, bem como<br />

take away de gelados em cone ou copo.<br />

Entre Novembro de 2017 e Abril de 2018 as<br />

propostas de itinerários e navios com esta oferta<br />

são variadíssimas. Será possível embarcar<br />

no novíssimo MSC Meraviglia e desfrutar do<br />

mais recente navio da frota MSC Cruzeiros,<br />

partindo à descoberta do Mediterrâneo em<br />

cruzeiros de 7 noites com embarque e desembarque<br />

em Barcelona e escalas em magníficos<br />

portos como Marselha, Génova, Civitavecchia,<br />

Palermo e La Valletta.<br />

A nova promoção ‘Mar de Inverno’ é válida para<br />

camarotes com varanda Bella e Fantastica, em<br />

partidas selecionadas. Os camarotes com 3ª e<br />

4ª camas terão de adquirir o Pacote respetivo<br />

(Adulto ou Criança). Promoção válida somente<br />

para novas reservas, limitada à disponibilidade<br />

e não acumulável com outras ofertas e/ou<br />

promoções, exceto MSC Voyagers Club.


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

15<br />

Regiões<br />

Santarém quer dinamizar<br />

turismo religioso<br />

Mostrar a importância do<br />

estabelecimento de um<br />

percurso para quem visita o<br />

centro histórico de Santarém, principalmente<br />

para os peregrinos do Santuário do Santíssimo<br />

Milagre, foi o mote para um passeio que<br />

reuniu Comunicação Social e alguns nomes<br />

sonantes da sociedade portuguesa, no passado<br />

mês de junho. Para o arquiteto Carlos<br />

Guedes Amorim, organizador desta iniciativa,<br />

“falta rentabilizar, aos diferentes níveis, o que<br />

existe e que já foi restaurado”.<br />

Um percurso que já pode ser feito por<br />

qualquer pessoa, mas que por desconhecimento,<br />

os visitantes acabam por se cingir ao<br />

Santuário do Santíssimo Milagre, sem usufruir<br />

de toda a oferta arquitetónica e religiosa do<br />

centro histórico.<br />

Entrar pela zona nobre, visitar o Museu Diocesano<br />

de Santarém, inserido na Sé Catedral,<br />

provar os doces regionais como os conhecidos<br />

pampilhos, as clarinhas ou os arrepiados,<br />

passear pelas ruas mais importantes e sem<br />

trânsito, incentivando o ressurgimento do<br />

comércio para chegar ao Santuário do Santíssimo<br />

Milagre, dar de caras com um grupo<br />

folclórico que anima as ruas da cidade, ouvir o<br />

som do órgão da Igreja da Misericórdia, visitar<br />

o túmulo de Pedro Alves Cabral, na Igreja da<br />

Graça, almoçar no restaurante Tejá no jardim<br />

das Portas do Sol e terminar com uma visita à<br />

pequena Igreja de Nossa Senhora da Piedade<br />

foi o percurso que fizemos nesta visita, que<br />

pode e deve ser replicada por qualquer turista.<br />

Segundo o Vereador do Turismo da Câmara<br />

Municipal de Santarém, Luís Farinha, a autarquia<br />

tem já um serviço de guia que permite<br />

organizar percursos com grupos, e que serão<br />

estruturados consoante o tempo que disponibilizem.<br />

Apesar de não ter números concretos<br />

sobre os turistas que chegam a Santarém, explica<br />

que ao Santuário do Santíssimo Milagre<br />

chegaram o ano passado 17 mil turistas. Um<br />

número que tem vindo a crescer e que traz<br />

turistas de todos os cantos do mundo, mas de<br />

passagem.<br />

Luís Farinha refere, no entanto, que a ideia da<br />

Câmara é criar condições para que possam<br />

pernoitar e usufruir da vasta oferta que Santarém<br />

tem para oferecer.<br />

“Neste momento a nossa oferta hoteleira é<br />

apenas de 500 camas e embora o alojamento<br />

local tenha vindo a crescer nos últimos anos,<br />

passando de 5 para 35 unidades, é importante<br />

que os grupos hoteleiros comecem a investir<br />

nesta região do país”, diz Luís Farinha, sublinhando<br />

que a Câmara “tem abertura total para<br />

analisar os projetos”.<br />

“Sentimos que também aqui o Turismo pode<br />

cumprir um papel importante no processo de<br />

reabilitação do centro histórico”, diz o vereador,<br />

relembrando que eventos como a Feira<br />

de Agricultura ou o Festival de Gastronomia<br />

(o mais antigo do país, com 37 anos), trazem<br />

muitos turistas à região, mas que a ideia é que<br />

possam vir durante todo o ano e não só nas<br />

datas dos eventos.<br />

Neste momento e até 23 de setembro decorre<br />

no centro histórico, o programa In Santarém,<br />

que todos os dias apresenta um ou mais espetáculos<br />

variados, desde folclore, passando<br />

por rock até ao Fado de Coimbra. Os eventos<br />

são gratuitos e uma forma de trazer “vida às<br />

ruas da cidade”.<br />

Em termos de oferta de restauração, Luís<br />

Farinha, refere que esta é uma zona com<br />

muitos bons produtos agrícolas, logo pode e<br />

deve ser cartão de visita para jovens empreendedores<br />

apostarem na abertura de novos<br />

espaços. Para já recomenda três espaços,<br />

que os turistas não devem perder: Ó Balcão,<br />

do Chef Rodrigo Castelo; O Dois Petiscos, do<br />

Chef João Correia; O Pigalle, do Chef André<br />

Rodrigues Santos.<br />

Roteiro de uma visita<br />

A nossa visita começou com uma história<br />

“deliciosa” contada pelo Padre Ganhão que<br />

nos acompanhou neste percurso. Na fachada<br />

da Sé, antiga Igreja de Nossa Senhora da<br />

Conceição do Colégio dos Jesuítas, datada do<br />

século XVII, estão quatros santos jesuítas, três<br />

de braços abertos e um com as mãos por cima<br />

do estômago, a quem se atribui uma lenda.<br />

Reza a história que Nossa Senhora terá feito<br />

um arroz doce, em dia de festa, para a mesa<br />

dos jesuítas e que o mesmo desapareceu.<br />

Indagando os santos sobre o destino do doce,<br />

São Francisco Xavier, de braços abertos, terá<br />

dito que não sabia. Santo Inácio respondeu de<br />

igual forma. Entretanto São Luís Gonzaga mais<br />

inocente responde, apontando para o santo que<br />

está em baixo na mesma fachada “acho que<br />

foi ele”. E São Francisco de Gonzanga (o único<br />

que tem as mãos sobre a barriga), responde:<br />

“Soube-me muito bem”.<br />

Já dentro da Sé e depois de uma breve explicação<br />

por parte da guia, somos encaminhados<br />

para o Museu Diocesano de Santarém, que<br />

acolhe cerca de 300 peças provenientes de várias<br />

igrejas espalhadas por Portugal e que está<br />

integrado na Rota das Catedrais, galardoado<br />

com o prémio “Europa Nostra 2016”. Verdadeiras<br />

relíquias que podem e devem ser visitadas<br />

neste espaço de 2.ª a 6.ª, entre as 10h e as 18h,<br />

sábados das 10h às 19h e domingos das 14h às<br />

19h. Visite ainda o corredor nobre e a torre da<br />

igreja para deslumbrar da vista sobre a cidade.<br />

Partimos em direção ao Santuário do Santíssimo<br />

Milagre, por sinal cheio de peregrinos e saímos<br />

rumo à Igreja da Misericórdia onde tivemos<br />

tempo para assistirmos a um pequeno concerto<br />

de órgão por uma aluna do Conservatório de<br />

Música de Santarém. Bravíssimo!<br />

Mesmo antes do almoço, nas Portas do Sol,<br />

prestámos uma pequena homenagem ao<br />

navegador Pedro Alves Cabral, na Igreja da<br />

Graça, onde se encontra sepultado parte do seu<br />

corpo (a outra está no Brasil), com o depósito<br />

de uma coroa de flores pelo embaixador António<br />

Monteiro.<br />

Depois do almoço tempo ainda para uma rápida<br />

visita à pequena igreja de Nossa senhora da<br />

Piedade para ver a Torre de Belém no quadro do<br />

altar Mor, recentemente restaurado.


Hotelaria<br />

16<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

Coimbra recebe 29º Congresso da ahp<br />

de 15 a 17 de novembro<br />

Coimbra estreia-se como cidade<br />

anfitriã do congresso<br />

anual da AHP, sendo a terceira<br />

vez que a Região Centro é a escolhida<br />

para a realização do evento. Em 2003, o<br />

Congresso realizou-se em Viseu e em 2011<br />

decorreu na Figueira da Foz.<br />

Nos Paços do Concelho da cidade de<br />

Coimbra, o presidente da Câmara Municipal,<br />

Manuel Machado, recebeu o presidente da<br />

AHP, Raul Martins, acompanhado por Pedro<br />

Machado, presidente da Entidade Regional<br />

de Turismo do Centro.<br />

Os três dirigentes começaram por dirigir<br />

palavras de condolências e de solidariedade<br />

para com as vítimas do grande incêndio que<br />

provocou uma tragédia na Região Centro<br />

durante o fim-de-semana. Raul Martins,<br />

aliás, anunciou que a AHP vai já entrar em<br />

contacto com os presidentes de câmara das<br />

localidades afetadas para no rescaldo desta<br />

calamidade apoiar, através do Programa de<br />

Responsabilidade Social da Associação,<br />

as populações atingidas. Raul Martins,<br />

presidente da AHP, declarou que “mesmo<br />

depois de controlada a situação, o apoio da<br />

Associação pode ser de grande impacto,<br />

permitindo equipar as habitações com<br />

material doado pelos hotéis como mobiliário,<br />

colchões, atoalhados, roupas de cama e<br />

banho, equipamentos e material de cozinha,<br />

entre outros.” Raul Martins sublinhou, ainda,<br />

que “através do Programa de Responsabilidade<br />

Social Corporativa da AHP já<br />

foram doados pelos hotéis associados da<br />

AHP mais de 26.000 bens e equipamentos<br />

a dezenas de instituições de solidariedade<br />

social, que equiparam casas e lares e<br />

melhoraram a vida de centenas de pessoas<br />

e famílias”. “É o nosso auxílio para que se<br />

possa mitigar o enorme prejuízo, humano<br />

e material, trazendo conforto e amparo aos<br />

mais desprotegidos”, concluiu o presidente<br />

da AHP.<br />

Raul Martins anunciou depois a data e local<br />

do Congresso, declarando: “A cidade de<br />

Coimbra, capital de Portugal até 1255, é,<br />

pelas histórias que conta, pelo seu vastíssimo<br />

património cultural e arquitetónico, pelo<br />

desenho urbano e vida académica, um destino<br />

com enorme potencial turístico. Os números<br />

da Hotelaria e do Turismo mostramnos<br />

isso mesmo, o crescimento sustentado<br />

dos últimos dois anos vem comprovar o<br />

interesse crescente dos turistas pela região.<br />

A par do excelente trabalho de promoção e<br />

afirmação que tem vindo a ser desenvolvido<br />

na região, o Convento São Francisco, onde<br />

se vai realizar o Congresso, é uma infraestrutura<br />

belíssima e totalmente equipada<br />

para receber este grande Congresso, como<br />

teremos oportunidade de demonstrar”.<br />

“Temos todo o interesse em acolher este 29º<br />

Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo<br />

no Convento São Francisco, um evento que<br />

decorrerá graças à articulação desenvolvida<br />

pela Associação da Hotelaria de Portugal, e<br />

o seu presidente, Raul Martins, a Entidade<br />

Regional de Turismo do Centro, e o seu presidente<br />

Pedro Machado, e demais colaboradores,<br />

como a Câmara Municipal.<br />

Quero ainda evidenciar a importância, que<br />

começa a ser constatada, do equipamento<br />

que a Câmara Municipal de Coimbra recriou<br />

[Convento São Francisco], recuperou e<br />

preparou para acolher importantes congressos,<br />

nos mais diversos domínios. Tem sido<br />

um êxito e tem contribuído para o desenvolvimento<br />

da atividade económica, turística,<br />

cultural, cívica e de cidadania também.<br />

Quero também reconhecer o valor do que<br />

a Associação da Hotelaria de Portugal tem<br />

feito para qualificar, melhorar e aumentar a


v i a j a r<br />

17<br />

Hotelaria<br />

2017 / JUL/AGO<br />

oferta de acolhimento a todos os cidadãos,<br />

a todos os turistas. E afirmar também, em<br />

relação ao Turismo do Centro, a importância<br />

do trabalho que realizou neste campo, ao<br />

longo do tempo. Antes havia muito pouco<br />

para acolher turistas, fora de Lisboa.<br />

A Associação de Hotelaria de Portugal deu,<br />

também para isto, um contributo notável,<br />

porque rompeu com uma visão que era<br />

preponderante, de haver um certo individualismo<br />

nas iniciativas, e criou uma nova, a<br />

da cooperação. Ao fazê-lo, fortalecemo-nos<br />

uns aos outros e ganhamos todos”, realçou,<br />

por sua vez, o Presidente da C.M. Coimbra,<br />

Manuel Machado.<br />

Pedro Machado, Presidente da Entidade<br />

Regional de Turismo do Centro, sublinhou o<br />

facto de esta ser “a primeira vez que o Congresso<br />

da AHP, o maior congresso de hotelaria<br />

em Portugal, se realiza em Coimbra”.<br />

“Somos uma região que está a crescer em<br />

número de hóspedes, de dormidas e de<br />

proveitos. Os números mais recentes do<br />

INE mostram um crescimento de 37% em<br />

abril, relativamente a abril do ano passado.<br />

Maio vai ser igual ou superior”, disse Pedro<br />

Machado, realçando que um dos objetivos<br />

da entidade que tutela é “posicionar o<br />

Centro de Portugal como primeiro mercado<br />

interno”.<br />

A dificuldade em receber congressos como<br />

este era, no entanto, “uma pecha na Região<br />

Centro”, considerou. Uma dificuldade ultrapassada<br />

com a abertura, em Coimbra, do<br />

Convento São Francisco. “Este equipamento<br />

permite posicionar o Centro no produto<br />

‘congressos e incentivos’, e não apenas<br />

a nível nacional como internacional. Este<br />

posicionamento é importante para combater<br />

os problemas da sazonalidade e da baixa<br />

estadia média da atividade turística. Além<br />

que tem um efeito multiplicador na cadeia<br />

de valor do turismo, incluindo na restauração”,<br />

destacou.<br />

Para o mês de julho, em Lisboa, está marcado<br />

o lançamento do tema e apresentação da<br />

imagem do Congresso.<br />

AHP lança Programa de Responsabilidade Social<br />

“Hospes – Sharing is caring”<br />

A AHP - Associação da Hotelaria de<br />

Portugal apresentou o Programa de<br />

Responsabilidade Social da hotelaria<br />

nacional, “Hospes – Sharing is caring” e<br />

atribuiu 45 Selos de Responsabilidade<br />

Social e 89 Selos de Sustentabilidade<br />

Ambiental, numa cerimónia que teve<br />

lugar no Altis Grand Hotel, em Lisboa, e<br />

que contou com a presença do Presidente<br />

da República, Marcelo Rebelo de<br />

Sousa.<br />

Nos últimos quatro anos, os hotéis<br />

portugueses doaram, através da AHP, e<br />

do Programa “Um colchão, um coração”,<br />

criado ainda na presidência de Miguel<br />

Júdice, mais de 26.000 bens e equipamentos,<br />

de 66 hotéis, a 33 instituições<br />

de solidariedade social, que equiparam<br />

casas e lares e melhoraram a vida de<br />

centenas de pessoas e famílias. Mas<br />

a AHP quer ver esse número aumentar,<br />

relembrando aos presentes que têm<br />

cerca de 600 associados e existem em<br />

Portugal 4.500 instituições para ajudar.<br />

Para isso foi criada uma plataforma<br />

online, www.hospes.pt, onde será possível<br />

os hotéis interessados em ajudar,<br />

fazerem a sua inscrição, assim comos os<br />

parceiros e instituições. “Aqui será feita<br />

a partilha de um banco com os bens disponíveis,<br />

oportunidades e conhecimentos<br />

e boas práticas tanto a nível social<br />

como ambiental”, esclareceu Cristina<br />

Siza Vieira, presidente executiva da AHP.<br />

A mesma responsável sublinhou ainda<br />

que o nome para o novo programa foi<br />

buscar inspiração ao discurso que o<br />

Padre Tolentino Mendonça pronunciou<br />

o ano passado durante o congresso da<br />

AHP, citando-o: “A hotelaria tem sido<br />

ao longo da história uma espécie de<br />

laboratório, que transforma a hostilidade<br />

em hospitalidade. Um hotel na paisagem<br />

de uma sociedade ou num mapa de uma<br />

cidade é um mar de civilização. A hotelaria<br />

serve para humanizar a relação entre<br />

povos, a qualidade de uma sociedade<br />

também se afere na qualidade hoteleira<br />

que ela tem”.<br />

Cristina Siza Vieira explicou que foi<br />

criado um selo com dois símbolos em<br />

forma de coração: We share e We care,<br />

o primeiro de responsabilidade social e o<br />

segundo de responsabilidade ambiental.<br />

O selo será colocado em cada unidade<br />

hoteleira, para que sejam identificadas as<br />

que estão comprometidas nestas duas<br />

áreas.<br />

Já Raul Martins, presidente da AHP,<br />

aproveitou para fazer o balanço positivo<br />

destes quatro anos de solidariedade<br />

por parte dos hotéis, relembrando que o<br />

mesmo surgiu em altura de crise económica:<br />

“Entre 2009 e 2013 muitas e muitas<br />

empresas do sector do turismo fecharam<br />

e outras tiveram de fazer sacrifícios,<br />

reduzindo equipas, cortando despesas,<br />

renegociando dívidas, cortando investimento<br />

e preparando-se para a tempestade.<br />

Porém, olhando à volta, nesses<br />

anos tão conturbados, constatamos<br />

que havia sectores em piores condições<br />

que o nosso e que as dificuldades que<br />

sentíamos eram bem menores do que as<br />

queixas por outros sofridas. Por isso no<br />

final de 2012 e aproveitando o pretexto


Portugal está na moda,<br />

mas as modas passam…<br />

está nas bocas do<br />

mundo… e agora?!” foi o mote<br />

“Portugal<br />

para a intervenção do jornalista<br />

e assessor para a Comunicação Social da<br />

Presidência da República, Paulo Magalhães, no<br />

passado mês de junho, no Pestana Palace, em<br />

Lisboa, perante uma plateia com mais de 50<br />

hoteleiros associados da AHP – Associação da<br />

Hotelaria de Portugal.<br />

A intervenção foi antecedida pelas palavras do<br />

presidente da AHP, Raul Martins, que se mostrou<br />

muito satisfeito pelo atual panorama que se vive<br />

na hotelaria em Portugal: “De acordo com a AHP<br />

Hotel Snapshot, o raio x da performance hoteleira<br />

que acabámos de lançar, 2017 começou com<br />

“Não estávamos habituados a ter turistas”,<br />

diz Raul Martins<br />

Em jeito de balanço, o presidente da AHP, Raul<br />

Martins reforçou que a visão de Paulo Magalhães<br />

“é muito importante, porque é a de alguém<br />

fora do turismo e isso ajuda-nos a confirmar as<br />

nossas interrogações”, relembrando que os portugueses<br />

“não estavam habituados a ter turistas:<br />

“Se formos ao centro de Londres ou de Paris, o<br />

que estão lá são turistas, residentes são poucos.<br />

Em termos de hotelaria pensamos que o facto de<br />

haver hotéis na Baixa é bom, porque deixou de<br />

haver a tal desertificação. Agora não podemos<br />

matar a galinha dos ovos de ouro e, portanto, ter<br />

o primeiro melhor trimestre dos últimos 10 anos,<br />

a ocupação registou uma subida a dois dígitos,<br />

isto apesar de o aumento excecional da oferta<br />

quer hoteleira quer de outro tipo de alojamento.<br />

Também os preços aumentaram e numa análise<br />

ao primeiro trimestre dos últimos três anos, o<br />

RevPar registou uma subida impressionante de<br />

30%. Todos os indicadores parecem vaticinar o<br />

melhor ano de sempre para a hotelaria portuguesa<br />

e estamos por isso numa posição privilegiada<br />

que ou potenciamos ou deixamos passar.”<br />

Apesar dos números bastante otimistas e de<br />

Portugal estar na moda, Raul Martins relembrou<br />

que “as modas passam”, deixando no ar a questão:<br />

“Como aproveitar então o momento para<br />

cuidado com o dia a seguir. E se Barcelona tem<br />

35 milhões de turistas e nós temos 5 milhões,<br />

não vamos crescer tanto como Barcelona, porque<br />

somos mais pequenos, mas percebemos que<br />

ainda estamos longe da saturação. As entidades<br />

oficiais, as câmaras e o turismo em geral têm de<br />

tomar cuidados com o excesso de densificação<br />

da construção. Vamos analisar, vamos saber<br />

qual é o limite, mas tem de haver algum. Em<br />

Barcelona já há dois anos que está limitada a<br />

construção dos hotéis no centro histórico, tem de<br />

haver equilíbrio.”<br />

posicionar o país de uma vez por todas no lugar<br />

que lhe pertence ao lado dos grandes destinos<br />

europeus?”.<br />

O presidente da AHP aproveitou ainda a ocasião<br />

para relembrar as pesadas baixas que se têm registado<br />

com os incêndios que lavram na região<br />

Centro do País, avançando que a associação já<br />

se disponibilizou junto das câmaras municipais<br />

para, no âmbito do “nosso programa de solidariedade<br />

social cooperativa prestarmos apoio,<br />

contando obviamente com a generosidade dos<br />

nossos associados e parceiros.”<br />

Paulo Magalhães começou a sua intervenção<br />

recordando que Portugal se encontra numa boa<br />

fase em termos globais, sublinhando acontecimentos<br />

como a conquista do título europeu de<br />

futebol ou mais recentemente o primeiro lugar<br />

no Festival Eurovisão da Canção, a visita do<br />

Papa e ainda a saída do défice excessivo. Mas<br />

os últimos acontecimentos, nomeadamente os<br />

incêndios que se têm registado em Pedrógão<br />

Grande e Góis e que ceifaram a vida a mais<br />

de 60 pessoas é também uma forma “de nos<br />

colocar a todos alguma água na fervura para<br />

o entusiasmo excessivo que possamos ter e<br />

lembrar-nos desta questão das florestas e dos<br />

problemas inerentes que temos vindo a empurrar<br />

com a barriga e que podem correr mal”.<br />

O jornalista frisa que “tudo isto são ciclos, já<br />

passámos por crises económicas e o país<br />

endireitou-se e estamos num boom do turismo”,<br />

mas que é bom não esquecer que as modas<br />

também passam: “É bom que se fale de


v i a j a r<br />

19<br />

Hotelaria<br />

2017 / JUL/AGO<br />

Portugal e que se fale bem, mas o meu receio<br />

é que quando houver um mínimo abanão ou<br />

aparecerem outros destinos, ou os turistas se<br />

esquecerem das ameaças terroristas no norte de<br />

África e partirem para lá, que o país, da mesma<br />

forma que se deu este boom, o mesmo boom<br />

desapareça. É importante termos toda uma<br />

máquina estruturada e montada para o caso de<br />

correr mal”.<br />

“Obviamente que há 40 mil postos de trabalho<br />

só no sector do turismo, é muita gente que está<br />

dependente deste sector. O turismo em 2016<br />

foi um ano recorde como sabem todos, 9 mil<br />

milhões de euros de saldo de receita turística,<br />

54 milhões de dormidas, mais 10% que em<br />

2015, o emprego no turismo a crescer 14,2%<br />

em todas as regiões do país, com destaque<br />

para os Açores, Porto e Norte e Alentejo. Já este<br />

ano de 2017, os dados que tenho são de mais<br />

cerca de 17% de hóspedes em relação ao ano<br />

anterior, mais 12,4% de receitas turísticas, isto<br />

são resultados a que devemos estar atentos,<br />

até porque 90% da procura continua a ser no<br />

litoral do país, uma sazonalidade que deve ser<br />

combatida por vós”, disse ainda, relembrando<br />

que neste momento assiste-se a uma falta de<br />

qualificação por parte dos trabalhadores na<br />

área do turismo. Pese embora o entusiasmo da<br />

secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes<br />

Godinho, Paulo Magalhães avança que as 12<br />

escolas de hotelaria e turismo existentes em<br />

Portugal são insuficientes.<br />

A esta crítica, e já no período de esclarecimentos,<br />

Luís Alves de Sousa, do Heritage - Gestão<br />

e Marketing, S.A., referiu que este problema<br />

não se coloca na hotelaria, reforçando que uma<br />

das imagens fortes que o país tem é de “uma<br />

hotelaria de muita qualidade na relação custo/<br />

benefício pelo menos a nível da Europa”.<br />

O assessor para a Comunicação Social da Presidência<br />

da República, que deixou mais questões<br />

do que soluções, frisou que é muito importante<br />

que não “se mate a galinha de os ovos de ouro”,<br />

como já se fez em regiões como o Algarve, onde<br />

se verificou um crescimento desmesurado. O<br />

mesmo deu ainda o exemplo dos Açores e da<br />

sua autenticidade enquanto paraíso natural,<br />

sublinhando que o crescimento que se tem<br />

verificado nos últimos tempos não poder levar a<br />

que “todos deixem de criar as vaquinhas e vão<br />

servir cafés ou seja, tem de haver autenticidade,<br />

porque é por ela que os turistas lá vão”.<br />

Outro ponto mencionado por Paulo Magalhães<br />

tem também a ver com a chamada “overdose de<br />

turistas”, colocando em causa a tão característica<br />

hospitalidade dos portugueses: “As pessoas<br />

são muito mais sensíveis à descaracterização<br />

das cidades, ao aumento do custo de vida por<br />

causa do turismo, à estandardização dos bairros<br />

históricos, à desertificação das zonas das baixas,<br />

do que às vantagens da balança comercial<br />

que o dinheiro de os turistas traz ao país”.<br />

comemorativo dos 100 anos da nossa<br />

associação surgiu esta ideia no seio da<br />

AHP. Porque não aproveitar colchões<br />

dos hotéis que já não eram utilizados,<br />

tinham de ser substituídos e através da<br />

associação doámo-los a instituições<br />

de solidariedade e apoio social. Nasceu<br />

assim o projeto “Um Colchão, um<br />

coração”. E rapidamente ultrapassou<br />

as expetativas, porque deixou de ser só<br />

colchões e passou a ser equipamento<br />

e mobiliário e foi criada uma verdadeira<br />

A cerimónia contou ainda com a atribuição dos<br />

Selos de Responsabilidade Social e Sustentabilidade<br />

Ambiental a vários hotéis.<br />

Na categoria de Responsabilidade Social subiram<br />

ao palco para receber o respetivo selo o Grupo<br />

Albói, o Hotel Mundial, o Romainveste - Investimentos<br />

Turísticos, o Ritz Four Seasons Hotel<br />

Lisboa e o Pestana Hotels Group.<br />

Enquanto que na categoria de Sustentabilidade<br />

Ambiental foi atribuído o selo ao Grupo Four<br />

Views, Pestana Hotel Group, Grupo NAU Hotels<br />

& Resorts, Grupo Bensaude, Hotel Baía Cascais,<br />

Hotel Holiday Inn Porto Gaia, Hotel Intercontinental<br />

Estoril, Hotel Quinta da Marinha Resort, Hotel<br />

Rural Vale do Rio, Grupo Porto Bay, Pousada de<br />

Condeixa Coimbra, Praia D’El Rey Marriott Golf<br />

& Beach Resort, Skyna Hotel Lisboa, Torre de<br />

Gomariz Wine & SPA e Areias do Seixo - Empreendimentos<br />

Hoteleiros.<br />

Nas duas categorias - Responsabilidade Social e<br />

rede de partilha, com o esforço conjunto,<br />

concretizando a verdadeira responsabilidade<br />

social corporativa.”<br />

Raul Martins avançou ainda que o mesmo<br />

programa vai permitir “no rescaldo<br />

destes terríveis fogos, que trouxeram<br />

tanta desgraça às populações da região<br />

centro, apoiar a construção, equipar e<br />

mobiliar as casas e instituições de Pedrógão<br />

Grande e de mais concelhos para<br />

que os meios atingidos possam recuperar<br />

a sua qualidade de vida.”<br />

Atribuição dos selos de responsabilidade social<br />

de sustentabilidade ambiental<br />

Sustentabilidade Ambiental – receberam o selo o<br />

Grupo ALTIS, Details Hotels & Resorts, DoubleTree<br />

by Hilton Lisbon - Fontana Park Hotel, Intercontinental<br />

Lisbon, Grupo Stay Hotels, Inspira Santa<br />

Marta, Hotel Neya Lisboa Hotel, Hotel Olissippo,<br />

Lapa Palace Hotel, Quinta das Lágrimas, Quinta<br />

do Moinho de Vento e o Grupo Vila Galé.<br />

O Presidente da República Marcelo Rebelo de<br />

Sousa, congratulou os vencedores e também<br />

os criadores do Programa de Responsabilidade<br />

Social e Ambiental, numa altura de crise em<br />

que tiveram a visão solidária de “ajudar outras<br />

pessoas”, acrescentando: “Quis o destino que<br />

os mesmos que outrora ajudaram estejam a ultrapassar<br />

esta crise e a beneficiar deste momento<br />

que Portugal e o turismo vivem.”<br />

“Há uma malha social que está anonimamente a<br />

viver uma revolução pacífica de responsabilidade<br />

social, não estando à espera do Estado para agir”,<br />

sublinhou.


Hotel do mês<br />

20<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

Casa Baltazar Boutique Hotel<br />

Se existem tesouros escondidos<br />

na capital portuguesa,<br />

este é um deles. Poucos saberão da<br />

sua existência e no entanto tem tanto para<br />

agradar aos turistas. Chama-se Casa Balthazar<br />

Boutique Hotel, tem classificação de<br />

cinco estrelas e fica na Rua do Duque, junto<br />

ao Largo do Carmo, em Lisboa.<br />

Durante anos serviu de residência à família de<br />

Balthazar Roiz Castanheiro, fundador da mais<br />

antiga e tradicional confeitaria desta cidade,<br />

a Confeitaria Nacional, onde existia também<br />

a fábrica onde se confecionavam os tão apreciados<br />

bolos, entre eles o famoso Bolo-rei ou<br />

os pastéis de nata, cujas receitas continuam<br />

fechadas a sete chaves no cofre que permanece<br />

na Casa Balthazar. Uma propriedade<br />

adquirida em agosto de 1882, que durante<br />

cinco gerações se manteve intacta.<br />

É pelas mãos de um dos herdeiros, Rui<br />

Viana, que se transforma então num boutique<br />

hotel, estávamos em 2004. Inicialmente<br />

apenas com 6 quartos, a Casa Balthazar viria<br />

a ampliar as suas instalações e hoje conta já<br />

com 17 quartos, figurando entre os cinco melhores<br />

estabelecimentos hoteleiros de Lisboa<br />

no Tripadvisor.<br />

“De início chamaram-me de louco, diziam<br />

que o local era improvável e que a estreita<br />

rua não ajudaria o negócio. Hoje o conceito<br />

poderá vir a ser replicado em Portugal e na<br />

Alemanha”, desvenda Rui Viana, acrescentando:<br />

“A Casa Balthazar é isso mesmo, uma<br />

casa. Aliás, quando a decidi abrir, era por<br />

estar cansado de viajar e de ficar hospedado<br />

em hotéis que nada me diziam.”<br />

Rui Viana, que até então trabalhara em shipping<br />

e trading em empresas americanas de<br />

metais e derivados de petróleo, farto de viajar<br />

e de pernoitar em hotéis, decide abandonar<br />

esta profissão e dedicar-se de corpo e alma<br />

ao negócio do seu tetravô em 2002, primeiro<br />

remodelando a Confeitaria Nacional, na<br />

Praça da Figueira e depois com a deslocação<br />

da fábrica da confeitaria para Campo de<br />

Ourique, fazendo nascer esta “casa”, como<br />

gosta de lhe chamar.<br />

Amante confesso de arte, o proprietário decorou<br />

a Casa Balthazar com algumas peças<br />

de Art Déco, mas também peças que pertenciam<br />

à antiga fábrica. Com uma atmosfera intimista<br />

e familiar, a decoração é um encontro<br />

perfeito entre o moderno e o antigo, onde o<br />

charme a elegância são palavras-chave nesta<br />

casa datada do século XIX.<br />

O hotel<br />

Quando entramos na rua onde está instalado<br />

nada nos faz antever o que nos espera<br />

o interior. Para lá do portão verde entramos<br />

num pequeno pátio que nos leva à receção da<br />

Casa Balthazar. À nossa frente uma enorme<br />

sala com paredes de pedra e traves de<br />

madeira dão-lhe o ar rústico e acolhedor. No<br />

móvel antigo da entrada podemos encontrar<br />

algumas peças antigas como uma máquina de<br />

escrever ou uma máquina fotográfica, como<br />

se estivessem prontas para registar a história<br />

de quem ali entra.<br />

Sucedem-se mais duas salas, onde os clientes<br />

podem e devem confraternizar. A grande<br />

lareira e o bar Honesty, que permite aos<br />

hóspedes tomarem uma bebida, registando<br />

no número do seu quarto o que consumiram<br />

são caminho de passagem para alguns dos<br />

quartos, mas também para o pátio, onde uma<br />

piscina nos espera para uns momentos de<br />

diversão ou de descanso.<br />

O pequeno jardim interior que alberga a piscina,<br />

tem também algumas mesas para saborear<br />

uma bebida ou um café, lendo um livro. Por<br />

trás, uma escadaria leva-nos a um pequenoterraço,<br />

mesmo antes de entrarmos noutra<br />

parte da casa. Aqui uma nova sala de estar,<br />

onde os quadros e as várias obras de arte<br />

adquiridas ao longo dos anos por Rui Viana,<br />

durante as suas muitas viagens pelo mundo,<br />

dão um ar acolhedor, próprio de um lar.<br />

OS quartoS<br />

Ao todo são 17, o número de quartos e<br />

suites que a Casa Balthazar disponibiliza.<br />

Todos diferentes, com decoração própria e


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

21<br />

Hotel do mês<br />

uma pequena kitchnet que permite fazer um<br />

chá ou um café, cama king size com possibilidade<br />

de serem duas twin beds, wireless,<br />

entre outras facilidades.<br />

Pool, Antique Garden Room, Cottage Suite,<br />

Calçada I, Calçada II e Calçada III, Lisbon<br />

Suite, Duque Garden Suite, Panoramic,<br />

Duplex Terrace Suite, Rossio Terrace, Castel<br />

Jaccuzzi Terrace I, II e III e Chalet Suite<br />

são alguns dos nomes dos quartos que a<br />

compõem.<br />

Todos com decorações diferentes, que vão<br />

do mobiliário mais antigo ao mais moderno,<br />

sempre com obras de arte a envolvê-los e<br />

vistas que podem ser de interior para o jardim<br />

e piscina ou sobre a cidade de Lisboa.<br />

De destacar os Castel Jaccuzzi Terrace, que<br />

apresentam um terraço com um jaccuzzi<br />

onde os hóspedes se podem banhar<br />

enquanto observam o Castelo de São Jorge<br />

bem diante dos seus olhos. Mas também a<br />

Chalet Suite, uma suite espaçosa situada no<br />

interior do antigo Chalet Casa Balthazar que<br />

permite vivenciar os tempos de então.<br />

Se quiser estar deitado na sua cama e ter<br />

como paisagem o imponente Castelo de<br />

São Jorge, este é o quarto indicado: o Panoramic<br />

Terrace, um quarto duplo com um<br />

espaçoso terraço privativo, com uma vista<br />

sobre a cidade.<br />

O pequeno almoço é servido no interior<br />

dos quartos, mas se assim o entenderem<br />

podem optar por desfrutá-lo no terraço que<br />

dá acesso à piscina. Todos os produtos são<br />

provenientes da Confeitaria Nacional.<br />

Apesar de não haver serviço de almoço ou<br />

jantar, a Casa Balthazar pode providenciar<br />

refeições provenientes do Café Buenos<br />

Aires.<br />

Ainda este ano e segundo Rui Viana será<br />

construído um Spa, que estará a funcionar<br />

na próxima primavera. Este contará com<br />

máquinas de ginástica, sala de massagens,<br />

jaccuzzi, entre outras facilidades.<br />

Para os próximos meses, o hotel está já<br />

com a ocupação a 100% e tem pedidos de<br />

reservas para os meses de dezembro (Natal<br />

e Passagem de Ano) e também para 2018.<br />

Este é um boutique hotel que acolhe hóspedes<br />

a partir dos 16 anos. Uma restrição às<br />

crianças, que segundo o Rui Viana, permite<br />

“uma estadia mais descansada a quem nos<br />

visita”.<br />

“Os clientes que nos procuram têm idades<br />

entre os 40 e 60 anos e são maioritariamente<br />

estrangeiros. O mercado nacional<br />

penso que ainda não nos descobriu. Temos<br />

essencialmente americanos, mas também<br />

chineses e de outras nacionalidades.<br />

Muitos deles são repetentes, alguns querem<br />

experimentar quartos diferentes, mas outros<br />

preferem ficar sempre no mesmo e quando<br />

aqui chegam pela primeira vez, dizem<br />

sempre que as fotografias no site não fazem<br />

jus ao que encontram na realidade, pois é<br />

ainda melhor do que esperavam”, diz ainda<br />

o proprietário.<br />

CONFEITARIA NACIONAL RIVER CRUISE<br />

Os hóspedes da Casa Balthazar podem<br />

ainda usufruir do mais recente negócio<br />

de Rui Viana: a Confeitaria Nacional River<br />

Cruise. Abriu no final do ano passado e<br />

mais não é do que uma embarcação que<br />

faz passeios regulares no rio Tejo e que<br />

incluem almoço e lanche a bordo a bordo.<br />

Mas há também sunset parties.<br />

De design elegante e interiores confortáveis,<br />

o Confeitaria Nacional River Cruise<br />

tem capacidade para realizar passeios até<br />

300 passageiros, sendo composto por um<br />

salão com vista panorâmica, dois bares e<br />

um deck exterior.<br />

Um passeio de 90 minutos, com saída<br />

no Cais da Princesa à Torre de Belém,<br />

onde são servidos os sabores tradicionais<br />

portugueses e as receitas centenárias da<br />

Confeitaria Nacional, seja ao almoço ou<br />

nos lanches, sempre com o olhar atento do<br />

Chef e paisagens como o Padrão dos Descobrimentos,<br />

o Mosteiro dos Jerónimos,<br />

Cristo Rei, Terreiro do Paço, Sé de Lisboa<br />

e Panteão.


Aviação<br />

Air China e Summerwind<br />

querem captar mercado corporate<br />

22<br />

v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

A<br />

Air China e a Summerwind<br />

apresentaram, no dia 27 de<br />

junho, na Fundação Oriente, em Lisboa,<br />

perante uma plateia repleta de agentes<br />

de viagens e operadores turísticos, algumas<br />

das comodidades em viajar com esta<br />

companhia aérea chinesa. Uma cerimónia<br />

que contou ainda com uma apresentação do<br />

presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.<br />

Segundo o diretor geral para o mercado ibérico<br />

da Air China, Peter Han, “Portugal é um<br />

importante mercado, daí termos escolhido<br />

a Summerwind como nosso parceiro para<br />

desenvolvermos este mercado português”.<br />

O mesmo responsável avançou que em<br />

2016, a Air China transportou cerca de 11<br />

mil passageiros portugueses para a China,<br />

principalmente via Espanha e Alemanha,<br />

registando assim um crescimento de 15%<br />

quando comparado com o mesmo período<br />

em 2015.<br />

Para este ano, Peter Han acredita que<br />

haverá também um aumento que poderá<br />

chegar “aos 20 ou 25%, mas ainda é cedo<br />

para avançarmos com um número final”.<br />

Frisando que esta sexta-feira, 30 de junho,<br />

“alteramos a saída do voo de Madrid/Beijing<br />

para permitir mais conexões aos passageiros<br />

portugueses”.<br />

Questionado sobre a possibilidade de um<br />

voo direto entre Portugal e China, o diretor<br />

geral refere que este é um assunto que tem<br />

vindo a ser “discutido e ponderado, mas<br />

que a companhia tem de perceber se é um<br />

negócio lucrativo, até lá não há grandes<br />

novidades a anunciar”.<br />

Já para João Moreira Baptista, GSA Sales<br />

Manager da Summerwind, este encontro<br />

com os agentes de viagens e operadores<br />

surge no âmbito da estratégia traçada pelos<br />

mesmos, em divulgar todas as facilidades e<br />

regalias da Air China, principalmente junto<br />

do mercado corporate, onde segundo o<br />

“Portugal” já voa<br />

é assim que<br />

se chama o novo Airbus<br />

“Portugal”<br />

A330-300 da companhia aérea<br />

portuguesa TAP que, no final de junho,<br />

rasgou os céus portugueses num percurso<br />

que o levou de Lisboa ao Porto, regressando<br />

de novo à capital para sobrevoar Cascais<br />

e a Ponte 25 de Abril, com uma passagem<br />

baixa na pista, antes de aterrar no Aeroporto<br />

Humberto Delgado.<br />

Esta é, pois, uma homenagem a Portugal<br />

e aos portugueses feita pela TAP e que irá<br />

promover o país além-fronteiras, com voos<br />

comerciais de longo curso, da América<br />

do Norte à América do Sul, passando por<br />

África.<br />

A primeira aeronave da TAP a exibir uma<br />

pintura “retro”, batizada de “Portugal” é um<br />

tributo da TAP à sua já longa história, que<br />

é também a história do País. Hoje como<br />

outrora, a TAP cruza os céus em nome de<br />

Portugal e dos Portugueses, já lá vão 72<br />

anos.<br />

A pintura do novo avião “Portugal” faz parte<br />

de um conjunto de ações programadas pela<br />

companhia para celebrar essa ligação histórica<br />

e indissociável entre a TAP e Portugal.<br />

Quem voou nas décadas de 50, 60 e 70<br />

vai emocionar-se ao recordar estas cores<br />

antigas. E quem nunca voou, também. É um<br />

ícone a que é impossível ficar indiferente.<br />

O avião<br />

O “Portugal” é um dos três Airbus A330-300<br />

que a TAP recebe este verão e que contribuem<br />

para o aumento de capacidade da<br />

companhia face à abertura de novas rotas,<br />

nomeadamente a rota de longo curso para o


v i a j a r<br />

2017 / JUL/AGO<br />

23<br />

Aviação<br />

mesmo “ainda há um problema de preconceito<br />

em colocar um diretivo de uma<br />

empresa num voo da Air China”.<br />

“Para o mercado corporate, o facto de ser<br />

uma companhia praticamente desconhecida,<br />

não lhes dá a noção da qualidade do<br />

serviço Air China. Posso adiantar que a Air<br />

China, apesar de ser pouco conhecida em<br />

Portugal, é uma das maiores companhias<br />

aéreas do mundo, só ultrapassada por<br />

companhias americanas como a Delta Airlines.<br />

Nós temos 668 aviões com uma idade<br />

média de aparelho de 6 anos, ou seja, é<br />

uma frota muito recente. Uma parte da frota<br />

é constituída por 428 aviões wide-body,<br />

que permitem travessias intercontinentais”,<br />

explica o mesmo responsável.<br />

Criada em 1988, a Air China integra a Star<br />

Alliance desde 2007 e conta com 7700 voos<br />

e 1,47 milhões de assentos semanais. São<br />

382 rotas próprias para 103 destinos internacionais,<br />

16 regionais e 263 domésticos,<br />

com hubs em Beijing, Shangai, Chengdu e<br />

Shenzhen.<br />

João Moreira Baptista recordou ainda<br />

os acordos de SPA e code-share com<br />

companhias aéreas como a TAP, Iberia, Air<br />

Europa, Swiss, LATAM, Air France, KLM,<br />

British Airways e recentemente um acordo<br />

de joint-venture com a Lufthansa: “Ou seja,<br />

desde o mês passado, as políticas da Air<br />

China são exatamente iguais à da Lufthansa<br />

e vice-versa.”<br />

Questionado sobre os objetivos da Air<br />

China no mercado português, o GSA Sales<br />

Manager da Summerwind avança que “este<br />

ano não será de avaliação, porque esta<br />

apresentação surge a meio do ano, mas a<br />

expetativa é de começar a fazer um trabalho<br />

preliminar de contactos, que já os temos,<br />

por exemplo já existem acordos feitos com<br />

algumas redes de agências de viagens para<br />

começar a abrir essas portas. Não vai ser<br />

difícil, o facto de nos últimos anos ter havido<br />

um investimento maciço de capital chinês<br />

em empresas portuguesas também permite<br />

essa política de proximidade. E depois<br />

escolheremos uma estratégia de ação<br />

mais específica para 2018, já com acordos<br />

mais alargados com outras redes e outros<br />

parceiros”.<br />

João Moreira Baptista frisou ainda que a<br />

realização do Congresso da APAVT este<br />

ano em Macau, entre 23 e 27 de novembro,<br />

traz também boas perspetivas para a Air<br />

China, que segundo o mesmo terá “uma<br />

tarifa especial para que possam usufruir das<br />

delegações da Air China”.<br />

O fator segurança foi também realçado<br />

pelo mesmo, avançando que os voos da<br />

Air China levam a bordo quatro pilotos, na<br />

eventualidade de haver algum problema<br />

e atestam o avião para mais duas ou três<br />

horas de autonomia, caso aconteça alguma<br />

intempérie que os obrigue a uma mudança<br />

de rota.<br />

AEGEAN eleita<br />

Melhor Companhia Aérea<br />

Regional da Europa<br />

Pelo sétimo ano consecutivo a companhia aérea<br />

grega Aegean foi votada nos Skytrax World<br />

Airline Awards, os Óscares da indústria aviação,<br />

como a “Melhor Companhia Aérea Regional da<br />

Europa”, sendo a oitava vez em nove anos que<br />

recebe esta distinção por parte dos passageiros.<br />

Ao receber este prémio numa cerimónia que<br />

aconteceu durante o Paris Air Show, Dimitris<br />

Gerogiannis, CEO da Aegean afirmaria que<br />

“ao receber pelo sétimo ano consecutivo esta<br />

distinção demonstramos, através de uma<br />

instituição internacional de valor reconhecido,<br />

que uma empresa grega pode destacar-se entre<br />

325 companhias aéreas pela sua qualidade e<br />

eficiência”, afirmando ainda que “esta distinção<br />

ganha cada vez mais valor pois vem diretamente<br />

dos passageiros que confiam em nós todos os<br />

dias e reconhecem a abordagem centrada no<br />

cliente por parte da nossa equipe e o esforço que<br />

colocamos em cada dia para melhorar os nossos<br />

serviços.”<br />

Os World Airline Awards são geridos pela organização<br />

internacional de rating de transporte aéreo<br />

Skytrax Research de Londres, tendo participado<br />

nesta votação, que decorreu de agosto de 2016 a<br />

maio de 2017 mais de 19 milhões de passageiros<br />

de 105 nacionalidades e coberto cerca de 325<br />

companhias aéreas internacionais e regionais.<br />

Canadá (Toronto), inaugurada a 10 de junho.<br />

Com a matrícula CS-TOV, tem capacidade<br />

para 285 passageiros e ostenta a imagem<br />

corporativa da TAP utilizada entre os anos<br />

50 e 70. É recriada, de forma fiel, a tipografia<br />

‘Transportes Aéreos Portugueses’ e o<br />

logotipo da companhia na época, popularmente<br />

conhecido como “Passarola”. Este é<br />

o segundo avião da TAP a receber o nome<br />

do País. O primeiro a chamar-se “Portugal”<br />

foi um Boeing 747-200, recebido pela TAP<br />

em fevereiro de 1972.<br />

A imagem clássica escolhida para este avião<br />

“retro”, a mais emblemática antiga identidade<br />

corporativa da companhia, foi utilizada<br />

pela primeira vez no avião Lockheed Super<br />

Constellation, recebido pela TAP em julho de<br />

1955, tendo o Boeing 727-200 sido o último<br />

a exibi-la.<br />

Binter reforça<br />

ligações entre Portugal<br />

e as Canárias<br />

A Binter, companhia aérea das Canárias, irá<br />

passar a realizar voos diários entre o Funchal e<br />

Las Palmas a partir de 1 de Julho, reforçando a<br />

partir de 3 de Julho e até 29 de Setembro as ligações<br />

entre o Funchal e Tenerife que passarão<br />

a ser três vezes por semana.<br />

No que diz respeito à rota entre Lisboa e a Gran<br />

Canária e até 16 de Setembro mantem-se as<br />

três frequências semanais, com saída de Lisboa<br />

às quintas, sábados e domingos, às 20h, e no<br />

sentido inverso pelas 17h, voos realizados por<br />

um CRJ-1000.


Destino Top<br />

24<br />

v i a j a r<br />

2017 / juL/AGO<br />

Saïdia<br />

Muito mais que o Mediterrâneo<br />

Partimos no início de junho à<br />

descoberta de Saïdia, zona oriental<br />

de Marrocos, que faz fronteira com<br />

a Argélia e é banhada pelas águas do Mediterrâneo.<br />

A convite do operador turístico Solférias<br />

e do Turismo de Marrocos ficámos alojados no<br />

resort com classificação de cinco estrelas, Be<br />

Live Collection Saïdia, durante uma semana e<br />

com muito para fazer.<br />

À hora marcada lá estávamos nós, o grupo<br />

de jornalistas, assim como as representantes<br />

da Solférias e do Turismo de Marrocos, Vanda<br />

Teixeira e Sílvia Lopes, respetivamente. No<br />

balcão de check-in do aeroporto de Lisboa<br />

estávamos preparados para partir no charter da<br />

White Privillege com destino a Oudja. Esperavanos<br />

1h10 de viagem e uma fila de portugueses<br />

que partiam como nós para um programa de 8<br />

dias/7 noites naquele destino de praia.<br />

Chegados ao aeroporto internacional de Oudja,<br />

que dista a 60 quilómetros do nosso destino<br />

final, Saïdia, espera-nos um transfer e o nosso<br />

guia, o Che – uma verdadeira personagem que<br />

nos reporta a Cuba e ao seu conhecido líder<br />

Che Guevara. São uns 40 minutos de viagem<br />

até chegarmos ao resort Be Live, um hotel com<br />

classificação de cinco estrelas, que conta com<br />

488 quartos, 30 deles suites.<br />

À chegada dos clientes espera-os um ritual<br />

de chá de menta ao ritmo da música e dos<br />

movimentos de meia dúzia de animadores do<br />

empreendimento turístico. Um quadro que nos<br />

promete uma estadia animada.<br />

Pelo caminho ficámos a conhecer um pouco<br />

mais sobre esta cidade, que em dez anos viu o<br />

seu número de habitantes crescer de 1500 para<br />

os atuais 75 mil durante os meses de verão.<br />

Zona balnear por excelência, Saïdia tem vindo<br />

a apostar na construção de residências e de<br />

infraestruturas, como a marina, o campo de<br />

golfe, dois novos hotéis Meliá (Garden e Beach),<br />

um centro de interpretação ou ainda o futuro<br />

Aquapark que abre portas no próximo mês<br />

de agosto, para dar resposta a uma procura<br />

cada vez maior por parte dos turistas que ali se<br />

deslocam. Comprar uma vivenda, com piscina<br />

e garagem, por 58 mil euros pode ser também<br />

uma das opções para quem quer ter uma casa<br />

à beira-mar.<br />

Ao todo são 14 quilómetros de praia de areias<br />

brancas e finas. O mar Mediterrâneo convida<br />

a banhos ou não fossem as suas águas<br />

suficientemente quentes para não arredar pé.<br />

Um passeio de dromedário (100 dirhams = 10<br />

euros) pela praia, que tivemos oportunidade de<br />

experimentar, ou a cavalo, andar de barco ou<br />

em catamarã, fazer jetski, andar de bicicleta no<br />

longo calçadão ou simplesmente caminhar, são<br />

algumas das muitas opções.<br />

Apesar de nos termos deslocado em mês de<br />

Ramadão, o mesmo significa dizer que entre<br />

as 3h30 da manhã e as 19h30 os marroquinos<br />

não comem e não bebem, daí que muitos<br />

estabelecimentos se encontrassem encerrados,<br />

principalmente na zona da marina, onde se<br />

concentra a maior parte dos restaurantes, foi<br />

possível fazer todo o tipo de atividades.<br />

Be Live Collection Saïdia<br />

Com uma capacidade para acolher 1200 hóspedes,<br />

o resort Be Live Saïdia divide-se em três<br />

blocos com 488 quartos, com vista mar, piscina<br />

ou terra. As suites são 30 e enormes, com uma<br />

sala de estar com televisão e minibar, casa de<br />

banho dividida por vários compartimentos, com<br />

banheira jacuzzi, quarto com cama de casal e<br />

televisão, num estilo clássico, onde imperam os<br />

castanhos. No exterior, a extensa varanda dista


v i a j a r<br />

2016 / outubro<br />

25<br />

Destino Top<br />

No hotel tem ainda a possibilidade de alugar<br />

bicicletas ou de marcar uma excursão com um<br />

dos operadores presentes, por exemplo a Fez.<br />

São 80 euros por pessoa.<br />

a poucos metros da praia, pelo que é possível<br />

acordar com uma das mais belas vistas: o mar.<br />

E ao final do dia assistir de bancada ao belíssimo<br />

pôr do sol.<br />

Destaque ainda para as suites familiares, cujos<br />

quartos comunicantes proporcionam um olhar<br />

mais atento a quem tem crianças. Também os<br />

quartos standards, espaçosos, permitem uma<br />

estadia agradável neste resort, cuja lotação<br />

já se encontrava a 70% quando lá estivemos.<br />

Portugueses, espanhóis e checoslovacos são<br />

os principais mercados deste empreendimento<br />

para este verão.<br />

Existem quatro piscinas ao todo, que permitem<br />

que pequenos e graúdos confraternizem no<br />

mesmo espaço. Se estiver de frente para a<br />

praia e gostar de mais sossego, sugerimos-lhe<br />

o bloco 3, do lado direito. Do lado esquerdo,<br />

a música e as atividades balneares são uma<br />

constante, pelo que vá de espírito aberto e já<br />

que está de férias entre no ritmo.<br />

Na receção vai encontrar ainda dois bares: o<br />

Lobby Bar aberto das 10h às 23h30 e o Bar<br />

Marroquino aberto das 15h às 22 horas. E ainda<br />

uma área com o serviço Be Unique, que através<br />

do pagamento de um determinado valor lhe<br />

permite ter acesso a algumas bebidas premium.<br />

Espaço ainda para a sala de conferências com<br />

capacidade para 150 pessoas e uma loja com<br />

artesanato da região.<br />

No exterior da receção, o Be Live disponibiliza<br />

o Restaurante Buffet Safran com capacidade<br />

para 600 pessoas, aqui encontra uma variedade<br />

de produtos alimentares, desde sumos a frutas,<br />

iogurtes, cereais, os tradicionais ovos mexidos<br />

ou fritos, pão, croissants e bolos sortidos e<br />

ainda uma espécie de panquecas marroquinas<br />

Msemen semoule, feitas com sêmola de milho<br />

(de comer e chorar por mais). Os almoços e<br />

jantares são temáticos, nós tivemos comida<br />

italiana, espanhola, marroquina e até sardinhas<br />

assadas comemos, sempre acompanhada pelo<br />

vinho marroquino Kasbah Prestige. Este espaço<br />

está aberto entre as 7h00 e as 10h00 para<br />

pequeno almoço, das 13h00 às 15h00 almoço e<br />

das 19h00 às 22h00 jantar.<br />

Para aqueles que gostam de dormir um pouco<br />

mais de manhã, não se preocupem, pois, existem<br />

dois Snacks bares junto às piscinas (Blanc<br />

e Blue), abertos das 10h30 às 12h00 para<br />

pequenos almoços tardios, snacks e lanches<br />

até às 18 horas.<br />

Tempo ainda para experimentarmos os restaurantes<br />

temáticos Ksar Asni com cozinha<br />

marroquina e o La Serine cozinha mediterrânica,<br />

ambos encabeçados pelo Chef Executivo<br />

Youndi Mohammed.<br />

Depois das refeições, nada como uma bebida<br />

e um “pezinho de dança” no Sport Bar, aberto<br />

das 18h00 às 05h00 da madrugada. Ao som<br />

do DJ de serviço vários são os estilos musicais<br />

que o vão entreter, com direito a coreografia ao<br />

sabor dos animadores do Be Live Collection<br />

Saïdia.<br />

Para quem gosta de assistir a espetáculos<br />

pode ainda optar pelo Teatro, um espaço<br />

extenso, com mesas e cadeiras que permite<br />

aos hóspedes passarem alguns momentos de<br />

descontração.<br />

E por falar em descontração, o resort disponibiliza<br />

ainda um Spa, com ginásio, hamman, circuito<br />

de piscinas e massagens. Os preços são<br />

variados e um serviço à parte. Nós experimentámos<br />

uma massagem de relaxamento baySpa<br />

Océanique, de 30 minutos, que nos custou 400<br />

dirahms. Excelente.<br />

Por falar em Fez,<br />

essa cidade imperial<br />

Para quem gosta de explorar mais sobre o<br />

país onde se encontra tem outros pontos de<br />

interesse não muito distantes de Saïdia. A<br />

quatro horas de viagem está Fez. Foi capital de<br />

Marrocos por três vezes, nos séculos IX, XIV e<br />

XVII, esta cidade classificada como Património<br />

da Humanidade pela Unesco.<br />

Aqui podemos percorrer as 9 mil ruelas que<br />

constituem a imensa Medina que se estende<br />

por 350 hectares e 14 mil edifícios, muitos deles<br />

verdadeiros monumentos que têm vindo a ser<br />

sujeitos a um programa de reabilitação há uns<br />

anos a esta parte.<br />

A azáfama própria de um imenso mercado,<br />

com bancos, farmácias, escolas, entre outros<br />

serviços, transporta-nos à realidade quotidiana<br />

do povo marroquino. Por ali apenas pessoas e<br />

burros se passeiam pelas estreitas ruas, com<br />

lojas de todas as variedades. É impossível<br />

ficar indiferente perante as cores vivas que nos<br />

saltam à vista a cada esquina ou os cheiros tão<br />

característicos. Os frutos secos, os curtumes,<br />

os fundidores, os tecidos, as pratas, tudo faz da<br />

Medina lugar obrigatório de visita. De preferência<br />

recorra a um guia para o conduzir nesta<br />

viagem, mas é possível aventurar-se sozinho até<br />

porque foram criadas seis rotas individuais que<br />

permitem uma visita que termina sempre junto<br />

de uma praça de táxis.<br />

Dividida em três partes importantes: a Medina<br />

construída no século IX conta com 24 quilómetros<br />

de muralhas históricas, próprias de quem<br />

defende o seu povo de eventuais perseguidores;<br />

o Palácio Real e Bairro Judaico com forte<br />

presença da arquitetura andaluza e ainda o<br />

Protetorado Francês. É em Fez que encontra<br />

Saïdia é principal destino<br />

de portugueses em Marrocos<br />

Segundo o Turismo de Marrocos, que nos<br />

acompanhou nesta viagem através da sua<br />

representante Sílvia Lopes, Saïdia é neste<br />

momento o destino número de portugueses<br />

em Marrocos, seguido de Marraquexe.<br />

Estão previstos 17 mil turistas portugueses<br />

este ano em Saïdia, bem mais que os 8 mil<br />

registados em 2016. Um número que vem<br />

no seguimento do aumento de operações<br />

da Solférias para este destino, com dois<br />

charters provenientes do Porto (sábados e<br />

domingo) e um terceiro de Lisboa (sábados).<br />

O programa é de 8 dias/7noites, com<br />

preços desde os 626€ por pessoa.


Destino Top<br />

26<br />

v i a j a r<br />

2017 / juL/AGO<br />

também a Universidade Quaraouiyine, a primeira<br />

do país e uma das mais antigas que acolhia<br />

vários jovens provenientes de muitos pontos de<br />

Marrocos e não só. Dentro da Medina encontra<br />

ainda várias Madrassas, algumas delas albergavam<br />

os jovens estudantes que ali dormiam<br />

e estudavam. Pelo menos cinco delas foram<br />

submetidas recentemente a um trabalho de<br />

recuperação, que vai permitir serem novamente<br />

utilizadas, quer por estudantes quer por artesãs.<br />

A ideia, segundo Rachida Bami, que nos acompanhou<br />

na nossa visita a Fez, é atrair cada vez<br />

mais turistas, mas também criar condições para<br />

que os jovens marroquinos permaneçam por<br />

estas paragens. Um trabalho que vai continuar<br />

a ser feito até 2018.<br />

Apesar da excursão proposta no hotel Be Live<br />

Collection Saïdia ser apenas de um dia, com<br />

saída às 5h30 e regresso às 23 horas, nós pernoitámos<br />

em Fez no Palais Medina & Spa, com<br />

classificação de cinco estrelas, para regressarmos<br />

uma vez mais à Medina e ao exterior da<br />

mesma para termos uma noção da grandiosidade<br />

desta cidade.<br />

De regresso a Saïdia,<br />

visita ao vale do Zegzel<br />

De volta a Saïdia, as visitas continuaram no<br />

dia seguinte, desta vez em direção à Foz do<br />

rio Moulouya, uma zona protegida, onde para<br />

além do Centro de Interpretação que em breve<br />

abrirá portas, acolhendo crianças de todas<br />

as idades para com elas descobrirem novos<br />

ecossistemas, haverá ainda a possibilidade de<br />

fazer alguns trilhos pedestres e observar aves<br />

como os flamingos, patos e espécies raras. Um<br />

percurso com duração de uma hora que tem<br />

qualquer coisa como 600 espécies de vegetação<br />

diferente.<br />

Caminhando em direção a Berkan, terra de<br />

laranjas e clementinas, é possível ver extensos<br />

terrenos repletos destas plantações, assim<br />

como de batatas e um Pólo Agrícola construído<br />

para a produção de queijo, batatas fritas,<br />

entre outros produtos. Ali há ainda um Centro<br />

de Conferências com capacidade para 1200<br />

pessoas.<br />

Em Berkane tudo, ou quase tudo é cor de laranja<br />

e o símbolo da cidade é uma enorme laranja<br />

metálica. Nem os táxis escapam a esta cor,<br />

numa cidade com 150 mil habitantes, muitos<br />

deles agricultores e emigrantes. Para além das<br />

laranjas, as nêsperas são também presença<br />

constante estrada fora, de tal forma que três<br />

quartos da produção deste fruto em Marrocos<br />

provém desta zona.<br />

E começamos a subir a montanha em direção<br />

às grutas do Camelo e dos Pigeons. Em baixo,<br />

o extenso vale do Zegzel repleto de laranjeiras,<br />

nespereiras e louro cor de rosa até perder de<br />

vista. À nossa frente fica o Monte Beni Snassen<br />

e a sua Gruta do Camelo, que tivemos oportunidade<br />

de visitar. Durante 30 anos este local permaneceu<br />

fechado por causa dos conflitos entre<br />

várias entidades, até que durante o protetorado<br />

francês foi redescoberto. Neste momento e depois<br />

de algumas obras de infraestruturas a gruta<br />

espera por um patrocinador que queira pegar<br />

no projeto e abri-lo ao público. Imponente é a<br />

única palavra que nos ocorre para descrevê-la,<br />

numa descida “não aos infernos”, mas a salas<br />

e salas de uma imensidão tal, esculpidas pela<br />

água e pelo tempo. Dois palcos para acolher<br />

concertos e teatro estão também projetados,<br />

haja vontade de abrir o espaço ao público.<br />

Hamadaoui é o guardião deste templo e é na<br />

casa de um seu familiar que vamos almoçar.<br />

Uma típica casa bem no meio da aldeia, que<br />

amavelmente nos abre as portas para nos servir<br />

no seu quintal, uma salada de pepinos, tomate<br />

e azeitonas, uma tagine de carne de borrego e<br />

fruta, adivinhem qual? Nêsperas, as últimas da<br />

estação. No final, o tradicional chá de menta. E<br />

um bem-haja por tão delicioso repasto.<br />

Este almoço, é aliás possível, quando requisitado<br />

pelos turistas e tem o custo de 10 a 15 euros<br />

por pessoa. Vale a pena experimentar esta<br />

autenticidade local.<br />

Tempo de partir, porque ainda há mais para<br />

ver. Em direção Tafoughalt, pequena aldeia<br />

pitoresca, nova paragem, desta vez para visitar<br />

o pequeno souk e comprar alguns “souvenirs”.<br />

Há quem trouxesse tagines, mel e até harissa<br />

(uma especiaria picante muito utilizada na confeção<br />

de pratos marroquinos).<br />

Está na hora de regressar ao resort Be Live<br />

Collection Saïdia, mas antes, uma última<br />

paragem no Club Yassmin, o centro equestre<br />

onde é possível fazer passeios a cavalo durante<br />

uma hora pelos campos circundantes ou então<br />

simplesmente no picadeiro.<br />

De novo no “nosso” hotel, nada como terminar<br />

o dia com um mergulho na praia de Saïdia, que<br />

pelo quinto ano consecutivo ganha a bandeira<br />

azul.<br />

Por Sandra Martins Pereira


Cascade Wellness & Lifestyle Resort<br />

com novo diretor geral<br />

Pedro Garcia e Costa assume<br />

Direção de Marketing e Vendas<br />

do Holiday Inn Porto Gaia<br />

Fernando Horta é o novo Diretor<br />

Geral do Cascade Wellness<br />

& Lifestyle rEsort, após um percurso<br />

sólido na Starwood Hotels & Resorts.<br />

Após 29 anos de experiência em hotelaria.<br />

Com uma licenciatura em Engenharia e um<br />

MBA em Gestão Hoteleira, iniciou o seu<br />

percurso em hotelaria em 1988 passando<br />

por cadeias como Le Meridien, Sheraton e<br />

Westin, atingindo a posição de Diretor de<br />

Engenharia da Starwood Hotels & Resorts<br />

para Espanha e Portugal.<br />

Em 2005, assumiu pela primeira vez as<br />

funções de Diretor Geral no The Lake Spa<br />

Resort, em Vilamoura seguindo-se um<br />

percurso internacional em vários mercados<br />

e unidades hoteleiras como o Epic Sana em<br />

Luanda, St. Regis Saadyiat Island Resort em<br />

Abu Dhabi, Le Meridien Douala nos Camarões<br />

e Le Meridien N’Fis em Marrocos.<br />

Motivado e com vontade de fazer crescer<br />

ainda mais a propriedade, Fernando<br />

Horta realça que “É com enorme sentido de<br />

responsabilidade que aceitei este desafio.<br />

Integrar uma equipa como a do Cascade<br />

Wellness & Lifestyle Resort e poder trabalhar<br />

num projeto como este, um dos melhores resorts<br />

do país e numa cidade com as potencialidades<br />

de Lagos, é inspirador. Tenho uma<br />

visão bastante clara do caminho que iremos<br />

trilhar, com o cliente e os standards de<br />

serviço sempre no centro dessa estratégia.<br />

E claro, permitindo aos nossos hóspedes<br />

viver experiências autênticas e memoráveis<br />

e à propriedade continuar a dinâmica de<br />

crescimento sólido que tem vindo a registarse,<br />

explorando todo o seu potencial actual<br />

e futuro.”<br />

Pedro Garcia e Costa é o novo diretor de<br />

Marketing e Vendas do hotel Holiday Inn<br />

Porto Gaia, situado em Vila Nova de Gaia.<br />

Com responsabilidade de dirigir e coordenar<br />

toda a equipa de vendas deste hotel,<br />

Pedro Garcia e Costa propõe-se manter<br />

a tendência de crescimento da unidade,<br />

nomeadamente no segmento MICE Internacional.<br />

Com uma vasta experiência no sector hoteleiro,<br />

Pedro Garcia e Costa ingressa no Holiday<br />

Inn Porto Gaia após ter passado pelo<br />

grupo angolano Skyna Hotels, onde assumiu<br />

funções como Diretor Comercial, e pelo<br />

Mangais Golf Resort, onde foi responsável<br />

do Departamento de Marketing & Vendas.<br />

Somam-se a estas as funções desempenhadas<br />

no grupo Vila Galé, como gestor de<br />

Safety video da tap premiado internacionalmente<br />

A TAP foi reconhecida internacionalmente<br />

pelo seu novo safety video,<br />

classificando-se em segundo lugar na<br />

categoria Tourism Companies do “International<br />

Istanbul Tourism Film Festival”, que<br />

decorreu em Istambul, na Turquia. “The<br />

Journey”, o vídeo no qual a TAP explica<br />

as regras de segurança a bordo dos seus<br />

aviões, é o primeiro da Companhia com<br />

uma imagem e narrativa marcadamente<br />

retro.<br />

Filmado na íntegra no Museu do Ar, em<br />

Sintra, e lançado a 14 de março deste<br />

ano, o dia de aniversário da TAP, este safety<br />

video contou com a participação de<br />

oito tripulantes da Companhia, que vestiram<br />

várias das fardas icónicas na história<br />

da TAP. Para além da indumentária, foram<br />

vários os elementos patentes no Museu<br />

do Ar utilizados nesta produção. De malas<br />

vintage a mobiliário antigo, passando por<br />

um veículo “Follow Me” da década de 60<br />

e pelo CS-TDE, uma réplica do primeiro<br />

DC-3 Dakota adquirido pela TAP, tudo<br />

neste vídeo é de origem.<br />

Desde o seu lançamento, este safety<br />

video da TAP já foi também reconhecido<br />

no “Terres Cataluya - International Eco<br />

& Tourism Film Festival”, em Espanha,<br />

onde foi escolhido para integrar a seleção<br />

oficial do certame, arrecadou o prémio<br />

de melhor filme web, atribuído pelo site<br />

australiano “Best Ads on TV”, na semana<br />

passada, e ainda fez parte da shortlist dos<br />

Prémios Lusófonos da Criatividade.<br />

Está também nomeado para os prémios<br />

do Zagreb International Tourism Festival.<br />

mercado, responsável pelos mercados do<br />

Reino Unido, Irlanda e Escandinávia, e no<br />

La Varzea Polo & Golf Resort, onde assumiu<br />

o cargo de Sales Manager.<br />

Licenciado em Engenharia Informática e<br />

de Computadores, pelo ISEL, Pedro Garcia<br />

e Costa especializa-se no sector com<br />

a obtenção da Certificação em “Global<br />

Hospitality Management” pela School of<br />

Hotel Administration, da Cornell University<br />

(Nova Iorque, EUA) e atualmente frequenta<br />

o Master in Hospitality Management: Focus<br />

on Hospitality Marketing and Hotel Revenue<br />

na mesma instituição.<br />

De referir que a excelência profissional de<br />

Pedro Garcia e Costa foi recentemente<br />

reconhecida nos Prémios “Excelência<br />

em Hotelaria 2016”, da Associação dos<br />

Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), ao<br />

integrar a seleta lista de finalistas na categoria<br />

“Melhor Director Comercial, Marketing<br />

e Vendas”.


COM PATROCíNIO<br />

Bela Vista Hotel & SPA nomeia Teresa Frazão<br />

como assistant general-manager<br />

Luís Monteiro<br />

novo diretor geral<br />

do Altis Grand Hotel<br />

e Altis Suites<br />

Luís Monteiro é o novo Diretor Geral do<br />

Altis Grand Hotel e Altis Suites, unidades<br />

do Grupo Altis Hotels localizadas na Rua<br />

Castilho.<br />

Iniciou a sua carreira no Hotel Le Meridien,<br />

tendo passado por diferentes áreas em<br />

unidades Hoteleiras em Lisboa e no Algarve,<br />

até ser nomeado Diretor do Grande Real Villa<br />

Itália em Cascais e Diretor Geral do Hotel<br />

Real Palácio em Lisboa. No final de 2015 foi<br />

nomeado Diretor Geral de Hotel do Marriott<br />

Praia D’El Rey Golf & Resort, em Óbidos.<br />

Com uma experiência de 30 anos no sector<br />

da Hotelaria, desempenha funções de Gestão<br />

há mais de 15 anos. Luís Monteiro tem<br />

uma Pós-Graduação em Direção Hoteleira<br />

da ADHP e frequentou diversos Programas<br />

para Profissionais na Universidade de<br />

Cornell.<br />

Nas palavras de Luis Monteiro “é um enorme<br />

desafio de fazer parte da equipa dos Altis<br />

Hotels e em particular do Altis Grand, a<br />

unidade de referência do Grupo que tem<br />

uma historia e identidade única que é representativo<br />

da assinatura do grupo “Alma de<br />

Lisboa”. Existe uma forte aposta a nível da<br />

qualidade do serviço prestado ao cliente,<br />

refletindo a essência de um grupo familiar<br />

que é reconhecido pela sua gestão profissional,<br />

pela singularidade das suas unidades<br />

e pela atitude dos seus colaboradores na<br />

identidade da alma Lisboeta. Perante os<br />

novos desafios da nossa indústria, é muito<br />

gratificante fazer parte de um grupo que desde<br />

a sua fundação sempre inovou, adaptou<br />

e consegue fazer face às novas tendências e<br />

expectativas dos seus clientes.”<br />

Licenciada em Comunicação Social<br />

pelo Instituto Superior de<br />

Ciências Sociais e Políticas e com<br />

uma Pós-Graduação em Marketing Management<br />

pelo INDEG/ISCTE, Ana Rita Carvalho<br />

é a nova gestora de marketing do Grupo<br />

Travelstore.<br />

Ana Rita Carvalho, de 31 anos, começou o<br />

seu percurso profissional na agência criativa<br />

Arc Worlwide (Grupo Publicis) como Gestora<br />

de Conta. Em 2011, assume a função de<br />

Client Solutions Manager do Grupo Travelstore,<br />

ficando responsável pela coordenação<br />

e supervisão de grandes clientes. Em<br />

Maio de 2017 aceita o desafio para gerir o<br />

marketing do Grupo Travelstore assumindo<br />

a responsabilidade de definir e implementar<br />

a estratégia de marketing para as várias<br />

unidades de negócio do grupo.<br />

O Grupo Travelstore, liderado por Frédéric<br />

Frère, integra a Travelstore American<br />

Express GBT, a maior agência de viagens<br />

empresariais em Portugal, bem como a<br />

Equipa Santa Luzia ArtHotel<br />

reforçada com Francisco Coelho<br />

O Santa Luzia ArtHotel anunciou a<br />

nomeação do seu novo Diretor de<br />

Food & bEveraGE, Francisco Coelho, que<br />

integra a equipa da mais recente e moderna<br />

unidade hoteleira de Guimarães.<br />

Formado em Gestão Hoteleira pela Escola de<br />

Allways, especializada no segmento de<br />

viagens de lazer de luxo, a Emotionstore<br />

meetings and events, especializada no<br />

segmento MI (meetings industry) e a Lab<br />

pharma events engineering, especializada<br />

no serviço de eventos e viagens para a<br />

indústria farmacêutica. Fundado em 2000,<br />

o grupo Travelstore tem hoje escritórios em<br />

Lisboa, Alger, Luanda e Maputo.<br />

Hotelaria e Turismo do Porto e pós graduado<br />

em Direção Hoteleira pelo ISAG, em Vila do<br />

Conde, Francisco Coelho traz consigo a experiência<br />

necessária para assumir este cargo,<br />

tendo já desempenhado funções no Grupo<br />

Pestana, Douro Azul e Pousada do Freixo.<br />

europcar.pt


Últimas<br />

Grupo Hoti Hotéis investe na aquisição<br />

de duas novas unidades<br />

30<br />

v i a j a r<br />

2017 / juL/AGO<br />

O Grupo Hoti Hotéis<br />

aproveita o atual momento<br />

do mercadO para<br />

fazer investimentos seletivos,<br />

destacando-se as recentes<br />

aquisições de duas novas unidades<br />

hoteleiras, no montante<br />

superior a 25 milhões de euros,<br />

uma no Funchal, que passará a<br />

ser a segunda unidade naquela<br />

cidade, e outra em Castelo<br />

Branco, já gerida pelo grupo<br />

sob a marca Tryp Hotels.<br />

O Golden Residence, hotel de<br />

4 estrelas com 173 unidades<br />

de alojamento, localizado<br />

na zona nobre do Funchal,<br />

pertencia ao Fundo ECS, foi<br />

agora adquirido pelo Hoti<br />

Hotéis para reforçar a oferta<br />

do Grupo na Madeira. Este é o<br />

primeiro negócio deste fundo<br />

com um grupo Português. No<br />

cimo de uma falésia imponente<br />

e com deslumbrantes vistas<br />

panorâmicas sobre o mar, o<br />

Golden Residence Hotel possui<br />

um design moderno, piscina<br />

exterior, SPA e amplas áreas<br />

públicas.<br />

Por outro lado, o Tryp Colina<br />

do Castelo, localizado em<br />

Castelo Branco, é um hotel de<br />

quatro estrelas com 103 quartos,<br />

com piscina interior, jacúzi,<br />

sauna, banho turco, courts de<br />

ténis e de squash, pertencia<br />

a uma família tradicional da<br />

região. Com esta aquisição a<br />

cadeia hoteleira juntou à gestão<br />

do Tryp Colina do Castelo,<br />

já desenvolvida desde a sua<br />

inauguração, a propriedade e<br />

exploração desta unidade.<br />

Estes dois investimentos<br />

integram-se na estratégia<br />

de crescimento do Grupo no<br />

mercado nacional, que desde<br />

o início do ano investiu mais 12<br />

milhões de Euros na reforma<br />

do hotel Tryp Lisboa Caparica<br />

Mar - ex. Hotel da Caparica - e<br />

na abertura do novo Hotel Star<br />

Inn no Aeroporto de Lisboa<br />

(3*), totalizando assim 37 milhões<br />

de Euros.<br />

Ainda durante o corrente ano,<br />

está prevista a abertura de<br />

uma nova unidade hoteleira do<br />

Grupo, em Maputo, que será a<br />

primeira unidade em Moçambique<br />

e um primeiro investimento<br />

no montante de 16 milhões de<br />

Euros. Trata-se de um hotel<br />

de quatro estrelas, localizado<br />

na Baixa da cidade, com 173<br />

quartos, salas de reuniões, restaurante,<br />

bar, ginásio e parking.<br />

Alto Astral, Ego Travel, Exoticoonline<br />

e Solférias com 4 voos para o réveillon no Brasil<br />

À semelhança dos anos anteriores, os operadores turísticos Alto Astral, Ego Travel,<br />

Exoticoonline e Solférias voltam a juntar-se para lançar uma operação especial de<br />

réveillon em Portugal e no Brasil. Esta operação em Portugal para os destinos Brasileiros<br />

será promovida e da total responsabilidade dos operadores turísticos Ego<br />

Travel, Exoticoonline e Solférias. Após, no ano passado, os operadores terem<br />

registado grande sucesso com o primeiro charter conjunto à partida do Porto, este<br />

ano os operadores apostam no reforço desta operação no norte do País, duplicando<br />

a sua oferta com saída da Cidade Invicta.<br />

Esta operação de Réveillon terá, assim, dois voos do Porto e dois voos de Lisboa,<br />

com destino às cidades de Salvador da Bahia, Fortaleza e Recife. Todas as 4<br />

operações serão efetuadas em aparelho A-340 da Hifly com capacidade para 265<br />

lugares (dos quais 211 em classe económica, 42 em classe executiva e 12 First<br />

Class). Estas operações terão datas de partida a 26 e 27 de dezembro.<br />

No Brasil, estas operações estão ser comercializadas pela Alto Astral em parceria<br />

com Lusanova e outros parceiros locais nas cidades de Fortaleza, Maceió, Natal,<br />

Recife e Salvador da Bahia.<br />

CALENDÁRIO DE FEIRAS INTERNACIONAIS<br />

07 Jul - 09 Jul Travel & Tourism Fair Calcutta India<br />

12 Jul - 13 Jul Hawaii Lodging, Hospitality & Foodservice Expo Honolulu EUA<br />

14 Jul - 15 Jul Travel & Tourism Fair Hyderabad India<br />

01 Sep - 03 Sep Travel & Tourism Fair Ahmedabad India<br />

07 Sep - 09 Sep Int'l Travel Expo Ho Chi Minh City Hochiminh City Vietname<br />

08 Sep - 10 Sep Rest & Entertainment Expo Yerevan Armenia<br />

14 Sep - 17 Sep Caravan and Leisure / Caravanmessen Lillestrom Noruega<br />

15 Sep - 17 Sep Travel & Tourism Fair Mumbai India<br />

20 Sep - 23 Sep Otdykh Luxury Moscow Russia<br />

20 Sep - 23 Sep Int'l Trade Fair for Tourism Moscow Russia<br />

20 Sep - 23 Sep Int'l Meetings Industry and Business Travel Moscow Russia<br />

20 Sep - 21 Sep ttW Romandie Lausanne Suiça<br />

22 Sep - 24 Sep Travel & Tourism Fair Pune India

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